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2 1 A paisagem

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Prévia do material em texto

A paisagem
Apresentação
No livro Fundamentos do Paisagismo, de Tim Waterman, encontramos, no capítulo "Os sítios e o 
contexto", a seguinte descrição para paisagem: "Um conjunto de atributos tangíveis e intangíveis 
que definem uma área, da mesma forma que a aparência, a personalidade e o comportamento 
definem uma pessoa. (...) Como todas as pessoas, as paisagens são definidas pela soma de seus 
atributos, sejam bons ou ruins. A geologia, o solo, a topografia e os recursos hídricos, como rios e 
lagos, são elementos que caracterizam uma paisagem."
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai ver a associação entre paisagismo e paisagem, bem 
como a forma como esse conjunto denominado paisagem é constituído.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Conceituar e exemplificar o que é paisagem.•
Perceber as diferenças que caracterizam as diferentes paisagens.•
Determinar os elementos que compõem a paisagem e como ela se relaciona com o 
paisagismo.
•
Desafio
O paisagismo, ao trabalhar com os elementos da natureza, intervém na paisagem, tanto a natural 
como a construída.
Você trabalha em um escritório de arquitetura e é responsável pelo projeto arquitetônico de um 
empreendimento localizado no litoral de Santa Catarina. Entre as demandas paisagísticas, está a 
integração do empreendimento com a praia.
Sob o viés da paisagem, analise a imagem que será mostrada para o cliente e indique se ela está no 
contexto de uma paisagem natural ou cultural. Justifique.
Infográfico
O que é paisagem natural? E paisagem cultural? Verifique no infográfico a seguir!
 
Conteúdo do livro
Para entender mais sobre paisagem, leia dois trechos do livro "Fundamentos do Paisagismo". Inicie 
pelo título As características da paisagem e, em seguida, leia o trecho As vistas da paisagem.
Tim Waterman
FUNDAMENTOS
DE PAISAGISMO
Reservados todos os direitos de publicação, em língua portuguesa, à
ARTMED® EDITORA S.A.
(BOOKMAN® COMPANHIA EDITORA é uma divisão da ARTMED® EDITORA S. A.)
Av. Jerônimo de Ornelas, 670 – Santana
90040-340 Porto Alegre RS
Fone (51) 3027-7000 Fax (51) 3027-7070
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer
formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na
 Web e outros), sem permissão expressa da Editora.
São Paulo
Av. Embaixador Macedo de Soares, 10.735 – Pavilhão 5 – Cond. Espace Center 
Vila Anastácio 05035-000 São Paulo SP
Fone (11) 3665-1100 Fax (11) 3667-1333
SAC 0800 703-3444
IMPRESSO EM CINGAPURA
PRINTED IN SINGAPORE
Obra originalmente publicada sob o título
The Fundamentals of Landscape Architecture
ISBN 978-2-94-037391-8
copyright © Ava Publishing SA 2009
Capa: Rogério Grilho (arte sobre capa original)
Preparação de original: Daniela de Souza Louzada
Editora Sênior: Denise Weber Nowaczyk
Projeto e editoração: Techbooks
 Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052
W328f Waterman, Tim. 
Fundamentos de paisagismo [recurso eletrônico] / Tim
Waterman ; tradução técnica Alexandre Salvaterra. – Dados 
eletrônicos. – Porto Alegre : Bookman, 2011.
 
Editado também como livro impresso em 2010.
ISBN 978-85-7780-863-2
1. Planejamento territorial – Paisagismo. I. Título. 
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Bancas de revistas do mundo todo estão 
cheias de revistas vistosas e obcecadas com 
a personalidade humana, a aparência e o 
comportamento pessoal. Se o mesmo volume 
de material fosse produzido sobre a paisagem, 
teríamos um entendimento muito melhor 
sobre o mundo que nos cerca. A característica 
da paisagem é o conjunto de atributos 
tangíveis e intangíveis que definem uma área, 
exatamente da mesma forma que a aparência, a 
personalidade e o comportamento definem uma 
pessoa.
Como todas as pessoas, as paisagens são 
definidas pela soma de seus atributos, sejam 
bons ou ruins. A geologia, o solo, a topografia 
e os recursos hídricos, como rios e lagos, são 
elementos que caracterizam uma paisagem. 
A esses elementos podemos acrescentar as 
plantas, que podem ser os elementos que 
definem melhor uma paisagem. Uma floresta 
é um lugar bem diferente de um prado. A forma 
como os animais usam a paisagem pode alterar 
significativamente um terreno. Barragens feitas 
por castores, por exemplo, podem mudar uma 
área da noite para o dia. Animais de pasto também 
podem causar impactos bem visíveis. Entretanto, 
é o homem que muitas vezes a influencia de forma 
mais profunda. Com formas de construção que 
causam um grande impacto na paisagem, e com 
o uso intensivo da terra, como a mineração ou o 
desmatamento, ele pode apagar completamente 
ou reestruturar radicalmente uma paisagem.
Finalmente, um dos elementos mais 
importantes das características da paisagem 
é o mais difícil de definir. A maneira como nos 
sentimos em relação a um determinado lugar 
é fundamental para seu entendimento. Ele 
é aconchegante ou monumental? É bonito 
e tranquilo? Ou é bizarro e perturbador? 
Conseguimos nos sentir em casa?
A VIDA SELVAGEM E A NATUREZA
Sobraram poucas áreas selvagens. 
Praticamente cada centímetro do planeta é 
de alguma forma explorada pelos homens. No 
entanto, isso vem acontecendo há muito mais 
tempo do que se imagina. Os índios, por exemplo, 
fizeram queimadas e desmataram os prados 
norte-americanos durante milhares de anos. 
Os búfalos vagam em paisagens virgens há 
milênios. Na realidade, eles têm tirado proveito 
da manutenção e extensão de seu habitat.
Isso não quer dizer que toda a natureza tenha 
sido subjugada aos caprichos do homem, ou 
que a essência do que consideramos selvagem 
tenha sido comprometida de alguma maneira. Os 
paisagistas trabalham diretamente na interface 
entre o homem e o ambiente, buscando um 
equilíbrio entre os dois.
Parques e reservas naturais são fontes 
consistentes para o trabalho de paisagistas, da 
escala do pequeno lago às grandes extensões 
de tundra. Uma boa gestão e planejamento para 
essas áreas são essenciais para a preservação 
da saúde do planeta e sua biodiversidade. É 
também essencial para a psique humana.
Nós nos beneficiamos imensamente da 
interação direta com o mundo natural e dos 
conhecimentos que a imponência selvagem e 
natural nos oferece.
Cada paisagem natural tem uma característica 
única, de Serengeti, à Patagônia, passando 
pelo Everglades, mas ainda assim é muito 
conveniente traçar paralelos entre os lugares 
para entender sua imensa complexidade no 
contexto.
AS CARACTERÍSTICAS DA PAISAGEM
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O AMBIENTE CONSTRUÍDO
O termo “ambiente construído” pode ser útil 
para diferenciar as paisagens urbanizadas das 
paisagens “selvagens”. O ambiente construído 
inclui tudo desde os campos agrícolas à infra-
estrutura de transporte. Contudo, na maioria 
das vezes o termo é usado para se referir aos 
assentamentos urbanos – metrópoles, cidades 
pequenas e vilas – especialmente às relações 
entre a forma construída e o espaço aberto no 
ambiente externo.
No caso dos meios urbanos, o caráter da 
paisagem é determinado pela fusão de múltiplas 
influências. Elementos sociais, culturais, 
econômicos e históricossão expressos em uma 
linguagem espacial que se baseia na topografia, 
na vegetação, nos materiais disponíveis e no 
clima do local. Os arquitetos paisagistas têm 
como ler todas essas variáveis da escala urbana 
e tomar as decisões de projeto que estejam 
em harmonia com a maneira pela qual as 
pessoas têm vivido naquele local há gerações. 
A compreensão do caráter da paisagem é 
essencial para se configurar lugares e é a própria 
essência da arquitetura paisagística.
Florestas do Yosemite
A exuberância selvagem do Vale do 
Yosemite na Califórnia foi preservada 
em grande parte graças ao trabalho 
do eminente naturalista John Muir na 
virada para o século XX. Desde então, 
paisagens como esta têm se tornado 
símbolos cada vez mais poderosos de 
identidade nacional e cultural.
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A habitação como ambiente construído
Um tipo de ambiente construído, a 
moradia, pode assumir uma grande 
diversidade de formas, dependendo 
de variáveis como o clima, a cultura e a 
tradição. As imagens a seguir mostram 
uma vila tradicional em Dorset, no Reino 
Unido; uma rua no distrito Marolles, em 
Bruxelas, na Bélgica; uma área mista de 
escritórios e habitações em Bilbao, na 
Espanha; e uma vista aérea da cidade de 
Tóquio, no Japão (na página ao lado).
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AS VISTAS DA PAISAGEM
Para muitas pessoas, as vistas da paisagem e 
a paisagem propriamente dita são sinônimos. 
Uma “paisagem” poderia tanto ser a paisagem 
em si quanto uma pintura dela. No entanto, os 
arquitetos paisagistas sabem que há muito 
mais em jogo, que envolve todos os sentidos 
e é composto por uma grande diversidade de 
elementos, tanto vistos como ocultos. Ainda 
assim, a visão é o principal sentido utilizado 
para descobrir nosso ambiente e julgá-lo; a 
vista da paisagem, portanto, é de importância 
fundamental para o arquiteto.
A vista da paisagem é mais do que um simples 
quadro bonito. As vistas na paisagem são 
dinâmicas, instáveis, e ajudam a nos orientar 
e nos informar sobre o tipo de espaço em que 
vivemos e de que forma ele será usado.
AS VISTAS
O arquiteto paisagista deve considerar as vistas 
a partir de três ângulos diferentes: vistas do sítio 
para fora, vistas dentro do sítio e vistas para 
dentro do sítio. Cada uma delas é importante 
para a compreensão que um indivíduo terá 
sobre o terreno, e todas devem ser levadas 
em consideração para que o projeto seja 
bem-sucedido.
As vistas podem ter várias funções: serem 
enquadradas, por árvores ou por uma janela; 
servirem como pano de fundo, como um contexto 
no qual a ação ocorre; servirem como um 
contexto para a arquitetura, ou até mesmo serem 
aprimoradas pela arquitetura. As edificações 
em um meio urbano desempenham um papel 
especialmente importante no enquadramento e 
direcionamento de vistas.
As vistas podem formar o elemento principal 
de um sítio para meditação ou relaxamento, 
mas também podem ser usadas para induzir 
as pessoas à movimentação, oferecendo um 
foco visual que as seduza a explorá-las. Ao 
explorá-las, as pessoas também poderão 
descobrir que as vistas podem se desdobrar, 
podem estar escondidas e subitamente se 
revelarem enquanto o observador está em 
movimento.
AS VISTAS EMOLDURADAS
Uma vista emoldurada é uma vista que 
é enquadrada ou confinada. Uma janela 
panorâmica, por exemplo, é usada para dar um 
efeito melhor quando centraliza cuidadosamente 
uma vista, excluindo detalhes irrelevantes como 
postes ou redes de eletricidade.
As vistas emolduradas urbanas são capturadas 
da mesma maneira. Uma das vistas mais 
espetaculares de Londres é através de um arco 
em Picadilly Circus, onde uma extensa vista 
captura a Torre de Vitória do Parlamento do Reino 
Unido e a Coluna do Duque de York em Waterloo 
Place. Sob o arco, uma entrada do metrô exibe o 
inconfundível logotipo com a barra e o círculo, e os 
ônibus vermelhos com dois andares se deslocam 
lentamente ao fundo. É uma vista que captura a 
essência de Londres em um vislumbre, e está longe 
de ser acidental. É um trabalho de paisagismo 
urbano, realçado pela arquitetura e animado pela 
vida incessante de uma cidade grande.
92 “A paisagem e a imagem são 
inseparáveis.”
James Corner 
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Hans Dieter Schaal, O Jardim da Villa Liebfried
Implantada na abundante vegetação do terreno 
da Villa Liebfried, que foi destruída durante 
a Segunda Guerra Mundial, a edificação 
cuidadosamente projetada por Schaal mal toca 
o solo. Ela introduz estruturas leves de madeira 
no jardim, criando percursos e enquadrando 
vistas. Em um caso, um suposto mirante se 
revela uma ilusão, emoldurando uma vista 
apenas na imaginação do visitante.
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EIXOS E SIMETRIA
Um eixo pode ser considerado a “espinha dorsal” 
de um sítio, e geralmente é um caminho largo ou 
uma via, muitas vezes ladeado por edificações. 
Ele pode ser reto, em curva ou sinuoso, mas 
nunca se divide, sempre mantém uma linha bem 
marcada. Ele é uma característica poderosa, 
essencial e unificadora na paisagem à qual 
todo o resto é subserviente, embora possa 
ser atravessado por outros eixos ou estar 
paralelo a eles. Os jardins barrocos, como os 
de Versalhes, usam essa característica como o 
aspecto organizador de uma paisagem na qual 
todos os elementos são simétricos – imagens 
simétricas refletidas em cada lado da “espinha”. 
O simbolismo por trás desses jardins poderosos 
e simétricos expressa o domínio do homem sobre 
a natureza.
A simetria pode ser inflexível, dura, e sua 
formalidade rígida lhe confere um caráter 
desumano. Não há necessidade de um eixo 
ser simétrico. A Broad Walk – eixo principal 
do Regent’s Park, em Londres – circunda o 
parque, que possui uma forma oval e plana. Ela 
é atravessada por um poderoso eixo secundário, 
mas também é acompanhada por inúmeros 
caminhos sinuosos e diagonais, propiciando um 
longo passeio que organiza o parque, mas não 
impede que as pessoas perambulem à vontade e 
se sintam livres para relaxar.
Blue Ridge Parkway,
leste dos Estados Unidos
Provando que o romance com o automóvel 
não era incompatível com um romance 
com a paisagem, o projeto de Stanley 
W. Abbott para a Blue Ridge Parkway 
criou uma sequência cinematográfica de 
vistas elaboradas e subsequentes para o 
motorista. Às vezes, a própria estrada é o 
foco da vista, como mostra este viaduto 
extraordinário.
A PAISAGEM CINEMÁTICAA primeira metade do século XX, principalmente 
os anos 1930 e 1940, pode ser vista como a 
idade de ouro da construção de estradas. 
O automóvel acrescentou novo glamour ao 
romantismo da liberdade da estrada, e o 
cinema foi o novo meio perfeito para expressar 
essa relação. Os arquitetos paisagistas, 
especialmente nos Estados Unidos, foram 
contratados para projetar e esculpir estradas 
que proporcionariam viagens prazerosas e 
cênicas. Os filmes se tornaram uma metáfora 
de como as vistas podiam se desdobrar e se 
adaptar ao longo de uma estrada, e a janela 
do automóvel era como o enquadramento da 
câmera capturando a vista emoldurada em 
movimento. É uma pena que, hoje em dia, em vez 
do prazer e do romance, a velocidade e o fluxo 
sejam muitas vezes os únicos critérios para a 
construção de estradas.
No entanto, qualquer outro meio de transporte 
terrestre, desde caminhadas até viagens de 
trens, também pode causar o mesmo efeito. As 
vistas podem, alternadamente, ser escondidas 
e reveladas, se mostrando aos poucos, criando 
expectativas, surpresa e um contexto para uma 
chegada emocionante. A paisagem é dinâmica, 
cinemática e panorâmica. Tudo isso em cores 
brilhantes.
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Dica do professor
Podemos definir paisagem como a extensão de um lugar aberto que se abrange em um lance de 
vista. O paisagismo participa da paisagem, sendo um de seus elementos formadores. Veja mais 
sobre paisagem e paisagismo na Dica do Professor.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
 
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/a08bfee64e44a957ea1a9832a48b9ac3
Exercícios
1) (UEPB 2007) A paisagem resguarda em si uma combinação de elementos do presente e do 
passado. Mais do que uma expressão puramente visual, muitas vezes, ela resulta de uma 
interação entre o ser humano e o ambiente, podendo alcançar um aspecto até mesmo 
emocional. Nesse sentido, podemos considerar a paisagem cultural como: 
A) Instrumento mecânico de percepção da realidade.
B) Produtora de discursos individualmente percebidos.
C) Reflexo direto da compreensão humana.
D) Resultado dos significados subjetivos.
E) Reprodução visual das atividades afetivas sociais.
2) (UEPB 2009) “A paisagem existe, através de suas formas, criadas em momentos históricos 
diferentes, porém coexistindo no momento atual”. (SANTOS, M. A Natureza do Espaço: 
técnica e tempo: razão e emoção. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 1997). A partir dessa afirmativa, 
é correto dizer que: 
A) Espaço e paisagem se diferenciam porque o espaço é uma produção social, ao passo que na 
paisagem predominam os elementos da dinâmica natural.
B) Na paisagem podemos observar elementos naturais e culturais, bem como formas novas e 
antigas que revelam sucessivos passados.
C) A paisagem é forma estática, por isso jamais poderá revelar as relações sociais do passado 
que produziram as formas geográficas do presente.
D) A paisagem tem significado apenas panorâmico, pois é destituída de conteúdo social, o que 
nos permite contemplar as formas, mas jamais analisar a sua essência.
E) A paisagem, assim como o território, é delimitada pelo alcance visual de quem a observa; são, 
portanto, espaços delimitados pelas relações de poder, cuja escala varia conforme a posição 
do observador.
3) 
A paisagem em que predominam os aspectos originais da natureza como a vegetação, o 
relevo e a hidrografia é chamada de paisagem natural. Assinale a alternativa que contenha 
apenas paisagens naturais. 
A) Floresta, conjunto de montanhas e avenida.
B) Rodovia, edifícios e represa.
C) Geleira, floresta e conjunto de montanhas.
D) Hidrelétrica, cidade e lago.
E) Aeroporto, bosque e cânyon.
4) (Uepb - 2007) “Toda paisagem que reflete uma porção do espaço ostenta marcas de um 
passado mais ou menos remoto, apagado ou modificado de maneira desigual, mas sempre 
presente” (Olivier Dolfus, 199. De acordo com o texto, podemos afirmar que: 
A) A paisagem é um conjunto de formas heterogêneas de idades diferentes.
B) A paisagem é estática, ao passo que o espaço é dinâmico.
C) As formas antigas da paisagem são sempre suprimidas, devido a seu envelhecimento técnico 
e social.
D) As paisagens refletem, sempre, as marcas das desigualdades sociais, por serem produzidas 
sob o modo de produção capitalista.
E) A paisagem é uma representação do espaço, mas não é o espaço em si, portanto, exibe as 
formas, mas esconde a essência de sua produção.
5) O conceito geográfico associado a "tudo aquilo que a visão alcança" é interpretado pelo 
nosso conhecimento pessoal como paisagem. Relacionando paisagem e paisagismo, 
podemos afirmar que: 
A) A paisagem não participa das concepções projetuais do paisagismo.
B) A paisagem não interfere no bem-estar das pessoas que a contempla.
C) A paisagem interfere nas relações entre as pessoas e a natureza, mas não por meio do 
paisagismo.
D) O paisagista deve pensar na paisagem considerando as alterações que ela possa sofrer de 
acordo com o clima e as estações.
E) A paisagem sempre será natural, mesmo com a intervenção do paisagismo e de seus 
elementos construídos, como decks, pergolados, pisantes e demais tipos de pisos.
Na prática
As paisagens são dinâmicas, seja pelo fator natural das estações ou pelo fator antrópico, no qual o 
homem a altera de acordo com as suas necessidades de uso e ocupação.
 
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Conceito de paisagem
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Conceitos de Paisagem de Gordon Cullen
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Paisagem - perspectiva da arquitectura paisagista
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
A carta brasileira da paisagem
https://www.youtube.com/embed/yKuwehGDYEA
https://www.youtube.com/embed/BoM1lOXVCqc
https://docplayer.com.br/4911816-Paisagem-perspectiva-da-arquitectura-paisagista.html
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
http://www.caubr.gov.br/anexos/noticias/CARTA_BRASILEIRA_DA_PAISAGEM.pdf

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