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células. Esses primeiros micro-organismos alimentavam-se da rica sopa de moléculas orgânicas encontrada nos primeiros oceanos. Há aproximadamente 3,4 bilhões de anos, quando a oferta de moléculas orgânicas começou a diminuir, um novo grupo de micro-organismos procarióticos evoluiu. Trata-se das cianobactérias, que tinham uma maneira alternativa de se alimentar: a fotossíntese. A fotossíntese usa a energia da luz solar para converter dióxido de carbono e água em glicose (um açúcar simples), tendo o oxigênio como subproduto. Antes disso, o oxigênio era venenoso para seres vivos. Mas, quando o oxigênio se formou na atmosfera, muitas formas de vida começaram a depender dele para sobreviver. O outro grande salto veio 1,8 bilhão de anos atrás, quando células maiores e mais complexas apareceram. Essas células, conhecidas como eucarióticas, contêm o DNA dentro de uma estrutura central, o núcleo. Existem também várias outras estruturas específicas com funções particulares, chamadas de organelas. O fato de algumas delas terem DNA próprio, juntamente com a semelhança entre certas organelas e determinadas bactérias, levou a bió-loga americana Lynn Margulis a concluir, no final dos anos 1960, que as células eucarióticas começaram como associações simbióticas (mutuamente benéficas) entre vários tipos de células procarióticas. Hoje em dia, essa teoria é amplamente aceita pelos cientistas. “Longe de termos deixado para trás os micro--organismos em uma ‘escada’ evolucionária, somos cercados e compostos por eles.” Lynn Margulis e Dorion Sagan, Microcosmos (1986) Embora nossas células e as de todos os outros organismos multicelulares sejam eucarióticas, as primeiras células desse tipo eram micro-organismos unicelulares semelhantes a muitos tipos que ainda existem, como os protozoários
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