RELATÓRIO DE ESTÁGIO II EM ARTES VISUAIS EDUCAÇÃO NÃO FORMAL

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO II EM ARTES VISUAIS 
 
 
 
 
 
ANDREA PEREIRA DE ALCÂNTARA PINTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vila Velha 
2024/02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO II EM ARTES VISUAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este trabalho é pré-requisito para 
aprovação na disciplina Estágio II em 
Licenciatura em Artes Visuais 
(modalidade EAD), da Universidade 
Estácio de Sá. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vila Velha 
2024/02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 4 
1. Estrutura e Funcionamento do Instituto ................................................................................... 4 
1.1. Aspectos físico, humano e material da escola ................................................................... 4 
1.2. Dinâmica do funcionamento do Instituto .......................................................................... 5 
1.3. Atividades do Instituto ...................................................................................................... 5 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................... 7 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................Erro! Indicador não definido. 
ANEXOS .................................................................................................................................... 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 O presente trabalho tem como objetivo retratar a realidade de determinado 
período da instituição na qual foi realizada a vivência do estágio. Neste espaço, junto 
às informações obtidas pela observação do ambiente de Educação Não Formal serão 
agregados os conceitos adquiridos com leituras adicionais, com o conteúdo formal da 
disciplina e das matérias anteriormente cursadas. 
 Tendo como base a vivência em campo e a pesquisa bibliográfica, este 
relatório demonstra o ambiente de aprendizagem do Instituto Ânima, situado à 
Avenida Hugo Musso em Vila Velha/ES. É uma instituição particular que tem como 
premissa a arte como ferramenta no ensino e na transformação do indivíduo. 
O período de estágio no local foi de 27/10/2023 a 31/01/2024. 
 A carga horária realizada nesta vivência foi de 222 horas com atividades 
individuais e em grupos. Durante o período mencionado, duas professoras da área 
foram acompanhadas em suas atividades. O trabalho em questão remete à distinção 
entre prática e teoria, visando à melhor qualificação docente. 
 
1. Estrutura e Funcionamento do Instituto 
 
1.1. Aspectos físico, humano e material da instituição 
 O Espaço Ânima possui três ambientes distintos, a saber, um espaço onde é 
ministrado o curso de pintura em tela, um espaço de atividades de artes individual e 
em grupo, um espaço de espera/recepção. 
 O espaço do curso de pintura é amplo e bem iluminado, fica na sobreloja, os 
demais espaços ficam no térreo. 
 
 
A recepção/ambiente de espera possui um mobiliário que o torna bem 
acolhedor. A decoração é inspirada em artistas renomados e suas obras. 
O espaço de atividades artísticas possui uma mesa grande onde cabem seis 
pessoas confortavelmente e estante com os materiais que são usados nas práticas. 
Possui ainda um local anexo onde são guardados os materiais de maior volume e onde 
fica o torno para trabalhar cerâmica e o forno para a queima. Há ainda mesas 
auxiliares onde geralmente são expostos os trabalhos concluídos pelos alunos. 
Os materiais utilizados nas atividades artísticas são preferencialmente o 
papelão, guache, argila e materiais reaproveitáveis, como tampinhas, potes vazios, 
caixa de ovos vazia. Percebi a preocupação com a Educação Ambiental, sempre 
desafiando os alunos a utilizar criativamente esses recursos nas atividades. 
Atuam no Instituto duas professoras fixas, uma é pedagoga e artista plástica e 
a outra professora é pedagoga, mestre em educação e arteterapeuta. 
Foi observado que a procura pelo espaço é de famílias com poder aquisitivo 
alto. Cerca de 70% dos alunos apresentam alguma alteração comportamental, como 
TDAH e TEA, o que me possibilitou ter um convívio maior e perceber necessidades 
particulares desse público. 
1.2. Dinâmica do funcionamento do Instituto 
 Os horários das atividades são agendados previamente. As crianças são 
recepcionadas sempre com muita atenção e antes de começar a atividade é feito um 
período de acolhimento deixando os alunos bem à vontade. Esse período pode variar 
de tempo conforme a necessidade da criança. 
 Às quartas-feiras a parte da tarde é separada para promoção de um momento 
de interação e socialização entre todos os alunos da instituição que quiserem 
participar, há uma roda de cantoria e atividade artística em grupo. É oferecido um 
lanche simples como pipoca e suco. 
Anualmente, o Instituto Ânima promove uma exposição aberta ao público com 
os trabalhos realizados pelos alunos. No período de estágio pude auxiliar no 
 
 
planejamento e produção do evento “Encontro das Gentilezas”, percebi que nesta ação 
pude por em prática tópicos aprendidos em Museologia. 
1.3. Atividades do Instituto 
 No Espaço Ânima é oferecido Curso livre de Pintura em Tela, Oficina de 
alfabetização para crianças que estão com dificuldades no aprendizado escolar, 
atendimento de Arteterapia para crianças e adultos e Oficinas de Escultura. Os 
atendimentos e cursos podem ser individuais ou em grupos. 
A instituição faz um planejamento de Projetos que norteiam as atividades de 
todo o Espaço, como por exemplo, as datas comemorativas. 
Nas aulas de pintura em tela, a professora faz uma pré-seleção de figuras 
retiradas da Internet e pede que os alunos escolham qual projeto querem realizar, cada 
projeto é realizado segundo a desenvoltura de cada aluno, não tendo prazo fixo para 
finalização. Eles começam seus trabalhos com o esboço em lápis e trabalham os 
elementos básicos como luz e sombra, cor e volume. Os alunos têm seus próprios 
materiais, pincéis, tintas e telas. Os alunos de menor idade costumam fazer seus 
trabalhos em papel Canson próprio para pintura. São propostos desafios para 
aprimorar as técnicas de pintura com uma interpretação própria, nas aulas aprende-se 
a diferença de materiais, quais são as propriedades que eles oferecem e como alcançar 
os resultados desejados. 
Nas aulas experimentais de pintura em tela é proposto um trabalho para o 
primeiro contato com tintas e pincéis, orientações são passadas para a pintura de um 
desenho no papel Canson, como pintar o contorno da forma e depois o 
preenchimento, o movimento dos pincéis. Durante esta aula há uma conversa informal 
para conhecer melhor as experiências anteriores dos alunos, suas preferências e 
expectativas sobre o curso. 
Nas Oficinas de Alfabetização pude acompanhar quatro crianças. Foi 
trabalhada a relação das letras com os sons da língua falada através de figuras, jogos 
didáticos, cópia e leitura. A facilitadora também deixa uma parte do tempo para os 
alunos realizarem alguma atividade ligada às linguagens artísticas, na maioria das 
vezes é usada argila para escultura e pintura com guache. 
 
 
As atividades são sugeridas e não impostas às crianças que tem atendimento 
em arteterapia, uma das que mais gostam é a atividade chamada de “Mágica das 
Cores”, onde tintas guache de cores primárias são disponibilizadas e a criança precisa 
misturá-las para obter novas cores.Nessa atividade pude colocar em prática conceitos 
aprendidos na disciplina Teoria e Prática da Cor. 
Uma atividade também muito solicitada pelas crianças menores é a contação 
de histórias, nessa atividade são usados recursos como literatura com figuras, 
fantoches e encenação. 
As Oficinas de Escultura são esporádicas, durante o estágio não presenciei a 
atividade. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 O espaço não formal de educação, segundo Jacobucci (2008), é aquele onde 
pode ocorrer alguma prática educativa intencionada e a concepção da estrutura 
pedagógica do Instituto Ânima entende que a formação dos seus alunos deve possuir 
(...) planejamento e diretrizes norteadoras para o atendimento 
integral da criança em seu aspecto físico, psicológico, 
intelectual e social, além de metas para a expansão do 
atendimento, com garantia de qualidade. Essa qualidade 
implica assegurar um processo educativo respeitoso e 
construído com base nas múltiplas dimensões e na 
especificidade do tempo da infância (MEC, 2004) 
 
A prática artística na sua intencionalidade educativa fomenta o 
desenvolvimento de habilidades motoras, de linguagem, sociais e muito mais. 
No caso desta vivência a arte foi a base utilizada para enriquecer as 
experiências educacionais, facilitadora do estímulo à auto expressão e à criatividade e 
elemento agregador nas relações sociais no espaço. 
 As professoras investem na preservação de um ambiente de respeito e 
colaboração, de empatia e aceitação das diferenças, o que impacta positivamente no 
 
 
desenvolvimento dos alunos neuroatípicos e neurotípicos, auxiliando também a 
formação de uma “proteção” contra o preconceito sobre os diferentes. 
 Freire (2002, p. 27) já apontou a importância de que a personalidade de um 
profissional deixa marcas não só na vida estudantil da criança, como também em sua 
formação social e histórica. A prática pedagógica é capaz de alterar profundamente a 
percepção de um aluno. 
 Em todo o período do estágio pude constatar que a teoria é de fato para ser 
colocada em prática, lembrando-me de conceitos aprendidos em várias disciplinas, 
desde Educação Especial e Didática, passando por Contação de Histórias e 
Pintura:Investigação de Materiais e Suportes, caminhando por Psicologia do 
Desenvolvimento e Aprendizagem e diversas outras. 
 É nesse contexto que me senti desafiada diante de histórias de vida diferentes 
que me fazem pensar, reinventar, investigar estratégias de ensino para que os 
obstáculos à aprendizagem sejam removidos. Foi uma experiência enriquecedora e 
importante para o meu desenvolvimento como profissional da educação. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Ensino 
Fundamental de nove anos: Diretrizes Gerais. Brasília: MEC, 2004. 
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São 
Paulo: Editora Paz e Terra, 2002, p. 27. 
JACOBUCCI, D. F. C. Contribuições dos espaços não formais de educação para a 
formação da cultura científica. Revista Em Extensão, Uberlândia, v.7, 2008. 
TRABALHE a importância da arte na escola, Editora do Brasil, São Paulo, 13 de 
out. de 2021. Disponível em <https://www.editoradobrasil.net.br/trabalhe-a-
importancia-da-arte-na-escola/>. Acesso em: 01 de fev. de 2024. 
https://www.editoradobrasil.net.br/trabalhe-a-importancia-da-arte-na-escola/
https://www.editoradobrasil.net.br/trabalhe-a-importancia-da-arte-na-escola/
 
 
ANEXOS 
Fotos do ambiente e de atividades