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criação e na expansão do Império Persa no século 5o a.C., do Império Macedônio no século 4o a.C. e, mais notoriamente, do Império Romano, que no fim do século 1o da nossa era se estendia da Grã-Bretanha ao Egito e à Síria. Embora a força militar fosse necessária para criar um império, mantê-lo em funcionamento era uma questão mais complexa, que dependia do governo, da burocracia, de medidas econômicas e muito mais. Em especial, os impérios precisavam manter o apoio das áreas conquistadas (o que era mais fácil naquela época do que no mundo moderno, pois as ideias de autodeterminação dos povos, sem falar na democracia, não existiam). Um meio de fazê-lo era assimilar os povos conquistados, por meio da difusão da religião do império ou da tolerância e cooptação das religiões locais. Em alguns casos, como o de Roma, o império pôde oferecer o direito de cidadania para parte da população local e assim conseguir a sua lealdade. Os impérios dependiam também da transferência de recursos e, para isso, protegiam o comércio e impunham impostos. Impérios fortes proporcionavam segurança e estabilidade em um mundo que pouco tinha das duas, e, em alguns casos, isso lhes rendia apoio popular a curto prazo. Embora os romanos cobrassem impostos e apreendessem escravos e mercadorias importadas das vizinhanças de seu império, também acreditavam ter uma “missão civilizadora”: um conceito promovido inicialmente por escritores como Cícero. Do outro lado do império, as populações locais construíam cidades e estradas no estilo romano e adotavam costumes romanos em relação à alimentação, ao vestuário e à horticultura. Por sua vez, o império recrutava administradores locais e, com o tempo, os romanos também passaram a se casar com o povo não romano. (Alexandre, o Grande, encontrou um engenhoso atalho para a estabilidade: ordenou aos generais que se casassem com a classe dominante local. Em Susa, em 324 a.C., ele fez 80 de seus generais se casarem com princesas persas do
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