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AÇÃO PENAL PÚBLICA (competência privativa do MP) a) Incondicionada (Independe da vontade da vítima a iniciativa de investigação) b) Condicionada à representação do ofendido - Retratação da representação – Art. 25 do CPP O ofendido pode se retratar da representação até o oferecimento da denúncia. Depois de oferecida a denúncia (Pena privativa do MP), a representação será irretratável. Depois de oferecida a denúncia – princípio da indisponibilidade (art.42 – O MP não poderá desistir da Ação Penal). Ação penal privada (competência da vítima – querelante) - Renúncia ao direito de queixa (peça privativa do ofendido) – Art. 49 do CPP (indivisibilidade da ação penal privada). - A renúncia do direito de queixa em relação a um dos autores, a todos se estenderá. A ação penal privada é indivisível, se processar um, terá que processar todos. - Perdão do ofendido (causa de extinção da punibilidade) – Art. 105 e 106 do CP (o perdão deve ser aceito pelo indivíduo) > Dentro ou fora do processo > Expresso ou tácito > Crime com mais de um autor – se oferece para um dos autores, o perdão é estendido para os demais (princípio da indivisibilidade da ação penal privada) > Se o querelado (autor do delito) recusa a aceitação, ele não produzirá efeitos. (se apenas um indivíduo aceita o perdão e o outro não, o processo continuará apenas para aquele que não aceitou). EFEITOS DA CONDENAÇÃO O efeito principal da condenação é atribuir a alguém a pena, ou seja, condenar alguém! EFEITOS PRIMÁRIOS – Condenação a uma pena privativa de liberdade; inscrição do nome do condenado no rol de culpados; a perda da primariedade penal e a atribuição da condição de reincidente caso cometa outro crime. EFEITOS SECUNDÁRIOS (antigas penas acessórias) – efeitos que acompanham a condenação. a) Penais: impedir a suspensão condicional da pena (sursis); impedir o livramento condicional; etc. b) Extrapenais: Art. 91-A (incluído no pacote anticrime) e 92 do CP. b.1) Genéricos – art. 91 (independente de motivação específica por parte do juiz). I – Tornar certa a obrigação de reparar o dano causado pelo crime – as instâncias de controle social (penal, civil e administrativa) são independentes. Art.387, IV do Código de Processo Penal – na sentença condenatória o juiz poderá fixar o valor mínimo para a reparação dos danos causados pelo crime. II – Perda em favor da união, ressalvando o direito de direito de boa-fé: • dos instrumentos do crime, desde que esses instrumentos constituam objetos ilícitos. • produto do crime (aquilo que foi objeto de subtração no crime), e os proveitos (aquilo que se obteve do produto do crime). b.2) Específicos – art. 92 (depende de motivação específica – art.92, § único do CP). I – A perda do cargo, função pública ou mandato eletivo: - quando aplicada a pena superior a 1 ano nos crimes contra a administração pública. - quando for aplicada uma pena superior a 4 anos nos demais casos. II – A incapacidade do exercício do poder familiar, tutela ou curatela, nos crimes dolosos cometidos contra filho, descendente ou outro titular do poder familiar. III – Inabilitação para dirigir veículos quando utilizado como meio para a prática de crime doloso. b.3) Confisco alargado – art. 91-A – Lei 13.964/2019 – Pacote Anticrime. • Tem que ter motivação específica na sentença condenatória. • Cuja pena seja superior a 6 anos. • Bens correspondentes à diferença entre o valor do patrimônio do condenado e aquele que seja incompatível com o seu rendimento lícito. PUNIBILIDADE Conceito de crime (pressupostos de punibilidade): 1. Conduta típica 2. Ilícita (Antijurídica) 3. Culpável Punibilidade: Consequência do conceito de crime a) Condições objetivas de punibilidade: outras condições não fazem parte do conceito de crime, mas são necessárias para a possibilidade de se aplicar uma pena. Ex: Crimes Falimentares (crimes decorrentes de falência – Lei 11.101/05) - A sentença que declara a falência é uma COP nos crimes falimentares (é irrelevante para a constituição do crime). Crime de induzimento, instigação ao auxílio ao suicídio (art.122, CP) – Só é punido caso a vítima, na tentativa de se matar, se cause lesões corporais. b) Circunstâncias que afastam a punibilidade: de crimes já constituídos, mas há uma circunstância negativa da punibilidade. b.1) Escusas absolutórias (circunstâncias de isenção de pena): Ex: Imunidade parlamentar (em relação a suas opiniões, palavras e votos). O parentesco nos crimes contra o patrimônio (art. 181, CP). É isento de pena para o crime contra o patrimônio cometido em prejuízo de cônjuge, de ascendente ou descendente. Prova da verdade no crime de calúnia. b.2) Causas da suspensão da punibilidade: Desistência voluntária e o arrependimento eficaz – art. 15 do CP – O agente que voluntariamente desiste de prosseguir na execução, ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. b.3) Causas da extinção da punibilidade. • Circunstância negativa da punibilidade. • Depende da configuração dos elementos do conceito de crime (pressupostos de punibilidade). • Impedem a aplicação da pena por uma circunstância superveniente que obsta a punição. Causas gerais: art. 107 do Código Penal: rol exemplificativo (não se trata de numerus clausus, hipóteses taxativas), isto é, as causas de extinção da punibilidade não se resumem as previstas nesse artigo, mas espalhadas por toda a legislação. Ex: morte do agente, anistia, prescrição, etc. Causas especiais: se aplicam apenas a alguns crimes • Ressarcimento do dano no peculato culposo (art. 312, §3, CP). • Pagamento do tributo nos crimes tributários (art. 34, Lei 9249/95). Art. 34, Extingue-se a punibilidade dos crimes definidos na Lei n˚8.137, de 27 de dezembro de 1990, e na Lei n˚4.729, de 14 de julho de 1965, quando o agente promover o pagamento do tributo ou contribuição social, inclusive acessórios, antes do recebimento da denúncia. Causas Gerais: Art. 107 1. Pela morte do agente • Decorrência do princípio da responsabilidade penal pessoal – a pena não passa da pessoa do condenado. Havendo sua morte, ninguém pode responder em seu lugar. • Prova-se por meio da certidão de óbito verdadeira. E se a certidão de óbito juntada ao processo for falsa? - O juiz deve verificar a autenticidade do documento, oficiando o registro civil para que ateste sua autenticidade. - Se o juiz reconhece a extinção da punibilidade a partir de uma certidão de óbito falsa, isso pode ser desfeito posteriormente? Doutrina: Não se pode desfazer a decisão, porque trataria de uma revisão criminal pro societate, que é impossível. Quem falsificou o documento, no entanto, poderia responder por falsidade documental. Jurisprudência: vem entendendo que seria possível, uma vez que estaria ausente o pressuposto de declaração da punibilidade, o que não faria coisa julgada.
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