Buscar

MATERIALDEAPOIO-BANDAGEM



Continue navegando


Prévia do material em texto

Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
Esta obra foi publicada pela primeira vez em 2020 por Cinética: Escola do Movimento. 
Direitos autorais © 2020 por Cinéticaedu. Todos os direitos reservados. 
 
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou distribuída de qualquer forma ou 
por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, ou armazenada em um banco de dados ou sistema de 
recuperação, por meio de cobrança monetária, está é uma obra que deve ser distribuída de forma 
integral e gratuita. 
 
As informações incluídas neste livro são apenas para fins educacionais. Não se destina ou 
está implícito como substituto do aconselhamento médico profissional. O leitor sempre deve 
consultar seu médico/ nutricionista/ fisioterapeuta / psicólogo/ treinador, para determinar a 
adequação das informações para sua própria situação ou se tiver alguma dúvida sobre uma 
condição médica ou plano de tratamento. 
 
A leitura das informações deste livro não constitui uma relação médico-paciente. 
 
O autor / proprietário não reivindica nenhuma responsabilidade a qualquer pessoa ou 
entidade por qualquer responsabilidade, perda ou dano causado ou supostamente causado direta 
ou indiretamente como resultado do uso, aplicação ou interpretação das informações aqui 
apresentadas. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
 
RAMIRO MARQUES INCHAUSPE 
 
 
 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP - BANDAGEM FUNCIONAL 
 
 
 
 
Porto Alegre / RS 
2020 
 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
Sobre o Autor 
	
	 Desde muito jovem se destacou no âmbito esportivo como atleta de Handebol, chegando a 
defender as seleções brasileiras de base sub 16 e sub 17, logo ingressou na faculdade onde cursou 
Fisioterapia e Educação Física com bolsa atleta fazendo a faculdade totalmente gratuita por meio 
do esporte, desde os primeiros semestres conciliou aulas, treinamento e participação em projetos 
de pesquisa e extensão onde encontrou sua paixão; a reabilitação e treinamento. Durante a 
graduação participou como estagiário das Olimpíadas Escolares, como parte da delegação do Rio 
Grande do Sul, Jogos Universitários Brasileiros e Projeto Brasil Olímpico 2016. 
 Em meio a todos estes projetos, realizou o curso de formação de oficiais de basquetebol 
promovido pela Federação Gaúcha de Basquetebol. Em pouco menos de um ano foi promovido a 
árbitro nacional da modalidade e convidado a participar do Novo Basquete Brasil – NBB, o segundo 
maior campeonato das américas, atrás apenas dos EUA. No ano de 2014 foi indicado para fazer 
parte da Federação Internacional de Basketball – FIBA, conseguindo a aprovação e o título de 
árbitro internacional. 
 Inquieto, esta é a palavra para definir nosso autor. Imediatamente após terminar a graduação 
buscou continuar os estudos através de uma especialização em treinamento neuromuscular e 
fisioterapia desportiva, mestrado em saúde da criança e do adolescente e doutorado em ciências 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
da reabilitação. Novamente, junto aos estudos, outros projetos estavam por vir, como, por exemplo, 
a criação do departamento de Aptidão Física Junto a Confederação Brasileira de Basketball – CBB 
e, posteriormente foi convidado para realizar o mesmo projeto junto a Federação Internacional de 
Basketball – FIBA (Órgão máximo do esporte no âmbito mundial). Em conjunto com esses desafios 
vieram convites para lecionar em cursos de Graduação e Pós-Graduação, participar de grandes 
eventos científicos, coordenar o controle de aptidão física nos Jogos Pan Americanos Lima 2019 e 
Campeonato Mundial de Basquetebol China 2019. 
Junto a todas essas mudanças continuou os estudos, buscando o doutorado em Ciências da 
Reabilitação e a criação de uma metodologia de reabilitação e treinamento: Cinesioterapia 
Funcional - Reabilitação e Treinamento Funcional. Teve artigos e livro publicado sobre o tema, 
buscou formação internacional nas áreas da reabilitação e do treinamento físico e treinamento 
funcional, através de diversos cursos como: Kettlebell junto a Kettlebell Academics órgão máximo 
no âmbito mundial, Strongfirst, CORE 360, FIFA, Polar Team Pro Analysis além da formação nos 
métodos de bandagem funcional (MacConnell e Kinesio Taping by Kenzo) além de toda sua 
experiência de quase dez anos trabalhando com essa ferramenta fantástica. 
*** 
 O intuito deste projeto inovador é levar o conhecimento deste conceito e incrível 
metodologia ao maior número de pessoas possível. Quanto mais pessoas tiverem acesso a 
informação, mais trabalharemos. A ideia é passar parte do conhecimento teórico e prático e os 
fundamentos e conceitos necessários para o entendimento e aplicação. O livro ilustra e define muito 
bem todos os conceitos, métodos, protocolos e técnicas, mas é fundamental que o profissional 
leitor realize e principalmente pratique todo o conteúdo que aprendeu antes de iniciar com seu 
paciente ou aluno, pois é claro que a prática leva a perfeição. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 A 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
Conteúdo 
introdução	 ________________________________________________________________________________________	3	
APRESENTAÇÃO E HISTÓRIA	 _______________________________________________________________________________	3	
Metodologia Cinética	_________________________________________________________________________	4	
HISTÓRIA	 __________________________________________________________________________________	7	
CAPÍTULO 01	_______________________________________________________________________________________	13	
Método Cinética bandagem funcional	_____________________________________________________________	14	
CAPÍTULO 02	_______________________________________________________________________________________	21	
ANATOMIA E FISIOLOGIA FUNCIONAL	_________________________________________________________________________	21	
ENTENDENDO NOSSOS SISTEMAS	___________________________________________________________________	22	
CONHECENDO A PELE	__________________________________________________________________________	24	
CAPACIDADE SENSORIAL	________________________________________________________________________	26	
CAPÍTULO 03	_______________________________________________________________________________________	32	
ASPECTOS Biomecânicos	 _______________________________________________________________________________	32	
CONHECENDO AS BANDAGENS	_____________________________________________________________________	33	
TERAPÊUTICA	_______________________________________________________________________________	37	
Função muscular	___________________________________________________________________________	39	
Articular	________________________________________________________________________________	42	
Linfática	_________________________________________________________________________________	43	
FLUXOGRAMA	 ______________________________________________________________________________	44	
CAPÍTULO 04	_______________________________________________________________________________________	45	
Bandagem funcional	_________________________________________________________________________________45	
Indicações	 _______________________________________________________________________________	46	
Contraindicações	 __________________________________________________________________________	47	
Tipos de cortes	 ____________________________________________________________________________	48	
Tipos de Aplicações	 _________________________________________________________________________	50	
Preparo para aplicação	______________________________________________________________________	52	
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 B 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
MATERIAIS	 ________________________________________________________________________________	54	
REFERÊNCIAS	_______________________________________________________________________________________	58	
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 3 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
introdução 
APRESENTAÇÃO E HISTÓRIA 
A obra em questão é a primeira edição do livro Segredos da 
Bandagem Funcional – Conceitos, Técnicas e Aplicações, sendo fruto do 
sucesso de uma edição piloto que demonstrou a grande procura por parte 
dos profissionais da área da reabilitação e treinamento, deixando muito 
claro a necessidade de fazer uma obra mais completa com o intuito de 
preencher e sanar dúvidas sobre a bandagem funcional elástica e rígida, 
na reabilitação e no treinamento. 
Neste primeiro capítulo vamos abordar um pouco os motivos que nos 
levaram a realizar essa obra, bem como a história e do surgimento dessa 
incrível metodologia como ferramenta de trabalho. 
 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 4 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
Metodologia Cinética 
A nossa metodologia de trabalho foi criada e desenvolvida baseada 
nos fundamentos básicos da anatomia, fisiologia e biomecânica, e 
também, nos conceitos já existes sobre as bandagens, pelo nosso Expert 
Ramiro Inchauspe, que depois de realizar formações em algumas 
metodologias já conhecidas, cursos e quase 10 anos de experiência no 
esporte e nos maiores eventos esportivos mundiais como Jogos 
Olímpicos, Pan Americanos e Campeonatos Mundiais, sentiu a 
necessidade de uma abordagem diferente e principalmente um consenso 
sobre a aplicação das técnicas de maneira clara e objetiva. 
Após anos de estudos através de congressos, livros, publicações 
científicas sobre o uso das bandagens funcionais e principalmente a 
prática diária das bandagens funcionai. Ramiro tomou como missão de 
preencher estas lacunas existentes acerca das bandagens funcionais, 
incluindo bandagens rígidas e elásticas. Outro fator importante, verificado 
ao longo dos 5 anos de docência, é a clara dúvida ou desconhecimento 
das técnicas por parte de estudantes e profissionais, a maioria 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 5 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
simplesmente aplica bandagens baseados em imagens ou figuras, sem ter 
buscado, em nenhum momento, qualquer tipo de certificação em algum 
método ou sequer cursos de curta duração. 
A bandagem funcional ainda é pouco explorada em toda a sua 
plenitude, conceitos e métodos. Pensando nisso foi colocado ao longo do 
livro muito mais que simplesmente informações sobre aplicações das 
bandagens, mas também informações sobre biomecânica dos 
movimentos, controle motor e plasticidade neural e muscular, complexos 
sensoriais e a neurofisiologia da dor. O maior entendimento de alguns 
conceitos que vamos abordar na presente obra irá possibilitar a escolha da 
melhor técnica de aplicação com a bandagem, de acordo com o 
tratamento ou treinamento, e principalmente para os diferentes 
problemas, lembrando que a bandagem é uma ferramenta que pode ser 
utilizada com auxílio de outras técnicas, maximizando assim o seu sucesso. 
Demonstrar algumas experiências de vida com pacientes e atletas e, 
principalmente, a resposta de cada um deles com o uso da bandagem foi 
o que nos motivou a realizar essa obra. Queremos demonstrar a todos os 
leitores que a bandagem funcional é um recurso de baixo custo, fácil 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 6 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
aplicação e pode auxiliar muito na continuidade dos estímulos que 
buscamos em nosso tratamento. As bandagens podem oferecer estímulos 
constantes e duradouros, dependendo do modo de aplicação e do tempo 
de aplicação. 
O uso das bandagens funcionais pelos diferentes profissionais é cada 
vez maior. A bandagem está cada vez mais em alta no esporte de alto 
rendimento, tendo amantes e não amantes da ferramenta. Hoje temos 
além dos profissionais da fisioterapia e educação física, dentistas, 
fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, entre outros, que fazem uso 
desta ferramenta. 
Espero realmente que esta obra possa auxiliá-lo a entender melhor os 
conceitos, métodos e aplicações da bandagem funcional nas diferentes 
patologias ou tratamentos e, principalmente, que você consiga passar ao 
paciente mais uma ferramenta que ajudará a sua recuperação pelo uso da 
bandagem funcional. 
Ramiro Marques Inchauspe 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 7 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
HISTÓRIA 
A bandagem funcional é muito mais antiga do que muitos imaginam. 
Desde os tempos antigos esse instrumento é utilizado para o auxílio de 
diversas técnicas. Hipócrates, por exemplo, as utilizava após realizar uma 
manipulação para corrigir um pé torto congênito, com o intuito de manter 
o posicionamento do membro e prologar o efeito da manipulação. 
Ambroise Paré também trabalhava com a terapia manual associada as 
bandagens para correções articulares e Nicholas Andry utilizava 
bandagens umedecidas para tratar lesões de ligamentos articulares. 
Talvez, o uso mais famoso das bandagens, seja aquele que era 
realizado no Egito antigo, para a conservação dos corpos após a morte nos 
processos de mumificação. Já no século XVIII, o dermatologista Paul 
Gerson, desenvolveu as famosas meias elásticas de compressão, para 
comprimir a perna no tratamento de úlceras de origem venosa, que até 
hoje é muito utilizada para tratamentos de controle de edema de membros 
inferiores. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 8 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
As bandagens funcionais podem ser feitas de material elástico ou 
rígido, como forma de auxílio externo ao corpo humano. As elásticas, que 
apresentam a capacidade de se estirar, e as rígidas, que não se alteram, 
são feitas a partir de componente químico com aderência e na maioria dos 
casos não causam ao indivíduo. 
Há muitas marcas de bandagens elásticas. Na década de 1970, surge 
na Ásia uma das primeiras, a Kinesio Taping®, cujo fundador foi Kenso 
Kase. Posterirormente, outras foram surgindo, como, por exemplo, Cure 
Tape® (Espanha), K. Taping® (Alemanha), Sport Tex® (Coreia do Sul) e 
Physio Taping® (China). Elas foram desenvolvidas para proporcionar maior 
liberdade de movimento, uma vez que as primeiras bandagens utilizadas 
para tratamento eram rígidas. Estas continuamsendo empregadas e 
incluem, entre outras, o esparadrapo e a técnica da australiana Jenny 
McConnel. 
Visando o tratamento e correções articulares, Jenny Mcconnel 
apresentou em 1984 um conceito de bandagem funcional rígida, 
inicialmente usada para corrigir posições patelares anormais em atletas 
com síndrome de dor patelo-femoral. O estudo foi publicado em 1986. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 9 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
Outro modo de aplicação, proposto por Kenzo Kase, em 1986, 
consiste na aplicação de uma fita adesiva de algodão hipoalergênica que 
pode ser deformada até 140% do seu tamanho original, tornando-se 
altamente elástica e resultando em menor esforço de mecanismo, em 
comparação com um tape convencional. 
Considera-se que o Kinesio Taping aumenta a propriocepção, 
fornecendo uma estimulação aferente constante através da pele. De 
acordo com seu criador, o Kinesio Taping proporciona estímulos cutâneos 
que modulam o movimento, facilitam a função muscular normal, corrigem 
os possíveis desalinhamentos articulares aliviando a tensão muscular, 
reduzem a dor, melhoraram a circulação sanguínea e linfática, e auxiliam 
na redução do edema. 
Com o aumento na exposição da bandagem funcional, bem como do 
baixo custo de aquisição, tornou-se muito fácil obter o produto. Qualquer 
pessoa pode comprar um rolo de bandagem, assistem a um vídeo e se 
auto aplicar a bandagem. Logo, em decorrência desta facilidade, o uso da 
bandagem funcional é, muitas vezes, realizado sem nenhuma avaliação, 
critério ou até mesmo profissional apto para o mesmo. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 10 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
Grande parte das pessoas que utilizam as bandagens, profissionais ou 
não, desconhecem o motivo da sua utilização ou, pelo menos, a parte 
fisiológica da bandagem. Para o uso eficaz e eficiente desta metodologia 
é necessário conhecimento aprofundado sobre, anatomia, fisiologia, 
biomecânica, dor, efeito placebo, mecanismos de lesão, tipos de tecido 
entre outros. As técnicas não devem ser aplicadas por pessoa que não 
sejam profissionais da área da saúde e que não estejam qualificados e 
aptos para a aplicação da técnica. Os profissionais precisam ter a clareza 
de que, se aplicada com sabedoria e de maneira correta, poderá produzir 
melhoras, porem do contrário poderá causar danos. 
Desde os anos 2000 as bandagens funcionais estão cada vez mais 
populares. Cada vez mais vemos pessoas e atletas fazendo o uso das 
bandagens, muitas vezes sem um controle ou acompanhamento 
profissional adequado. A bandagem funcional se tornou febre entre os 
amantes do esporte após o astro do futebol David Beckham fazer um gol 
e, ao levantar a camiseta, estar em suas costas a aplicação das bandagens. 
Desde então elas cresceram muito e hoje se debate muito a sua utilização. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 11 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
 
Figura: David Beckham, jogador de futebol. 
O método da bandagem funcional é reconhecido hoje como uma 
habilidade essencial para todos os envolvidos no tratamento e reabilitação 
de lesões. É amplamente utilizado não apenas para lesões esportivas, mas 
também para muitas outras condições, como desequilíbrio muscular, 
articulações instáveis e controle neural prejudicado. Durante o tratamento 
e a reabilitação, a aplicação da bandagem ajuda no processo de 
cicatrização, apoiando e protegendo as estruturas lesionadas de mais 
lesões ou estresse, reduzindo assim a necessidade de tratamento 
prolongado e afastamento do trabalho. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 12 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
Novas técnicas para a prevenção de lesões estão sendo 
constantemente desenvolvidas, também podendo ser utilizadas na prática 
geral e no ambiente hospitalar para a população não esportiva. Uma vez 
dominadas as técnicas básicas, cabe aos profissionais modificar, alterar e 
desenvolver elas mesmas novas técnicas, sempre aderindo aos princípios 
fundamentais da metodologia bandagem. 
A medicina esportiva tem se voltado para a mobilização precoce por 
meio de terapia funcional, enquanto a imobilização total em moldes de 
gesso está se tornando menos comum. Logo, é usado um suporte 
removível para permitir que a terapia continue durante toda a fase de 
recuperação. Usar o método em um membro ou parte do corpo é como 
aplicar um 'molde flexível' que ajuda na prevenção de mais lesões e 
repousa a parte afetada. Moldes de fita flexíveis limitam a amplitude de 
movimento e podem ser usados em muitos esportes onde suportes rígidos 
não são permitidos. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 13 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
CAPÍTULO 01 
Neste capítulo vamos apresentar os conceitos da metodologia 
cinética de bandagens funcionais. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 14 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
Método Cinética bandagem funcional 
O método Cinética foi desenvolvido no ano de 2019 pelo 
Fisioterapeuta e Profissional de Educação Física Ramiro Inchauspe, com o 
propósito de elaborar uma nova metodologia de trabalho onde fosse 
possível reunir a reabilitação e o treinamento e que atendesse as inúmeras 
e diferentes necessidades dos estudantes e profissionais da fisioterapia e 
educação física para o uso das bandagens funcionais. 
Como criar uma base sólida, ou uma espinha dorsal, que pudesse 
servir como um novo conceito, onde fosse possível trabalhar desde 
indivíduos sedentários até o atleta de alto rendimento. Trabalhar na 
prevenção, reabilitação de lesões e performance através do uso de 
bandagens funcionais. Pacientes ou alunos com a mesma altura, mesma 
idade, mesmo peso e até o mesmo objetivo, porém, entender que cada 
pessoa é única e o trabalho precisa ser feito conforme sua individualidade 
e especificidade. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 15 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
Conseguimos incluir o que consideramos de melhor em cada 
metodologia e conceito sobre as bandagens funcionais e chegamos muito 
próximo de um programa ideal e completo, unindo as aplicações Elásticas 
e Rígidas nos conceitos da Reabilitação ao Treinamento de maneira 
inovadora e inédita. 
Trata-se de uma metodologia flexível, adaptável e eficiente, que você 
poderá implantar em academias, clínicas, hospitais, centro de 
treinamentos, clubes, praças e parques, clubes e outros. É de 
responsabilidade do profissional entender os objetivos e conceitos do 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 16 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
programa para determinada pessoa e assim identificar as necessidades 
para a realização do programa. 
Todas as fases do programa não devem ser encaradas como algo 
maçante ou monótono por nossos pacientes ou alunos, mas sim algo 
prazeroso quecom a variedade de técnicas torna o profissional 
diferenciado e único. 
 Com o melhor dos conceitos já existentes, prática profissional e 
análise de muitos estudos, foi possível moldar a melhor metodologia sobre 
bandagens funcionais, algo que vem para auxiliar, desenvolver, melhorar 
e até mesmo revolucionar as técnicas já existentes, 
O ponto chave do método é buscar o equilíbrio corporal tecidual 
através dos estímulos sensoriais externos e cutâneos, os tecidos contráteis 
e outros tecidos moles (fáscias, ligamentos e tendões), quando submetidos 
a estímulos gerados por um suporte externo, promovidos pelas 
bandagens, consequentemente buscando suas funções normais. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 17 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
O método Cinética não é baseado na simples colocação de uma de 
uma ou mais bandagens, e sim em todo um processo de conhecimento 
dos fatores fundamentais que são a base para qualquer aplicação de 
bandagem funcional, sendo eles: anatômicos, fisiológicos e biomecânicos. 
A avaliação individual e específica de cada caso, buscando o maior número 
de informações sobre a causa da disfunção e seus tecidos envolvidos e 
depois então o problema, saber entender, avaliar e diagnosticar os 
problemas apresentados e então identificar a forma específica de 
aplicação com a devida tensão, direção e correção. E quando necessário 
identificar as limitações do método para o caso em questão, buscando 
outras maneiras ou formas de abordar essa condição. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 18 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
Portanto, não se pode garantir que as aplicações apresentadas neste 
livro resolverão as condições abordadas em qualquer pessoa, pois, em 
situações clínicas e patológicas em comum, diversos possíveis 
desequilíbrios e disfunções podem estar presentes em formas distintas. 
O corpo humano é um sistema com inúmeras Capacidade Funcionais 
e infinitas habilidades, se através desse método os profissionais 
compreenderem os desafios de cada paciente ou aluno e utilizando 
ferramentas universais e métodos que se adaptam a diferentes situações e 
perfis, cria-se, consequentemente, um processo de avaliação constante 
que garantirá melhorias progressivas ao próprio treino através do uso das 
Bandagens Funcionais. 
 Trata-se de uma metodologia que vem com objetivo de desenvolver 
profissionais da área da saúde, Fisioterapeutas e Profissionais de Educação 
Física que buscam aprofundar seus conhecimentos sobre o uso das 
Bandagens Funcionais no âmbito da reabilitação e treinamento, que une 
os conhecimentos fundamentais da anatomia, fisiologia e biomecânica 
aliados ao Método Cinética de Bandagem Funcional, onde surge uma 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 19 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
nova metodologia baseada na Individualidade, especificidade e 
funcionalidade. 
Esta proposta deve ser compreendida sob a ótica do princípio da 
funcionalidade, pensando no seu aluno ou paciente. 
 
A elaboração e aplicação de uma Bandagem Funcional deve fornecer 
a “dose” adequada frente as possibilidades de resposta ao estímulo e 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 20 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
garantir adaptações ótimas em relação aos critérios de eficácia e 
funcionalidade. 
(Ramiro Marques Inchauspe, 2019) 
 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 21 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
CAPÍTULO 02 
ANATOMIA E FISIOLOGIA FUNCIONAL 
 
Neste capítulo vamos apresentar alguns conceitos básicos sobre 
anatomia e biomecânica para que o entendimento sobre aplicação da 
bandagem funcional possa ser cada vez mais amplo e melhor entendido. 
Podemos dividir em quatro grandes grupos sendo eles: Derme, Músculo, 
Articulação e Linfa. 
 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 22 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
ENTENDENDO NOSSOS SISTEMAS 
A evolução e transformação do corpo humano ao longo de milhares 
de anos em busca de adaptações a diferentes ambientes e 
desenvolvimento do seu potencial físico e psicológico, todas as 
adaptações do corpo humano se dão por meio do ambiente em que ele 
vive e desenvolve suas relações, seus funcionamentos e suas 
manifestações segundo Sobotta (2006). 
O corpo é constituído por diversos e diferentes sistemas que 
possibilitam melhor integração entre ele e o ambiente, para que suas 
funções sejam as mais adequadas possíveis. A integração do corpo 
humano se dá pelos ajustes corporais frente a estímulos sensoriais que 
captam informações e as transmitem ao sistema nervoso central, as quais 
são interpretadas e enviadas como resposta ao sistema osteomuscular. 
Para os autores Mello (1998) e Gardner (2006), a formação dos 
sistemas corporais acontece desde a vida intrauterina. À medida que o 
embrião se desenvolve no útero materno, os sistemas corporais são 
formados ao longo dos 9 meses, reunindo todas as informações genéticas 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 23 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
herdadas dos pais para a constituição física da criança. Mesmo que cada 
indivíduo apresente características morfológicas distintas (variações 
anatômicas), estas não se traduzem necessariamente em prejuízo 
funcional. Tais diferenças fazem com que cada um se distinga do outro 
(raça, sexo, biotipo, idade) mesmo que as funções corporais sejam iguais 
para todos. 
Para Moore (2007), os sistemas corporais são totalmente inter-
relacionados, ou seja, dependem uns dos outros para o bom 
funcionamento do corpo humano. Cada sistema, cada órgão é responsável 
por uma ou mais atividades, possibilitando ao indivíduo atitudes 
diferenciadas como resposta aos diversos estímulos. Milhares de reações 
químicas acontecem a todo instante em nosso corpo, seja para captar 
energia para a manutenção da vida, movimentar os músculos, recuperar-se 
de ferimentos e doenças ou manter a temperatura adequada. O corpo 
humano funciona de maneira complexa promovendo a interação de 
inúmeros elementos químicos, mas, ao mesmo tempo, pode ser 
interpretado de modo simples porque é constituído na medida certa. 
Todas as partes que o constituem funcionam de maneira integrada, em 
harmonia e sincronia, para que maximizem sua potencialidade. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 24 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
CONHECENDO A PELE 
Sempre que prensamos na aplicação de uma bandagem buscamos 
identificar as alterações biomecânicas ou patologias, mas na maioria das 
vezes não levamos em consideração um fator importante, a Pele. Para que 
qualquer um dos métodos seja compreendido é indispensável o 
conhecimento do comportamento da pele, com intuito de melhorar os 
processos terapêuticos e saber identificar fatores que podem alterar as 
propriedades físicas da pele, como: etnia, idade,peso, hábitos 
alimentares, genética, sexo, regiões do corpo, disposição do colágeno, 
elastina e outros. 
 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 25 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
Figura: Imagem emblemática sobre a Pele de Valverde de Hamusco, 
1556. 
O médico belga Andreas Vesalius, considerado por muitos como um 
ícone da anatomia moderna, foi um dos primeiros a fazer referências sobre 
estudos de pele. 
A pele sadia tem a capacidade de ser extensível, a fim de não limitar 
qualquer movimento ao sistema musculoesquelético. Assim, sempre que 
ocorre um movimento articular, a pele deve acompanhá-lo, estirando-se 
na mesma direção. Na maioria das regiões, ela se estende mais em 
determinadas direções que em outras; isso também se dá com a força de 
tensão. Com o passar dos anos, a habilidade da matriz de tecido elástico 
de retornar a pele do estado estendido ao completamente relaxado 
(deformação elástica) é gradualmente perdida, e a extensibilidade é 
substituída por flacidez (deformação plástica), que cumpre a mesma 
função de viabilizar a liberdade de movimentos. 
As tensões submetidas à pele podem ser de origem estática ou 
dinâmica. As estáticas são as naturalmente existentes na pele e 
dependentes das características estruturais cutâneas de cada individuo. As 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 26 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
linhas de clivagem descrevem esse tipo de tensão predominante em 
determinado local sem nenhuma referência às influências dinâmicas do 
sistema musculoesquelético. As tensões dinâmicas são oriundas da 
combinação de forças relacionadas com as ações musculares voluntárias, 
como o movimento articular e a expressão facial. Além disso, a força da 
gravidade também exerce grande influência nos dois tipos de tensão, pois 
altera a magnitude e a direção das tensões locais. 
CAPACIDADE SENSORIAL 
Sabemos que a seguinte afirmação será um pouco controversa para 
alguns leitores, explicando em seguida: “O sistema nervoso central não 
tem nenhuma ideia do que acontece na periferia!” Ao analisar os estímulos 
externos como, por exemplo, ondas sonoras, ondas de luz, temperatura 
etc., é possível perceber que o SNC não interpreta diretamente. Tornar 
imperioso o auxílio de um sistema que possa codificar em atividade neural. 
Esse sistema se chama sistema sensorial, ou qual traduz tais estímulos na 
atividade eletroquímica de um neurônio, ou seja, na linguagem 
compreendida pelo SNC. Com essa atividade inicia uma corrente de 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 27 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
deflagrações em vários neurônios, que se transforma no processamento 
neuronal. 
Vale ressaltar a diferença entre os termos de atividade neural e 
processamento neuronal. O primeiro se refere à atividade eletroquímica 
de um neurônio, e o segundo, ao processamento, ou qual envolve uma 
rede de neurônios. Assim, esse processamento é algo mais complexo e 
aberto, não apenas como trocas de informações entre neurônios 
circunvizinhos, mas também entre distintas e distantes áreas do SN. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 28 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
 
Tem a possibilidade de ocultar o sistema de informações cruciais para 
quem pode controlar o aparelho locomotor. Neste ponto, faremos uma 
análise inversa dos itens supracitados, ou seja, pensar no que a maioria dos 
terapeutas faz nas suas clínicas: oferece estímulos sensoriais. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 29 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
 
Figura: Resposta cerebral a estimulação. 
Um objetivo primordial dos terapeutas é que seus pacientes tenham 
as condições de realizarem movimentos cada vez mais eficientes, sem 
perder de vista, evidentemente, a individualidade de cada um. Assim, é 
preciso contar com um aparelho locomotor adequado, comandado por 
um sistema motor, ou receber os resultados cruciais dos processos 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 30 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
neuronais, que ocorreram devido a atividades neurais. Estas, por sua vez, 
iniciam com codificação (transdução), pelo sistema sensorial, dos 
estímulos biofísicos em sinais eletroquímicos. Destarte, a maioria dos 
trabalhos terapêuticos tem seu início no sistema sensorial, uma porta de 
entrada para o universo neurológico do paciente. 
 
Figura: Modelo de BioFeedBack Sensorial pela Bandagem Funcional. 
É importante enfatizar e descrever ainda mais o sistema sensorial 
como contribuição indispensável para o bom funcionamento do motor. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 31 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
Como mencionado anteriormente, os estímulos biofísicos devem ser 
capturados pelos receptores, que codificam como informações recebidas 
na periferia em atividade neural. Evidentemente, não faria sentido essas 
informações recém-codificadas ficarem no nível periférico, pois, para que 
possam ser processados, devem ter acesso ao SNC. Assim, é iniciada a 
segunda etapa: o transporte para uma parte central do SN. Ao chegar à 
SNC, essas informações são decodificadas. Como se sabe, várias e 
importantes informações permanecem abaixo do nível de consciência, 
como por exemplo, as proprioceptivas e táteis, como quais as respostas ao 
cerebelo e / ou à formação reticular. 
 
 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 32 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
CAPÍTULO 03 
ASPECTOS Biomecânicos 
 
Principalmente no âmbito funcional e esportivo a Biomecânica ou 
Cinesiologia, preocupa-se com o estudo das forças em presença, e dos 
seus efeitos, nos espaços de realização funcional e desportiva, seja em 
prevenção, seja em treino, seja em competição, seja perspectivando a 
etiologia da lesão, ou a sua profilaxia, seja ainda estudando os 
equipamentos e os materiais à disposição, ou utilizados pelos praticantes. 
	
	
 
 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 33 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
CONHECENDO AS BANDAGENS 
A bandagem funcional elástica é composta de um adesivo 
hipoalergênico, a prova de água, sensível ao calor e não contém qualquer 
substância medicamentosa impregnada. É composta de 100% algodão 
com adesivo 100% acrílico termoativo. 
Foi desenvolvida para permitir uma elasticidade longitudinal com 
cerca de 15% a 80% de alongamento do seu comprimento em repouso, 
tendo espessura e textura similares às da pele. Não apresenta elasticidade 
no sentido transversal. Contêm linhas que representam a distribuição da 
cola adesiva à imagem de impressões digitais, a fim de simular os diversos 
sentidos da elasticidade da pele humana. Em seu processo de fabricação, 
as bandagens funcionais elásticasrecebem uma tensão de 10%. Assim, 
quando removida do papel e aplicada diretamente sobre a pele do 
paciente, já se encontra com 10% de tensão. Em geral, a bandagem é 
aplicada por um período de 1 a 3 dias, de acordo com o objetivo e a 
técnica a ser utilizada. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 34 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
A bandagem funcional rígida é composta de um adesivo 
hipoalergênico, é a prova de água, sensível ao calor e não contém 
qualquer substância medicamentosa impregnada. É composta de adesivo 
100% acrílico termoativo. Não tendo nenhuma capacidade de 
alongamento. É comumente utilizada com uma pré tape para que não 
cause alergias ou marcas na pele por ter um adesivo muito potente. Utiliza-
se muito como alternativa a bandagem rígida o esparadrapo. 
As técnicas de bandagem funcional vêm sendo utilizadas 
globalmente por diversos profissionais da área da saúde. Dentro de cada 
especialidade, há métodos e técnicas de avaliação específicas, porém, 
para um bom aproveitamento da técnica, conhecimentos específicos em 
anatomia, fisiologia, biomecânica, anatomia palpatória, em testes de 
função, de força muscular e de amplitude de movimento e na clínica das 
disfunções de movimento tornam-se essenciais. Portanto, além de todo 
conhecimento musculoesquelético, é necessário aplicar a técnica 
específica adequada à disfunção em questão. 
O uso das técnicas de bandagem funcional pode ser aplicado, nas 
articulações, na circulação linfática, nas fáscias, na derme, em tendões e 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 35 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
ligamentos. Sendo assim, é primordial o diagnóstico do componente 
específico envolvido na causa da disfunção, que pode ser de origem 
neurológica, muscular, articular, fascial ou aponeurótica, dérmica, 
circulatória, linfática, etc. O sucesso da aplicação está diretamente 
relacionada com esses conhecimentos semiológicos e da aplicação correta 
da bandagem. 
A grande maioria das bandagens funcionais tem uma elasticidade 
que varia de 15% a 80% do seu comprimento em repouso, sendo a 
elasticidade máxima conhecida como 100% de tensão da bandagem. 
Quando liberada do papel a 10%, 15% de tensão e retorna a seu 
comprimento de repouso, a tensão remanescente é classificada como 0% 
(normotensão ou sem tensão). Por exemplo, ao cortar uma faixa de 
bandagem elástica de 10 cm de comprimento e esticá-la até a sua tensão 
máxima, este aumentará em torno de 4 a 6 cm, alcançando 14 a 16 cm de 
comprimento total. Isso representa 100% de tensão da mesma. Portanto, 
ao aplicar à pele do paciente com uma tensão de 50%, deve-se dar um 
acréscimo de 2 a 3 cm, levando a aproximadamente 12 a 13 cm de 
comprimento. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 36 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
	
• Na maior parte das aplicações são utilizadas tensões abaixo de 50%. 
Assim, quanto menor a tensão, mais efeitos sensitivos são 
desencadeados; quanto maior, mais efeitos mecânicos. 
 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 37 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
TERAPÊUTICA 
De maneira geral sempre que fizermos a aplicação de uma bandagem 
funcional devemos ter alguns pontos obrigatórios que são âncoras ou 
pontos fixos, nos quais sempre devem ser aplicadas a 0% de tensão, que, 
em geral, estão localizadas nas extremidades da bandagem (em algumas 
aplicações a âncora será colocada no centro da bandagem). Entre elas, 
localiza-se a zona terapêutica, local da bandagem que recebe a tensão de 
tratamento para o tecido alvo. 
 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 38 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
 
O ideal é utilizar âncoras sem economizar, pois, ancoras pequenas 
tracionam as extremidades da bandagem sobre a pele, podendo causar 
irritações, microlesões, aumento do edema e até mesmo de hemorragias. 
Geralmente, indica-se âncoras de 3 a 5 cm nas aplicações abaixo de 40% 
de tensão. Acima de 50% de tensão, são necessárias ancoras maiores 
(dependendo do local). Além da tensão empregada, outro fator que 
determina o tamanho da âncora é o comprimento da zona terapêutica. 
Portanto, quanto maior a zona terapêutica, maior a ancoragem. Toda 
ancoragem, inicial ou distal sempre deve possuir 0% de tensão. Também, 
deve-se levar em consideração o uso excessivo de técnicas de bandagens, 
pois intensificam o estímulo de mecânoceptores, causando processos de 
dor e irritação tecidual. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 39 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
A direção da aplicação, ou seja, a direção terapêutica da Bandagem 
Funcional interfere diretamente sobre os tecidos alvos. Isso deve-se 
principalmente a um efeito mecânico da bandagem conhecido como 
recuo, efeito que traciona a bandagem em direção à âncora inicial. Sendo 
assim, o recuo sempre será ́ oposto ao sentido da direção terapêutica. 
Função muscular 
Seu objetivo é desencadear efeitos diretamente sobre a musculatura, 
estimulando e ativando o músculo ou um grupo muscular durante o 
movimento. Desse modo, é possível melhorar a contração sinérgica de um 
músculo enfraquecido, inibido, hipotônico e desequilibrado, estatísticas 
de fadiga, contratações, espasmos e lesões musculares. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 40 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
	
Figura. Direção da Tensão e Direção do Recuo da bandagem 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 41 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
 
Figura. Direção da Tensão e Direção do Recuo da bandagem 
 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 42 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
Articular 
A função articular resulta de melhorias da dessalinização biomecânica 
e da instabilidade das estruturas osteomusculares, desencadeadas com 
frequência por disfunções de movimento, que, em geral, estão 
relacionadas a uma atividade constante e repetitiva, a manutenções 
posturais estáticas e desequilíbrios musculares (encurtamento, fraqueza, 
tensão, perda de rigidez, distonias, entre outras condições). Nestas 
situações, uma bandagem aplicada diretamente sobre o alinhamento 
articular, facilitando a relação e o equilíbrio entre os músculos agonistas, 
antagonistas e sinergistas, e possibilitando o controle dos movimentos 
patológicos e a reeducação motora. 
Uma normalização biomecânica desencadeia ou controla o tônus 
muscular, promove uma ação muscular, aumenta a ADM (amplitude de 
movimento), reduz as dores articulares e melhora a propriocepção local. 
Para um resultado positivo da técnica deve-se avaliar e constatar onde 
está o desequilíbrio primário (muscular, fáscia, tendinoso, ligamentar ou 
articular), e é anterior, posterior, lateral oumédio. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 43 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
Nas bandagens articulares ou de estabilização pode-se usar 
bandagens rígidas ou até 100% da tensão da bandagem elástica. 
Linfática 
Aplicações linfáticas são usadas em distúrbios da drenagem linfática. 
A aplicação linfática provoca elevação da pele. O espaço entre a pele e o 
tecido subcutâneo é aumentado, estimulando assim os coletores linfáticos 
a retomar sua função. Os coletores são os sistemas ativos de transporte 
vascular do corpo humano. Para evitar um refluxo da linfa, existem válvulas 
no sistema de transporte que garantem um fluxo central. O segmento 
entre duas válvulas é chamado de linfonódulo e, através de suas 
contrações, pode impulsionar a linfa para a frente. 
Além disso, através do levantamento pela fita em combinação com o 
movimento corporal, a pele e o tecido subjacente são esticados. O 
resultado disso é que as pontes fibrosas podem ser afrouxadas e / ou 
evitadas. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 44 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
FLUXOGRAMA 
O fluxograma abaixo demonstra de uma forma clara e objetiva os 
sistemas e algumas funções que a bandagem funcional tem em cada 
sistema. 
 
Imagem: Fluxograma sistemas e funções.
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 45 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
CAPÍTULO 04 
Bandagem funcional 
 
A partir de agora vamos falar de forma clara e objetiva sobre a 
utilização as bandagens para que nossos alunos e pacientes tenham 
sucesso na sua utilização. 
 
 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 46 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
Indicações 
• Contusões; 
• Contraturas musculares; 
• Fissuras óssea: exemplo costelas; 
• Lesões ligamentares; 
• Lesões tendinosas; 
• Lesões musculares; 
• Lesões articulares; 
• Luxações; 
• Lesões capsulares; 
• Fraturas; 
• Edema; 
 
Retirada, Pós-retirada do Aparelho Gessado para Início da 
Reabilitação; 
 
	 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 47 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
Contraindicações 
• Fraturas completas e recentes; 
• Lesões não diagnosticadas; 
• Ruptura completa dos tendões sem tratamento; 
• Ruptura completa dos ligamentos; 
• Grandes ferimentos abertos; 
• Alergia a materiais adesivos; 
• Problemas circulatórios de Retorno; Ações Alterações sensitivas; 
 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 48 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
Tipos de cortes 
A fita mais facilmente encontrada comercialmente é de 5 cm de 
largura, dimensão que permite realizar diferentes cortes para cobrir as 
estruturas desejadas em diferentes tecidos e técnicas. Ao optar por 
determinado tamanho e o formato da bandagem, deve-se considerar que 
a tensão gerada pelas zonas terapêuticas é dissipada pelas âncoras, 
criando áreas com menores pressões. 
Há uma terminologia específica associada a cortes para definição de 
diferentes partes da bandagem. Como caudas são divididas a partir de 5 
cm de largura, ou seja, quando divididas em duas, tem duas caudas de 2,5 
cm; em quatro partes, tem-se quatro caudas de 1,25 cm. Outro termo 
comum é a base, parte da bandagem que fica na âncora inicial e como 
caudas. Em algumas situações, nas técnicas corretivas, uma base também 
é usada como zona terapêutica. 
Sempre quando for aplicar uma bandagem, remover os cantos, 
deixando-os arredondados. Isso evita ou desativa antecipadamente a 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 49 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
bandagem pelo contato dessas pontas com roupas e outros objetos junto 
à pele. 
Abaixo, veja os principais tipos de cortes realizados com sua 
respectiva referência: 
 
Imagem: Tipos de cortes de bandagem funcional. 
 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 50 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
Tipos de Aplicações 
 O tipo de aplicação A é modo mais comum de aplicar as bandagens 
é também o mais fácil, após medir o comprimento da bandagem no local 
a ser aplicado, o profissional irá marcar as duas pontas das bandagens com 
âncoras de aproximadamente 4 dedos e rasgar o papel sem danificar a 
bandagem, então irá destacar uma das âncoras aplicar no local desejado, 
após a primeira âncora estar firme poderá então retirar o papel da zona 
terapêutica e dar a tensão segurando pela outra ancora ainda com o papel, 
após dar a tensão desejada prenda a bandagem na pele, e então retire o 
papel da segunda e fixando na pele. 
Figura: Tipo de aplicação A 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 51 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
O tipo de aplicação B, é um pouco mais raro de ser visto e muita vezes 
é esquecido. Após medir o comprimento da bandagem no local a ser 
aplicado, o profissional irá marcar as duas pontas das bandagens com 
âncoras de aproximadamente 4 dedos e rasgar o papel se danificar a 
bandagem, então irá retirar o papel da zona terapêutica e segurar com a 
bandagem pelas suas extremidades e então ira realizar a tensão com as 
suas mãos colocando a bandagem no local desejado prendendo primeiro 
a zona terapêutica e por ultimo as âncoras. 
 
Figura: Tipo de aplicação B 
 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 52 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
Preparo para aplicação 
É necessária a preparação da pele para uma execução adequada da 
técnica, verificando se existem descontinuidades ou lesões cutâneas, 
como feridas, calosidades ativas, irritações e fístulas. Essas áreas devem ser 
evitadas. Em seguida, quando necessário, deve-se fazer uma limpeza da 
pele, pois é aconselhável que esteja livre de hidratantes, óleos ou cremes. 
Caso a pele seja fraca e sensível, como no caso de crianças, idosos e 
pessoas de pele muito clara, indica-se lavar a mesma com hidróxido de 
magnésio (leite de magnésia) para evitar possíveis irritações. 
A bandagem deve ser aplicada em uma postura que favoreça o 
alongamento da pele e tecidos adjacentes, de forma a promover pouca 
tensão na bandagem durante os movimentos. Nos casos de aplicação em 
tecido não estirado, colocar uma tensão mais suave na bandagem, quanto 
menor a limitação da amplitude de movimento, menor será a tensão 
empregada. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 53 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
 
Imagem: Aplicação. 
 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 54 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEMFUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
MATERIAIS 
Álcool 70% 
 
Tintura de beijoim ou Spray pré-taping 
 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 55 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
 
Aparelho para tricotomia 
 
Algodão ou gaze 
 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 56 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
Tesoura 
 
Pré tape 
 
 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 57 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
Bandagem Funcional Elástica 
 
Bandagem Funcional Rígida 
 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 58 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
`456789\\][p0o9876ewz		REFERÊNCIAS 
1. Baldwin ML. Reducing the costs of work- related musculoskeletal disorders: targeting 
strategies to chronic disability cases. Journal of Electromyography and Kinesiology. 
2004;14(1):33-41. 
2. Chen Y. The Technique of Kinesiotaping. The Community Health and Sports Association of 
the Republic of China, Taipei, Taiwan. 1995. 
3. Pouyakian M, Saremi M, Etemad K, Shafagh H. Investigation of Ergonomic Issues of 
Pharmacies: Conducted Qualitative study. Health and Safety at Work. 2018;8(3):265-82. 
4. Tompkins JA. No Boundaries: Break Through to Supply Chain Excellence: Tompkins Press; 
2003. 
5. Hudak PL, Amadio PC, Bombardier C, Beaton D, Cole D, Davis A, et al. Development of an 
upper extremity outcome measure: the DASH (disabilities of the arm, shoulder, and head). 
American journal of industrial medicine. 1996;29(6):602-8. 
6. Mousavi SJ, Parnianpour M, Abedi M, Askary- Ashtiani A, Karimi A, Khorsandi A, et al. 
Cultural adaptation and validation of the Persian version of the Disabilities of the Arm, 
Shoulder and Hand (DASH) outcome measure. Clinical rehabilitation. 2008;22(8):749-57. 
7. Mehta RK, Cavuoto LA. The effects of obesity, age, and relative workload levels on handgrip 
endurance. Applied ergonomics. 2015;46:91- 5. 
8. Akalin E, El Ö, Peker Ö, Senocak Ö, Tamci S, Gülbahar S, et al. Treatment of carpal tunnel 
syndrome with nerve and tendon gliding exercises. American journal of physical medicine & 
rehabilitation. 2002;81(2):108-13. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 59 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
9. Bhawan J. Short and longterm histologic effects of topical tretinoin on photodamaged skin. 
Int J Dermatol. 1998; 37:28692. 
10. Bonfim TR, Polastri PF, Barela JA. Efeito do toque suave e da informação visual no controle 
da posição em pé de adultos. Rev Bras Educ Fis Esp. 2006; 20(1): 1525. 
11. Brodal A. Anatomia neurológica com correlações clínicas. 3. ed. São Paulo: Roca; 2000. 
12. Dângelo JG, Fattini CA. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 2. ed. São Paulo: 
Atheneu; 2008. 
13. Ekman LL. Neurociência – Fundamento para a reabilitação. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 
2004. 
14. Gallo RL. Proteoglycans and glycosaminoglycans of skin. In: Fredberg EM et al. Fitzpatrick’s 
dermatology in general medicine. 5. ed. v 1. New York: McGrawHill; 1999. p. 2838. 
15. Gardner E, Gray DJ, O’Rahilly R. Anatomia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006. 
16. Gibson T. Physical properties of skin. In: McCarthy JG. Plastic surgery. v 1. New York: W. B. 
Saunders Company; 1990. p. 20720. 
17. KaelinLang A, Luft AR, Sawaki L et al. Modulation of human corticomotor excitability by 
somatosensory input. J Physiol. 2002; 540(pt 2):62233. 
18. Kandel ER, Jessell TM, Schwartz JH. Princípios da neurociência. São Paulo: Manole; 2000. 
19. Koesler IB, Dafotakis M, Ameli M et al. Electrical somatosensory stimulation improves 
movement kinematics of the affected hand following stroke. J Neurol Neurosurg Psych. 
2009; 80(6):6149. 
20. Mello NA. Angiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1998. 
Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível em: 
21. http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-
portugues&palavraconceito. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 60 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
22. Mochizuki L, Amadio AC. As informações sensoriais para o controle postural. Fisioter Mov. 
2006; 19(2):1118. 
23. Moore KL, Dalley AF, Agur AMR. Anatomia orientada para a clínica. 2. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan; 2007. 
24. Morini Jr. N. Conceito de estimulação tegumentar: bandagem terapêutica. Biblioteca 
Nacional do Rio de Janeiro. Registro 474908. Livro 895, Folha 221; 2009. 
25. Netter FH. Atlas de anatomia humana. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2008. 
26. Rothwell JC. Control of human voluntary movement. London: Chapmann & Hall; 1994. 
27. Scott PG, Dodd CM, Tredget EE et al. Chemical characterization and quantification of 
proteoglycans in human post burn hypertrophic and mature scars. Clin Sci. 1996; 90:41725. 
28. Silver FH, Freeman JW, Devore D. Viscoelastic properties of human skin and processed 
dermis. Skin Res Technol. 2001; 7(1):1823. 
29. Sobotta J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006. 
30. Speckmann EJ, Elger CE. Introduction to the neurophysiological basis of the EEG and DC 
potentials. In: Niedermeyer E, Lopes da Silva FH, editors. Electroencephalographybasis 
principles, clinical applications and related fields. 4. ed. Chapter 2. New York: Lippincott 
Williams & Wilkins; 1998. 
31. Versalius A. The preface of andreas versalius to his own books on the anatomy of the human 
body addressed to The Most Great and Invicible Emperor the Divine Charles V. Tradução de 
B. Farringron. In: Schwartz G, Bishop PW (eds.). The development of modern science. v. 2. 
Nova Iorque:Basic Books, 1958. p. 51732. 
32. Wijnen VJ, Heutink M, van Boxtel GJ et al. Autonomic reactivity to sensory stimulation is 
related to consciousness level after severe traumatic brain injury. Clin Neurophysiol. 2006; 
117(8):1794807. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 61 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
33. Wilhelmi BJ, Blackwell SJ, Mancoll JS et al. Creep vs. stretch: a review of the viscoelastic 
properties of skin. Ann Plast 
34. Annunciato NF. Sensomotorik als grundlage von stimme und sprache. LOGOS 
Interdisziplinär. 2005; 3(13):1649. 
35. Annunciato NF, Oliveira CEN. Plastizität des nervensystems: chance der rehabilitation. 
Festschrift 10 Jahre Charité Gespräche. 2006; 1:7593. 
36. Bear MF, Connors BW, Paradiso MA. Neurociências: desvendando o sistema nervoso. 3. ed. 
Porto Alegre: Artmed; 2008. 
37. Douglas CR. Tratado de fisiologia aplicada às ciências médicas. 6. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan; 2006. 
38. Garten H. Lehrbuch applied kinesiology: muskelfunction, dysfunction, therapie. 1. Aufl. 
München: Elsevier; 2004. 
39. Jenkins WM, Merzenich, MM, Ochs MT et al. Functional reorganization of primary 
somatosensory cortex in adult owl monkeys after behaviorally controlled tactile stimulation. 
Journal of Neurophysiology. 1990; 63(1):82104. 
40. Kandel ER, Schwartz JH, Jessel TM. Principles of neuralscience. 5. ed. New York: McGraw-
Hill; 2012. 
41. Lent R. Cem bilhões de neurônios: conceitos fundamentais de neurociência. 2. ed. São 
Paulo: Atheneu; 2010. 
42. Locke J. An essay concerning human understanding. Book I. Disponível em: 
http://en.wikisource.org/wiki/An_Essay_Concerning_Human_Understanding/Book_I. 
Acesso em: 7/4/2015. 
43. Machado A, Haertel LM. Neuroanatomia funcional. 3. ed. São Paulo: Atheneu; 2013. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 62 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
44. Merzenich MM, Kaas JH, Wall JT et al. Progression of change following median nerve 
section in the cortical representation of the hand in areas 3b and 1 in adult owl and squirrel 
monkeys. Neuroscience. 1983; 10(3):63965. 
45. Merzenich MM, Nelson RJ, Stryker MP et al. Somatosensory cortical map changes following 
digit amputation in adult monkeys. Journal Comp Neurol. 1984; 224:591605. 
46. Monteiro CBM et al. Paralisia cerebral: teoria e prática. 1. ed. São Paulo: Plêiade; 2015. 
47. Mulder T. Das adaptive gehirn: über bewegung, bewusstsein und verhalten. 1. Aufl. 
Stuttgart: Georg Thieme Verlag; 2007. 
48. Oliveira CEN, Annunciato NF, Gadella JCB. Controle motor e paralisia cerebral. In: Penfield 
W, Rasmussen T. The cerebral cortex of man: a clinical study of localization of function. New 
York: Macmillan; 2015. 
49. Sherrigton C. Integrative action of the nervous system. New Haven: Yale University Press; 
1906. 
50. Bae SH, Lee JH, Oh KA, Kim KY. The effects of kinesio taping on potential in chronic low 
back pain patients anticipatory postural control and cerebral cortex. 2013; 25:136771. 
51. Blake DJ, Weir A, Newey SE, Davies KE. Function and genetics of dystrophin and 
dystrophinrelated proteins in muscle. Physiol Rev. 2002; 82:291329. 
52. BrandSaberi B, Christ B. Genetic and epigenetic control of muscle development in 
vertebrates. Cell Tissue Res. 1999; 296(1):199212. 
53. Bravi R, Quarta E, Cohen EJ et al. A little elastic for a better performance: kinesiotaping of 
the motor effector modulates neural mechanisms for rhythmic movements. Front Syst 
Neurosci. 2014; 9(181):113. 
54. Buckingham M, Bajard L. The formation of skeletal muscle: from somite to limb. J Anat. 
2003; 202(1): 5968. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 63 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
55. Bushby K, Finkel R, Birnkrante DJ et al. Diagnosis and management of Duchenne muscular 
dystrophy, part 1: diagnosis and pharmacological and psychosocial management. Lancet 
Neurol. 2010a; 9:779. 
56. Bushby K et al. Diagnosis and management of Duchenne muscular dystrophy, part 2: 
implementation of multidisciplinary care. Lancet Neurol. 2010b; 9:17789. 
57. Callagham MJ, Slefe J, Bagley PJ, Oldham JA. The effects of patellar taping on knee joint 
proprioception. J Athl Train. 2002; 37:1924. 
58. CastroSánchez AM, LaraPalomo IC, MataránPeñarrocha GA. Kinesio taping reduces 
disability and pain slightly in chronic nospecific low pack pain: a randomized trial. J 
Physiother. 2012; 58: 8995. 
59. Chang WJ, Iannaccone ST, Lau KS et al. Neuronal nitric oxide synthase and dystrophin 
deficient muscular dystrophy. Proceeding of the National Academy of Sciences, EUA. 1996; 
93:91427. 
60. Charge SB, Rudnicki MA. Cellular and molecular regulation of muscle regeneration. Physiol 
Rev. 2004; 84(1):20938. 
61. Chen JC, Goldhamer DJ. Skeletal muscle stem cells. Reprod Biol Endocrinol. 2003; 1:101. 
62. Coffey VG, Hawley JA. The molecular bases of training adaptation. Sport Med. 2007; 
37:73763. 
63. Coutinho EL, Gomes ARS, França CN et al. Effect of passive stretching on the immobilized 
soleus muscle fiber morphology. Braz J Med Biol Res. 2004; 37(12):185361. 
64. Davies KE, Nowak KJ. Molecular mechanisms of muscular dystrophies: old and new players. 
Nat Rev Mol Cell Biol. 2006; 7:76273. 
65. Dix DJ, Eisenberg BR. Myosin mRNA accumulation and myofibrillogenesis at the 
myotendinous junction of stretched muscle. J Cell Biol. 1990; 111: 188594. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 64 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
66. Faralli H, Dilworth FJ. Dystrophic muscle environment induces changes in cell plasticity. 
Genes Dev. 2014; 18:80911. 
67. Gosselin MA, Williams JE. Localization and early time course of TGFbeta 1 mRNA 
expression in dystrophic muscle. Muscle Nerve. 2004; 16(4): 7418. 
68. Grady Rm et al. Skeletal and cardiac myopathies in mice lacking utrophin and dystrophin a 
model for Duchenne muscular dustrophy. Cell. 1997; 90:72938. 
69. Gramolini AO et al. Increased expression of utrophin in a slow vs. a fast muscle involves 
posttranscriptional events. Am J Physiol Cell Physiol. 2001; 281:C1300C1309. 
70. Hawke TJ, Garry DJ. Myogenic satellite cells: physiology to molecular biology. J Appl 
Physiol. 2001; 91(2):53451. Heredia JE, Mukundann L, Chen FM. Type 2 innate signals 
stimulate fibro/adipogenic progenitors to facilitate muscle 
71. regeneration. Cell. 2013; 153: 37688. 
72. Hodges P, Cresswell A, Thorstensson A. Preparatory trunk motion companies rapid upper 
limb movement. Exp Brain Res. 1999; 124:6979. 
73. IwabeMarchese C, Morini Jr. Uso da bandagem em crianças com distrofia muscular de 
Duchenne: estudo piloto. No prelo. 
74. Joe AW, Yi L, Natarajan A et al. Muscle injury activates resident fibro/adipogenic 
progenitors that facilitate myogenesis. Nat Cell Biol. 2010; 12:15363. 
75. Judson RN, Zhang RH, Rossi FM. Tissueresident mesenchymal stem/progenitor cells in 
skeletal muscle: collaborators or saboteurs? FEBS J. 2013; 280:41008. 
76. Kalman L et al. Quality assurance for Duchenne and Becker muscular dystrophy genetic 
testing: development of a genomic DNA reference material panel. J Mol Diagn. 2011; 
13:16774. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 65 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
77. Ljubicic V, Burt M, Jasmin BJ. The therapeutic potential of skeletal muscle plasticity in 
Duchenne muscular dystrophy: phenotypic modifiers as pharmacologic targets. FASEB J. 
2014; 28:54868. 
78. Ljubicic V, Jasmin B. AMPactivated protein quinase at the nexus of therapeutic skeletal 
muscle plasticity in Duchenne muscular dystrophy. Trends in Molecular Medicine. 2013; 
19(10):61424. 
79. Ljubicic V, Khogali S, Renaud JM et al. Chronic AMPK stimulation attenuates adaptative 
signaling in dystrophic skeletal muscle. Am J Physiol Cell Physiol. 2012; 302:C110C121. 
80. Margolis LM, Rivas DA. Implications of exercise training and distribution of protein intake on 
molecular process regulating skeletal muscle plasticity. Calcif Tissue Int. 2014; 28. DOI: 
10.1007/s00223014 a 99210. 
81. Markert CD, Ambrosio F, Call JA, Grange RW. Exercise and Duchenne muscular dystrophy: 
towards evidencebased exercise prescription. Muscle Nerve. 2011; 43:46478. 
82. McNair PJ, Heine PJ. Trunk proprioception: enhancement through lumbar brancing. Arch 
Phys Med Rehabil. 1999; 80:969. 
83. Mendell JR et al. Gene therapy for muscular dystrophy: lessons learned and path forward. 
Neurosci Lett. 2012; 527:90 9. 
84. Morrissey D. Proprioceptive shoulder taping. J Body Mov Ther. 2000; 4:18994. 
85. Paoloni M, Bernetti A, Fratocchi G. Kinesio taping applied to lumbar muscle influences 
clinical and electromyographic characteristics in chronic low back pain patients. Eur J Phys 
Rehabil Med. 2011; 47:23744. 
86. Rafael JA etal. Skeletal muscle specific expression of a utrophin transgene rescue utrophin-
dystrophin deficient mice. Nat Genet. 1998; 19:7982. 
87. Scott OM, Hyde SA, Goddard C et al. Effects of exercise in Duchenne muscular dystrophy. 
Physiother. 1981; 67:1746. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 66 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
88. Simoneau GG, Degner RM, Kramper CA. Changes in ankle joint proprioception resulting 
from strips of athletic tape applied over the skin. J Athl Train. 1997; 32:1417. 
89. Tidball JG, Lavergne E, Lau KS et al. Mechanical loading regulation regulates NOS 
expression and activity in developing and adult skeletal muscle. Am J Physiol. 1998; 
224:23144. 
90. Tinsley J et al. Expression of full length utrophin prevents muscular dystrophy in mdx mice. 
Nat Med. 1998; 4:14414. 
91. Tobin S, Robinson G. The effect of McConnell’s vastus lateralis inhibition taping techinique 
on vastus lateralis and vastus medialis obliquus activity. Physiother. 2000; 86:17383. 
92. Verdijk LB. Satellite cell activation as a critical step in skeletal muscle plasticity. Exp Physiol. 
2014; 99(11):144950. Voglar M, Sarabon N. Kinesio taping in young healthy subjects does 
not affect postural reflex reactions and anticipatory 
93. postural adjustments of the trunk: a pilot study. J Sports Sci Med. 2014; 13: 6739. 
94. Webster C, Silberstein L, Hays P, Blau M. Fast muscle fibers are preferentially affected in 
Duchenne muscular dystrophy. Cell. 1988; 52:50313. 
95. Williams PE, Goldspink G. Changes in sarcomere length and physiological properties in 
immobilized muscle. J Anatomy. 1978; 127:45968. 
96. YablonkaReuveni Z, Day K. Defining the transcriptional signature of skeletal muscle stem 
cells. J Anim Sci. 2008; 86 (14 Suppl):E20716. 
97. Abramoff MD, Magalhães PJ, Ram SJ. Image processing with ImageJ. Biophotonics 
international. 2004; 11:3642. 
98. Bae SH, Lee JH, Oh KA, Kim KY. The effects of kinesio taping on potential in chronic low 
back pain patients anticipatory postural control and cerebral cortex. J Phys Ther Sci. 2013; 
25:136771. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com
	
	 67 
MATERIAL DE APOIO 
WORKSHOP BANDAGEM FUNCIONAL 
 
W
w
o
r
k
s
h
o
p 
b
a
n
d
a
g
e
m 
f
u
n
ci
o
n
al 
M
A
T
E
RI
A
L 
D
99. Berg WP, Strang AJ. The role of electromyography (EMG) in the study of anticipatory 
postural adjustments. In: Steele C, editor. Applications of EMG in clinical and sports 
medicine. Rijeka: InTech; 2012. p. 396. 
100. Bourlon C, Lehenaff L, Batifoulier C et al. Dualtasking postural control in patients with 
right brain damage. Gait & Posture. 2014; 39:18893. 
Licensed to Arthur toldo Monteiro - arthurtoldomonteiro@gmail.com