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56 DESMATAMENTO - UMA AMEAÇA À AMAZONIA

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AMEAÇAS À AMAZÔNIA: DESMATAMENTO 
Amazônia enfrenta uma série de desafios e ameaças. A exploração ilegal de 
madeira, a expansão da agropecuária, a mineração descontrolada e as mudanças 
no uso da terra têm causado desmatamento e destruição ambiental na região. 
Essas atividades têm um impacto negativo não apenas na biodiversidade, mas 
também nas comunidades indígenas e no equilíbrio global. 
De acordo com o portal Imazon, que utiliza uma plataforma de inteligência 
artificial para monitorar o desmatamento na região amazônica, os impactos, cada 
vez mais evidentes das mudanças climáticas, tornam o combate ao desmatamento 
na Amazônia prioridade nacional e global, porque se o ritmo da derrubada não for 
interrompido, a floresta pode perder mais 11.805 km² de mata nativa já nos 
próximos anos, conforme estimativa da plataforma. Além disso, a devastação 
prevista causará ainda mais emissões de gases do efeito estufa, e como 
consequência, estão chuvas fortes, ondas de frio e de calor e secas prolongadas. 
Se a previsão da plataforma se tornar realidade, o ano de 2023 terá o 
segundo maior índice de desmatamento desde 2008, ficando atrás apenas de 2021. 
O gráfico abaixo compara dados do Prodes (Projeto de Monitoramento do 
Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite) com os da PrevisIA (plataforma 
de monitoramento da Inteligência Artificial): 
 
Os três estados mais críticos em relação ao risco de desmatamento em 
2023, dentre os nove que compõem a Amazônia Legal, são Pará, Amazonas e Mato 
Grosso, que também são os maiores em extensão territorial. 
Ações de Preservação da Amazônia 
A conservação e preservação da Amazônia permaneceram-se uma 
preocupação global. Organizações, governos e comunidades locais têm buscado 
medidas para proteger e gerenciar de forma sustentável essa importante região. 
Iniciativas de desenvolvimento sustentável, o fortalecimento dos direitos 
indígenas e a promoção de práticas agrícolas e extrativistas responsáveis são 
algumas das estratégias que devem ser ampliadas para enfrentar os desafios 
enfrentados pela Amazônia. A Amazônia é muito mais do que uma floresta tropical. 
Ela é um tesouro natural de valor inestimável para o mundo inteiro. A preservação 
desse ecossistema único é fundamental não apenas para a sobrevivência de suas 
espécies e comunidades, mas também para a saúde e o equilíbrio do nosso planeta 
como um todo. 
 
Segundo reportagem do portal Poder 360 em junho de 2023, o Plano de 
Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal, que havia 
sido extinto em 2019, foi retomado pelo governo federal nesta segunda-feira, dia 5 
de junho de 2023. 
O plano está dividido em quatro pilares basilares: produção sustentável, 
monitoramento e controle ambiental, ordenamento fundiário e territorial e 
instrumentos normativos e econômicos. Existem diversas metas protegidas, 
abrangendo desde aspectos mais amplos, como a implementação da 
regulamentação do mercado de carbono no Brasil até o final de 2023, até objetivos 
mais específicos, como aquisição ou aluguel de seis aeronaves para apoiar as 
operações da Polícia Federal no combate ao desmatamento até 2024. 
A região amazônica precisa de soberania 
A importância da Floresta Amazônica para o ecossistema global é 
amplamente reconhecida. Durante a primeira edição do Fórum Amazônia, foi 
enfatizado o papel fundamental da floresta no combate ao aquecimento global, bem 
como a valorização da soberania da região amazônica. No entanto, é evidente que 
a região ainda enfrenta diversos desafios, como o desmatamento, as queimadas e 
outras ações humanas, o que preocupa os especialistas ambientais. 
O assunto foi tema novamente no último Fórum Amazônia no último mês de 
maio em Manaus. No evento, a especialista e professora Jane Moura ressaltou a 
importância de compreender a soberania da região amazônica para o ecossistema 
e como sua preservação impacta a qualidade de vida das pessoas e do meio 
ambiente. No entanto, ela também destacou que é necessário que três pontos 
cruciais sejam unidos para que isso se concretize. Moura enfatizou a importância 
de diálogo entre Governo, Academia e Empresas privadas sobre o assunto. 
"É essencial reconhecer que a soberania envolve 
diversos atores e é preciso lembrar que, sem a 
colaboração entre academia, governo e empresas, ou 
seja, trabalhando juntos, não conseguiremos abordar 
essa soberania de forma que possamos colher os 
benefícios", reforçou Moura. (Entrevista à 
Reportagem do portal Biomassa). 
 
A especialista também salientou que o poder público desempenha um papel 
crucial nesse processo, uma vez que é responsável por adquirir e compartilhar com 
a sociedade a importância da floresta, de modo que ela seja valorizada e 
compreendida.

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