Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
8o História 2o bimestre – Aula 14 Ensino Fundamental: Anos Finais As lutas pela independência do Brasil ANO 2024_AF_V1 (EF08HI12) Caracterizar a organização política e social no Brasil desde a chegada da Corte portuguesa, em 1808, até 1822 e seus desdobramentos para a história política brasileira. “Independências” do Brasil; conflitos regionais pela independência; Participação popular na luta pela independência. Compreender o contexto histórico em que ocorreram as lutas pela independência do Brasil; Analisar as condições políticas e sociais, bem como o envolvimento de diferentes grupos sociais na luta pela independência. Conteúdo Objetivos 2024_AF_V1 Todas as mãos 2 MINUTOS Portugal Independência se faz no grito? GIF. Recorte. Independência ou Morte, obra de Pedro Américo, óleo sobre tela, 1888. Museu do Ipiranga/Museu Paulista/USP, SP A independência do Brasil por muito tempo foi narrada como obra de um único homem: o príncipe D. Pedro I autor do célebre “Grito do Ipiranga”. Em sua opinião, o processo de emancipação política de um país pode ser feito pela ação de uma única pessoa? Argumente. Para começar 2024_AF_V1 Estudante, o processo de independência do Brasil não foi um evento único e homogêneo, mas sim um conjunto de lutas e conflitos regionais que contaram com a participação de mulheres, homens livres pobres, negros escravizados que se mobilizaram e lutaram contra a investida portuguesa que não aceitava nossa independência e tentava impor ao Brasil a restauração de sua anterior condição de colônia. Nos próximos slides, veremos exemplos de como se deu essa participação popular nas Batalhas do Jenipapo e dos Pirajás, bem como na adesão do Pará ao processo de independência. Foco no conteúdo 2024_AF_V1 Janeiro Contrariando ordens das Cortes, que exigiram seu pronto regresso a Portugal, D. Pedro I decidiu “ficar" no Brasil. Fevereiro Sob a influência de José Bonifácio, um dos articuladores políticos do movimento, D. Pedro I assinou o decreto do “cumpra-se”, isto é, nenhuma lei das Cortes poderia vigorar no Brasil sem a aprovação prévia de D. Pedro I. Maio D. Pedro I recebeu o título de Defensor Perpétuo do Brasil. Junho Convocação de uma Assembleia constituinte Etapas importantes no processo de emancipação – 1822 Continua... Foco no conteúdo 2024_AF_V1 Agosto Manifestos redigidos por Gonçalves Ledo aos brasileiros, apelando para que se unissem em torno de D. Pedro I, e por José Bonifácio às nações amigas, no sentido que estas continuassem a manter relações diretas com o Brasil. Setembro Decretos das Cortes de Lisboa exigindo o regresso imediato do príncipe regente, sob pena de ele ser afastado da sucessão portuguesa. Foi nesse contexto que se verificou, sem maiores radicalizações e em torno do príncipe regente, a independência. Outubro Aclamação do regente D. Pedro I. Dezembro D. Pedro I é coroado Imperador Constitucional do Brasil. Etapas importantes no processo de emancipação – 1822 Foco no conteúdo 2024_AF_V1 Guerras de Independência Para além dos dados de nossa história institucional que vimos nos slides anteriores, a independência não foi aceita imediatamente por todos. Governadores de algumas províncias resistiram a aceitar a separação, apoiados pelas tropas militares portuguesas; Em diferentes províncias brasileiras, como Bahia, Piauí, Grão-Pará, Ceará, Maranhão e Província Cisplatina, o povo pegou em armas para combater militares fiéis a Portugal; Na Bahia, depois de vários combates, batalhões populares vindos do interior da província cercaram as tropas portuguesas que estavam em Salvador; Continua... Foco no conteúdo 2024_AF_V1 Sem alimentos, os soldados portugueses, comandados pelo coronel Madeira de Melo, tentaram furar o cerco, mas foram derrotados na Batalha de Pirajá. Posteriormente, navios ingleses a serviço de D. Pedro I bloquearam Salvador e os forçaram a deixar o Brasil em 2 de julho de 1823; Para saber mais sobre a Batalha de Pirajá, assista: 2 DE JULHO: COMO FOI A INDEPENDÊNCIA DA BAHIA #epi018 (youtube.com) Continua... Foco no conteúdo 2024_AF_V1 Entre as resistências contra as tropas portuguesas comandadas por Madeira de Melo na Bahia, está o assassinato da madre superiora, irmã Joanna Angelica, que tentou impedir a invasão de soldados portugueses no Convento da Lapa; Retrato da sóror Joanna Angelica, por Domenico Failutti (1920) Continua... Foco no conteúdo 2024_AF_V1 No Piauí, uma guerra pela independência começou quando a Câmara de Parnaíba declarou seu apoio à independência. O general português Cunha Fidié e suas tropas partiram de Oeiras para reprimir o movimento. No Ceará, liderado por José Pereira Filgueiras, as forças populares tomaram Fortaleza e estabeleceram um governo pró-independência. Cearenses, maranhenses e baianos, armados com facas, machados e espingardas, juntaram-se aos piauienses para resistir às tropas de Cunha Fidié, lutando por mais de cinco horas para impedir sua passagem; General Cunha Fidié Continua... Foco no conteúdo 2024_AF_V1 A batalha deu-se na cidade de Campo Maior, interior do Piauí, e recebeu o nome de Batalha do Jenipapo. Muitas mulheres trocaram suas joias por armas e também se engajaram na guerra pela independência; Obelisco em homenagem aos mortos da Batalha de Jenipapo (1922). Museu do Monumento do Jenipapo Foco no conteúdo 2024_AF_V1 Apesar de não terem conseguido vencer essa batalha, os piauienses enfraqueceram as tropas de Fidié e continuaram a combatê-las em Caxias, no Maranhão, onde foram forçadas a se render. Em São Luís, a independência foi aclamada pela população local, que teve o apoio de uma esquadra inglesa. Para saber mais sobre a Batalha de Jenipapo, assista: Você já ouviu falar da Batalha do Jenipapo? (youtube.com) Foco no conteúdo 2024_AF_V1 O primeiro passo para a independência da Bahia, Palácio do Rio Branco, Salvador, Bahia. Obra Antônio Parreiras, 1935 Observe a imagem ao lado. De acordo com sua observação e conforme os conhecimentos adquiridos até aqui, debatam oralmente sobre a seguinte pergunta: ainda é possível defender que o processo de independência do Brasil, foi pacífico? Argumente. 3 MINUTOS De surpresa Foco no conteúdo 2024_AF_V1 Também no norte do Brasil houve movimentação com a participação do povo pela independência do nosso país. Foi o caso da adesão do Pará, que você pode conferir assistindo ao vídeo ao lado. A adesão do Pará ao Brasil independente Assista ao vídeo e veja como se deu a adesão do Pará à independência e suas repercussões. A Adesão do Pará ao Brasil Independente – YouTube Foco no conteúdo 2024_AF_V1 As Guerras de Independência do Brasil foram uma série de conflitos armados e movimentos políticos que culminaram na independência do Brasil em relação a Portugal, proclamada em 1822. Essas guerras foram marcadas por batalhas, revoltas e confrontos entre as forças brasileiras e as forças portuguesas leais à coroa. Ao contrário do que muito se afirma, o processo de emancipação política do nosso país não foi pacífico, houve resistência, e a luta, inclusive do povo, foi crucial para garantir que o “grito do Ipiranga” se concretizasse em realidade. Concluindo... Foco no conteúdo 2024_AF_V1 Estudantes, de acordo com os conhecimentos adquiridos nesta aula, vocês serão desafiados a descobrir se as afirmativas abaixo correspondem a um fato verídico (Fato) ou a uma notícia falsa (Fake). Para tanto, formem times e, ao serem questionados pelo professor, digam se é Fato para o que é verdadeiro ou Fake para o que é falso. Mostre-me A independência de nosso país não se restringe a uma data no calendário. Trata-se de um processo que começa com a vinda da família real portuguesa para o Brasil (1808), prolonga-se pelo governo joanino e desdobra-se na regência de D. Pedro I — que, com apoio das elites políticas locais, desobedeceu às Cortes de Lisboa, permaneceu no Brasil e rompeu com os laços que nos prendiam à metrópole portuguesa. Continua... 10 MINUTOS 2024_AF_V1 Na prática 2. A independênciado Brasil concretiza-se com a proclamação de D. Pedro I às margens do Ipiranga, em 7 de setembro de 1822. 3. Muitas pessoas contribuíram para a emancipação política do Brasil: incluindo escravizados, indígenas e mestiços em diferentes províncias do território. 4. A independência do País não passa de um acordo diplomático estabelecido entre D. João VI, quando retornou a Portugal, e seu filho Pedro, que permaneceu no Brasil. 5. A independência do Brasil não ficou restrita aos acontecimentos que ocorriam na corte do Rio de Janeiro. O processo de separação de Portugal mobilizou todo o país. 6. O processo de nossa independência deu-se de forma conciliatória e pacífica. Não houve lutas internas nem derramamento de sangue. 2024_AF_V1 Na prática 1. A independência de nosso país não se restringe a uma data no calendário. Trata-se de um processo que começa com a vinda da família real portuguesa para o Brasil (1808), prolonga-se pelo governo joanino e desdobra-se na regência de D. Pedro I – que, com apoio das elites políticas locais, desobedeceu às Cortes de Lisboa, permaneceu no Brasil e rompeu com os laços que nos prendiam à metrópole portuguesa. 2. A independência do Brasil concretiza-se com a proclamação de D. Pedro I às margens do Ipiranga, em 7 de setembro de 1822. 3. Muitas pessoas contribuíram para a emancipação política do Brasil: incluindo escravizados, indígenas e mestiços em diferentes províncias do território. Correção 2024_AF_V1 Na prática 4. A independência do País não passou de um acordo diplomático estabelecido entre D. João VI, quando retornou a Portugal, e seu filho Pedro, que permaneceu no Brasil. 5. A independência do Brasil não ficou restrita aos acontecimentos que ocorriam na corte do Rio de Janeiro. O processo de separação de Portugal mobilizou todo o país. 6. O processo de nossa independência se deu de forma conciliatória e pacífica. Não houve lutas internas nem derramamento de sangue. 2024_AF_V1 Na prática Faça agora “[...] criou-se uma espécie de ‘lenda da Independência’ que reconta a epopeia a partir de uma série de fatos perfilados e encadeados, como se a saída imperial fosse a única possível. Não era; tanto que várias outras províncias não seguiram o exemplo do Rio de Janeiro e São Paulo, como a Bahia, que só aderiu à Independência em 1825, São Luís do Maranhão, que reconheceu a separação em agosto de 1823, e o Piauí, que derrubou o mito da separação política pacífica por conta da Batalha do Jenipapo, ocorrida no dia 13 de março de 1823, e que levou à morte de centenas de pessoas.” SCHWARCZ, Lilia M. – O Sequestro da Independência (Artigo) Leia o trecho abaixo e, de acordo com os conhecimentos adquiridos em nossa aula, responda ao questionamento em sequência. O que a historiadora está questionando em relação ao processo de independência do Brasil? 10 MINUTOS 2024_AF_V1 Aplicando O que a historiadora está questionando em relação ao processo de independência do Brasil? Resposta: A historiadora está questionando a versão tradicional da independência do Brasil, tendo a consolidação de uma monarquia sob o comando de Pedro I como inevitável e única opção disponível. Argumenta também que outras províncias do Brasil não seguiram o exemplo do Rio de Janeiro e de São Paulo, havendo inúmeras lutas e conflitos significativos em outras partes do país. Correção 2024_AF_V1 Aplicando Identificamos os motivos que levaram ao processo de emancipação política do Brasil e, por meio desse processo histórico, conseguimos analisar as relações de força e poder presentes na formação da sociedade brasileira. 2024_AF_V1 O que aprendemos hoje? COSTA, E. V. da. Introdução ao estudo da emancipação política. Apud: MOTA, Carlos Guilherme (Org.). Brasil em perspectiva. São Paulo: Difel, 1968. DIAS, M. O. L. A interiorização da metrópole e outros estudos. São Paulo, Alameda, 2005. Disponível em: https://cutt.ly/34TPfeD. Acesso em: 23 mar. 2023. DOLHNIKOFF, M. História do Brasil Império. São Paulo: Contexto, 2017. LEMOV, D. Aula nota 10 3.0: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2023. OLIVEIRA, C. H. de S. Repercussões da revolução: delineamento do império do Brasil, 1808/1831. In GRINBERG, Keila e SALLES, Ricardo (org.). O Brasil Imperial, v. I: 1808-1831. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo Paulista, 2019. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo em Ação, 2023. Coordenadoria Pedagógica – COPED. SCHWARCZ, Lilia M. – O Sequestro da Independência (Artigo). Disponível em: O sequestro da Independência - PDF Free Download (docplayer.com.br). Acesso em 26 mar. 2024. 2024_AF_B1_V1 Referências Lista de imagens e vídeos Slide 3 – GIF. Recorte. Independência ou Morte, obra de Pedro Américo, óleo sobre tela, 1888. Museu do Ipiranga/Museu Paulista/USP, SP. Disponível em: ef107set20box046-independencia-c5-wikimediacommons-googleartsculture-gif.gif (738×492) (nova-escola-producao.s3.amazonaws.com). Acesso em: 7 mar. 2024. Slide 9 – Joanna Angélica. Domenico Failutti (1925). Integra o acervo do Museu do Ipiranga/Museu Paulista da USP. Disponível em: https://cutt.ly/V420jcc. Acesso em: 7 mar. 2024. Slide 10 – General Cunha Fidié. Disponível em: batalha-do-jenipapo (camara.leg.br). Acesso em: 12 mar. 2024. Slide 11 – Obelisco da Batalha do Jenipapo construído em 1922 no cemitério onde estão os corpos dos combatentes, Monumento do Jenipapo. Disponível em: https://cutt.ly/q49DqFV. Acesso em: 31 mar. 2023. Slide 13 – Primeiro Passo para a Independência da Bahia, Palácio do Rio Branco, Salvador, Bahia. Obra Antônio Parreiras, 1935. Disponível em: Ficheiro:Parreiras O Primeiro Passo para a Independência da Bahia.png – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org). Acesso em: 12 mar. 2024. 2024_AF_B1_V1 Referências 2024_AF_V1 image1.png image2.png image3.png image4.png image5.png image6.png image10.png image11.gif image12.png image13.jpeg image14.png image15.png image16.png image17.png image18.jpeg image19.png image20.jpeg image21.png image22.png image23.png image7.png image8.png image9.png
Compartilhar