Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
BIOISOSTERISMO Processo de modificação molecular BARREIRO, E.J. Modificação molecular: bioisosterismo e hibridação molecular. In: FERREIRA, E.I., BARREIRO, E.J., GIROLLA, J., PARISE FILHO, R. (Eds.) Química farmacêutica e medicinal. Capítulo 13. Santana do Parnaíba: Manole, 2022. p. 208-229. Distribuição eletrônica semelhante na camada de valência (n° e disposição de elétrons → isoeletrônicos) Átomos ou grupos Classificação periódica Isosterismo Propriedade FQ semelhantes Similaridade no tamanho e comportamento especial Langmuir (1919) Substituição ou modificação de grupos funcionais por outros grupos com propriedades similares → eletrônicas e estéricas CONCEITO QUÍMICO Os fundamentos do bioisosterismo se iniciam em 1919, quando o pesquisador Langmuir estudava o comportamento químico de grupos de moléculas que apresentavam mesmo número de elétrons na camada de valência. Como resultado, observou-se que estas substâncias apresentavam propriedades físico-químicas em comum. Esse comportamento foi definido como isosterismo, e pares de entidades químicas apresentando essa característica são isósteras entre si (LANGMUIR, 1919). O termo isosterismo foi introduzido por James Moir, em 1909 (MEANWELL, 2011), sendo que a primeira aplicação dessa terminologia só ocorreu em uma publicação realizada em 1919, pelo pesquisador Irving Langmuir, que ao estudar substâncias isoeleletrônicas instituiu o termo isosterismo, para definir átomos ou moléculas que possuem o mesmo número e arranjo de elétrons (LANGMUIR, 1919). Isosterismo: resumindo “...substituição de um átomo ou grupo de átomo por outros similares eletrônica e estericamente...” 2 Langmuir (1919) CONCEITO Barreiro, E.J.; Fraga, C.A.M. Química medicinal: as bases moleculares da ação dos fármacos. Porto Alegre: Artmed, 2015. p.271-343. 3 Comparação entre propriedades FQ de dióxido de carbono e óxido nitroso Propriedade N2O CO2 Massa molecular (g) 44,01 44,02 Viscosidade a 20 °C (m2/s) 148 x 10-6 148 x 10-6 Densidade a 10° C (g/mL) 0,856 0,858 Índice de refração a 16 °C 1,193 1,190 Solubilidade em álcool a 15° C (g/mL) 3,250 3,130 CONCEITO Lemke, T.L. et al. (Eds) Foye´s Principles of Medicinal Chemistry. In: Zavo, R.M.; Knittel, J.J. Drug design and relationship of functional groups to pharmacologic activity. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2013. p.52-55. 4 DESLOCAMENTO DO HIDRETO DE GRIMM (1925) BIOISOSTERISMO Isosterismo aplicado aos sistemas biológicos 1951, FRIEDMANN - BIOISOSTERISMO 1979, THORNBER - EXPANSÃO 1991, BURGER - CONCEITO AMPLO, ENVOLVENDO VOLUME, FORMA MOLECULAR E DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA BIOISÓSTERO É UM COMPOSTO RESULTANTE DA SUBSTITUIÇÃO DE UM ÁTOMO OU GRUPO DE ÁTOMOS POR OUTRO ÁTOMO OU GRUPO DE ÁTOMOS, AMPLAMENTE SEMELHANTES. O OBJETIVO DA SUBSTITUIÇÃO ISOSTÉRICA É CRIAR UM NOVO COMPOSTO QUE APRESENTE PROPRIEDADES BIOLÓGICAS SEMELHANTES AO PROTÓTIPO. A SUBSTITUIÇÃO ISOSTÉRICA PODE SER FÍSICO-QUÍMICA OU TOPOLOGICAMENTE FUNDAMENTADA. 1996, IUPAC histórico BIOISOSTERISMO BIOISÓSTEROS com mesma atividade ou antagonista Propriedades FQ semelhantes RECOMPENSADOR Troca de grupos funcionais Planejamento de novos fármacos e antimetabólitos Similaridade molecular Particular para os compostos e seus alvos BIOISOSTERISMO O termo bioisotero é usado no design de medicamentos e inclui isósteros clássicos e não clássicos. Um bioisostere é um grupo que pode ser usado para substituir outro grupo, mantendo a atividade biológica desejada. Os bioisosteres são frequentemente usado para substituir um grupo funcional que é importante para ligação ao alvo, mas é problemático de uma maneira ou de outra. É importante perceber que bioisosteres são específicos para um grupo particular de compostos e seu alvo. Substituindo um grupo funcional com um bioisostero não é garantido para manter a atividade por toda droga em todo alvo. 8 Bioisosterismo Modificação racional OBJET I VOS O uso de bioisósteros permite avaliar o efeito biológico de grupos funcionais i) Estrutural: tamanho, forma, padrão de interações (ligação de hidrogênio) ii) Interações com receptores iii) Farmacocinética: Absorção, biodisponibilidade iv) Metabolismo: reatividade química (oxidação, redução) A utilização da técnica de bioisosterismo pode estar associada à fase farmacocinética, melhorando as propriedades de absorção, distribuição, metabolismo e eliminação (ADME), ou à fase farmacodinâmica, interação entre o fármaco e o receptor de um composto com potencial biológico, visando sua otimização (LIMA; BARREIRO, 2005). As substituições isostéricas resultarão em uma série de compostos congêneres, que poderão manter, potencializar ou diminuir a atividade biológica, assim serão considerados bioisósteros. Estas substituições podem ser responsáveis pela melhora das propriedades farmacocinéticas dos compostos líderes, aumento da seletividade para um determinado receptor e a redução dos efeitos adversos (biodisponibilidade oral, estabilidade metabólica, seletividade e toxicidade) (WAGENER; LOMMERSE, 2006). •Aumento de potência •Aumento de seletividade •Alteração de propriedades físico-químicas •Otimização de protótipos e obtenção de candidatos a fármacos •Redução ou redirecionamento do metabolismo •Eliminação ou modificação de grupos toxicofóricos •Patente Como mencionado acima, os bioisosteres são comumente usados em design de medicamentos para substituir um grupo problemático, mantendo atividade. Em algumas situações, o uso de um bioisostero pode realmente aumentar as interações de destino e / ou seletividade. 9 Farmacocinéticas (biodisponibilidade, solubilidade e metabolismo) Farmacodinâmica → ↑ potência Tóxicofóricas Seletividade Afinidade Lima, Barreiro. Curr. Med. Chem., v.12, p.23, 2005. PLANEJAMENTO COM BIOISOSTERISMO Ao planejar uma substituição bioisostérica é preciso estar atento aos parâmetros dos grupos a serem alterados, podendo ser comparados fatores como tamanho, formato, distribuição eletrônica, a solubilidade lipídica, a solubilidade em água, o pKa, a reatividade química, e a capacidade de ligação de hidrogênio (THORNBER, 1979). Não existem regras claras ou restrições básicas para determinar que substituição bioisostérica deve ser aplicada a uma molécula em um dado sistema biológico. Experiência e intuição são as armas do químico medicinal. A avaliação experimental é essencial 11 Tipos de BIOISOSTERISMO CLÁSSICO NÃO-CLÁSSICO TIPOS DE BIOISOSTERISMO Não-clássico Clássico Mono-, di-, tri-, tetravalentes e anéis equivalentes Grupos interconversíveis, bióforos, retroisosterismo Seguem regra do hidreto, valência e anéis Não seguem as regras do hidreto e distribuição eletrônica Semelhanças no tamanho, forma e configuração eletrônica Mimetiza arranjo espacial, características eletrônicas e físicas Ação agonista ou antagonista Barreiro, E.J.; Fraga, C.A.M. Química medicinal: as bases moleculares da ação dos fármacos. Porto Alegre: Artmed, 2015. p.271-343. BIOISOSTERISMO O bioisosterismo é resultante da aplicação do isosterismo, desenvolvido por Langmuir. Finalmente, em 1970, Alfred Burges classificou e subdividiu os bioisósteros em clássicos e não clássicos. E em 1979, Thornber complementou o termo Bioisosterismo, determinando-o como subunidades ou grupos de moléculas que possuem propriedades físico-químicas com efeitos biológicos similares (LIMA; BARREIRO, 2005). Pode-se classificar o bioisosterismo como clássico e não clássico (BURGER, 1991). O bioisosterismo clássico baseia-se na valência em comum dos grupamentos bioisostéricos, nessa categoria inclui-se também os anéis equivalentes. Assim tem-se: a) Átomos e grupos monovalentes; b) Átomos e grupos divalentes; c) Átomos e grupos trivalentes; d) Átomos e grupos tetravalentes; e) Anéis equivalentes. 13 Barreiro, E.J.; Fraga, C.A.M. Química medicinal: as bases moleculares da ação dos fármacos. Porto Alegre: Artmed, 2015. p.271-343. uracila citosina BIOISOSTERISMO NA NATUREZADefinição de Erlenmeyer e Grimm Monovalentes -CH3, -NH2, -OH, -F, -Cl, -SH, -PH2, -Br Átomos ou grupos com valências idênticas Lemke, T.L. et al. (Eds) Foye´s Principles of Medicinal Chemistry. In: Zavo, R.M.; Knittel, J.J. Drug design and relationship of functional groups to pharmacologic activity. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2013. p.52-55. Meanwell, N.A. J. Med. Chem., v.54, p.2529-2591, 2011. BIOISOSTERISMO CLÁSSICO 15 Divalentes -CH2-, -NH-, -O-, -S-, -Se-, -Te- procaína lidocaína Lemke, T.L. et al. (Eds) Foye´s Principles of Medicinal Chemistry. In: Zavo, R.M.; Knittel, J.J. Drug design and relationship of functional groups to pharmacologic activity. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2013. p.52-55. BIOISOSTERISMO CLÁSSICO Meanwell, N.A. J. Med. Chem., v.54, p.2529-2591, 2011. A relação bioisostérica de grupos divalentes é observada entre os fármacos procaína e procainamida (FIGURA 8). A procaína é utilizada como anestésico local, enquanto a procainamida é utilizada no tratamento da arritmia cardíaca. A diferença estrutural entre essas duas moléculas consiste na substituição de um átomo de oxigênio na procaína por um grupo NH na procainamida, resultando em uma transformação éster → amida, fazendo a procainamida ser quatro vezes mais estável in vivo que a procaína (LOFTSSON, 2014). 16 Trivalentes =CH-, =N-, =P-, =As-, =Sb- Lemke, T.L. et al. (Eds) Foye´s Principles of Medicinal Chemistry. In: Zavo, R.M.; Knittel, J.J. Drug design and relationship of functional groups to pharmacologic activity. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2013. p.52-55. BIOISOSTERISMO CLÁSSICO Meanwell, N.A. J. Med. Chem., v.54, p.2529-2591, 2011. Trivalentes =CH-, =N-, =P-, =As-, =Sb- Tetravalentes =C=, =Si=, =N+=, =P+= Lemke, T.L. et al. (Eds) Foye´s Principles of Medicinal Chemistry. In: Zavo, R.M.; Knittel, J.J. Drug design and relationship of functional groups to pharmacologic activity. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2013. p.52-55. BIOISOSTERISMO CLÁSSICO Meanwell, N.A. J. Med. Chem., v.54, p.2529-2591, 2011. Trivalentes =CH-, =N-, =P-, =As-, =Sb- Equivalência de anéis Semelhantes propriedades FQ Grupos que podem ser trocados por outros anéis aromáticos 81, 1 ° C 84, 4° C Ponto de ebulição: Anéis com as ligações –CH=, -S-, -N= Intercambiáveis Lemke, T.L. et al. (Eds) Foye´s Principles of Medicinal Chemistry. In: Zavo, R.M.; Knittel, J.J. Drug design and relationship of functional groups to pharmacologic activity. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2013. p.52-55. Equivalência de anéis BIOISOSTERISMO CLÁSSICO Trivalentes =CH-, =N-, =P-, =As- Tamanho, forma e lipofilicidade similar Lemke, T.L. et al. (Eds) Foye´s Principles of Medicinal Chemistry. In: Zavo, R.M.; Knittel, J.J. Drug design and relationship of functional groups to pharmacologic activity. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2013. p.52-55. Equivalência de anéis BIOISOSTERISMO CLÁSSICO Lima, Barreiro. Curr. Med. Chem., v.12, p.23, 2005. fenantreno pirazolquinolina acridina tienopiridina quinolina indol benzofurano naftaleno antraceno tiofeno furano 1,4-piridazina pirimidina 1,2-piridazina piridina BENZENO isoxazol tiazol oxazol imidazol pirazol Equivalência de anéis BIOISOSTERISMO CLÁSSICO Trivalentes =CH-, =N-, =P-, =As-, =- Não atendem as regras eletrônicas ≠ n° átomos Comportamento estérico e eletrônico Semelhante (alta ou baixa densidade) Atividade biológica similar Compostos com semelhanças espaciais e eletrônicas BIOISOSTERISMO NÃO-CLÁSSICO Barreiro, E.J.; Fraga, C.A.M. Química medicinal: as bases moleculares da ação dos fármacos. Porto Alegre: Artmed, 2015. p.271-343. Vários isósteros não clássicos têm sido utilizados em design como substitutos para grupos funcionais específicos. Isósteros não clássicos são grupos que não obedecem à regras estéricas e eletrônicas usadas para definir isósteros clássicos, mas que têm propriedades físicas e químicas semelhantes. Por exemplo, as estruturas mostradas na Fig. 13.46 são isósteros não clássicos para um grupo de tioureia. Estão todas grupos planares de tamanho e basicidade semelhantes. 22 acilcianamida ácido hidroxâmico tetrazol hidroxicromona acil sulfonamida sulfonamida ácido sulfônico fosfonamida oxotiadiazol oxo-oxadiazol hidroxitiadiazol hidroxiisoxazol hidroxiisotiazol ÁCIDO CARBOXÍLICO Fonte: Lima, Barreiro. Curr. Med. Chem., v.12, p.23, 2005. BIOISOSTERISMO NÃO-CLÁSSICO Bioisosterismo funcional BIOISÓSTEROS HETEROCÍCLICOS DO ÁCIDO CARBOXÍLICO Meanwell, N.A. J. Med. Chem., v.54, p.2529-2591, 2011. ESTRUTURA I LOSARTANA ABSORÇÃO AUMENTADA APLICAÇÃO DO BIOISOSTERISMO Patrick, G. L. An Introduction to Medicinal Chemistry,Oxford: OUP, 2013. p.251. RETROISOSTERISMO RETROISOSTERISMO Lima, Barreiro. Current Medicinal Chemistry, v.12, p.23-49, 2005. APLICAÇÃO DO BIOISOSTERISMO NO2 fenil X piridina , , , Meanwell, N.A. J. Med. Chem., v.54, p.2529-2591, 2011. APLICAÇÕES DO BIOSISOTERISMO ANTAGONISMO METABÓLICO ME-TOO ME-BETTER Clique para editar o texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível ANTAGONISMO METABÓLICO Clique para editar o texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível ANTAGONISMO METABÓLICO CLÁSSICO Clique para editar o texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível ANTAGONISMO METABÓLICO NÃO-CLÁSSICO Clique para editar o texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível ANTIMETABÓLITOS FÁRMACOS - SEMELHANÇA ESTRUTURAL COM METABÓLITOS ESSENCIAIS CELULARES Substituição – inibe o processo celular uracila fluoruracila Base nitrogenada do DNA Antineoplásico Morte celular Monovalentes → H por F → antivirais e antitumorais Lemke, T.L. et al. Foye´s Principles ofedicinal Chemistry. In: Zavo, R.M.; Knittel, J.J. Drug design and relationship of functional groups to pharmacologic activity. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2013. p.52-55. A presença de flúor no lugar de um hidrogênio enzimaticamente lábil também pode interromper uma reação enzimática, como a ligação C-F não são facilmente quebrados. Por exemplo, o anti-tumoral medicamento 5-fl uorouracil descrito na seção 21.3.2 é aceito por sua enzima alvo porque parece um pouco diferente do substrato normal - uracil. No entanto, o mecanismo da reação catalisada por A substituição de um átomo de hidrogênio por um flúor é amplamente empregada no desenvolvimento de fármacos antivirais e anti-tumorais. Tais fármacos são análogos de nucleosídeos naturais, de forma a inibir a síntese de DNA (MENG E QING, 2006). O flúor pode mimetizar o hidrogênio em virtude de seu raio de van der Waals ser de 1,35 Å, enquanto que para o hidrogênio tem-se um raio de van der Waals de 1,10 Å, tendo um mínimo aumento em efeitos estéricos (DUSCHINSKY, PLEVEN E HEIDELBERGER, 1957). Entretanto, a maior eletronegatividade do flúor, e a impossibilidade da remoção de um íon F+ da molécula, em contraste com a fácil remoção de íons H+ – comumente encontrada em reações enzimáticas – fazem com que nucleosídeos fluorados sejam resistentes à ação enzimática, bloqueando a rota biossintética (KIRK, 2006). Esse mecanismo é encontrado no fármaco anticâncer 5-fluorouracil, análogo do uracil, precursor do timidilato (HEIDELBERGER et al., 1957). No organismo, o 5-fluorouracil é convertido em ácido 5-fluoro-2'-deoxiuridílico, que por sua vez inibe a enzima timidilato sintase por ligação covalente (FIGURA 7). 32 F e H RÁIOS DE VAN DER WAALS ; 1,35 e 1,2 Ao APLICAÇÃO DO BIOISOSTERISMO ANTAGONISMO METABÓLICO CLÁSSICO BIOISÓSTEROS CLÁSSICOS NH2 e OH OH e SH APLICAÇÃO DO BIOISOSTERISMO ANTAGONISMO METABÓLICO CLÁSSICO ME-TOO ME-BETTER TIPOS DE INOVAÇÃO RADICAL INTERMEDIÁRIA INCREMENTAL ME-BETTER ME-TOO INICIAM NOVA CLASSE TERAPÊUTICA TRATAM DOENÇAS NÃO TRATÁVEIS MECANISMO DE AÇÃO INOVADOR EFICÁCIA E TOLERABILIDADE INOVADORAS CLASSETERAPÊUTICA CONHECIDA MELHORAM MOLÉCULAS PIONEIRAS EFICÁCIA, TOLERABILIDADE OU FARMACOCINÉTICA ALGUMAS RADICAIS – MELHORA MUITO IMPORTANTE CLASSE TERAPÊUTICA CONHECIDA NÃO AGREGAM VANTAGENS TERAPÊUTICAS, MAS EXPANDEM O ACESSO E A CONCORRÊNCIA ADAPTADO DE EDUARDO PAGANI, CRISTÁLIA (2004-2010) 36 Modificação estrutural de fármacos conhecidos Inovações incrementais Compostos com mesmo mecanismo Fármaco me-too X Bioisosterismo Fármacos similares a um fármaco conhecido Pequenas diferenças terapêuticas Redução dos efeitos adversos e melhora da ação Disputa entre indústrias concorrentes FÁRMACOS ME-TOO Tática de sucesso das indústrias farmacêuticas RETORNO FINANCEIRO BIOISOSTERISMO → ME-TOO propranolol pindolol MENOR DOSE cimetidina ranitidina imidazol e cianoguanidina furano e nitrovinila INOVAÇÃO RADICAL SmithKlyne & French Novo mecanismo Farmacológico – Antiúlcera peptíca Glaxo INOVAÇÃO INCREMENTAL Maior potência e seletividade (H2) BIOISOSTERISMO → ME-BETTER 2 BILHÕES de dólares 2012: segundo lugar no ranking mundial sildenafila vardenafila Carbono sp2 Nitrogênio como ponte sistema heterocíclico INOVAÇÃO RADICAL Pfizer Inibidor da fosfodiesterase 5 (PDE-5) Bayer INOVAÇÃO INCREMENTAL Maior seletividade (PDE-5) <efeitos adversos Disfunção erétil BIOISOSTERISMO → ME-BETTER Sildenafil – pirazol Vardenafil - imi 40 RIMONABANTO APLICAÇÃO DO BIOISOSTERISMO – ME-TOO ANTAGONISTA DO RECEPTOR CB1 – ANTIOBESIDADE Mugnaini, Pasquini, Corelli, Current Medicinal Chemistry, v.19, p.4794-4815, 2012. QUADRO DE MONET image2.png image3.gif image4.png image5.png image6.emf image7.emf image8.png image9.png image10.png image11.png image12.png image13.png image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png image19.png image20.png image21.emf N N Cl Me O H CO 2 H N N Cl Me O H N N N N H N N Cl Me OH CO 2 H N N Cl Me OH N N N NH image22.emf image23.emf image24.wmf N H 2 O O H N H 2 S O O N H R PABA ESTRUTURA GERAL DAS SULFAS image25.wmf N N N N H 2 N N O N C O O H C O O H H N N H 2 N C l H ácido fólico pirimetamina N N H 2 N O O O trimetoprima O H N H 2 N H 2 H image26.png image27.png image28.wmf N N H O R H O N N H O R F O N N H O R H O H H S - E E - S H E - S H m e t i l e n o - T H F N N H O R H S - E O C H 2 T H F H N N H O R S - E O C H 3 N N H O R F O H H S - E m e t i l e n o - T H F N N H O R H S - E O C H 2 T H F F X timidilato ácido desoxiuridílico floxuridina ANTINEOPLÁSICO - ANTIMETABÓLITO (ANTAGONISTA METABÓLICO) R = O O 3 P O O H 2- E - S H timidilato sintase m e t i l e n o - T H F 5,10-metilenotetraidrofólico ácido image29.wmf N N N N X N H 2 N O N H O O H O O H R X = O H R = H X = N H 2 R = C H 3 ácido fólico metotrexato ANTINEOPLÁSICO - ANTIMETABÓLITO (ANTAGONISTA METABÓLICO) image30.wmf N H N N H N X N H 2 X = O X = S guanina tioguanina N H N N H N X X = O X = S hipoxantina mercaptopurina ANTINEOPLÁSICO ANTIMETABÓLICO ANTINEOPLÁSICO ANTIMETABÓLICO image31.png image32.png image33.png image34.emf image35.jpeg image1.jpeg
Compartilhar