Buscar

relatorio dialética

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

DIALÉTICA
 Zenão de Eleia é o primeiro a utilizar a dialética. É contrário ao mobilismo (tudo está em 
constante transformação - tese de Heráclito). Tem grande influência de Parmênides (o ser é 
e o não ser não é - impossibilita o erro). Utiliza a dialética para produzir argumentos com base em opiniões contrárias 
(pega um argumento heraclitiano mobilista e um argumento parmenidiano imobilista e, a partir dos 
dois, gera um resultado que favoreceria a sua tese de que a essência das coisas não muda.
 Apesar de ter sido o primeiro a utiliza-la, Platão foi o primeiro a sistematizar a dialética. 
Zenão propõe a Dialética das coisas (dialética das opiniões), para provar que o que Heráclito 
afirmava ser a essência das coisas, o movimento é apenas uma ilusão causada pelos nossos sentidos, 
que são falhos e não conseguem captar a essência real das coisas. Essa ideia parte da evidência da 
primeira lógica de Parmêncides baseada nas tautologias: A é A (uma afirmação verdadeira em todos os 
casos) - afirma que todo juízo não tautológico leva ao erro e à ilusão.
 Já Platão, o primeiro a sistematizar a dialética, produziu uma síntese entre duas teses contrárias: 
a do mobilismo e a do imobilismo. Define a dialética como a síntese de duas posições opostas (Tese e 
Antítese). Como resolução do problema deixado por Parmênides, defende a existência de duas realidades 
complementares: a sensível (onde percebe-se o movimento que impede a conceituação e a predicação - 
baseada nos sentidos físicos) e a supressensível (onde são formuladas tautologias e permite-se a 
predicação - nela, o intelecto é capaz de entender que, apesar das transformações exteriores, a essência 
das coisas continua a mesma). Esse método de diálogo busca as ideias e permite a formulação de juízos 
baseados nas formas ideais.
 Aristóteles traz um certo nível de movimento dialético à sua filosofia quando propõe o debate de 
opiniões ainda infundadas que podem ou não resultar em ciência e a lógica como instrumento de 
entendimento da razão. Com a lógica, funda o silogismo como método de extração das opiniões verdadeiras 
a partir de um processo de perceber a validade formal do argumento. Após o filósofo, a dialética passa 
por um grande período de ostracismo na filosofia.
 O filósofo alemão Georg W. F. Hegel retoma as ideias de Heráclito e Platão, propondo uma nova 
compreensão da dialética. Passa a defini-la como a síntese entre situações históricas vividas por cada 
povo em cada época, a parti disso, cria o conceito que chama de Espírito do tempo, que diz respeito a
uma característica específica de cada povo em cada tempo que uma determinada comunidade desenvolve em um determinado 
tempo histórico. Segundo ele, essas características diferentes serviriam, no processo dialético, como a Tese e a 
Antítese de Platão, dessa forma, somente a razão resolve o conflito e sintetiza as relações (o pensamento racional 
é capaz de identificar Tese, Antítese e produzir a síntese).
 Karl Marx propõe o materialismo histórico e dialético. Afirmava que a história é material e não transcende para a 
razão. Desse modo, as contradições da condição humana são materias (fruto da produção) e definem as condições 
materiais da existência. Existem contradições que o ser humano vai percebendo com o passar de sua vida (por conta 
da formação de classes sociais) e a superação dessas contradições aconteceria por meio da tomada de consciência da 
realidade material e histórica (consciência de classe). O movimento dialético de contradição é entre as duas classes 
sociais (proletariado x burguesia) e a síntese ocorreria por meio de um modo de vida comum, sem classes econômicas, 
superando as contradições (luta de classes).

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando