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100 DESAFIOS DOS GESTORES PÚBLICOS NA ADMINISTRAÇÃO CONTEMPORÂNEA

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DESAFIOS DOS GESTORES PÚBLICOS NA ADMINISTRAÇÃO 
CONTEMPORÂNEA 
Segundo Eduardo Nascimento, coordenador de planejamento e inovação 
e líder do programa de gestão colaborativa da prefeitura de Mesquita (RJ), o 
setor público é como um transatlântico, leva centenas de pessoas de um lado 
para o outro e sua velocidade é menor que a de uma lancha, que representa o 
setor privado, e transporta menos pessoas com mais agilidade. Segundo 
Eduardo essa é uma maneira de simples de ilustrar o primeiro desafio do novo 
gestor público: ele precisa administrar uma grande organização, com pessoas 
que estão em níveis diferentes, com mais rapidez. Ele ainda afirma que se em 
uma empresa já temos exemplos de setores com colaboradores mais engajados, 
outros com mais conhecimento do negócio e outros que desanimaram, imagine 
então em uma empresa com centenas de colaboradores que, muitas vezes, já 
não sentem paixão pelo que fazem. 
 
O cidadão é a chave para o sucesso das estratégias da gestão pública e 
precisa sentir que está sendo contemplado pelo que é planejado pelo setor. Por 
isso, além de se aproximar do cidadão, é necessário que o novo gestor público 
atenda as demandas que a população traz e mostre que a voz do povo está 
sendo ouvida e valorizada. 
O maior desafio o gestor público é lidar com ele mesmo. A mudança 
começa com cada um de nós, mas expô-la para o mundo e fazer com que mais 
pessoas o ajudem a disseminar esse novo jeito de fazer algo é complicado, 
alguns podem amar o que está sendo proposto enquanto outros vão odiar. 
Contudo, o novo gestor público que entra no jogo já tendo em mente que 
precisa inspirar, engajar, se aproximar da população, praticar a colaboração 
entre outras coisas, tem mais chances de atender melhor os cidadãos. Em suma, 
ser gestor implica em participar de um projeto de governo como ator social 
envolvido no interesse coletivo; ter governabilidade (pacto social e 
sustentabilidade); ter capacidade de gestão (ser dirigente, mediador de 
interesses, executor e avaliador). 
 
Segundo André Prado, especialista em gestão pública, em entrevista dada ao 
portal Canção Nova, em 2019, ele comenta que é perceptível que a 
administração pública é uma área disputada para se trabalhar. Mesmo com 
muitas leis regulamentando seus processos, é urgente vencer os entraves da 
burocracia e tornar suas ações mais eficientes no país. 
Por outro lado, ele pontua que um ocupante de cargo público pode atuar em 
diversas áreas, como: educação, saúde, segurança pública e assim por diante. 
É importante que o profissional escolha a área de maior afinidade para melhor 
desenvolvimento das atividades. Por fim ele ressalta que o bom servidor público 
não age em conluio em busca do enriquecimento ilícito, violação aos princípios 
administrativos ou causa danos ao bem público. É um dever zelar e gerir da 
melhor maneira o que é mantido por impostos arrecadados do contribuinte. 
Para o professor de história Edivaldo Rocha, em seu artigo publicado no portal 
Fenajufe, o serviço público é algo inerente à própria história da humanidade. 
Sempre existiu e tem por finalidade prestar trabalho de qualidade a uma 
determinada coletividade. Com o passar dos anos, a forma de ingresso no 
serviço público mudou. Hoje o critério não é ser amigo do rei. Hoje, independente 
da origem social da pessoa, ele pode se submeter a um concurso e ingressar na 
administração pública. É uma escolha, é uma opção de vida. As portas estão 
abertas para todos. Lamentavelmente, nas últimas décadas o servidor público 
tem recebido ataques ferozes de todos os lados, como se fosse culpado por 
todas as mazelas que ocorrem no país. 
Ainda segundo Edivaldo Rocha, não se pode renunciar a um serviço público de 
qualidade, com profissionais preparados e bem remunerados. Os servidores 
públicos não podem ficar a bel prazer dos governantes de plantão, dependendo 
do humor do gestor público, pois o compromisso maior é garantir serviço de 
qualidade, de forma permanente para a sociedade brasileira, pois afinal de conta, 
os homens passam e as instituições continuam.

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