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Britânicas e o continente europeu –, permitindo a migração de animais, inclusive de seres humanos, até novos territórios. As condições secas expandiram desertos, como o do Saara e o de Gobi. O mundo mais hostil levou muitos animais à extinção. Diversos mamíferos adaptaram-se com o crescimento de grossas camadas de pelo e desenvolveram corpos mais parrudos, melhores para reter calor. Essa “megafauna” incluía mamutes, mastodontes, ursos-das-cavernas, preguiças-gigantes, tigres-dentes-de- sabre e rinocerontes lanosos, bem como espécies ainda existentes, como o lobo, o boi-almiscarado e a rena. Algumas espécies humanas também ficaram maiores e mais robustas. Outras, inclusive nossos ancestrais, adaptaram-se ao ambiente mais exigente, desenvolvendo um cérebro maior e aprendendo a viver com a inteligência em vez de com a força. Nossos primos neandertais – cujo cérebro era maior que o nosso – eram bem- adaptados às condições de pergelissolo predominantes na Europa da era do gelo. Uma dessas adaptações ao clima frio foi o grande nariz do homem de Neandertal, que aquecia e umedecia o ar frio que respiravam. Eles criaram ferramentas e armas avançadas com pedras e devem ter caçado em equipes para derrubar presas grandes como mamutes. Controlavam o fogo e cozinhavam carne e vegetais. Alguns viviam em cavernas, outros em abrigos mais temporários. Um sítio arqueológico na Ucrânia revelou abrigos feitos de ossos e presas de mamute. Os primeiros humanos modernos chegaram à Europa há mais ou menos 45 mil anos. Também caçavam mamutes e aos poucos substituíram os neandertais (veja a p. 58). Mas, mesmo no final da última era do gelo, a Europa inteira provavelmente não tinha mais que 30 mil humanos, enquanto o povoamento das Américas mal havia começado.
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