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crise de 1929crise de 1929 O que foi a Crise de 1929? Também conhecida como A Grande Depressão, a Crise de 1929 é considerada como um dos marcos da História contemporânea da humanidade. Em meio à Primeira e Segunda Guerra Mundial, a crise estourou nos meses de setembro a outubro daquele ano, nos EUA, quando a bolsa de valores de Nova York — à qual toda a economia do mundo estava ligada naquele período — teve uma queda brusca no valor de suas ações mais importantes, levando à sua queda. A partir disso uma reação em cadeia foi iniciada, levando milhões de empresas e pessoas à falência ao mesmo tempo. resumo e causas Você já ouviu falar sobre expansão de crédito por oferta monetária? Pois bem, esse foi o motivo central pelo qual a bolsa de valores de Nova York, conhecida por ser o maior símbolo de poder do capitalismo, sofreu uma quebra inesperada “do dia para a noite”. Os Estados Unidos lucraram bastante com a exportação de produtos industrializados e alimentos — entre 1918 e 1928 — para a Europa (países aliados no período “entre-guerras”), com o fim da Primeira Guerra Mundial. Já que aquele era um período de prosperidade econômica, pois havia emprego para todos e preços acessíveis, o Governo propagava a ideia do “American Way of Life”, que basicamente consistia em consumir em abundância. O estilo de vida americano era fundamentado, principalmente, por fatores como o pagamento de mercadorias provenientes da exportação e pela expansão de crédito. Uma espécie de instituição bancária norte-americana, chamada Federal Reserve System, emitiu uma quantidade massiva de títulos e dinheiro com a finalidade de expandir a economia. Muitas organizações e cidadãos comuns enxergavam a “jogada” como uma oportunidade de investimento segura e estável. Contudo, o que não se esperava era que a economia europeia fosse se restabelecer e parar de importar gradativamente dos EUA. https://www.stoodi.com.br/blog/2018/07/02/primeira-guerra-mundial/ https://www.stoodi.com.br/blog/2018/06/26/segunda-guerra-mundial-resumo/ https://www.stoodi.com.br/blog/2019/01/16/bolsa-de-valores/ Com a Europa retraindo seu consumo de produtos norte-americanos, ao mesmo tempo em que as indústrias estavam produzindo em escalas exorbitantes, os Estados Unidos se encontraram em uma posição delicada: oferta muito maior do que demanda. Ou seja, não havia mais para quem vender. Por consequência, a produção precisou parar, os preços despencaram e, é claro, o desemprego tomou conta do país. Logo, o Governo decidiu tomar a decisão de fazer o acerto de contas com Federal Reserve System, freando a oferta monetária e aplicando uma dura política de restrição às concessões de crédito e empréstimos, conhecida como “New Deal” (Novo Acordo). O resultado disso: milhões de pessoas e empresas resolveram sacar suas reservas dos bancos, temendo a desvalorização da moeda. A consequência foi o início de um dos maiores processos de recessão econômica que já houve na História. Resumindo, é correto afirmar que a Crise de 1929 foi causada pela superprodução. Consequências a taxa de desemprego subiu de 4% a 27%; o PIB dos EUA caiu literalmente pela metade (50%); as exportações também tiveram uma queda de 50%; a produção do setor automobilístico reduziu em 50%; a produção industrial caiu para um terço — em relação ao período de prosperidade; os empréstimos internacionais sofreram uma queda de 90%; o salário médio no setor industrial caiu pela metade; milhares de instituições bancárias e empresas faliram. Os anos mais críticos da crise foram entre 1929 e 1933. O país viu a economia cair em um efeito dominó. As principais consequências da maior recessão econômica enfrentada pelos EUA foram: Além disso, como grande parte dos investimentos estava sustentada em valores especulativos — que desapareceram assim que a bolsa de valores quebrou — milhões de pessoas perderem todo o seu patrimônio. Não demorou muito para a reação em cadeia se espalhar pelo mundo, causando recessões econômicas em diversos países e, consequentemente, disparando o desemprego em muitas nações. https://www.stoodi.com.br/blog/2016/09/19/geografia-como-o-tema-industria-pode-aparecer-no-vestibular/ https://www.stoodi.com.br/materias/historia/crise-de-1929/definicao-e-antecedentes/ https://www.stoodi.com.br/guias/dicas/o-que-e-pib/ https://www.stoodi.com.br/guias/dicas/o-que-e-pib/ Crise de 1929 no Brasil Os impactos da crise de 1929 chegaram ao Brasil e o segmento mais afetado foi a produção de café, que era a principal fonte de exportação daquele período. Para que você tenha uma ideia, cerca de 70% do café comercializado pelo mundo era brasileiro, sendo os EUA o consumidor central — compravam aproximadamente 80% da demanda produzida. Assim como aconteceu nos Estados Unidos, não tínhamos mais para quem vender, e o preço de nosso principal produto caiu de forma brusca. O valor do café chegou a cair em torno de 90% no mercado internacional, e os prejuízos não chegaram apenas aos cafeicultores, mas para todo o país. De acordo com os historiadores, uma das consequências indiretas da recessão de 1929, no Brasil, foi a Revolução de 1930, encabeçada por Getúlio Vargas, que se tornou o presidente provisório. Em 1931, Vargas tentou proteger o principal produto nacional, a fim de salvar a economia, criando o Conselho Nacional do Café (CNC). Como você pôde conferir neste artigo, a Crise de 1929 foi um dos períodos mais complexos que a sociedade contemporânea passou. Desemprego, falência e falta de esperança se espalharam mundo afora. A especulação de crédito monetário, o oportunismo pós-guerra e a superprodução foram as causas cruciais que desencadearam a Grande Depressão. https://www.stoodi.com.br/blog/2016/09/13/10-coisas-que-todo-aluno-que-ama-cafe-sabe/ https://www.stoodi.com.br/blog/2016/07/01/o-que-eu-preciso-saber-sobre-era-vargas-para-mandar-bem-no-enem/ https://www.stoodi.com.br/blog/2018/10/29/getulio-vargas/
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