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67 AVALIAÇÃO EDUCACIONAL E SUAS ALUSÕES NO EXERCÍCIO PEDAGÓGICO

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GRUPO EDUCACIONAL FAVENI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA DO CARMO DE SOUZA PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO EDUCACIONAL E SUAS ALUSÕES NO EXERCÍCIO 
PEDAGÓGICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENADOR GUIOMARD - AC 
2023 
http://faculdadefutura.com.br/
 
 
 
GRUPO EDUCACIONAL FAVENI 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO EDUCACIONAL E SUAS ALUSÕES NO EXERCÍCIO 
PEDAGÓGICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENADOR GUIOMARD - AC 
2023 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Faculdade Futura – Grupo 
Educacional Faveni, como requisito parcial 
para obtenção do título de Graduação em 
Pedagogia - EAD 
 
 
 
 
http://faculdadefutura.com.br/
 
AVALIAÇÃO EDUCACIONAL E SUAS ALUSÕES NO EXERCÍCIO PEDAGÓGICO 
 
1, Maria do Carmo de Souza Pereira) 
 
2 Graduação em Pedagogia – EDA - Faculdade Futura, betapereira148@yahoo.com.br; 
 
Declaro que sou autor¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo 
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou 
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente 
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por 
mim realizadas para fins de produção deste trabalho. 
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e 
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação 
aos direitos autorais. 
 
 
RESUMO - O presente trabalho pode gerar reações negativas, mesmo antes de se entender 
claramente o que pretendo abordar. Isso ocorre frequentemente devido à atribuição de 
conotações desfavoráveis aos termos “monitoramento” e “avaliação”, devido a práticas 
inconvenientes que se tornaram comuns. Este estudo se propôs a examinar a aplicação 
inconsistente e arbitrária desses processos em relação à sua contribuição para a melhoria da 
qualidade do ensino. O objetivo fundamental deste estudo foi demonstrar que as 
consequências dessas práticas são resultado das concepções e competências daqueles que 
as executam, e não intrinsecamente do monitoramento e da avaliação em si. Na última 
análise, o trabalho ressalta a importância de não menosprezar a utilidade do monitoramento 
e da avaliação educacional, mas sim de questionar a maneira como esses processos são 
implementados. 
 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: AVALIAÇÃO EDUCACIONAL. MONITORAMENTO 
EDUCACIONAL. GESTÃO AVALIATIVA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO EDUCACIONAL E SUAS ALUSÕES NO EXERCÍCIO PEDAGÓGICO 
 
A partir do exame de relatos de casos de implementação de políticas públicas 
no contexto educacional brasileiro, torna-se evidente uma tendência marcante: a 
intensa concentração no aprimoramento formal dos planos e na coerência interna das 
declarações, enquanto se dá pouca ou nenhuma atenção objetiva aos dados da 
realidade e às suas condições subjacentes. Esses dados são fundamentais para 
avaliar a extensão dos problemas, identificar sua distribuição, compreender sua 
intensidade e projetar sua evolução, elementos essenciais para um planejamento 
realista. Como resultado dessa abordagem, muitas vezes são modificados planos que 
se destacam por sua formalidade, coerência e consistência interna, mas que, muitas 
vezes, carecem do comprometimento necessário com a eficácia de sua 
implementação. 
Em decorrência desse entendimento, torna-se aberto a ausência de um banco 
de dados atualizado e constantemente utilizado nas redes de ensino e em suas 
escolas. 
Os dados, por outro lado, oferecem insights importantes e desempenham um 
papel fundamental no planejamento educacional. Quando analisados, comparados e 
interpretados, eles são destacados significativamente para a melhoria da educação, 
proporcionando diversos benefícios, tais como: 
• Facilitar a remoção de lições e insights ao longo do processo de 
trabalho; 
• Possibilidade de adaptação do que precisa ser alterado; 
• Fomentar a aprendizagem e o desenvolvimento de competências; 
Tornar as ações mais eficazes, mantendo um equilíbrio adequado de tensão, 
evitando tanto uma abordagem bastante relaxada devido à falta de vigilância quanto 
uma abordagem bastante autoritária e rígida que não busca entender o significado por 
trás das situações. 
Portanto, os dados desempenham um papel crucial no aprimoramento 
educacional ao revelar o que funciona e o que não funciona, bem como as condições 
subjacentes que influenciam essas situações. 
 
Acredita-se também que a raiz dessa condição reside na falta de um 
compromisso público e social sólido ou em um comprometimento superficial com a 
qualidade da educação, que deve ser entendido de maneira clara. Além disso, essa 
situação também está relacionada à falta de uma atitude orientada para resultados, o 
que leva à realização de ações espontâneas e improvisadas que, quando produz 
resultados, muitas vezes o fazem por puro acaso, sem uma intenção clara e uma 
responsabilidade definida em relação aos resultados, como é necessário na ação 
educacional. Na melhor das hipóteses, essa condição resulta de uma compreensão 
limitada das responsabilidades educacionais e de sua critério. 
 
Nesse cenário, observa-se que o monitoramento e a avaliação não são práticas 
comuns entre gestores educacionais e escolares. É até comum encontrar gestores 
que não apresentem dados sobre o progresso da aprendizagem dos alunos ou sobre 
a frequência escolar, quanto mais informações sobre o desenvolvimento e o 
desempenho dos alunos resultantes de projetos escolares. Planos de 
acompanhamento e gráficos de distribuição de dados são considerados inúteis e 
encarados como burocracia desnecessária e dispendiosa em termos de tempo. 
É fundamental destacar que o monitoramento e a avaliação são práticas 
essenciais à gestão educacional, e o tempo dedicado a essas atividades representa 
uma garantia maior para o cumprimento dos objetivos educacionais estabelecidos, 
bem como para demonstrar um compromisso sério com sua realização. Aliás, o 
compromisso de gestão e de supervisão escolar, em qualquer nível e contexto, é 
monitorar e avaliar suas ações, além de receber avaliações externas de bom grado 
para aprimorar continuamente seu trabalho e alcançar resultados de qualidade. 
 
Monitoramento e avaliação 
O interesse no monitoramento e na avaliação está diretamente ligado à busca 
pela eficácia das ações educacionais. Isso implica em observar, analisar e 
acompanhar as ações em relação ao atendimento das necessidades da comunidade 
escolar e dos objetivos propostos. Essa abordagem visa garantir que os meios sejam 
úteis para alcançar os objetivos educacionais, incluindo a utilização adequada do 
tempo, dos recursos e das competências disponíveis. A cerne da prática de 
monitoramento e avaliação integrada concentra-se na relação entre os resultados 
desejados e os recursos investidos para alcançá-los. 
O monitoramento e a avaliação representam processos organizados e 
sistemáticos de coleta, análise e interpretação regular e contínua de dados e 
informações relacionadas a todos os aspectos relevantes das ações educacionais 
planejadas. Esses processos são demorados com o propósito de estabelecer 
configurações entre práticas e resultados, fornecendo informações essenciais para os 
profissionais responsáveis por sua implementação. O acompanhamento e a análise 
dessa relação entre meios e objetivos são cruciais para a efetividade da gestão 
educacional. Pode-se afirmar que aqueles que assumem a responsabilidade por uma 
missão específica, seja na gestão de uma rede de ensino, de uma escola ou de uma 
sala de aula, e não se dedicam a essa atividade, acabam valorizando mais sua 
posição do que sua trabalho. 
É necessário realizar um monitoramento constante e detalhado, 
acompanhando minuciosamente, todos os dias, qualquer área de atuação. Esse 
acompanhamento visa avaliaro desenvolvimento da área, como ela avança na 
implementação de melhorias, quais cuidados e revisões são necessários, quais 
dinâmicas e movimentos estão em jogo e quais reações são desencadeadas, entre 
outros aspectos. Essa prática de monitoramento tem como objetivo identificar, entre 
outros aspectos: 
• Desvios de rumos em relação ao planejado; 
• Dificuldades eventuais e inesperadas ocorrentes no processo de 
implementação; 
• Como e quando ocorrem; 
• Alternativas para se poder promover correções necessárias; 
 
O tema incluído nos leva a ponderar sobre essa questão e a analisar e 
questionar diversos aspectos, tais como: 
• Por que essa situação está ocorrendo? 
• Como as ações estão sendo conduzidas? 
• Como os gestores estão distribuindo sua atenção entre os profissionais 
da escola e entre as diferentes turmas de alunos? 
• De que maneira as necessidades individuais das pessoas envolvidas 
estão sendo consideradas no processo educacional? 
• Que tipos de mudanças e melhorias podem ser inovadoras com base 
no entendimento dessas questões? 
Essas reflexões nos ajudam a compreender e a abordar os desafios 
enfrentados na busca por resultados eficazes no contexto educacional. 
É crucial lembrar que o fracasso escolar de um aluno não surge de repente no 
final do ano, nem é resultado do acaso ou de sua culpa exclusiva. Ele se manifesta 
no cotidiano, desde as primeiras aulas do ano letivo, quando pequenas oportunidades 
de aprendizagem são ignoradas pelos professores, acumulando-se ao longo do 
tempo. Esse acúmulo de lacunas gera dificuldades e insucessos crescentes, 
contribuindo gradualmente para uma atitude negativa por parte do aluno em relação 
ao processo de aprendizagem. Da mesma forma, o ambiente de indisciplina na escola 
e na sala de aula também desempenha um papel significativo. 
Construir uma cultura de sucesso escolar, na qual a aprendizagem de todos os 
alunos é promovida, requer uma atenção constante aos detalhes, às dinâmicas, às 
ações e às competências, especialmente nas interações com os alunos. É 
fundamental que, no dia a dia, os alunos sejam orientados e incentivados a aprender, 
adquirindo os conhecimentos que a escola tem a responsabilidade de ensinar, ou que, 
por sua vez, estabeleça uma trajetória de sucesso educacional cumulativo. Nesse 
processo, é essencial uma interação dinâmica que envolve a expressão, a 
comunicação, as disciplinas, as atividades e os gestos tanto dos alunos quanto dos 
professores, com suas abordagens pedagógicas. Isso é feito com o objetivo de avaliar 
o que contribui efetivamente para o processo de aprendizagem e o que não contribui, 
identificando o que precisa ser reforçado e o que precisa ser modificado. 
 
 
são planejadas de modo a permitir o pleno desenvolvimento de cada aluno, 
respeitando suas capacidades individuais ao máximo. Como garantir esse 
atendimento? Dado que as pessoas possuem naturalmente diferenças individuais, o 
processo educacional é uma interação interpessoal complexa e a formação e 
aprendizagem são processos que têm tantas dimensões individuais quanto sociais, é 
essencial realizar um monitoramento e avaliação contínua, tanto em grupos como em 
nível individual. 
O quadro abaixo mostra a série de aprendizagem através da reflexão e ação 
no contexto do monitoramento e avaliação: 
 
2.3 Contexto das práticas de monitoramento e avaliação na educação 
Observar que melhorias substanciais no funcionamento das redes de ensino, 
com impacto na qualidade da educação oferecida pelas suas escolas, dependem de 
medidas transformadoras que abranjam o sistema como um todo, em todos os seus 
níveis e dimensões, a fim de garantir de maneira consistente a realização dos 
resultados desejados. Esse processo está intrinsecamente ligado a uma política 
educacional que preconiza a integração de ações, desde o âmbito do sistema de 
ensino até o nível da sala de aula, abrangendo a escola como uma unidade social. 
Por outro lado, é manifesto que, na ausência de uma determinação firme e de 
um cuidado meticuloso na implementação das políticas educacionais e dos planos 
correspondentes, esses documentos se tornam meras peças de literatura e retórica, 
como mencionado acima. O funcionamento dos sistemas educacionais e das escolas 
permanece orientado pelo improviso, imediatismo e espontaneidade, guiado por 
pressão local, orientações inconsistentes e avanços descontínuos, podendo até 
 
mesmo recorrer em alguns casos. É essencial destacar que a melhoria do 
desempenho das redes de ensino e das escolas requer uma definição clara de 
objetivos e metas abrangentes, bem como estratégias, métodos e processos 
adequados para alcançá-los, juntamente com uma determinação, compromisso e 
responsabilidade estratégica para executar com competência do que foi planejado. 
Essa execução, por sua vez, depende da existência de mecanismos de gestão 
capazes de orientar, mobilizar e coordenar os diversos atores envolvidos nas ações 
conjuntas, além de monitorar as atividades e avaliar seus resultados, planejar um ritmo 
adequado e, quando necessário, revisar processos para promover uma melhoria 
contínua no sistema, na organização e nas práticas educacionais. 
De acordo com uma pesquisa conduzida por Luck (2011) sob a égide da 
Fundação Victor Civita, com o objetivo de investigar as práticas obrigatórias pelos 
sistemas estaduais e municipais de ensino na seleção e capacitação de diretores 
escolares, foi constatado que os diretores realmente comprometidos são Aqueles que 
fazem parte de uma rede de ensino que fornece orientações claras sobre como 
exercer suas funções, oferecem treinamento destinado a desenvolver competências 
diretamente relevantes para suas tarefas e a supervisão de maneira regular, avaliando 
sua gestão e seu impacto na escola, baseando-se em princípios de participação ativa. 
“...Os diretores que indicaram não receber esse 
acompanhamento demonstravam elevado espírito 
reativo, descrença em seu trabalho, falta de 
perspectivas sobre a possibilidade de mudanças 
na condição da escola e insegurança quanto às ações 
dos gestores da Secretaria de Educação”. (LÜCK, 
2011). 
2.4 Práticas de monitoramento e avaliação limitadas 
Percebe-se que o monitoramento e a avaliação, apesar de desempenharem 
um papel fundamental na gestão para garantir a qualidade do ensino, não são 
amplamente difundidos nem sistematicamente praticados nos diferentes sistemas de 
ensino e em suas respectivas escolas. Em muitos casos, essas práticas são até 
mesmo rejeitadas devido a concepções prévias equivocadas e a uma compreensão 
errônea de seu papel na educação, conforme mencionado anteriormente. Por 
exemplo, quando o diretor da escola ou o coordenador pedagógico manifesta a 
intenção de observar uma aula, é possível que o professor reaja qualidades, 
 
interpretando isso como autoritarismo, desconfiança em relação ao seu trabalho ou 
falta de atenção pela sua autonomia docente. 
No contexto do sistema de ensino brasileiro, essas atividades não são 
facilmente acolhidas, pois muitas vezes são vistas como meios de controle burocrático 
que limitam a autonomia da escola e da sala de aula. Isso faz com que essas 
estratégias sejam mais propensas a serem rejeitadas do que aceitas. 
“Os próprios programas governamentais não costumam 
incorporar em seu desenho ações de monitoramento e 
avaliação que definam a realização de assessoramento 
e acompanhamento da sua implementação. Pode-se 
até mesmo afirmar que pouca atenção dá aos 
cuidados necessários à sua implementação”. (LÜCK, 
1999). 
Pode-se observar, por exemplo, que uma situação semelhante ocorreu 
amplamente no que diz respeito às avaliações do IDEB. Com frequência, essas 
avaliações são empregadas de maneira indireta, apenas para identificar diferenças de 
desempenho entre escolas, sem fornecer orientações específicas sobre áreas que 
precisam ser melhoradas para promover um aprimoramento com basenas extraídas 
das avaliações. Diante dessa situação, é essencial ponderar sobre o significado e a 
importância do monitoramento e da avaliação no âmbito do processo de gestão 
democrática da educação, que busca aprimorar sua qualidade. Esse aprimoramento 
é aprimorado por meio de avaliação e acompanhamento de processos educacionais, 
utilizando dados e informações objetivamente coletadas, sistematizados, analisados 
e interpretados. Essa abordagem visa contribuir eficazmente para melhorar as 
práticas educacionais e seus resultados. 
2.5 Elaboração de um plano de monitoramento e avaliação 
A gestão de redes de ensino e de escolas é um processo organizado, baseado 
em métodos, e direcionado para atingir metas específicas, reunindo e coordenando 
competências para atingir os objetivos propostos pela instituição educacional. Esse 
processo educacional abrange diversas dimensões, perspectivas e implica uma ampla 
variedade de ações realizadas por diversas pessoas, exigindo abordagens específicas 
a conceitos abrangentes. 
Conforme apontado por Patton (2008), essa complexidade se manifesta em 
múltiplos níveis de representação, diversas dimensões e evoluções dinâmicas, 
 
tornando os pedidos para os gestores abranger todos esses aspectos, em alguns 
casos até impossíveis. Portanto, é fundamental estabelecer áreas prioritárias e eixos 
estruturantes para a gestão, a fim de compreender e orientar de forma eficaz os 
desafios enfrentados pelos gestores. 
Nesse sentido, os processos de monitoramento e avaliação desempenham um 
papel crucial, pois se baseiam na identificação e análise de informações essenciais 
em várias áreas, tais como compreensão da realidade, análise de diversos aspectos, 
orientação do trabalho em equipe, integração de diferentes ações, conhecimento das 
melhores práticas, identificação de fatores que contribuem para a melhoria, além de 
compreender o que precisa ser aprimorado e como fazê-lo, entre outros aspectos 
relevantes. Uma parte integrante desse processo envolve o uso de instrumentos 
operacionais que auxiliam na definição de prioridades e direcionam as ações de 
gestão. Esses instrumentos permitem a previsão de diretrizes, a elaboração de mapas 
conceituais, a fundamentação das decisões, a organização das ações, a orientação 
na implementação de planos, bem como o monitoramento e a avaliação de 
programas. Eles fornecem uma visão abrangente e específica dos desafios 
educacionais ao mesmo tempo. 
Ao planejar o programa de monitoramento e avaliação, é sempre benéfico 
utilizar estruturas organizacionais de dados e informações que facilitam sua 
manipulação, identificação, leitura e comparação. É fundamental começar com um 
programa inicialmente simples, concentrando-se num conjunto de indicadores 
específicos (áreas de interesse) nas quais se planejam intervir. À medida que os 
resultados iniciais são compreendidos e melhorados por meio das ações inovadoras, 
novos indicadores serão gradualmente incorporados ao programa. 
2.6 Benefícios do monitoramento e da avaliação 
Dentro desse conjunto de perspectivas, é notável que a implementação de um 
programa de monitoramento e avaliação, concebido de maneira sistêmica, é 
considerada uma condição essencial para aprimorar a gestão escolar e seu trabalho 
educacional de maneira eficaz. Essa abordagem possibilita uma análise objetiva e 
bem fundamentada das ações educacionais na prática. Consequentemente, esse 
resultado é obtido por meio da aplicação de conhecimentos críticos sobre as práticas 
 
educacionais, um pré-requisito fundamental para sua constante melhoria e 
aprimoramento. 
Contribuindo para esse conhecimento, o monitoramento e a avaliação, entre 
outros aspectos, permitem a identificação e análise do que está funcionando e do que 
não está; o que está contribuindo para a eficácia da atuação e o que não está; quais 
estratégias, métodos e ações são mais eficazes do que outros e por quê, entre outros 
aspectos. 
Além disso, o monitoramento e a avaliação do processo de implementação de 
políticas, diretrizes e planos de ação educacional indicam que esses processos são 
importantes e são levados a sério, não sendo meras formalidades burocráticas. Isso 
demonstra um compromisso e uma responsabilidade eficaz em relação à sua 
execução. Em resumo, o monitoramento auxilia na organização da implementação de 
ações, na avaliação de sua pertinência e adequação aos grupos a que se destina e 
na definição de um cronograma para sua execução. 
Com a intenção de fomentar esse conhecimento e os resultados 
correspondentes, o monitoramento e a avaliação têm como fundamento a condução 
de procedimentos que incluem a coleta, organização, análise e interpretação de 
dados. Esses dados são empregados posteriormente no fornecimento de feedback e 
na orientação de iniciativas externas para a melhoria contínua das práticas 
educacionais. Com o objetivo de promover esse entendimento e os resultados 
correlatos, o monitoramento e a avaliação são fundamentados na realização de 
processos que englobam a coleta, organização, análise e interpretação de dados. 
Essas informações são posteriormente utilizadas para oferecer feedback e orientar 
iniciativas externas para o aprimoramento constante das práticas educacionais. 
3. CONCLUSÃO 
A função da gestão educacional e escolar consiste em garantir a qualidade do 
processo de aprendizagem que ocorre nas salas de aula, sob a liderança e orientação 
dos professores. Portanto, cabe aos gestores a responsabilidade de promover todas 
as ações necessárias para garantir a consistência de princípios, diretrizes e metas em 
todas as salas de aula da rede de ensino. Isso visa criar as condições essenciais para 
que todos os alunos possam desfrutar de experiências educacionais de qualidade 
semelhantes, em consonância com os princípios democráticos. 
 
Dado que a gestão educacional e escolar se baseia no princípio de gestão 
democrática direta, conforme definido pela Constituição e pela LDB, sua eficácia 
depende da aplicação desses princípios e do funcionamento eficaz dos colegiados 
escolares designados para esse fim. Portanto, é de extrema importância que, ao 
realizar o monitoramento e a avaliação, se adotem instrumentos que estruturem, 
organizem e sistematizem a participação coletiva e democrática das pessoas, bem 
como os resultados correspondentes. Sem esses instrumentos que direcionam a 
discussão e a análise, o que ocorre com frequência nas atividades educacionais são 
discussões extensas com resultados limitados. 
Monitoramento e avaliação representam processos que vão além da aplicação 
de técnicas para coletar e sistematizar informações, embora esses elementos sejam 
fundamentais nessa prática. Isso ocorre porque, por trás de cada pequena ação 
realizada em seu nome, reflete-se a atitude do gestor em relação aos desafios 
educacionais, aos agentes envolvidos e aos beneficiários. 
Portanto, é crucial que os gestores se empenhem em promover a cultura de 
monitoramento e avaliação em suas áreas de influência o façam com base nos 
princípios que visam ao desenvolvimento por meio da construção do conhecimento e 
da conscientização esclarecedora da relação entre ações e resultados, especialmente 
centrados na formação e aprendizagem dos alunos. Isso é fundamental para melhorar 
a qualidade do ensino. No entanto, apesar de iniciado pelos gestores, para que sejam 
eficazes, as práticas de monitoramento e avaliação sejam lançadas com base nos 
princípios da participação. Dessa forma, todos os envolvidos se sentem motivados a 
buscar informações sobre seu trabalho e desenvolver uma compreensão objetiva de 
seu desempenho e competência, com o objetivo de promover seu crescimento 
profissional. Essa abordagem coloca a escola e seus profissionais em um estágio 
avançado de maturidade, permitindo que superem as limitações comuns que surgem 
ao lidar com situações complexas e dinâmicas, como as dificuldadesno campo da 
educação. 
O monitoramento e a avaliação representam uma circunstância e 
oportunidade para o crescimento pessoal, profissional e organizacional, uma vez 
que direcionam a compreensão de evidências relacionadas a eventos específicos 
dentro de um contexto específico e às ações realizadas. Esse processo conduz à 
 
melhoria dos procedimentos de implementação e intervenção, com ênfase na 
consecução de objetivos. 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRASIL. Lei nº 9.394. (LDB) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf>. 
Acesso em 10 set. 2023. 
LÜCK, H. Monitoramento e avaliação como estratégia de gestão escolar. Belo 
Horizonte: Projecta Educacional. 2013. 
LÜCK, H. Perspectivas da avaliação institucional da escola. Petrópolis: Vozes. 
2011. 
PATTON, M.Q. Utilization-focused evaluation. Beverly Hills/Londres: Sage. 2008. 
THOMAS, G. & PRING, R. Educação baseada em evidências – Porto Alegre, 2007. 
VILLAS BOAS, B.M.F. Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campin

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