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TCC - Gestão por competência e sua aplicação na administração pública

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11
FAVENI – FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
 
 FÁBIO MAICK DA SILVA 
 GESTÃO POR COMPETÊNCIA E SUA APLICAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
TRÊS LAGOAS
2019
FAVENI – FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE 
 FÁBIO MAICK DA SILVA 
 GESTÃO POR COMPETÊNCIA E SUA APLICAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título especialista em GESTÃO PÚBLICA. 
Orientador: 
TRÊS LAGOAS
2019
GESTÃO POR COMPETÊNCIA E SUA APLICAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Fábio Maick Da Silva[footnoteRef:1], [1: fabiomaick@hotmail.com] 
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). “Deixar este texto no trabalho”.
RESUMO- A gestão pública possui algumas particularidades, sendo muito mais burocrático atuar no setor, uma vez que o interesse a ser administrado é de toda a comunidade. Além disso, quando se está diante de uma Administração Pública, o principal objetivo do administrador deve ser alcançar a excelência em gestão e atender as necessidades da comunidade e, a fim de atingir tais metas, tem sido fundamental a adoção de medidas para que tais objetivos sejam alcançados e, dentre essas metas está a gestão de competências. É imprescindível que a Administração Pública seja representada por pessoas competentes, que atuem visando atingir a excelência em prol da comunidade. A população, que tende a estar cada dia mais ciente de seus direitos e exige participar da administração da coisa pública, não mais aceita ser enganada ou governos autoritários. Desta feita, aplicar preceitos do setor privado, almejando atingir os fins públicos tem sido uma medida adotada por governos em todas as esferas da federação. Desta feita, a presente pesquisa analisou algumas questões envolvendo a gestão de competências no setor público e como tais medidas podem fazer toda a diferença em uma gestão. Para tanto, foi realizada pesquisa bibliográfica, com a utilização do método dedutivo.
PALAVRAS-CHAVE: Excelência na Administração Pública. Desenvolvimento de pessoas. Gestão.
 INTRODUÇÃO
O Estado é uma entidade criada a fim de que seja possível o exercício do poder soberano em prol de uma população e dentro de um território determinado. Em regra, dentro da Administração Pública existem funções, que são exercidas a partir da divisão de poderes, a saber: Legislativo, Executivo e Judiciário. (SANTOS, 2014)
A prestação de serviços dentro de um Estado deve ser a melhor possível, a fim de aplicar de forma correta o dinheiro público e realizando a devida contraprestação para a sociedade.
É muito comum em discussões a respeito do papel do Estado que as questões relacionadas a gestão, em suas diversas frentes, como a gestão de pessoas sejam questionadas. (SANTOS, 2014)
Durante muito tempo a visão que as pessoas tinham da Administração Pública era que esta se fazia representar por pessoas que não tinham como meta o bem da coletividade, sendo comum corrupção e o cometimento de outros crimes, fazendo com que a imagem da coisa pública se deteriorasse.
Contudo, nos últimos anos se tem defendido em diversas frentes, através de estudos, a necessidade de haver uma gestão baseada em preceitos da administração visando alcançar a excelência no serviço público.
Para alcançar uma gestão de qualidade na Administração Pública, é preciso, acima de tudo, investir na qualidade das pessoas que estão vinculadas ao Poder Público, a fim de que possa haver uma gestão pública de qualidade.
Dessa forma, desde o começo do século XX alguns Estados começaram a implementar algumas medidas visando melhorar questões como gestão de pessoas, transparência e a prestação do serviço público como um todo até que a ideia se espalhou pelo mundo e cada vez mais países adotam tais princípios, de acordo com suas necessidades. (SANTOS, 2014)
Nesse interim, no presente estudo se analisou a respeito da gestão de pessoas e sua importância quando se trata da Administração Pública, a fim de que os preceitos básicos, dentre os quais a garantia do bem comum sejam respeitados.
Além disso, se verificou algumas técnicas que podem ser aplicadas na gestão pública, a fim de tornar a atuação dos indivíduos que representam o Estado mais eficaz e pronta para atender os anseios da comunidade.
 DESENVOLVIMENTO 
Na presente pesquisa de cunho bibliográfico, será abordado o tema de gestão por competência e a Administração Pública.
O tema foi desenvolvido a partir de pesquisa bibliográfica, com o uso do método dedutivo, a partir de estudos qualitativos. (SILVA; PORTO, 2016)
Será analisada a gestão de recursos a partir da Administração Pública, que pode ser traduzida como o conjunto de serviços públicos que são indispensáveis para a existência e manutenção da figura estatal. (SANTOS, 2014)
A Administração Pública deve ser desenvolvida de tal forma que seja possível atingir os objetivos do ente estatal, atendendo as necessidades das pessoas que ali vivem.
A mulher, desde a pré-história teve o seu papel definido e relacionado aos afazeres domésticos, fazendo com que desde a origem dos tempos haja a criação de sociedades sexistas, patriarcais e discriminadoras. (TEIXEIRA, 2014)
A contratação de pessoal efetivo para a Administração Pública se faz mediante concurso, desta feita, assumem o cargo aqueles indivíduos que, ao serem aprovados no concurso, estão dentro das necessidades do ente estatal. (SANTOS, 2014)
Contudo, quando se fala de cargos comissionados, estes são de livre nomeação e exoneração, não havendo critérios de seleção, podendo o contratante fazer jus da forma que melhor lhe convier. Tal medida é adotada pelo setor público desde a Constituição Federal de 1988. (VIEIRA; MACHADO, 2011)
No entanto, primordial que, tanto para cargos efetivos como comissionados, haja critérios sérios de seleção, uma vez que o indivíduo, caso não atue de forma coerente, trará prejuízos para toda a comunidade.
É de suma importância que no ambiente empresarial ou público sejam evitadas atuações eivadas no preconceito, seja de gênero, raça, credo, entre outras, e se estabeleça metas pautadas na qualificação e competência dos profissionais.
Teixeira (2014) ressalta que não há nenhum tipo de proteção à questão de gênero quando se está diante de cargos comissionados, além disso, há que se falar que, quando se está diante de cargos comissionados é muito comum a troca de favores entre políticos e pessoas que exercem cargos de alta patente, colocando em risco a excelência na prestação do serviço público.
Insta salientar, contudo, que desde os anos de 1990, a gestão de competências na Administração pública tem sofrido mudanças, tendo como foco o desenvolvimento tecnológico e a capacitação de pessoal. Muitas das mudanças ocorreram a partir da implementação de medidas que já eram comuns no setor privado, visando trazer melhorias ao setor público. (VIEIRA; MACHADO, 2011)
O ente estatal é o responsável pela prestação dos serviços públicos, devendo atuar tendo como meta a qualidade de vida das pessoas, seja atuando diretamente ou por meio de terceiros, nesse sentido, “Visando a um interesse público, os serviços públicos se incluem como um dos objetivos do Estado. É por isso que são eles criados e regulamentados pelo Poder Público, a quem também incumbe a fiscalização”.(CARVALHO FILHO, 2016, p. 436)
Administração Pública no século XXI
O século XX trouxe uma série de mudanças na atuação do Poder Público, dentre as quais maios descentralização e a ideia de um sistema mais liberal, permitindo o fortalecimento do capitalismo e de economias livres de mercado. Com isso, empresas privadas passaram a exercer a principal fonte de recursos da economia, com a supervisão do Estado, que deveria atuar de forma a supervisionar, regulamentar e intervir o mínimo possível. (SANTOS, 2014)
A Constituição Federal de 1988 instituiu a obrigatoriedade de concurso público com provas sérias a fim de estabelecer padrões e transparência na contratação de pessoal, deixando de lado a troca de favores.
Contudo, seja no setor público ou privado a grande dificuldade está em desenvolver pessoas, que estejam motivadas a desenvolver suas tarefas e contribuam de forma efetiva para o sucesso da organização.
Assim, não é vantagem ter profissionais efetivos, mas desmotivados, que não estão contribuindo em nada para a organização, trazendo prejuízos para esta. Nem sempre os servidores públicos são bem vistos pela comunidade, uma vez que é comum que as pessoas que exercem cargos públicos, sejam desmotivadas e não atendam ao esperado e a Administração Pública nem sempre sabe ou mesmo tem interesse em melhorar a situação. (CARVALHO et al, 2015)
Nesses termos, Carvalho Filho (2016, p. 463) ensina que:
O Estado, nos últimos tempos, tem demonstrado evidente preocupação em adaptar-se à modernidade, ao gerenciamento eficiente de atividades e ao fenômeno da globalização econômica, que arrasta atrás de si uma série interminável de consequências de ordem política, social, econômica e administrativa.
Na verdade, as antigas fórmulas vêm indicando que o Estado, com o perfil que vinha adotando, envelheceu. Para enfrentar as vicissitudes decorrentes da adequação aos novos modelos exigidos para a melhor execução de suas atividades, algumas providências têm sido adotadas e outros rumos foram tomados, todos alvitrando qualificar o Estado como organismo realmente qualificado para o atendimento das necessidades da coletividade.
Contudo, com o tempo foi se percebendo que é essencial a atuação do Poder Público em algumas áreas, e estas precisam ser tão boas quanto o setor privado, assim, foi surgindo a necessidade de se investir em mecanismos de gestão da coisa pública, para que se pudesse falar em excelência na prestação de serviço.
Assim, 
No mercado com competições cada vez mais acirradas, as organizações estão sempre em transições, valores estão em constante mutação, potenciais humanos sendo cada vez mais exigidos e valorizados, com isso as organizações estão se tornando mais estruturadas, mais sólidas e mais competitivas.
Para uma organização se tornar competitiva, ela precisa se organizar, conhecendo estratégias e tecnologias de ponta para acompanhar a velocidade da informação e claro, o recurso mais valioso e mais competitivo que é o fator humano. (CARVALHO et al, 2015, p. 02)
Nesse ínterim, até mesmo a Administração Pública precisou se adequar e investir em mecanismos eficientes de gestão.
No entanto, para que isso pudesse acontecer, era preciso criar mecanismos que pudessem atender as necessidades, já que o setor público possui suas particularidades, como ocorre com a contratação de pessoal, que deve ser através da realização de concurso público.
Não mais é aceito, em especial em democracias e em Estados Democráticos de Direito, que o chefe do Executivo adote condutas autoritárias e visando alcançar benefícios próprios, posto que na atualidade o que se defende é a participação da população na gestão pública, com a prestação de serviços pautadas na excelência do serviço, atendendo as necessidades das pessoas. (SANTOS, 2014)
Além disso, a Administração Pública deve atuar a partir do que está previsto em lei, respeitando o princípio da legalidade, visando sempre a supremacia do interesse público sobre o privado. É de se ressaltar ainda que o ente estatal deve agir respeitando o princípio da impessoalidade, ou seja, sem privilegiar os destinatários dos serviços públicos, tratando todos de forma igual. (DI PIETRO, 2017)
Gestão por competência na Administração Pública
A gestão por competência surgiu a partir do setor privado, a fim de investir na qualificação de colaboradores, visando otimizar a prestação de serviços e garantir a excelência, com maior lucratividade.
Ainda não se tem um conceito exato sobre a gestão de competências, mas basicamente é a ideia de que dentro da empresa as pessoas possuem competências que devem ser essenciais para a organização, cabendo à organização gerenciar essas competências, alocando cada uma de forma a valorizar o que cada colaborador tem de melhor. (VIEIRA; MACHADO, 2011)
Nessa espécie de gestão, há o constante investimento no desenvolvimento de pessoas, com o fortalecimento de lideranças, além do estabelecimento de metas e objetivos, a fim de que todas as pessoas envolvidas na prestação do serviço estejam engajadas e busquem alcançar altos padrões de desenvolvimento. (VIEIRA; MACHADO, 2011)
A gestão de pessoas é a forma como uma instituição se organiza para conduzir o fator humano no ambiente organizacional e possui como objetivo principal atrair e manter os indivíduos na instituição, visando atender as necessidades desta. Assim, a atividade inclui processos que vão desde a admissão até o desligamento do indivíduo e inclui medidas para conjugar as forças humanas na execução das atividades produtivas com intuito de alcançar os objetivos institucionais. (PEREIRA; ALMEIDA, 2017)
Assim, é imprescindível que o indivíduo seja atraído para a instituição, ingresse nessa, seja devidamente capacitado e possa se adaptar, de forma que atenda às necessidades institucionais.
Nesses termos, a gestão de competência é investir em três patamares:
Conhecimento: uma série de informações assimiladas e estruturadas pelo indivíduo, que lhe permite “entender o mundo”. Inclui a capacidade de receber informações e de integrá-las a um esquema preexistente, ao pensamento e à visão estratégicos, o saber “o quê” e “por quê”;
Habilidade: refere-se à capacidade de agir de acordo com objetivos ou processos predefinidos, envolvendo técnica e aptidão;
Atitude: relaciona-se com aspectos afetivos e sociais ligados ao trabalho. Inclui a identidade do indivíduo com os valores da organização e, por consequência, seu comprometimento e sua motivação para atender aos padrões de comportamento esperados, para atingir resultados no trabalho com alta performance. (VIEIRA; MACHADO, 2011, p. 08)
Dessa forma, é fundamental que a Administração Pública invista no desenvolvimento de pessoas, a fim de melhorar a prestação de serviço como um todo, evitando, inclusive a rotatividade de servidores e gerando um ambiente profissional de qualidade. Quando há má qualidade na gestão de um serviço público, a tendência é que os servidores busquem novos desafios, exonerando, a fim de assumir cargos em novos concursos ou na iniciativa privada e trazendo prejuízos ao Erário.
Nesses termos, se houver a devida gestão de competências, os colaboradores estarão aptos a desenvolver suas atividades e satisfeitos com as atividades desenvolvidas, se sentindo valorizados e bem alocados.
O trabalho a ser desenvolvido por um gestor de competências não é uma tarefa fácil, pois deve cuidar da seleção de novos profissionais, analisando as competências que devem ser preenchidas pelo colaborador. A diferença entre a competência exigida para a função e a disponibilizada pelo indivíduo é denominada de gap.
O gestor possui três medidas para gerenciar seu pessoal: incentivar o colaborador, a fim de que não fique acomodado, para aqueles que possuem desempenho dentro da média, desenvolver e incentivar profissionais que estejam com o desempenho abaixo do esperado e, ainda, caso existam pessoas com capacidades acima da média, devem ser estimuladas a fim de que possam encontrar novos desafios dentro da instituição, como assumindo novas tarefas, ou mudando de cargo. Alémdisso, cabe ao gestor de competências acompanhar as pessoas, a fim de que sempre estejam engajadas com suas tarefas. (VIEIRA; MACHADO, 2011)
Há ainda a necessidade de acompanhamento acerca do desenvolvimento desses profissionais, com avaliações constantes, além da possibilidade de, caso o profissional esteja causando problemas para a Administração Pública, que este possa ser realocado e, se mesmo assim não obter resultados positivos, que possa ser desligado do ente estatal, posto que, em uma gestão visando o desenvolvimento do Estado, com gestão de competências, não se pode aceitar que, em razão da estabilidade concedida por um concurso público, um indivíduo faça o uso da Administração Pública para causar prejuízos e ser apenas um “cabide de emprego”. 
Diversos desafios podem se fazer presentes quando se iniciar a implantação de uma gestão por competências, como desinteresse pela chefia e colaboradores em mudar, contudo, cabe ao gestor de competências expor a necessidade da mudança, os benefícios que poderão ser alcançados e como a Administração Pública poderá ganhar com a alteração, bem como toda a coletividade. (VIEIRA; MACHADO, 2011)
No que diz respeito a seleção de novos colaboradores, a regra é que, no setor público, deve acontecer um concurso público, assim, as características do cargo e as competências devem vir no edital, bem como a necessidade de ser aprovado no estágio probatório, período em que a Administração Pública poderá treinar esse indivíduo, a fim de desenvolver suas competências conforme a necessidade do setor. (VIEIRA; MACHADO, 2011)
Insta salientar ainda que, a Administração Pública possui diversas peculiaridades, como a transitoriedade de governos, que podem mudar, alterando assim a ideologia adotada a cada eleição, nesses termos,
As organizações da administração pública possuem natureza permanente, entretanto, estão sujeitas a constantes alterações ocorridas devido às mudanças de governo. Isso força com que a organização pública desenvolva recursos, projetos e estratégias com maior flexibilidade, propiciando constituir organizações públicas coerentes e permanentes. (CARVALHO, 2015, p. 07)
Nesse interim, é possível entender que a gestão de competências é essencial na Administração Pública, a fim de garantir maior credibilidade e eficiência no setor, gerando maior e melhor utilização dos recursos públicos, o que contribuirá para benfeitorias de toda a comunidade.
 CONCLUSÃO
Diante do que foi exposto, é possível entender que a gestão por competência aplicado à Administração Pública pode representar muitas vantagens, já que melhorará a prestação de serviços, otimizando o tempo e realizando gastos de forma mais controlada, de forma a atender as necessidades da comunidade. Pessoas devidamente treinadas e capazes de representar a figura estatal da melhor forma possível, atuando com responsabilidade são algumas das questões que podem ser melhoradas.
Além disso, é uma forma de garantir uma prestação de serviços para a população que valorize a figura estatal e atenda às necessidades destes, visando proporcionar melhor qualidade de vida a toda a comunidade.
Investir em gestão de competências na Administração Pública é fazer com que as pessoas que estão envolvidas na atividade estatal sejam alocadas de forma a valorizar suas qualidades e qualificações, a fim de que possam ser determinantes para o atingimento dos objetivos estatais.
O que se espera nesse novo século são administrações conscientes, que tenham como escopo atingir a excelência na prestação de serviços, combatendo todo tipo de gasto ilegal do dinheiro público e crimes como a corrupção e a lavagem de dinheiro.
As pessoas almejam a efetivação de seus direitos em Estados democráticos e pautados na lei e na valorização da dignidade humana, e, nesses termos, se valorizará a figura estatal, seus princípios e objetivos.
Assim, portanto, temos que, na Administração Pública, independentemente se é União, Estados ou Municípios, é primordial que haja a valorização dos servidores com a devida gestão de competências, visando atingir os objetivos do Estado, como ente que possibilita a existência de um povo, detendo uma vida com qualidade.
Nesses termos, a Administração Pública pode se tornar um local bastante promissor para que gestores especializados possam atuar e incentivar a adoção de medidas eficientes, não apenas para o desenvolvimento de competências, mas do setor público como um todo.
 REFERÊNCIAS
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 30. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Atlas, 2016.
CARVALHO, Patrícia Aparecida Silva et al. Analise da gestão de pessoas na Administração Pública: um estudo de caso. XX SEgET. 28 a 30 de outubro de 2015. Disponível em: https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos15/33022365.pdf. Acesso 10 mai. 2019.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 30.ed. Rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2017.
PEREIRA, Elainy Danielle Guedes. ALMEIDA, Carlos Alano Soares de. Rotatividade de pessoal no serviço público federal brasileiro: breve revisão da literatura. IV Encontro brasileiro de administração pública. João Pessoa, 24 e 25 de maio de 2017. Disponível em: http://www.ufpb.br/ebap/contents/documentos/1187-1201-rotatividade-de-pessoal-no-servico.pdf. Acesso 09 mai. 2019.
SANTOS, Clézio Saldanha dos. Introdução à gestão pública. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
SILVA, Cláudio Nei Nascimento da. PORTO, Marcelo Duarte. Metodologia científica descomplicada: prática científica para iniciantes. Brasília: Editora IFB, 2016. 
TEIXEIRA, Renata Leiras. A proteção contra a discriminação por razão de gênero na contratação da administração pública brasileira. Direitos humanos e teoria crítica: coletânea internacional. Organização Heron Fernando de Sousa Gonzaga. São Paulo: Marília, SP: Arte & Ciência, Ed. UNIMAR, 2014. p. 117-168.
VIEIRA, Fernando de Oliveira. MACHADO, Dyuliana Maria Garcia Soares. A abordagem da gestão por competência para alocação de pessoal em organizações públicas. VII Congresso Nacional de Excelência em Gestão. 12 e 13 de agosto de 2011. Disponível em: www.inovarse.org/sites/default/files/T11_0328_1754.pdf. Acesso 10 mai. 2019.

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