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1-CQ -Instalações Elétricas_PARTE1_25_4_2011

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Apostila de Instalações Elétricas 
 
 
 
 
Apostila Instalações Elétricas 
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ÍNDICE 
 
1 – Introdução - 5 
 Definição de eletricidade. 
 Causas e efeitos da eletricidade. 
 Geração, transmissão e padrões de distribuição. 
 
 
2 – Principais grandezas elétricas - 6 
 Tensão. 
 Corrente. 
 Resistência. 
 Energia elétrica. 
 Potência. 
 
 
3 – Etapas para a elaboração de um projeto de instalações elétricas - 9 
 Informações preliminares. 
 Quantificação do sistema. 
 Desenho das plantas. 
 Dimensionamento de todos os componentes do projeto. 
 Quadros de distribuição. 
 Memorial descritivo. 
 Especificações técnicas e relação de materiais. 
 
 
4 – Classificação dos tipos de fornecimento de energia em ramal secundário - 10 
 Monofásico, bifásico e trifásico. 
 
 
5 – Simbologia - 11 
 Simbologia aprovada pela ABNT. 
 Exemplo da utilização numa planta de distribuição. 
 
 
6 – Materiais utilizados - 13 
 Eletrodutos e acessórios. 
 Eletrocalhas. 
 Caixas de passagem e conduletes. 
 Condutores (fios e cabos). 
 Disjuntores. 
 Fusíveis. 
 Interruptores. 
 Tomadas. 
 Diferencial residual (DR). 
 Lâmpadas (tipos e aplicações). 
 Quadros de distribuição de circuitos. 
 Sensor de presença. 
 Interruptor crespular (fotocélula). 
 
 
7 – Instalações elétricas básicas - 21 
 Comando simples. 
 Comando para vários pontos acionados por um único ponto de comando. 
 Comando paralelo (three-way). 
 Comando intermediário (four-way). 
 Tomadas de uso geral (TUG’s) e específicas (TUE’s). 
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8 – Divisão em circuitos - 24 
 
 
9 – Determinação da corrente de consumo - 25 
 Circuitos monofásicos e bifasicos. 
 Circuitos trifásicos. 
 
 
10 – Determinação da bitola dos eletrodutos - 30 
 
 
11 – Escalas - 31 
 Real 
 Redução 
 Ampliação 
 
 
12 – Levantamentos de materiais - 32 
 Eletrodutos. 
 Condutores. 
 Caixas e acessórios. 
 
 
13 – Dicas fundamentais - 40 
 
 
14 – Referências bibliográficas - 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 – Introdução 
 
A eletricidade está presente em quase todos os momentos de nossa vida e nem nos damos 
conta da sua existência. 
 
Apostila de Instalações Elétricas 
 
 
 
 
Apostila Instalações Elétricas 
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Quando nascemos o nosso corpo já está submetido a uma ddp (diferença de potencial) de 
aproximadamente 300 V e não notamos porque o nosso corpo se adapta a ela. 
 
Na realidade a eletricidade é invisível e o que sentimos são seus efeitos, como: 
 
 
 
A energia elétrica que chega até as nossas residências é gerada fora do perímetro urbano 
através das Usinas Geradoras. Existem diversos modelos de geração de energia elétrica 
utilizando a força das águas (hidrelétrica e maremotriz), o vapor d’água (termelétrica e 
termonuclear), a força dos ventos (eólica) e a luz solar (fotovoltaica). 
 
No Brasil, o modelo mais utilizado é a hidrelétrica devido à rica bacia hidrográfica. 
 
 
 
Depois de gerada essa energia é levada até o perímetro urbano através das Linhas de 
Transmissão em tensões que variam entre 230 kV e 750 kV. 
 
Apostila de Instalações Elétricas 
 
 
 
 
Apostila Instalações Elétricas 
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Dentro do perímetro urbano a tensão é reduzida, através das subestações abaixadoras das 
concessionárias, para tensões de 138 kV, para as grandes indústrias, e 13,8 kV, para os 
consumidores residenciais, comerciais e indústrias de pequeno porte, chamadas de Rede de 
Distribuição Primária. 
 
 
 
Para alimentar os consumidores residenciais e comerciais a tensão é abaixada de 13,8 kV para 
127 V/ 220 V ou 220 V/ 380 V, recebendo a denominação de Rede de Distribuição 
Secundária. 
 
 
2 – Principais grandezas elétricas 
 
2.1 - Tensão Elétrica “voltagem” - É a força com a qual os elétrons são “empurrados” 
através de um condutor elétrico. A diferença de potencial pode ser: 127 V(fase e neutro) / 
220 V(entre duas fases) ou 220 V(fase e neutro) / 380 V(entre duas fases). 
 
Símbolo = E, U ou V 
Unidade = Volt, V 
2.2 - Corrente Elétrica “amperagem” - É o movimento ordenado dos elétrons por um 
condutor elétrico submetido a uma diferença de potencial. 
 
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Símbolo = I 
Unidade = Ampère, A 
 
 
2.3 - Resistência Elétrica - É a oposição à passagem de corrente elétrica em um condutor 
elétrico. Os bons condutores (ouro, platina, prata, cobre e etc.) apresentam baixa resistência 
elétrica. Já os isolantes (borracha, papel, plástico, porcelana e etc.) apresentam alta 
resistência elétrica. 
 
Símbolo = R 
Unidade = Ohm, Ω 
 
 
2.4 – Energia Elétrica - É a capacidade de realizar trabalho; potência num intervalo de 
tempo. 
 
Símbolo = W ou E 
Unidade = Watt-hora, Wh 
 
 
2.5 – Potência - É a energia instantânea, o consumo em cada instante de um aparelho 
elétrico, sendo toda transformada em outra fonte de energia. Também pode ser denominada 
de potência ativa, real ou nominal. 
 
Símbolo = P 
Unidade = Watt, W 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fora a potência ativa, temos a potência reativa, que é utilizada para manter os campos 
magnéticos dos equipamentos indutivos. 
A unidade é o Var (volt-ampère reativo) 
 
Apostila de Instalações Elétricas 
 
 
 
 
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Potência aparente que é o somatório vetorial das potências ativa e reativa, sendo obtida pela 
multiplicação da Tensão aplicada pela Corrente consumida. 
A unidade é o VA (volt-ampère). 
 
Em projetos de instalação elétrica residencial os cálculos efetuados são baseados na potência 
aparente e potência ativa. Portanto, é importante conhecer a relação entre elas para que se 
entenda o que é Fator de Potência. 
 
Sendo a potência ativa uma parcela da potência aparente, pode-se dizer que ela representa 
uma porcentagem da potência aparente que é transformada em potência mecânica, térmica ou 
luminosa. 
 
Nos projetos elétricos residenciais, desejando-se saber o quanto da potência aparente foi 
transformado em potência ativa, aplicam-se os seguintes valores de fator de potência: 
 
 
1,0 
 
Quando o fator de potência é igual a 1, significa que toda potência aparente é transformada 
em potência ativa. Isto acontece nos equipamentos que só possuem resistência, tais como: 
chuveiro elétrico, torneira elétrica, lâmpadas incandescentes, fogão elétrico, etc. 
 
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FORMULÁRIO 
E = R x I E → Diferença de potencial em Volt (V) 
I = E/ R R → Resistência em Ohm (Ω) 
R = E / I I → Corrente Elétrica em Ampère (A) 
 
W = E x I x t W → Trabalho Elétrico ou Energia Consumida (Wh) 
W = R x I² x t t → Tempo em hora (h) 
W = (V² / R) x t 
 
P = W / t P → Potência Elétrica em watt (W) 
P = E x I 
P = R x I² 
P = E² / R 
 
 
 
3 - Etapas da elaboração de um projeto de instalação elétrica 
 
3.1 - Informações preliminares 
 Plantas de situação 
 Projeto arquitetônico 
 Projetos complementares 
 Informações obtidas do proprietário 
 
3.2 - Quantificação do sistema 
 Levantamento da previsão de cargas (quantidade e potência nominal dos pontos de 
utilização – tomadas, iluminação, elevadores, bombas, ar-condicionado, etc) 
 
3.3 - Desenho das plantas 
 Desenho dos pontos de utilização 
 Localização dos Quadros de Distribuição de Luz (QLs) 
 Localização dos Quadros de Força (QFs) 
 Divisão das cargas em circuitos terminais 
 Desenho das tubulações de circuitos terminais 
 Localização das Caixas de Passagem dos pavimentos e da prumada 
 Localização do Quadro Geral de Baixa Tensão (QGBT), Centros de Medidores, Caixa 
Seccionadora, Ramal Alimentador e Ponto de Entrega Desenho das tubulações dos circuitos alimentadores 
 Desenho do Esquema Vertical (prumada) 
 Traçado da fiação dos circuitos alimentadores 
 
3.4 - Dimensionamento de todos os componentes do projeto. 
 Dimensionamento dos condutores 
 Dimensionamento das tubulações 
 Dimensionamento dos dispositivos de proteção 
 Dimensionamento dos quadros 
 
3.5 - Quadros de distribuição 
 Quadros de distribuição de carga (tabelas) 
 Diagramas unifilares dos QLs 
 Diagramas de força e comando de motores (QFs) 
 Diagrama unifilar geral 
 
3.6 - Memorial descritivo: descreve o projeto sucintamente, incluindo dados e 
documentação do projeto, Memorial de cálculo, contendo os principais cálculos e 
dimensionamentos. 
 Cálculo das previsões de cargas 
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10
 Determinação da demanda provável 
 Dimensionamento de condutores, eletrodutos e dispositivos de proteção. 
 
 
3.7 - Especificações técnicas e lista de materiais 
 
 
 
 
4 – Classificações dos tipos de fornecimento de energia em ramal secundário (Baixa 
Tensão) 
 
 Limites de fornecimento: Unidades consumidoras com potência instalada < 75kVA, 
podendo, em alguns casos chegar até 225 kVA (Light) ou 150 kVA (Ampla). 
 
 Tensão padronizada: 220 V/127 V ou 380 V/220 V. 
 
 Classificação dos tipos de fornecimento: Em função da potência instalada declarada, o 
fornecimento de energia elétrica à unidade consumidora será feito de acordo com a 
classificação a seguir: 
 
 
 
 Monofásico: fornecimento a 2 fios (fase e neutro) 127V ou 220V até 8 kW. 
 
 
 
 Trifásico: fornecimento a 4 fios (3 fases e neutro) 220 V/127 V ou 380 V/220 V. 
 
 
A energia chega até nossas residências através do ramal de baixa tensão da concessionária, 
conforme figura a seguir. 
 
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5 – Simbologia 
 
Todos os elementos arquitetônicos, hidráulicos, sanitários, elétricos e etc., têm suas 
representações gráficas padronizadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). 
A seguir, transcrevemos algumas simbologias mais utilizadas em instalações elétricas. Quando 
se deseja representar um elemento que se deseja diferenciar da simbologia aprovada, ou não 
existir tal representação, pode criar um símbolo próprio, desde que venha indicada na planta a 
convenção utilizada. 
TOMADA BAIXA
TOMADA À MEIA ALTURA
TOMADA ALTA
LUMINÁRIA TIPO ARANDELA COM LÂMPADA INCANDESCENTE
LUMINÁRIA FLUORESCENTE NO TETO
PONTO DE LUZ INCANDESCENTE NO TETO
 
Ramal de alimentação 
Ponto de entrega 
Medidor 
Ramal em BT da 
Concessionária 
Aterramento 
QDL

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