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1 10 PROCESSO DE TRABALHO EM VIGILÂNCIA SANITÁRIA

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PROCESSO DE TRABALHO EM VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
 
 
 
 
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Faculdade de Minas 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4 
COMPLEXIDADE DA VISAT EM REDE ......................................................... 9 
INSPEÇÃO SANITÁRIA ............................................................................... 10 
ESTRATÉGIAS ............................................................................................ 12 
Priorização Socia ...................................................................................... 13 
Critério Epidemiológico ............................................................................. 14 
Abordagem Territorial ............................................................................... 15 
O ramo de atividade econômica ................................................................ 16 
Abordagem por cadeias produtivas ........................................................... 17 
Prioridades institucionais .......................................................................... 17 
COMPLEXIDADE DA VISAT EM REDE ....................................................... 18 
ATRIBUIÇÕES DA VISAT ............................................................................ 20 
Referências .................................................................................................. 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Faculdade de Minas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FACUMINAS 
 
A história do Instituto Facuminas, inicia com a realização do sonho de um grupo 
de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a Facuminas, como entidade 
oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A Facuminas tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
 
 
 
 
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Faculdade de Minas 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
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Faculdade de Minas 
 
 
"A atividade VISAT deve estabelecer uma intervenção e negociação de 
controle e mudanças no processo de trabalho, em sua base tecnológica ou de 
organização do trabalho, o que virtualmente, poderá eliminar o risco de acidentes e 
adoecimento relacionado ao trabalho." (Machado, 2011) 
 A Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) é um dos componentes do 
Sistema Nacional de Vigilância em Saúde. Visa à promoção da saúde e a redução da 
morbimortalidade da população trabalhadora, por meio da integração de ações que 
intervenham nos agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de 
desenvolvimento e processos produtivos. 
A especificidade de seu campo é dada por ter como objeto a relação da saúde 
com o ambiente e os processos de trabalho, abordada por práticas sanitárias 
 
 
 
 
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desenvolvidas com a participação dos trabalhadores em todas as suas etapas. Como 
componente da vigilância em saúde e visando à integralidade do cuidado, a VISAT 
deve inserir-se no processo de construção da Rede de Atenção à Saúde, coordenada 
pela Atenção Primária à Saúde. 
Nesta perspectiva, a VISAT é estruturante e essencial ao modelo de Atenção 
Integral em Saúde do Trabalhador. A Vigilância em Saúde do Trabalhador 
compreende uma atuação contínua e sistemática, ao longo do tempo, no sentido de 
detectar, conhecer, pesquisar e analisar os fatores determinantes e condicionantes 
dos agravos à saúde relacionados aos processos e ambientes de trabalho, em seus 
aspectos tecnológico, social, organizacional e epidemiológico, com a finalidade de 
planejar, executar e avaliar intervenções sobre esses aspectos, de forma a eliminá-
los ou controlá-los. Apresenta como características gerais: 
 O caráter transformador: a Vigilância em Saúde do Trabalhador constitui um 
processo pedagógico que requer a participação dos sujeitos e implica em 
assumir compromisso ético em busca da melhoria dos ambientes e processos 
de trabalho. Dessa maneira, a ação de VISAT deve ter caráter proponente de 
mudanças e de intervenção sobre os fatores determinantes e condicionantes 
dos problemas de saúde relacionados ao trabalho. 
 
 A importância das ações de promoção, proteção e prevenção: partindo do 
entendimento de que os problemas de saúde decorrentes do trabalho são 
potencialmente preveníveis, esta Política deve fomentar a substituição de 
matérias primas, de tecnologias e de processos organizacionais prejudiciais à 
saúde por substâncias, produtos e processos menos nocivos. As práticas de 
 
 
 
 
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intervenção em VISAT devem orientarse pela priorização de medidas de 
controle dos riscos na origem e de proteção coletiva. 
 
 Interdisciplinaridade: a abordagem multiprofissional sobre o objeto da 
vigilância em saúde do trabalhador deve contemplar os saberes técnicos, com 
a concorrência de diferentes áreas do conhecimento e, fundamentalmente, o 
saber dos trabalhadores, necessários para o desenvolvimento da ação. 
 
 Pesquisa-intervenção: o entendimento de que a intervenção, no âmbito da 
vigilância em saúde do trabalhador, é o deflagrador de um processo contínuo, 
ao longo do tempo, em que a pesquisa é sua parte indissolúvel, subsidiando e 
aprimorando a própria intervenção. 
 
 Articulação intrasetorial: a Vigilância em Saúde do Trabalhador deve se 
articular com os demais componentes da Vigilância em Saúde - Vigilância 
Epidemiológica, Vigilância Sanitária, Vigilância em Saúde Ambiental, 
Promoção da Saúde e Vigilância da Situação de Saúde. 
 
 Articulação intersetorial: deve ser compreendida como o exercício da 
transversalidade entre as políticas de saúde do trabalhador e outras políticas 
setoriais, como Previdência, Trabalho e Meio Ambiente, e aquelas relativas ao 
 
 
 
 
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desenvolvimento econômico e social, nos âmbitos federal, estadual e 
municipal. 
 
 Pluriinstitucionalidade: articulação, com formação de redes e sistemas no 
âmbito da vigilância em saúde e com as universidades, os centros de pesquisa 
e demais instituições públicas com responsabilidade na área de saúde do 
trabalhador, consumo e ambiente. 
"A vigilância em saúde do trabalhador, enquanto campo de atuação, distingue-
se da vigilância em saúde em geral e de outras disciplinas no campo das relações 
entre saúde e trabalho por delimitar como seu objeto específico a investigação e 
intervenção na relação do processo de trabalho com a saúde" (Machado, 1997) 
Identificar o perfil de saúde da população trabalhadora, considerando a analise da 
situação de saúde: 
a) A caracterização do território, perfil social, econômico e ambiental da população 
trabalhadora. 
b) Intervir nos fatores determinantes dos riscos e agravos à saúde da população 
trabalhadora, visando eliminá-los ou, na sua impossibilidade, atenuá-los e controlá-
los. 
c) Avaliar o impacto das medidas adotadas para a eliminação, controle e atenuação 
dos fatores determinantes dos riscos e agravos à saúde, para subsidiar a tomada de 
decisões das instancias do SUS e dos órgãos competentes, nas três esferas degoverno. 
d) Utilizar os diversos sistemas de informação para a VISAT. 
 
 
 
 
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COMPLEXIDADE DA VISAT EM REDE 
 
A implantação de ações de VISAT está fundamentada na possibilidade de 
serem estabelecidas articulações entre as instâncias executoras do SUS, e apresenta 
como característica a conexão com instituições além do sistema de saúde, com a 
configuração de redes intersetoriais a partir de distintos polos institucionais e 
organizativos de acordo com o objeto da ação priorizado. 
Observa-se assim, a transversalidade das ações com a responsabilidade 
múltipla das instancias sociais envolvidas. Internamente ao SUS as redes são tecidas 
a partir das ações da atenção primária, da vigilância epidemiológica, ambiental ou 
sanitária e coordenadas pelas instâncias de saúde do trabalhador. Se organizam no 
sentido da promoção da saúde dos trabalhadores em articulação com interlocutores 
segundo a natureza da questão em foco. 
 
 
 
 
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 A ação de VISAT é múltipla e articula o acolhimento de queixas, o atendimento 
clínico, a análise epidemiológica, a análise das situações de risco, a busca de 
alternativas sociais e tecnológicas, intervenções regulatórias e processos de apoio 
social que são identificados e implementados de forma continuada em que a rede 
constituída confere uma perenidade ao processo. 
Deve ser observado que a complexidade da VISAT não pode ser paralisante, 
ao contrário é motivadora no sentido de que é inclusiva, constituída de múltiplas ações 
organizadas em rede e construída a partir da conjugação de atividades simples com 
diferenciados graus de aplicação de tecnologia e conhecimento. 
 
INSPEÇÃO SANITÁRIA 
 
 
 
 
 
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É a essência da ação de vigilância em saúde do trabalhador e é desenvolvida 
por análises de documentos, entrevistas com trabalhadores e observação direta do 
processo de trabalho. Corresponde ao modo de olhar do sanitarista para o trabalho 
na tentativa de destacar seus impactos na saúde e ao meio ambiente. 
É a observação da forma de trabalhar, da relação trabalhador com os meios 
de produção e da relação dos meios de produção com o ambiente. É a ação geradora 
de uma intervenção de redução dos riscos à saúde dos trabalhadores relacionados a 
um ambiente, a uma atividade ou a um processo de trabalho. É exercida por uma 
equipe de Vigilância em Saúde do Trabalhador, não devendo ser realizada de forma 
individual. 
Os profissionais envolvidos com a VISAT não devem possuir conflitos de 
interesses para realização plena de suas atribuições de autoridade sanitária, que 
deve estar pautada pelos princípios voltados a saúde pública. 
A observação realizada deve destacar os aspectos técnicos, epidemiológicos 
e sociais do ambiente, das atividades e do processo de trabalho em foco. 
 O diálogo com os trabalhadores é imprescindível no momento da observação, 
no preparo da observação e nas discussões das intervenções a serem prescritas. 
 
 
 
 
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ESTRATÉGIAS 
 
Cada Município, Região e Estado guardadas suas características, deve buscar 
a melhor forma de estabelecer suas próprias estratégias de vigilância, alguns 
pressupostos podem ser considerados como aplicáveis ao conjunto do SUS. 
 Onde já existam estruturas, estaduais e municipais, de Saúde do Trabalhador 
– Programas, Coordenações, Divisões, Gerências, Centros de Referência, Núcleos 
de Saúde do Trabalhador – cabe promover e/ou aprofundar a relação institucional 
com as estruturas de Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária, Vigilância 
 
 
 
 
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Ambiental, de Atenção Primária e de Média e Alta complexidade, buscando a 
superação da dicotomia existente em suas práticas, em que o objeto de ação da 
vigilância, em geral, não contempla o processo de produção e sua relação com a 
saúde dos trabalhadores. 
 Com este intuito, recomenda-se a constituição de equipes multiprofissionais 
para a execução de ações interdisciplinares e interinstitucionais, organizadas dentro 
das diretrizes desenvolvidas pela RENAST na lógica do planejamento estratégico 
descrito a partir dos critérios discutidos a seguir. 
O estabelecimento de prioridades visa analisar, avaliar e pronunciar-se sobre 
o desempenho e situações de risco à saúde e aos ambientes relacionados às 
atividades, processos, equipamentos, matérias-primas e produtos. Dentre os passos 
que podem ser estabelecidos na estratégia de operacionalização das ações, 
buscando manter uma lógica seqüencial de consolidação da vigilância, consideram-
se como critérios para a definição de ações de vigilância em saúde do trabalhador: 
 
 
Priorização Socia 
 
 
 
 
 
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Estabelece o atendimento de questões priorizadas pelos movimentos sociais 
como critério de planejamento de ações de vigilância, a partir da participação de 
trabalhadores na definição das ações do serviço de saúde. 
Qualifica a capacidade de resposta às demandas ao incluir o saber dos 
trabalhadores, sua capilaridade de ação e sua força de negociação por melhores 
condições de trabalho. 
 A intervenção é organizada de forma participativa e se opera pela modificação 
do processo de trabalho/atividade conjugando aspectos epidemiológicos ao contexto 
social das relações de trabalho e com a base técnica em que o trabalho se 
desenvolve. 
 A articulação com movimentos sociais torna viável a capacidade de 
reprodutividade e ampliação dos impactos da ação de VISAT, em uma determinada 
situação-problema em questão, seja para o movimento social como um todo como 
para além do território de sua operação. 
 
 
Critério Epidemiológico 
 
Consiste na intervenção a partir da identificação de uma situação de risco, de 
vulnerabilidade ou de impacto à saúde dos trabalhadores que representa um 
problema coletivo. A intervenção deve considerar os aspectos potenciais de 
freqüência e/ou gravidade dos agravos, dos riscos, da exposição ou da situação de 
vulnerabilidade. Trata-se da identificação da relevância de um determinado problema 
de saúde ou situação de risco a ser enfrentado. O critério epidemiológico é definido 
 
 
 
 
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pela sua dimensão e gravidade ou por estimativas, devendo ser levado em 
consideração a capacidade de intervenção que define a transcendência da 
intervenção de vigilância em saúde. 
A abordagem epidemiológica, a partir da observação da exposição dos casos 
se operacionaliza pela identificação de atividades críticas relacionadas à base social 
e tecnológica do processo de trabalho, seja na sua etapa exploratória ou de 
monitoramento. 
A utilização deste critério deve se pautar em informações epidemiológicas dos 
agravos registrados no âmbito do SUS (SIA, SINAN, SIM.), no âmbito da previdência 
social (SABi/SUB), casos registrados na Segurança Pública, segundo a proporção de 
ocorrência, denúncias ou análise dos processos produtivos da região. 
A vigilância epidemiológica dos agravos relacionados ao trabalho pode ser 
considerada uma fonte de observação de eventos potencialmente deflagradores de 
desgaste e dano à saúde trabalhador, na perspectiva da análise do modo de vida e 
de trabalho e, a partir dos agravos referidos na Portaria GM /MS nº 2472 de agosto 
de 2010 e deve ser estruturado pelas análises da sua distribuição segundo as 
características da pessoa, de tempo e de espaço, estabelecendo a relevância por 
grupo ocupacional, ramo de atividade econômica e seu caráter de evento sentinela. 
Inclui como critério a vulnerabilidade da população potencialmente envolvida em uma 
dada situação de risco. 
 
 
Abordagem Territorial 
 
 
 
 
 
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Consiste em uma observação sócio-espacial e de intervenção por varredura, 
em pequena área geográficapreviamente delimitada (setor censitário, distrito de 
saúde, bairro, distrito industrial, município, etc.) contempla todos os processos de 
trabalho capazes de gerar dano à saúde. 
A ação visa abranger a força de trabalho ao longo do tempo, a partir da 
avaliação de risco dos processos de trabalho e do processo de produção, de modo a 
monitorar a situação dos determinantes do processo saúde-doença. 
Deve partir da identificação das formas de trabalho no território de abrangência 
dos serviços de saúde responsáveis pela VISAT e devem ser incluídas nas análises 
de situação de saúde, informações sócias demográficas e de produção. 
 
O ramo de atividade econômica 
 
A abordagem por ramo de atividade econômica deve integrar a análise em 
atividades de risco no âmbito de um setor produtivo, em uma ação que deve abranger 
o conjunto de empresas de um determinado ramo. Além destes, cabe considerar a 
atuação em cadeias produtivas e de ciclos de vida dos produtos. 
Consiste na atuação em empresas, cooperativas, instituições diversas ou 
propriedade rural com perfil similar de atividades e organização do trabalho, capaz de 
se constituir em risco para a saúde, preponderantes numa dada região. 
A ação, neste caso, visa à mudança dos processos de forma comparada e 
integrada, sem a punição de um estabelecimento em particular, mas intervindo em 
todo ou parte daquele setor e, em especial, nos que apresentam grande concentração 
 
 
 
 
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de trabalhadores, sempre buscando uma ação conjunta com os trabalhadores, seus 
representantes e sindicatos das categorias envolvidas no setor. 
A ação é focalizada em atividades de risco capaz de repercutir no conjunto de 
empresas ou estabelecimentos de um determinado ramo, possibilitando a adoção de 
alternativas tecnológicas capazes de servir de referência para o setor como um todo. 
Abordagem por cadeias produtivas 
 
Na perspectiva estratégica e sistemática considera-se uma abordagem de 
integração de problemas e formas de intervenção que é facultada pela observação 
do trabalho situado em cadeias produtivas. 
Destaca-se que a análise e intervenção em cadeias produtivas devem ser 
realizadas a partir do mapeamento de todo ciclo dos produtos e insumos envolvidos, 
desde a produção primária de insumos, a o processo produtivo em si, a distribuição, 
o consumo e o descarte final dos resíduos. Dessa forma, a análise de impacto 
sanitário deve articular diversos setores produtivos e identificar as alternativas dos 
modelos de desenvolvimento e produção adotados. 
Na identificação dos problemas e focos de intervenção da vigilância, devem 
ser consideradas as frações das cadeias produtivas e as situações críticas e 
vulneráveis da cadeia. As ações devem ter o caráter exemplar, possibilitar a sua 
reprodução e serem capazes de multiplicar seus impactos. 
 
Prioridades institucionais 
 
 
 
 
 
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O setor saúde é chamado a participar em projetos e programas 
interinstitucionais e na resolução de casos e situações de risco identificadas por 
órgãos diversos que se relacionam com a VISAT. Além das prioridades definidas 
pelos setores institucionais parceiros nas ações 10 de VISAT, incluídas demandas e 
temas advindos de acordos e convenções internacionais que tem como ponto focal 
instituições de outros setores. Por exemplo, a erradicação do trabalho infantil, as 
políticas de segurança química e as campanhas do Trabalho Decente. 
 
 Ou mesmo de prioridades estabelecidas por políticas do próprio setor saúde 
e de outros setores que tangenciem as questões relativas à saúde dos trabalhadores, 
como por exemplo, a violência no transito. g) Interação entre estratégias É importante 
salientar que os critérios acima não obedecem à ordem de hierarquia e tampouco são 
excludentes. 
Os casos ou situações de risco em um território definidos como de relevância 
epidemiológica e social devem ser priorizados em planos e programas de vigilância 
em saúde do trabalhador inserido na Secretaria de Saúde do Município e do Estado. 
As ações de VISAT devem ser discutidas nas instâncias de controle social do SUS e 
outras como fóruns, comissões, etc. em uma perspectiva de inclusão no plano de 
saúde da região. 
A definição de prioridades em processos coletivos permite consolidar parcerias 
e fortalecer processos de negociação. 
 
COMPLEXIDADE DA VISAT EM REDE 
 
 
 
 
 
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A implantação de ações de VISAT está fundamentada na possibilidade de 
serem estabelecidas articulações entre as instâncias executoras do SUS, e apresenta 
como característica a conexão com instituições além do sistema de saúde, com a 
configuração de redes intersetoriais a partir de distintos polos institucionais e 
organizativos de acordo com o objeto da ação priorizado. Observa-se assim, a 
transversalidade das ações com a responsabilidade múltipla das instancias sociais 
envolvidas. 
Internamente ao SUS as redes são tecidas a partir das ações da atenção 
primária, da vigilância epidemiológica, ambiental ou sanitária e coordenadas pelas 
instâncias de saúde do trabalhador. Se organizam no sentido da promoção da saúde 
dos trabalhadores em articulação com interlocutores segundo a natureza da questão 
em foco. 
 A ação de VISAT é múltipla e articula o acolhimento de queixas, o atendimento 
clínico, a análise epidemiológica, a análise das situações de risco, a busca de 
alternativas sociais e tecnológicas, intervenções regulatórias e processos de apoio 
social que são identificados e implementados de forma continuada em que a rede 
constituída confere uma perenidade ao processo. 
 Deve ser observado que a complexidade da VISAT não pode ser paralisante, 
ao contrário é motivadora no sentido de que é inclusiva, constituída de múltiplas ações 
organizadas em rede e construída a partir da conjugação de atividades simples com 
diferenciados graus de aplicação de tecnologia e conhecimento. 
Os métodos de integração da ação de VISAT devem ser utilizados de forma 
combinada e incluir abordagens participativas de integração sistêmica interdisciplinar 
qualitativa de cunho social, histórico e antropológico. 
 
 
 
 
 
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ATRIBUIÇÕES DA VISAT 
 Estabelecer processos de informação, intervenção e regulação 
relacionados à saúde do trabalhador; 
 Realizar levantamentos, monitoramentos de risco à saúde dos 
trabalhadores e de populações expostas, acompanhamento e registro 
de casos, inquéritos epidemiológicos e estudos da situação de saúde a 
partir dos territórios; 
 Articular com as diversas instâncias da Vigilância em Saúde, Atenção 
Primária e os demais componentes da Rede Assistencial; 
 Promover articulação com instituições e entidades das áreas de Saúde, 
Trabalho, Meio Ambiente, Previdência e outras afins, no sentido de 
garantir maior eficiência das ações de Vigilância em Saúde do 
Trabalhador; 
 
 
 
 
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 Realizar apoio institucional e matricial as instâncias envolvidas no 
processo de vigilância em saúde do trabalhador no SUS; 
 Realizar inspeções sanitárias nos ambientes de trabalho, com objetivo 
de buscar a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores; 
 Sistematizar e difundir as informações produzidas; 
 Promover ações de formação continuada para os técnicos e 
trabalhadores envolvidos nas ações de Vigilância em Saúde do 
Trabalhador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Referências 
. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria no 1.679/ GM, de 19 de setembro de 
2002. Dispõe sobre a estruturação da rede nacional de atenção integral à saúde do 
trabalhador no SUS e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa 
do Brasil, Brasília (DF), 2002 set 20;Seção 1:53. 
2. Brasil. Ministério da Saúde.Portaria no 2.437, de 7 de dezembro de 2005. 
Dispõe sobre a ampliação e o fortalecimento da Rede Nacional de Atenção Integral à 
Saúde do Trabalhador – Renast no Sistema Único de Saúde – SUS e dá outras 
providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF), 2005 dez 
9;Seção 1:78. 
3. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012. 
Institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Diário Oficial 
da República Federativa do Brasil, Brasília (DF), 2012 ago 24;Seção 1:46. 
 
 
 
 
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4. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria no 3.252, de 22 de dezembro de 2009. 
Aprova as diretrizes para execução e financiamento das ações de Vigilância em 
Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios e dá outras providências. 
Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF) 2009 dez 23;Seção 
1:65. 
5. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 204, de 17 de fevereiro de 2016. 
Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos 
de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território 
nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências. Diário Oficial da República 
Federativa do Brasil, Brasília (DF), 2016 fev 18;Seção 1:23. 
6. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 205, de 17 de fevereiro de 2016. 
Define a lista nacional de doenças e agravos, na forma do anexo, a serem 
monitorados por meio da estratégia de vigilância em unidades sentinelas e suas 
diretrizes. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF), 2016 fev 18; 
Seção 1:24.

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