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Artigo cinesioterapia

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Efeitos do Alongamento no Desempenho Muscular, na Força e na Performance Atlética: Uma Revisão Sistemática
Alice Domingos1, Carlos Eduardo Duarte Moraes 1, Giordano Mayer de Freitas1, Guilherme dos Santos Goulart1, Júlia do Amaral Gamarra1, Márcia Guimarães Lourenço1, Cláudia Silveira Lima1.
1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil
Autor Correspondente:
Cláudia Silveira Lima
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola Superior de Educação Física. Rua Felizardo, 750
Jardim Botânico
90690-200 - Porto Alegre, RS - Brasil
Telefone: (51) 33085860
Fax: (51) 33085811
DOMINGOS A. – aliciadomingoskamu@gmail.com
MORAES C.E.D. - cadudmoraes@hotmail.com
DE FREITAS G.M. – giordanomayer@gmail.com
GOULART G.S. – goularsdw@gmail.com
GAMARRA J.A. – julia12gamarra@gmail.com
LOURENÇO M.G. – marciaguimaraespoa@gmail.com
LIMA C.S. - claudia.lima@ufrgs.br
Resumo
Abstract
Introdução
O alongamento, no contexto do exercício físico e da atividade física, refere-se a uma prática que envolve a extensão e o aumento da amplitude dos músculos e das articulações. É uma técnica que visa aumentar a flexibilidade muscular e articular, permitindo que os tecidos musculares atinjam um comprimento maior, além de melhorar a elasticidade dos músculos e dos tendões. O alongamento pode ser realizado de forma estática, dinâmica ou por meio de técnicas de liberação miofascial, e é frequentemente incorporado em programas de treinamento esportivo, atividades de condicionamento físico e reabilitação de lesões. (Fleck e Kraemer, 2019)
Shrier(2004) indica que alongamento desempenha um papel fundamental na melhoria da flexibilidade muscular, contribuindo para o aumento da amplitude de movimento das articulações e proporcionando uma maior eficiência biomecânica durante a prática de atividades físicas e esportivas. Além disso, Witvrouw et al (2004) apontaram que o alongamento tem sido considerado uma estratégia importante na prevenção de lesões musculares, tendo em vista que a flexibilidade adequada dos músculos pode reduzir a tensão e a rigidez tecidual, tornando-os mais resistentes a potenciais danos. 
Culturalmente, o alongamento geralmente é realizado antes do treinamento e da participação de competições nos esportes. Ele também faz parte como aquecimento de diversas modalidades como ginásticas, danças e esportes coletivos. Muitas modalidades, por suas especificidades, incluem um programa de alongamentos diários em sua rotina de treinamento para adquirir amplitudes de movimento necessárias à performance. Entretanto, é importante ressaltar que a relação entre alongamento, força e desempenho ainda suscita questionamentos e divergências na literatura científica, o que reforça a relevância da presente revisão sistemática para uma abordagem mais esclarecedora sobre o tema.
Diante disso, o presente artigo busca realizar uma revisão sistemática dos estudos disponíveis sobre os efeitos do alongamento no desempenho muscular, na força e na performance atlética. Essa revisão visa oferecer uma análise crítica e abrangente dos resultados encontrados, a fim de fornecer subsídios para a tomada de decisões mais embasadas em relação à utilização do alongamento como estratégia complementar ao treinamento esportivo.
Metodologia
Esta revisão sistemática tem como objetivo investigar o impacto da combinação de exercícios de alongamento (stretching) e exercícios de fortalecimento (strength) em termos de benefícios para a saúde e desempenho físico. Para alcançar esse objetivo, foi adotada uma abordagem metodológica rigorosa e transparente, seguindo as diretrizes propostas pela Cochrane Collaboration e o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA).
A busca dos artigos foi conduzida em uma base de dados científicos confiável chamada de PubMed. Os termos de pesquisa utilizados foram "Stretching AND Strenght". Além disso, também foi realizada uma busca manual em bibliotecas virtuais, repositórios de universidades e instituições, bem como uma análise minuciosa das referências dos estudos selecionados para uma maior 
Critérios de Inclusão:
(a) estudos publicados em revistas científicas classificadas como A1, conforme classificação de Qualis/CAPES; 
(b) estudos com foco na população de seres humanos adultos; 
(c) investigação da combinação de exercícios de alongamento e fortalecimento como intervenção principal; 
(d) estudos com delineamento experimental, como ensaios clínicos randomizados, estudos controlados não randomizados e ensaios clínicos quase-experimentais.
Critérios de exclusão: 
(a) estudos em animais ou revisões de literatura; 
(b) estudos que não abordam especificamente a combinação de alongamento e fortalecimento; 
(c) estudos com amostras de tamanho reduzido ou com metodologia inadequada.
Seleção dos Artigos:
Dois pesquisadores independentes realizaram a triagem dos artigos de acordo com os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos. Um terceiro pesquisador escolheu dois artigos desta primeira triagem. Os artigos selecionados após essa triagem inicial foram utilizados para a etapa seguinte da revisão.
Síntese dos Resultados:
A partir dos dados extraídos dos estudos selecionados, foi realizada uma síntese qualitativa dos resultados. As principais descobertas foram apresentadas de maneira clara e objetiva, destacando os efeitos da combinação de alongamento e fortalecimento na saúde e desempenho físico dos participantes.
Discussão e Conclusão:
Os resultados obtidos foram contextualizados em relação à questão de pesquisa e comparados entre si. As implicações práticas e teóricas dos achados foram discutidas de forma abrangente. Além disso, as limitações dos estudos incluídos na revisão foram discutidas, juntamente com sugestões para futuras pesquisas nessa área.
Resultados
FLuxograma
	Autor (ano)
	Amostra n 
(média idade)
	Objetivo
	Grupos
	Intervenção
	Resultados
	Ronei (2016)
	15 Mulheres Resistência (± 23.8)
12 Bailarinas
(± 22.8)
	Comparar os efeitos agudos do alongamento estático versus balístico na força e fadiga muscular entre bailarinas e mulheres treinadas em resistência.
	
Grupo Resistência n=15
Grupo Bailarinas n=12
	As participantes realizaram 6 exercícios de alongamento direcionados aos principais grupos musculares dos isquiotibiais e quadríceps.
	Os resultados sugerem que o alongamento diminui a força dos isquiotibiais de forma semelhante em bailarinas e mulheres treinadas em resistência, sem diferenças entre os modos de alongamento. Porém, o balístico apenas diminuiu a fadiga muscular em bailarinas, não em mulheres treinadas em resistência. Logo, nenhum alongamento deve ser realizado antes da força.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Discussão
Conclusão
Fontes de financiamento
 O presente artigo é resultado de um estudo financiado integralmente pelos próprios estudantes envolvidos na pesquisa. Os estudantes mobilizaram recursos próprios e organizaram iniciativas para viabilizar todas as etapas da investigação, desde a coleta de dados até a análise e elaboração deste trabalho.
Conflito de interesses
Não há conflito de interesses e nenhum dos autores tem quaisquer relações financeiras ou pessoais que possam influenciar indevidamente ou viés sobre o conteúdo do artigo.
Referências Bibliográficas
Fleck, S. J.; Kraemer, W. J. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2019.
Shrier, I. Does stretching improve performance?: A systematic and critical review of the literature. Clinical Journal of Sport Medicine, v. 14, n. 5, p. 267-273, 2004.
Witvrouw, E.; Mahieu, N.; Danneels, L.; McNair, P. Stretching and injury prevention: an obscure relationship. Sports Medicine, v. 34, n. 7, p. 443-449, 2004.

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