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Prática de Ensino VI: Pesquisa no Ensino de Ciências e Biologia AULA 1 – Pesquisas em Ensino de Ciências e Biologia Prof. Dr. Felipe Varussa de Oliveira Lima Professor Formador (EaD UAB/UFGD) Leitura • Leitura Aula 1 – (Livro) • Texto 1 SILVA, Ângela. Introdução à pesquisa em ensino de ciências. Florianópolis : Publicações do IF-SC, 2010. 78 p. Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/206313/2/Esp%20Ci%C3%AAncias %20- %20Introdu%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0%20pesquisa%20em%20Ensino%20 de%20ci%C3%AAncias%20-%20MIOLO.pdf Unidade 1 - Histórico da pesquisa em Ensino de Ciências (Páginas 11 até 17) Disponível em: • Link na sala Moodle da disciplina Prática de Ensino IV (AULA 1) 2 Leitura • Artigo (Texto 2) MOREIRA, M. A. Pesquisa básica em Educação em Ciência: uma visão pessoal. Revista Chilena de Educación Científica, v. 3, n. 1, 2004, p.10-17. Disponível em: http://moreira.if.ufrgs.br/Pesquisa.pdf 3 http://moreira.if.ufrgs.br/Pesquisa.pdf INTRODUÇÃO PESQUISA O que é? Você já pensou em como se deu o desenvolvimento do Ensino de Ciências? Por que este questionamento é importante para sua formação como educador da área de Ciências/Biologia? Qual a importância? O que é pesquisa básica em educação em ciências? É produção de conhecimentos sobre educação em ciências; busca de respostas a perguntas sobre ensino, aprendizagem, currículo e contexto educativo em ciências e sobre o professorado de ciências e sua formação permanente, dentro de um quadro epistemológico, teórico e metodológico consistente e coerente, no qual o conteúdo específico das ciências está sempre presente. (MOREIRA, 2003, p.2) Evolução do Ensino de Ciências Pesquisa nesta área de ensino Pesquisa em Ensino de Ciências no Brasil e no mundo: um olhar a partir da evolução do Ensino de Ciências Pesquisa e atuação docente Estar em sintonia com a produção científica contemporânea – para além daquela que é tradicionalmente abordada – e com os resultados da pesquisa em Ensino de Ciências é algo imprescindível para uma atuação docente consistente (DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2011, p. 23). Natureza da Ciência • Aikenhead (1994 apud NARDI e AlMEIDA, 2004, p. 91) destaca três acontecimentos do mundo ocidental que afetaram a natureza da ciência: • Contra-reforma, que promove a institucionalização da ciência; • Revolução Industrial, que precipita a profissionalização da ciência, e a • Segunda Guerra Mundial, que molda a socialização da ciência.” (SILVA, 2010) • Necessidade de aperfeiçoamento da técnica que os cientistas adquiriram poder, institucionalizando socialmente a tecnologia. • Século XVIII (preocupação dos países desenvolvidos com a formalização do Ensino de Ciências) -> No contexto da (Revolução Industrial) inter-relações entre produção de conhecimento científico e desenvolvimento tecnológico e industrial. • Chassot (2008, p. 182-183) faz um comentário a respeito desta situação observada no século XVIII: É polêmico querer definir o que dependeu de que para crescer: se a Ciência da Indústria ou a Indústria da Ciência. Analisemos de maneira simples. A indústria pôde surgir e crescer devido aos avanços científicos e, ao mesmo tempo, ensejou que a ciência pudesse crescer ainda mais, pois possibilitou facilidades que a artesania não permitiria. (SILVA, 2010) “Profissionalização da ciência” • Possibilitou que unidades curriculares como a Física, a Química e a Biologia fossem reconhecidas. (NARDI; AlMEIDA, 2004) E no Brasil, como se dá a evolução do Ensino de Ciências? ➢ Referências apontam somente o século XX como a época do grande desenvolvimento do Ensino de Ciências. Desenvolvimento 1º) caráter interno e estrutural questões políticas e econômicas 2º) caráter externo comunidade científica internacional e suas implicações foi organizado sob dois aspectos (SILVA, 2010) Figura 1 - Linha do tempo representando a evolução do ensino e pesquisa em Ciências no Brasil a partir da década de 20 até os dias atuais. Fonte: (Delizoicov e Angotti, 1990). ➢ Há três épocas distintas na evolução do Ensino de Ciências no Brasil: • Início do século XX até o final da década de 1950, • Final dos anos 1950 ao início dos 1970 • Final dos anos 1970 até hoje. ➢ Influência estrutural do País para a formalização de saberes em Ciências nos programas de ensino (DELIZOICOV; ANGOTTI, 1990). (SILVA, 2010) Evolução do Ensino de Ciências no Brasil ➢ O desenvolvimento de pesquisa científica e a consequente organização do Ensino de Ciências em função da participação de pesquisadores brasileiros em Programas de Pós-Graduação ou em eventos no exterior. ➢ Pesquisadores começam a aparecer em cenário internacional com seus trabalhos de pesquisa, paralelamente, atividades relacionadas com a área passam a ser incentivadas e financiadas por órgãos estrangeiros. ➢ Desenvolvimento da Pesquisa em Ensino de Ciências no Brasil com a formação de grupos de pesquisa consolidados, assim como os Programas de Pós-Graduação em Ensino de Ciências (SILVA, 2010) Aproximação entre o Ensino de Ciências e a pesquisa Entre pesquisa científica e a prática escolar, entretanto, não deveria haver senão aliança, acordo, cumplicidade, coordenação, nunca um vazio e muito menos oposição (CARVALHO, 2009, p. 1). ➢ Desafio para as Ciências da Natureza e a Matemática ➢ Embora os grupos de pesquisa (Brasil) estão consolidados e possuem tradição, ainda há uma grande lacuna do modo como as pesquisas refletem nas salas de aula, especificamente na reprodução e entendimento do saber científico ➢ Os encontros sobre Ensino de Ciências e as revistas sobre Ensino de Ciências distantes dos educadores e não realizam a aproximação da pesquisa com o Ensino de Ciências (SILVA, 2010) Aproximação entre o Ensino de Ciências e a pesquisa O que a Pesquisa em Ensino de Ciências já tem produzido? Para que? compreender como se dá aproximação para com o ensino Mortimer (2002, p. 26) O que a pesquisa em educação em ciências já produziu até o momento que auxilia os professores em sala de aula ou os formuladores da política educacional a tomar as decisões práticas reais? É razoável esperar isso da pesquisa em educação em ciências? Se não, há alguma justificativa para continuar pesquisando? Mortimer (2002, p. 26) Aproximação entre o Ensino de Ciências e a pesquisa Qual é a natureza da pesquisa em educação em ciências como disciplina? O que ela deve aspirar a produzir? Mortimer (2002, p. 26) Aproximação entre o Ensino de Ciências e a pesquisa Se afirmativo, que tipo de progresso? No nosso entendimento? Na prática dos professores? A educação em ciências pode progredir como campo de pesquisa? Mortimer (2002, p. 26) Aproximação entre o Ensino de Ciências e a pesquisa Reflexões ➢ As indagações anteriores nos levam à reflexão sobre: • Como estão sendo empregadas as pesquisas que vêm sendo produzidas no âmbito do Ensino de Ciências; • A relação entre universidade e escola; • Os trabalhos empenhados pelos pesquisadores; • A efetiva melhora e contínuo aprimoramento da qualidade da Educação em Ciências em nosso país, já que a Pesquisa em Ensino de Ciências vem crescendo muito nos últimos anos. (SILVA, 2010) Possibilidades de aproximação • Uma das maneiras possíveis de se realizar esta aproximação se dá através dos cursos de formação de professores, seja de forma inicial (este curso) ou através de formação continuada, que é um dos focos de cursos de Especialização, Mestrado e Doutorado em Ensino de Ciências. • São exemplos: Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática da UFGD/Dourados (MESTRADO) https://portal.ufgd.edu.br/pos-graduacao/mestrado-ensino-ciencias- matematica/index PPG em Educação Científica e Matemática da UEMS/Dourados (MESTRADO) https://www.uems.br/cursos/pos-graduacao/educacao-cientifica-e-matematica- mestrado-profissional-dourados(SILVA, 2010) Ensino de Ciências Refletir sobre o porquê, o quê, como, para quem e como se ensina Como se aprendeestar em sintonia EDUCADOR EDUCANDOdiálogo contínuo Congregando/ experiências Pesquisas prática em sala de aula (SILVA, 2010) Pesquisa – saber e saber fazer (CARVALHO & GIL-PÉREZ, 2011, p. 18) Considerações (CHASSOT, 2006, p. 31) A nossa responsabilidade maior no ensinar Ciência é procurar que nossos alunos e alunas se transformem, com o ensino que fazemos, em homens e mulheres mais críticos. Sonhamos que, com o nosso fazer Educação, os estudantes possam tornar-se agentes de transformações – para melhor – do mundo em que vivemos. Considerações ➢ Incorporação das pesquisas no ambiente escolar (presente e indissociável) • Superar a visão ingênua o e pensamento espontâneo sobre como se ensina; • Incorporar a imensa quantidade de pesquisas feitas a partir dos anos 50 sobre a aprendizagem em geral e especificamente sobre a aprendizagem dos conceitos científicos; • Contribuir para uma melhor compreensão dos próprios conteúdos das Ciências, funcionando como auxiliar em seu ensino e sua aprendizagem. (CARVALHO 2004, p. 1-2) (SILVA, 2010, p. 24) Referências Bibliográficas CARVAlHO, A. M. P. (Org) Ensino de ciências: unindo a pesquisa e a prática. São Paulo: Thomson, 2004 CARVALHO, A. M. P. de; GIL-PÉREZ, Daniel. Formação de professores de ciências: tendências e inovações. São Paulo: Cortez, 2011. CHASSOT, A. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. Ijuí: Editora Unijuí, 2006. DELIZOICOV, D., ANGOTTI, J. A. Metodologia do ensino de ciências. São Paulo: Cortez, 1990. DELIZOICOV, D., ANGOTTI, J. A.; PERNAMBUCO, M. M. Ensino de Ciências: Fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2011. KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. São Paulo, SP: Edusp, 2011. 199p. MORTIMER, E. F. Uma Agenda para a pesquisa em educação em ciências. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, Minas Gerais, v. 2, n. 01, p. 36-59, 2002. NARDI, R.; AlMEIDA, M. J. P. M. de. Formação da área de ensino de ciências: memórias de pesquisadores no Brasil. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, Minas Gerais, v.04, n. 01, 2004. __________. (org) A pesquisa em ensino de ciências no Brasil: alguns recortes. São Paulo: Escrituras, 2007. __________. Memórias da Educação em Ciências no Brasil: A Pesquisa em Ensino de Ciências. Investigações em Ensino de Ciências, Rio Grande do Sul, v.10, n.1, p. 63-101, mar. 2005. SILVA, A. Introdução à pesquisa em ensino de ciências. Florianópolis : Publicações do IF-SC, 2010. 78 p.
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