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O NACIONALISMO E A NAÇÃO Do século 18 ao século 20, muitas sociedades passaram por transformações radicais, como industrialização, urbanização e aumento das taxas de alfabetização. Isso trouxe uma maior consciência política, uma remodelação dos valores políticos e o surgimento de novas ideologias. Uma das mais importantes dessas novas ideologias foi o nacionalismo. Este, ou pelo menos a crença de que o bem de uma dada nação é mais importante que qualquer outra coisa, já existia em Estados soberanos poderosos como a Rússia e a China, que não deviam lealdade além de suas próprias fronteiras. Já havia muito tempo que os chineses se referiam ao seu império como “o Reino do Meio”, sugerindo que era o centro do mundo. Na Europa, a rejeição da autoridade papal por muitos príncipes protestantes durante a Reforma refletia o desejo de um controle total do que se achava dentro das fronteiras do próprio Estado. No entanto, tais versões do nacionalismo tendiam a representar apenas os interesses das elites dominantes. Impérios europeus estabelecidos havia muito tempo, como o da família dos Habsburgos, que governavam uma ampla gama de nacionalidades, definiam-se principalmente como dinásticos. A França e a Inglaterra tentaram, durante alguns séculos, se definir como Estados-nação, mas, de novo, isso vinha fundamentalmente da região central. Embora dentro das fronteiras da França as pessoas falassem muitas línguas diferentes, de bretão a basco, reis e governos defendiam havia muito tempo o uso exclusivo do francês e, em 1635, Luís XIII estabeleceu a Académie Française como a “guardiã” da língua. A Inglaterra, que ocupava a maior parte da ilha da Grã-Bretanha, separada do continente europeu, tinha desfrutado desse
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