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IanCrofton-OPequenoLivroDaGrandeHistoriaMundo-141-230-píginas-89

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DO	MERCANTILISMO	AO	CAPITALISMO	DE
LIVRE	MERCADO
As	potências	europeias	que	começaram	a	construir	impérios	ultramarinos	a	partir
do	 século	 16	 visavam	maximizar	 sua	 participação	 em	 uma	 esfera	 crescente	 e
lucrativa:	 o	 comércio	 internacional.	De	 acordo	 com	 a	 teoria	 do	mercantilismo
então	 estabelecida,	 a	 quantidade	 de	 riqueza	 no	 mundo	 era	 fixa.	 Como
consequência,	cada	uma	das	principais	potências	europeias	pretendia	abocanhar
a	maior	fatia	possível	do	comércio	internacional.
Essa	crença	alimentou	uma	série	de	guerras	ao	redor	do	mundo.	Por	exemplo,
a	 Guerra	 dos	 Sete	 Anos,	 de	 1756	 a	 1763,	 envolveu	 combates	 entre	 potências
europeias,	especialmente	a	Inglaterra	e	a	França,	não	só	na	Europa,	mas	em	áreas
distantes	como	o	Caribe,	a	América	do	Norte	e	a	Índia.	Essas	potências	também
aprovaram	 medidas	 protecionistas,	 impedindo	 que	 todos,	 com	 exceção	 dos
cidadãos	 que	 morassem	 naquela	 pátria,	 participassem	 do	 comércio	 de
importação	e	exportação	para	o	país	colonizador.	Nem	mesmo	seus	colonos	que
moravam	em	outros	países	podiam	se	beneficiar	desse	comércio.	De	acordo	com
o	 mercantilismo,	 as	 colônias	 foram	 estabelecidas	 unicamente	 em	 benefício	 e
para	 lucro	 do	 país	 colonizador.	 Tais	 políticas	 acabaram	 por	 levar	 as	 colônias
britânicas	 na	 costa	 leste	 da	 América	 do	 Norte	 a	 declarar	 sua	 independência,
criando	os	Estados	Unidos	em	1776.
No	 mesmo	 ano	 foi	 publicado	 na	 Grã-Bretanha	 A	 riqueza	 das	 nações,	 do
filósofo	escocês	e	economista	político	Adam	Smith.	Esse	 livro	é	visto	como	o
texto	 fundador	 do	 capitalismo	 de	 livre	 mercado.	 Até	 aquele	 momento,	 o
comércio	 internacional	 estava	 sujeito	 a	 restrições,	 como	 impostos	 indiretos

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