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O COLAPSO ECONÔMICO MUNDIAL Em 1637, o preço dos bulbos de tulipas na Holanda subiu loucamente – até o ponto de casas serem trocadas por um único bulbo – e, depois, caiu de repente. Essa “tulipomania” provavelmente foi a primeira bolha especulativa da era moderna. À medida que os investimentos bancários e de capital se expandiam, surgiam muitas dessas bolhas e estouros de bolhas, inclusive os que sucederam ao colapso da Companhia do Mississippi e da South Sea Company, em 1720. Como o dinheiro usado para comprar empreendimentos especulativos muitas vezes era emprestado, quando a bolha arrebentava, os mutuários faliam, os credores perdiam dinheiro, os bancos quebravam e economias inteiras sofriam retrações. No século 19, o pânico de 1873, causado em parte por desastrosos investimentos em ferrovias, desencadeou uma crise econômica na Europa e nos Estados Unidos que durou pelo menos até 1879, e, segundo alguns, até 1896. Essa recessão, agora conhecida como a Longa Depressão, era chamada de Grande Depressão até que a crise desastrosa dos anos 1930 reivindicou para si esse título. A quebra da Bolsa de Valores de Nova York e a subsequente recessão de 1929 levaram diretamente à Grande Depressão global dos anos 1930. Esse foi um período de declínio da produção e do comércio, de negócios fracassados, de colapso das finanças públicas e de aumento acentuado do desemprego. Esses aspectos faziam parte de uma crise fundamental no sistema econômico mundial e também alimentaram a mudança da democracia para o totalitarismo, presenciado de forma ampla na década de 1930.