Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GRUPO EDUCACIONAL FAVENI MARIA DO CARMO DE SOUZA PEREIRA AVALIAÇÃO EDUCACIONAL E SUAS ALUSÕES NO EXERCÍCIO PEDAGÓGICO SENADOR GUIOMARD - AC 2023 http://faculdadefutura.com.br/ GRUPO EDUCACIONAL FAVENI AVALIAÇÃO EDUCACIONAL E SUAS ALUSÕES NO EXERCÍCIO PEDAGÓGICO SENADOR GUIOMARD - AC 2023 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Futura – Grupo Educacional Faveni, como requisito parcial para obtenção do título de Graduação em Pedagogia - EAD http://faculdadefutura.com.br/ AVALIAÇÃO EDUCACIONAL E SUAS ALUSÕES NO EXERCÍCIO PEDAGÓGICO 1, Maria do Carmo de Souza Pereira) 2 Graduação em Pedagogia – EDA - Faculdade Futura, betapereira148@yahoo.com.br; Declaro que sou autor¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. RESUMO - O presente trabalho pode gerar reações negativas, mesmo antes de se entender claramente o que pretendo abordar. Isso ocorre frequentemente devido à atribuição de conotações desfavoráveis aos termos “monitoramento” e “avaliação”, devido a práticas inconvenientes que se tornaram comuns. Este estudo se propôs a examinar a aplicação inconsistente e arbitrária desses processos em relação à sua contribuição para a melhoria da qualidade do ensino. O objetivo fundamental deste estudo foi demonstrar que as consequências dessas práticas são resultado das concepções e competências daqueles que as executam, e não intrinsecamente do monitoramento e da avaliação em si. Na última análise, o trabalho ressalta a importância de não menosprezar a utilidade do monitoramento e da avaliação educacional, mas sim de questionar a maneira como esses processos são implementados. PALAVRAS-CHAVE: AVALIAÇÃO EDUCACIONAL. MONITORAMENTO EDUCACIONAL. GESTÃO AVALIATIVA. AVALIAÇÃO EDUCACIONAL E SUAS ALUSÕES NO EXERCÍCIO PEDAGÓGICO A partir do exame de relatos de casos de implementação de políticas públicas no contexto educacional brasileiro, torna-se evidente uma tendência marcante: a intensa concentração no aprimoramento formal dos planos e na coerência interna das declarações, enquanto se dá pouca ou nenhuma atenção objetiva aos dados da realidade e às suas condições subjacentes. Esses dados são fundamentais para avaliar a extensão dos problemas, identificar sua distribuição, compreender sua intensidade e projetar sua evolução, elementos essenciais para um planejamento realista. Como resultado dessa abordagem, muitas vezes são modificados planos que se destacam por sua formalidade, coerência e consistência interna, mas que, muitas vezes, carecem do comprometimento necessário com a eficácia de sua implementação. Em decorrência desse entendimento, torna-se aberto a ausência de um banco de dados atualizado e constantemente utilizado nas redes de ensino e em suas escolas. Os dados, por outro lado, oferecem insights importantes e desempenham um papel fundamental no planejamento educacional. Quando analisados, comparados e interpretados, eles são destacados significativamente para a melhoria da educação, proporcionando diversos benefícios, tais como: • Facilitar a remoção de lições e insights ao longo do processo de trabalho; • Possibilidade de adaptação do que precisa ser alterado; • Fomentar a aprendizagem e o desenvolvimento de competências; Tornar as ações mais eficazes, mantendo um equilíbrio adequado de tensão, evitando tanto uma abordagem bastante relaxada devido à falta de vigilância quanto uma abordagem bastante autoritária e rígida que não busca entender o significado por trás das situações. Portanto, os dados desempenham um papel crucial no aprimoramento educacional ao revelar o que funciona e o que não funciona, bem como as condições subjacentes que influenciam essas situações. Acredita-se também que a raiz dessa condição reside na falta de um compromisso público e social sólido ou em um comprometimento superficial com a qualidade da educação, que deve ser entendido de maneira clara. Além disso, essa situação também está relacionada à falta de uma atitude orientada para resultados, o que leva à realização de ações espontâneas e improvisadas que, quando produz resultados, muitas vezes o fazem por puro acaso, sem uma intenção clara e uma responsabilidade definida em relação aos resultados, como é necessário na ação educacional. Na melhor das hipóteses, essa condição resulta de uma compreensão limitada das responsabilidades educacionais e de sua critério. Nesse cenário, observa-se que o monitoramento e a avaliação não são práticas comuns entre gestores educacionais e escolares. É até comum encontrar gestores que não apresentem dados sobre o progresso da aprendizagem dos alunos ou sobre a frequência escolar, quanto mais informações sobre o desenvolvimento e o desempenho dos alunos resultantes de projetos escolares. Planos de acompanhamento e gráficos de distribuição de dados são considerados inúteis e encarados como burocracia desnecessária e dispendiosa em termos de tempo. É fundamental destacar que o monitoramento e a avaliação são práticas essenciais à gestão educacional, e o tempo dedicado a essas atividades representa uma garantia maior para o cumprimento dos objetivos educacionais estabelecidos, bem como para demonstrar um compromisso sério com sua realização. Aliás, o compromisso de gestão e de supervisão escolar, em qualquer nível e contexto, é monitorar e avaliar suas ações, além de receber avaliações externas de bom grado para aprimorar continuamente seu trabalho e alcançar resultados de qualidade. Monitoramento e avaliação O interesse no monitoramento e na avaliação está diretamente ligado à busca pela eficácia das ações educacionais. Isso implica em observar, analisar e acompanhar as ações em relação ao atendimento das necessidades da comunidade escolar e dos objetivos propostos. Essa abordagem visa garantir que os meios sejam úteis para alcançar os objetivos educacionais, incluindo a utilização adequada do tempo, dos recursos e das competências disponíveis. A cerne da prática de monitoramento e avaliação integrada concentra-se na relação entre os resultados desejados e os recursos investidos para alcançá-los. O monitoramento e a avaliação representam processos organizados e sistemáticos de coleta, análise e interpretação regular e contínua de dados e informações relacionadas a todos os aspectos relevantes das ações educacionais planejadas. Esses processos são demorados com o propósito de estabelecer configurações entre práticas e resultados, fornecendo informações essenciais para os profissionais responsáveis por sua implementação. O acompanhamento e a análise dessa relação entre meios e objetivos são cruciais para a efetividade da gestão educacional. Pode-se afirmar que aqueles que assumem a responsabilidade por uma missão específica, seja na gestão de uma rede de ensino, de uma escola ou de uma sala de aula, e não se dedicam a essa atividade, acabam valorizando mais sua posição do que sua trabalho. É necessário realizar um monitoramento constante e detalhado, acompanhando minuciosamente, todos os dias, qualquer área de atuação. Esse acompanhamento visa avaliaro desenvolvimento da área, como ela avança na implementação de melhorias, quais cuidados e revisões são necessários, quais dinâmicas e movimentos estão em jogo e quais reações são desencadeadas, entre outros aspectos. Essa prática de monitoramento tem como objetivo identificar, entre outros aspectos: • Desvios de rumos em relação ao planejado; • Dificuldades eventuais e inesperadas ocorrentes no processo de implementação; • Como e quando ocorrem; • Alternativas para se poder promover correções necessárias; O tema incluído nos leva a ponderar sobre essa questão e a analisar e questionar diversos aspectos, tais como: • Por que essa situação está ocorrendo? • Como as ações estão sendo conduzidas? • Como os gestores estão distribuindo sua atenção entre os profissionais da escola e entre as diferentes turmas de alunos? • De que maneira as necessidades individuais das pessoas envolvidas estão sendo consideradas no processo educacional? • Que tipos de mudanças e melhorias podem ser inovadoras com base no entendimento dessas questões? Essas reflexões nos ajudam a compreender e a abordar os desafios enfrentados na busca por resultados eficazes no contexto educacional. É crucial lembrar que o fracasso escolar de um aluno não surge de repente no final do ano, nem é resultado do acaso ou de sua culpa exclusiva. Ele se manifesta no cotidiano, desde as primeiras aulas do ano letivo, quando pequenas oportunidades de aprendizagem são ignoradas pelos professores, acumulando-se ao longo do tempo. Esse acúmulo de lacunas gera dificuldades e insucessos crescentes, contribuindo gradualmente para uma atitude negativa por parte do aluno em relação ao processo de aprendizagem. Da mesma forma, o ambiente de indisciplina na escola e na sala de aula também desempenha um papel significativo. Construir uma cultura de sucesso escolar, na qual a aprendizagem de todos os alunos é promovida, requer uma atenção constante aos detalhes, às dinâmicas, às ações e às competências, especialmente nas interações com os alunos. É fundamental que, no dia a dia, os alunos sejam orientados e incentivados a aprender, adquirindo os conhecimentos que a escola tem a responsabilidade de ensinar, ou que, por sua vez, estabeleça uma trajetória de sucesso educacional cumulativo. Nesse processo, é essencial uma interação dinâmica que envolve a expressão, a comunicação, as disciplinas, as atividades e os gestos tanto dos alunos quanto dos professores, com suas abordagens pedagógicas. Isso é feito com o objetivo de avaliar o que contribui efetivamente para o processo de aprendizagem e o que não contribui, identificando o que precisa ser reforçado e o que precisa ser modificado. são planejadas de modo a permitir o pleno desenvolvimento de cada aluno, respeitando suas capacidades individuais ao máximo. Como garantir esse atendimento? Dado que as pessoas possuem naturalmente diferenças individuais, o processo educacional é uma interação interpessoal complexa e a formação e aprendizagem são processos que têm tantas dimensões individuais quanto sociais, é essencial realizar um monitoramento e avaliação contínua, tanto em grupos como em nível individual. O quadro abaixo mostra a série de aprendizagem através da reflexão e ação no contexto do monitoramento e avaliação: 2.3 Contexto das práticas de monitoramento e avaliação na educação Observar que melhorias substanciais no funcionamento das redes de ensino, com impacto na qualidade da educação oferecida pelas suas escolas, dependem de medidas transformadoras que abranjam o sistema como um todo, em todos os seus níveis e dimensões, a fim de garantir de maneira consistente a realização dos resultados desejados. Esse processo está intrinsecamente ligado a uma política educacional que preconiza a integração de ações, desde o âmbito do sistema de ensino até o nível da sala de aula, abrangendo a escola como uma unidade social. Por outro lado, é manifesto que, na ausência de uma determinação firme e de um cuidado meticuloso na implementação das políticas educacionais e dos planos correspondentes, esses documentos se tornam meras peças de literatura e retórica, como mencionado acima. O funcionamento dos sistemas educacionais e das escolas permanece orientado pelo improviso, imediatismo e espontaneidade, guiado por pressão local, orientações inconsistentes e avanços descontínuos, podendo até mesmo recorrer em alguns casos. É essencial destacar que a melhoria do desempenho das redes de ensino e das escolas requer uma definição clara de objetivos e metas abrangentes, bem como estratégias, métodos e processos adequados para alcançá-los, juntamente com uma determinação, compromisso e responsabilidade estratégica para executar com competência do que foi planejado. Essa execução, por sua vez, depende da existência de mecanismos de gestão capazes de orientar, mobilizar e coordenar os diversos atores envolvidos nas ações conjuntas, além de monitorar as atividades e avaliar seus resultados, planejar um ritmo adequado e, quando necessário, revisar processos para promover uma melhoria contínua no sistema, na organização e nas práticas educacionais. De acordo com uma pesquisa conduzida por Luck (2011) sob a égide da Fundação Victor Civita, com o objetivo de investigar as práticas obrigatórias pelos sistemas estaduais e municipais de ensino na seleção e capacitação de diretores escolares, foi constatado que os diretores realmente comprometidos são Aqueles que fazem parte de uma rede de ensino que fornece orientações claras sobre como exercer suas funções, oferecem treinamento destinado a desenvolver competências diretamente relevantes para suas tarefas e a supervisão de maneira regular, avaliando sua gestão e seu impacto na escola, baseando-se em princípios de participação ativa. “...Os diretores que indicaram não receber esse acompanhamento demonstravam elevado espírito reativo, descrença em seu trabalho, falta de perspectivas sobre a possibilidade de mudanças na condição da escola e insegurança quanto às ações dos gestores da Secretaria de Educação”. (LÜCK, 2011). 2.4 Práticas de monitoramento e avaliação limitadas Percebe-se que o monitoramento e a avaliação, apesar de desempenharem um papel fundamental na gestão para garantir a qualidade do ensino, não são amplamente difundidos nem sistematicamente praticados nos diferentes sistemas de ensino e em suas respectivas escolas. Em muitos casos, essas práticas são até mesmo rejeitadas devido a concepções prévias equivocadas e a uma compreensão errônea de seu papel na educação, conforme mencionado anteriormente. Por exemplo, quando o diretor da escola ou o coordenador pedagógico manifesta a intenção de observar uma aula, é possível que o professor reaja qualidades, interpretando isso como autoritarismo, desconfiança em relação ao seu trabalho ou falta de atenção pela sua autonomia docente. No contexto do sistema de ensino brasileiro, essas atividades não são facilmente acolhidas, pois muitas vezes são vistas como meios de controle burocrático que limitam a autonomia da escola e da sala de aula. Isso faz com que essas estratégias sejam mais propensas a serem rejeitadas do que aceitas. “Os próprios programas governamentais não costumam incorporar em seu desenho ações de monitoramento e avaliação que definam a realização de assessoramento e acompanhamento da sua implementação. Pode-se até mesmo afirmar que pouca atenção dá aos cuidados necessários à sua implementação”. (LÜCK, 1999). Pode-se observar, por exemplo, que uma situação semelhante ocorreu amplamente no que diz respeito às avaliações do IDEB. Com frequência, essas avaliações são empregadas de maneira indireta, apenas para identificar diferenças de desempenho entre escolas, sem fornecer orientações específicas sobre áreas que precisam ser melhoradas para promover um aprimoramento com basenas extraídas das avaliações. Diante dessa situação, é essencial ponderar sobre o significado e a importância do monitoramento e da avaliação no âmbito do processo de gestão democrática da educação, que busca aprimorar sua qualidade. Esse aprimoramento é aprimorado por meio de avaliação e acompanhamento de processos educacionais, utilizando dados e informações objetivamente coletadas, sistematizados, analisados e interpretados. Essa abordagem visa contribuir eficazmente para melhorar as práticas educacionais e seus resultados. 2.5 Elaboração de um plano de monitoramento e avaliação A gestão de redes de ensino e de escolas é um processo organizado, baseado em métodos, e direcionado para atingir metas específicas, reunindo e coordenando competências para atingir os objetivos propostos pela instituição educacional. Esse processo educacional abrange diversas dimensões, perspectivas e implica uma ampla variedade de ações realizadas por diversas pessoas, exigindo abordagens específicas a conceitos abrangentes. Conforme apontado por Patton (2008), essa complexidade se manifesta em múltiplos níveis de representação, diversas dimensões e evoluções dinâmicas, tornando os pedidos para os gestores abranger todos esses aspectos, em alguns casos até impossíveis. Portanto, é fundamental estabelecer áreas prioritárias e eixos estruturantes para a gestão, a fim de compreender e orientar de forma eficaz os desafios enfrentados pelos gestores. Nesse sentido, os processos de monitoramento e avaliação desempenham um papel crucial, pois se baseiam na identificação e análise de informações essenciais em várias áreas, tais como compreensão da realidade, análise de diversos aspectos, orientação do trabalho em equipe, integração de diferentes ações, conhecimento das melhores práticas, identificação de fatores que contribuem para a melhoria, além de compreender o que precisa ser aprimorado e como fazê-lo, entre outros aspectos relevantes. Uma parte integrante desse processo envolve o uso de instrumentos operacionais que auxiliam na definição de prioridades e direcionam as ações de gestão. Esses instrumentos permitem a previsão de diretrizes, a elaboração de mapas conceituais, a fundamentação das decisões, a organização das ações, a orientação na implementação de planos, bem como o monitoramento e a avaliação de programas. Eles fornecem uma visão abrangente e específica dos desafios educacionais ao mesmo tempo. Ao planejar o programa de monitoramento e avaliação, é sempre benéfico utilizar estruturas organizacionais de dados e informações que facilitam sua manipulação, identificação, leitura e comparação. É fundamental começar com um programa inicialmente simples, concentrando-se num conjunto de indicadores específicos (áreas de interesse) nas quais se planejam intervir. À medida que os resultados iniciais são compreendidos e melhorados por meio das ações inovadoras, novos indicadores serão gradualmente incorporados ao programa. 2.6 Benefícios do monitoramento e da avaliação Dentro desse conjunto de perspectivas, é notável que a implementação de um programa de monitoramento e avaliação, concebido de maneira sistêmica, é considerada uma condição essencial para aprimorar a gestão escolar e seu trabalho educacional de maneira eficaz. Essa abordagem possibilita uma análise objetiva e bem fundamentada das ações educacionais na prática. Consequentemente, esse resultado é obtido por meio da aplicação de conhecimentos críticos sobre as práticas educacionais, um pré-requisito fundamental para sua constante melhoria e aprimoramento. Contribuindo para esse conhecimento, o monitoramento e a avaliação, entre outros aspectos, permitem a identificação e análise do que está funcionando e do que não está; o que está contribuindo para a eficácia da atuação e o que não está; quais estratégias, métodos e ações são mais eficazes do que outros e por quê, entre outros aspectos. Além disso, o monitoramento e a avaliação do processo de implementação de políticas, diretrizes e planos de ação educacional indicam que esses processos são importantes e são levados a sério, não sendo meras formalidades burocráticas. Isso demonstra um compromisso e uma responsabilidade eficaz em relação à sua execução. Em resumo, o monitoramento auxilia na organização da implementação de ações, na avaliação de sua pertinência e adequação aos grupos a que se destina e na definição de um cronograma para sua execução. Com a intenção de fomentar esse conhecimento e os resultados correspondentes, o monitoramento e a avaliação têm como fundamento a condução de procedimentos que incluem a coleta, organização, análise e interpretação de dados. Esses dados são empregados posteriormente no fornecimento de feedback e na orientação de iniciativas externas para a melhoria contínua das práticas educacionais. Com o objetivo de promover esse entendimento e os resultados correlatos, o monitoramento e a avaliação são fundamentados na realização de processos que englobam a coleta, organização, análise e interpretação de dados. Essas informações são posteriormente utilizadas para oferecer feedback e orientar iniciativas externas para o aprimoramento constante das práticas educacionais. 3. CONCLUSÃO A função da gestão educacional e escolar consiste em garantir a qualidade do processo de aprendizagem que ocorre nas salas de aula, sob a liderança e orientação dos professores. Portanto, cabe aos gestores a responsabilidade de promover todas as ações necessárias para garantir a consistência de princípios, diretrizes e metas em todas as salas de aula da rede de ensino. Isso visa criar as condições essenciais para que todos os alunos possam desfrutar de experiências educacionais de qualidade semelhantes, em consonância com os princípios democráticos. Dado que a gestão educacional e escolar se baseia no princípio de gestão democrática direta, conforme definido pela Constituição e pela LDB, sua eficácia depende da aplicação desses princípios e do funcionamento eficaz dos colegiados escolares designados para esse fim. Portanto, é de extrema importância que, ao realizar o monitoramento e a avaliação, se adotem instrumentos que estruturem, organizem e sistematizem a participação coletiva e democrática das pessoas, bem como os resultados correspondentes. Sem esses instrumentos que direcionam a discussão e a análise, o que ocorre com frequência nas atividades educacionais são discussões extensas com resultados limitados. Monitoramento e avaliação representam processos que vão além da aplicação de técnicas para coletar e sistematizar informações, embora esses elementos sejam fundamentais nessa prática. Isso ocorre porque, por trás de cada pequena ação realizada em seu nome, reflete-se a atitude do gestor em relação aos desafios educacionais, aos agentes envolvidos e aos beneficiários. Portanto, é crucial que os gestores se empenhem em promover a cultura de monitoramento e avaliação em suas áreas de influência o façam com base nos princípios que visam ao desenvolvimento por meio da construção do conhecimento e da conscientização esclarecedora da relação entre ações e resultados, especialmente centrados na formação e aprendizagem dos alunos. Isso é fundamental para melhorar a qualidade do ensino. No entanto, apesar de iniciado pelos gestores, para que sejam eficazes, as práticas de monitoramento e avaliação sejam lançadas com base nos princípios da participação. Dessa forma, todos os envolvidos se sentem motivados a buscar informações sobre seu trabalho e desenvolver uma compreensão objetiva de seu desempenho e competência, com o objetivo de promover seu crescimento profissional. Essa abordagem coloca a escola e seus profissionais em um estágio avançado de maturidade, permitindo que superem as limitações comuns que surgem ao lidar com situações complexas e dinâmicas, como as dificuldadesno campo da educação. O monitoramento e a avaliação representam uma circunstância e oportunidade para o crescimento pessoal, profissional e organizacional, uma vez que direcionam a compreensão de evidências relacionadas a eventos específicos dentro de um contexto específico e às ações realizadas. Esse processo conduz à melhoria dos procedimentos de implementação e intervenção, com ênfase na consecução de objetivos. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Lei nº 9.394. (LDB) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf>. Acesso em 10 set. 2023. LÜCK, H. Monitoramento e avaliação como estratégia de gestão escolar. Belo Horizonte: Projecta Educacional. 2013. LÜCK, H. Perspectivas da avaliação institucional da escola. Petrópolis: Vozes. 2011. PATTON, M.Q. Utilization-focused evaluation. Beverly Hills/Londres: Sage. 2008. THOMAS, G. & PRING, R. Educação baseada em evidências – Porto Alegre, 2007. VILLAS BOAS, B.M.F. Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campin
Compartilhar