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babilônico Hamurabi (que data de 1754 a.C., um dos primeiros códigos jurídicos que ainda podem ser estudados minuciosamente) ordena “olho por olho, dente por dente”, com palavras muito semelhantes às da lei de Moisés no Antigo Testamento. No entanto, também exigia compensação por crimes de propriedade, assim como o antecedente Código de Ur-Nammu, na Suméria, e o Pentateuco judaico. Em Roma, a Lei das Doze Tábuas (450 a.C.) exigia que um ladrão condenado pagasse o dobro do valor dos bens que havia roubado. As leis não lidavam exclusivamente com crime e punição, mas também ofereciam meios pacíficos de resolver controvérsias e, nas sociedades que reconheciam a propriedade privada, meios de registrar a titularidade da propriedade. Também incluíam regras sobre como contratos e negócios deveriam ser regulamentados. “No seu auge, o homem é o mais nobre de todos os animais; distanciado da lei e da justiça, ele é o pior.” Aristóteles, Política, Livro 1 (século 4o a.C.) Os códigos jurídicos também variavam no que se refere ao equilíbrio entre proteger os direitos dos cidadãos e impor obrigações. Por exemplo, proteger a liberdade de expressão ou a prática religiosa tem sido uma parte importante da lei em algumas sociedades, enquanto em outras a lei incluiu exigências religiosas ou proibiu certos tipos de manifestação pública, como críticas ao governo ou declarações consideradas blasfêmias. Alguns códigos têm deveres específicos, como pra-zos fixos para um cidadão servir no Exército. E muitos códigos jurídicos incluem leis que restringem a liberdade individual em bases especificamente morais ou religiosas. Por exemplo, a ho-mossexualidade foi (e continua sendo) ilegal em muitos países, não importa se praticada entre adultos, com consentimento mútuo. A tensão entre proteger direitos e impor
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