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empresas, ao impor patentes industriais, tornarem-se proprietárias de todas as plantas e animais modificados subsequentemente produzidos (…) Uma empresa pode se tornar proprietária de uma espécie inteira. É a lógica da indústria aplicada à vida.” José Bové, político francês do Partido Verde, no livro The world is not for sale [O mundo não está à venda] (2002) A clonagem produz um animal que é geneticamente idêntico a um de seus pais. Avanços na tecnologia de clonagem no início do século 21 trouxeram novas possibilidades e dilemas éticos. Em 2015, a China tinha planos de criar uma fábrica de clonagem para cultivar grandes rebanhos de gado bovino e leiteiro. Ao mesmo tempo, o Parlamento Europeu proibiu a clonagem de animais para alimentação. A clonagem humana é ainda mais controversa. A clonagem reprodutiva criaria um ser humano inteiro a partir de células clonadas, o que é totalmente proibido em muitos países. A clonagem terapêutica, que reproduz células individuais, tem aplicações médicas que podem salvar vidas, mas é contestada por aqueles que se opõem ao uso de células-tronco de embriões humanos com base na ética ou na religião. A nanotecnologia (o prefixo “nano-” significa um bilionésimo) é outro campo que pode transformar a tecnologia e a medicina do futuro. A criação de máquinas funcionais tão pequenas quanto uma molécula ou mesmo um átomo ainda é uma perspectiva amplamente teórica, embora seja objeto de pesquisa intensa. Já é possível criar transistores com o diâmetro de apenas algumas centenas de átomos, e houve avanços na criação e na manipulação de materiais que poderiam ser usados em nanoescala. À medida que a nanotecnologia avança, seu leque de possíveis aplicações inclui o diagnóstico de doenças e o reparo de danos às células.
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