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95 UM OLHAR INCLUSIVO - NOVOS PARADIGMAS SOBRE A INCLUSÃO ESCOLAR NA ATUALIDADE

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UM OLHAR INCLUSIVO: NOVOS PARADIGMAS SOBRE A INCLUSÃO ESCOLAR 
NA ATUALIDADE 
A Neuropsicologia é um ramo da Neurociência que estabelece correlações 
nas lesões cerebrais evidentes com as falhas cognitivas identificadas, que afetam o 
comportamento. Faz mensuração do nível e da qualidade do funcionamento cognitivo, 
por meio da metodologia, pelo processo avaliativo fundamentado pelo uso de 
instrumentos psicométricos, confirmando ou refutando hipóteses diagnosticadas. Os 
testes neuropsicológicos avaliam diferentes funções cognitivas, como a inteligência, a 
memória, atenção, a linguagem, entre outras funções, levando-se em consideração 
os conceitos de desenvolvimento normal e patológico em seus efeitos sobre a 
cognição, lembrando que o padrão de normalidade, no caso clínico, é estatístico. 
Processos cognitivos são um conjunto de habilidades psicomotoras, linguísticas, viso 
espaciais, socioemocionais, as quais são manipuladas por sistemas cerebrais 
relativamente circunscritos. 
Abertura ao intangível é mera ficção. A necessidade de encontro entre 
educando e educador e do vínculo em torno de objetivos comuns não passa de 
concepção menor, piegas, para muitos. Com isso, fica patente que as preleções 
acerca de aspectos da totalidade que integram a humanidade é mero discurso 
retórico, uma vez que se reconhece apenas aspectos da realidade objetiva ao olhar 
para o outro e para a realidade, numa perspectiva tão fechada, reducionista, num 
modo tão analítico de ver o mundo e as coisas, que nada que integre a subjetividade 
se pode suportar. 
Segundo aponta FONSECA, o afetivo, o cognitivo e o executivo estão em 
interação constante no processo da aprendizagem, porque as suas funções são 
in- dissociáveis em termos neuro funcionais, e porque os seus 
substratos neurológicos têm de operar em sintonia. Com o advento da neurociência, 
é preciso um novo olhar para o processo de ensino e aprendizagem, que integram os 
itinerários do saber. A neuro psicopedagogia revela-nos as habilidades do 
cérebro, quer dos alunos quer dos professores. Nos alunos, quando se comportam de 
forma socialmente positiva, e quando aprendem a usar os instrumentos cognitivos 
(linguagem corporal, artística, falada, escrita e quantitativa) da cultura em que estão 
inseridos. Nos professores, quando transmitem, mediatizam e ensinam competências 
e conhecimentos, uma vez que está implícita no ato educativo uma interação entre 
dois sujeitos, isto é, uma intersubjetividade. Ainda segundo Fonseca, integram a 
função conativa os componentes de valor (razão pela qual realizo algo), de 
expectativa (o que faço com a tarefa) e de afetividade (como me sinto diante de uma 
tarefa) e, quando negligenciamos ou desconsideramos essa função, tem-se o 
impacto não só no desenvolvimento, mas 
inclusive cognitivo, como na execução de ações, independente da sua natureza. 
À luz das neurociências, as funções conativas estão intimamente agregadas 
neuro funcionalmente e sistemicamente às funções cognitivas já abordadas e às 
funções executivas que abordaremos em seguida. Por isso, justifica-se favorecer 
ações em prol do desenvolvimento da estética da sensibilidade, para que profissionais 
da educação possam, em processo homólogo, 
atuar junto ao educando apostando em processos inclusivos. Na dimensão de uma 
aprendizagem bem-sucedida, as funções conativas positivas nutrem o interesse, o 
desejo, a motivação, a curiosidade, o empenho, o esforço, a diligência, o entusiasmo, 
o prazer, o sentimento de competência, a autorrealização e a 
autoeficácia e outras necessidades superiores exclusivas da espécie humana. 
Por ser uma área de conhecimento interdisciplinar e multidisciplinar, a 
psicopedagogia busca compreender como ocorrem os processos de aquisição do 
saber e entender as possíveis dificuldades que o aluno encontra nesse processo. O 
diagnóstico psicopedagógico tem como objetivo identificar os desvios e os obstáculos 
básicos do sujeito no seu modelo de aprendizagem, o que o impede 
de aprender no nível esperado pelo meio social. Numa visão psicopedagógica, a 
inclusão deve ser benéfica para todos, e deve incluir todos os elementos envolvidos 
no processo-aprendizagem. Nesse caso, a avaliação psicopedagógica é fundamental 
para se conhecer as variáveis desse processo de aprendizagem do aluno com 
necessidades educacionais especiais, a fim de auxiliar o professor nesse trabalho 
com as igualdades e diferenças que passarão a existir em sua turma. 
A Educação Especial, na perspectiva inclusiva, visa um ensino estruturado, 
pois obedece a um modelo de pensamento absoluto no qual a sala de aula é 
organizada de maneira que o trabalho seja individual e independente. Utiliza-se 
também a funcionalidade dos programas de atividades e do uso de um sistema visual 
para orientá-los no espaço escolar, utilizando cartões com instruções simples. A 
proposta inclusiva da Educação é concretizar o que traz na lei, assegurando a todos 
os direitos e conscientizando os professores do atendimento 
educacional especializado para as pessoas com deficiência na rede regular de ensino. 
A psicopatologia defende a visão de que a criança aprende devagar, e que o professor 
deve avaliar mais o trabalho pedagógico do que a capacidade do aluno autista, pois, 
quando falamos em avaliação e recuperação, o processo é irregular, mas é 
absorvido. As crianças com necessidades especiais obtêm o desenvolvimento da 
leitura e da escrita da mesma forma que crianças ditas 
“normais”, quando estimuladas adequadamente. É necessário conhecer como essa 
criança desenvolve a leitura e a escrita para então poder aprender de maneira natural 
por meio de suas concepções e reproduzindo o que se espera dela. 
A aprendizagem das crianças com necessidades especiais ocorre 
quando estão interessadas, quando acham a atividade divertida e o aprendizado 
acontece de acordo com o seu nível de desenvolvimento. É necessário que o vínculo 
professor-aprendiz seja por meio de um ensino estruturado e sistemático para permitir 
a aprendizagem do aluno, e para que ele venha a ter sucesso no futuro, dependerá 
da forma como os adultos se relacionam com eles. 
LOPES (2017) afirma que, para uma aprendizagem eficaz, o professor deve 
organizar os métodos de ensino, tornando as situações de aprendizado previsíveis, 
ou seja, mais fáceis, auxiliando-os a superar a distração, as mudanças e a falta de 
motivação. As instruções podem ser verbais e com apoios visuais de acordo com o 
nível de compreensão do aluno, utilizando regras claras, 
palavras simples e associando a gestos ou imagens. 
A importância do campo afetivo 
O contato humano, a cumplicidade, a partilha fazem alterar o ambiente, o que 
inclui apostar e gestar novas formas de interação, garantindo a possibilidade de 
uma cultura que não os subtraia da condição humana. Ademais, é sabido que um 
ambiente estressor em nada contribui para a aprendizagem, pois os efeitos do cortisol 
(hormônio do estresse) provocam a morte de neurônios no hipocampo (área da 
memória de longo prazo). Nesse sentido, o ambiente de ensino precisa ser 
confortável e acolhedor, o que está extremamente nesse sentido, o ambiente de 
ensino precisa ser confortável e acolhedor, o que está extremamente. 
Em qualquer contexto relacional, a afetividade é possível, porém é 
preciso compreender o significado, individual e coletivo, que se dá ao termo, assim 
como as expectativas geradas e como cada uma se coloca na situação. Na docência 
não há maior afetividade que ter compromisso com a aprendizagem do aluno e 
buscar os meios para garantir assertividade nesse processo, o que inclui ter interesse 
genuíno em que o aluno aprenda, dispondo de meios para que isso ocorra. Um 
interesse genuíno é perceptível para o aluno, que compreende que a afetividade 
vai além do acolhimento, mas inclui um posicionamento exigente de si e do outro. Mas 
tal construção não se faz de imediato,por isso que o investimento no acolhimento, na 
cordialidade nos primeiros contatos são fundamentais, até que sejam fortalecidos os 
laços, o diálogo e o vínculo real se estabeleça. A afetividade 
também é uma aprendizagem. 
“Elementos afetivos, mentais e sociais e 
integrando ao lado da cognição, da linguagem e 
da comunicação, as relações sociais que afetam 
as representações e a realidade material, social e 
ideal sobre as quais elas intervirão”. (JODELET, 
1994). 
Isso torna possível pensar que se pode construir uma escola inclusiva, 
visto que está exige disposição para aprender na ação, que direcione a busca de 
soluções e de melhores estratégias, de colocar em ação recursos psicológicos em 
função de respostas educativas mais assertivas. 
Uma reflexão sobre a prática docente 
A formação reflexiva docente se faz necessária para dar conta dessas 
multifaces do currículo. Numa escala de importância, o currículo é considerado a 
parte fundamental do processo de ensino e aprendizagem. Ao adentrar uma sala de 
aula, o docente possui em mente o desejo de transmitir, da melhor e mais eficiente 
forma possível os conhecimentos que possui e ainda ter, segundo o que se espera, a 
capacidade de mediar o desejo e a habilidade de produzir novos conhecimentos, ser 
capaz de auxiliar o educando a pensar por si mesmo, a posicionar-se criticamente e 
assim produzir cidadania. O ideário na mente do docente, muitas vezes, é confrontado 
com uma dura realidade. Por diversas vezes, o docente se vê despreparado para lidar 
com tudo que acontece em uma sala de aula.

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