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bem adequada ao princípio do tipo móvel, e, em meados do século 15, o ourives e gráfico alemão Johannes Gutenberg introduziu um sistema que permaneceu em uso durante 500 anos. Em vez de montar páginas com letras de blocos de madeira individualmente esculpidas, ele aperfeiçoou o método e usava um tipo feito de uma liga de chumbo, estanho e antimônio, com um baixo ponto de fusão. Uma vez feito o molde para um caractere ou pontuação, poderia fazer todas as cópias que quisesse. Ele os colocava lado a lado ao longo de uma ripa de madeira para formar palavras em linhas, e as linhas eram justificadas (espalhadas em uma mesma largura) inserindo cunhas de metal entre as palavras. A configuração de uma única página levava cerca de um dia para ficar pronta, e, em seguida, uma prensa semelhante a uma morsa transferia a tinta da placa de impressão para o papel. Em 1455, Gutenberg publicou seu primeiro livro, a Bíblia em latim. A nova tecnologia espalhou-se rapidamente e, em 1475, William Caxton imprimiu o primeiro livro em inglês. No final do século 15, vários milhões de livros haviam sido impressos na Europa. Em 1800, esse número subiu para 2 bilhões de cópias. A torrente de ideias, conhecimentos e opiniões que se originou de livros, periódicos, poemas e panfletos deu origem a um aumento da alfabetização, até então restrita a clérigos e uma pequena elite secular. A impressão significava que os textos clássicos redescobertos pelos eruditos humanistas da Renascença não mais permaneceriam na escuridão. Também permitiu que as ideias dos reformadores protestantes se espalhassem pela Europa, ampliando a base de apoio da Reforma. Não é de espantar que aqueles que detinham o poder estivessem extremamente desconfiados dessa democratização do conhecimento e das oportunidades criadas para a crítica e o ativismo político. A maioria dos Estados – e a Igreja Católica Romana – tentou ditar o que poderia e não poderia ser
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