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Revoluções no Século 20

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REVOLUÇÕES
A	 derrubada	 violenta	 dos	 sistemas	 políticos	 existentes	 foi	 uma	 característica
importante	 da	 história	 global	 na	 primeira	metade	 do	 século	 20.	Muitos	 países
foram	afetados,	principalmente	China	e	Rússia.
A	 maioria	 das	 revoluções	 refletia	 a	 visão	 de	 que	 os	 sistemas	 monárquicos
eram	 obsoletos	 e	 impediam	 as	 mudanças	 que	 dariam	 subsídios	 a	 um	 Estado
moderno	 para	 lidar	 com	 o	 mundo	 moderno,	 ou	 seja,	 com	 um	 sistema
internacional	brutalmente	competitivo,	com	demandas	de	reforma	interna	e	com
a	ameaça	de	desordem	social.	No	Japão,	na	década	de	1860,	havia	sido	possível
conciliar	 a	 legitimidade	 imperial	 com	 a	modernização	 radical,	 mas	 em	 outros
lugares,	no	início	do	século	20,	as	crises	eram	mais	agudas.	Não	por	acaso,	em
vários	países	–	entre	eles	China,	Portugal	e	Turquia	–,	figuras	militares	tiveram
que	 liderar	 o	 pedido	 de	 mudança,	 já	 que	 foram	 os	 fracassos	 na	 defesa	 que
desgastaram	e	quebraram	sistemas	antigos.	Na	China,	a	dinastia	manchu	perdeu
prestígio	depois	que	forças	estrangeiras	intervieram	para	acabar	com	o	Levante
dos	Boxers	 em	 1900.	 Isso	 levou	 à	 queda	 do	 imperador	 chinês	 em	 1911-1912,
após	mais	 de	 2	mil	 anos	 de	 governo	 imperial.	Uma	nova	 república	 ergueu-se,
mas	 as	 décadas	 subsequentes	 presenciaram	 um	 colapso	 da	 unidade	 nacional	 à
medida	que	as	províncias	se	separavam	para	formar	Estados	militarizados.
A	Primeira	Guerra	Mundial	derrubou	as	dinastias	imperiais	austríaca,	alemã	e
turca.	 Também	 desencadeou	 a	 Revolução	 Russa.	 As	 repetidas	 derrotas	 para	 a
Alemanha	fizeram	crescer	ainda	mais	as	tensões	sociais,	econômicas	e	políticas
que	 a	 guerra	 impôs	 à	 Rússia,	 e	 elas	 levaram	 ao	 descrédito	 do	 governo,
especialmente	do	czar	Nicolau	 II,	que	 tinha	assumido	 responsabilidade	pessoal

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