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FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA TAMARA TURATTÍ DE SIQUEIRA EFEITOS DA LIBERAÇÃO MIOFASCIAL INSTRUMENTAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA Porto Alegre 2018 FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA TAMARA TURATTÍ DE SIQUEIRA EFEITOS DA LIBERAÇÃO MIOFASCIAL INSTRUMENTAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Centro Universitário Ritter dos Reis – UniRitter, como parte das exigências para a obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia. Orientador: Prof. Ms. Lisiane Cecchini Porto Alegre 2018 LISTA DE FIGURAS FIGURA 01: Fluxograma de seleção dos estudos ................................................................... 12 LISTA DE TABELAS TABELA I - Descritores e operadores booleanos utilizados na busca em bases de dados…10 TABELA II - Características dos estudos selecionados.........................................................13 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ADM – Amplitude de Movimento Articular ADMc – Amplitude de Movimento Articular completa ADMp – Amplitude de Movimento Articular parcial IASTM – Instrument Assisted Soft Tissue Mobilization (Mobilização de tecidos moles assistida por instrumentos) GT – Graston® Technique GC – Grupo Controle GI – Grupo Intervenção LMC – Liberação Miofascial Compressiva DF – Dorsiflexão EVA – Escala Visual Analógica da dor SUMÁRIO ARTIGO CIENTÍFICO ......................................................................................................... 07 RESUMO .......................................................................................................................... 08 ABSTRACT ...................................................................................................................... 08 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 09 1. MATERIAIS E MÉTODOS ......................................................................................... 10 1.1. Critérios de elegibilidade ......................................................................................... 10 1.2. Fontes e estratégia de busca .................................................................................... 10 1.3. Seleção dos estudos ................................................................................................... 11 1.4. Extração dos dados ................................................................................................... 11 2. RESULTADOS ............................................................................................................. 11 2.1. Resultados da busca ................................................................................................. 11 2.2. Características dos estudos selecionados ................................................................ 12 2.3. Avaliação do risco de viés dos estudos ....................................................................15 4. DISCUSSÃO ................................................................................................................. 16 5. CONCLUSÃO ............................................................................................................... 18 REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS ................................................................................. 21 ANEXO A - Normas para publicação de trabalhos no periódico “Fisioterapia Brasil” .......... 25 7 ARTIGO CIENTÍFICO EFEITOS DA LIBERAÇÃO MIOFASCIAL INSTRUMENTAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA EFFECTS OF INSTRUMENTAL MIOFASCIAL RELEASE: AN INTEGRATING LITERATURE REVIEW Tamara Turattí de Siqueiraa Lisiane Cecchini b aAcadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia do Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter). b Fisioterapeuta. Mestre em Ciências Aplicadas a Atividade Física e Desporto. Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter) Os autores declaram inexistência de conflitos de interesse na realização deste trabalho. Autora correspondente: Tamara Turattí de Siqueira Rua Vasco Amaro, 105 Bairro Morada do Vale II CEP 94120-140 Gravatai, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: tamara_cr7@hotmail.com. mailto:tamara_cr7@hotmail.com 8 RESUMO Introdução: O IASTM é uma técnica de liberação miofascial que utiliza instrumentos especialmente projetados para fornecer um efeito mobilizador ao tecido mole. Fáscia é considerada um tecido conectivo resistente, que percorre continuamente todo o corpo. Quando há um dano à fáscia devido à lesão, poderá ocorrer uma alteração da flexibilidade e consequentemente perda da funcionalidade. Fatores como, a baixa flexibilidade, lesões prévias e imobilização, podem contribuir para limitação da ADM. Objetivo: Verificar os efeitos terapêuticos da liberação miofascial instrumental. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura integrativa, realizada no período de 2013 a 2018, onde as buscas foram realizadas nas bases de dados eletrônicas: PubMed, Bireme, PEDro. Foram incluídos artigos que abordassem o tema de pesquisa Efeitos da liberação miofascial instrumental. Resultados: Um total de 6 ensaios clínicos randomizados foram avaliados. Foi constatado por meio dos resultados, que o IASTM apresentou em todos os estudos analisados, uma melhora significativa principalmente na ADM. Conclusão: A literatura que mede os efeitos do IASTM ainda está crescendo. A pesquisa atual indicou resultados estatisticamente significativos para o ganho de ADM em curto e longo prazo, porém com relação a patologias musculoesqueléticas ainda é escassa. Palavras-Chave: terapia manual, instrumento assistido, Graston®, amplitude de movimento ABSTRACT Introduction: IASTM is a myofascial release technique that uses instruments specially designed to provide a mobilizing effect to soft tissue. Fascia is considered a resistant connective tissue, which runs continuously throughout the body. When there is damage to the fascia due to injury, a change in flexibility and loss of functionality may occur. Factors such as low flexibility, previous lesions and immobilization may contribute to the limitation of ROM. Objective: To verify the therapeutic effects of instrumental myofascial release. Methodology: This is a review of the integrative literature, carried out from 2013 to 2018, where the searches were performed in the electronic databases: PubMed, Bireme, PEDro. We included articles that addressed the research theme Effects of instrumental myofascial release. Results: A total of 7 randomized clinical trials were evaluated. It was verified through the results, that the IASTM presented in all the analyzed studies, a significant improvement mainly in WMD. Conclusion: The literature that measures the effects of IASTM is still growing. Current research has indicated statistically significant results for short-term and long-term ADM gain, but in relation to musculoskeletal pathologies it is still scarce. Keywords: manual therapy, instrument assisted, Graston®, range of motion 9 INTRODUÇÃO Após uma lesão, ocorre inflamação e proliferação de novas células, durante as quais pode ocorrer fibrose e formação de tecido cicatricialno tecido mole lesionado [33]. Essas alterações reduzem a elasticidade da fáscia e causam aderência, o que pode levar à diminuição da função do tecido mole e aumento da dor [34]. A fáscia é considerada um tecido conectivo resistente, que percorre continuamente todo o corpo. É um tecido visco elástico ininterrupto, composto por fibras de tecido conjuntivo de elastina e colágeno, servindo de suporte, proteção e conexão para as articulações, tendões, aponeuroses, ligamentos, cápsulas, nervos e componentes intrínsecos dos músculos [1, 2, 3]. A rede fascial consiste em três camadas: superficial, profunda e subserosa, essas camadas têm suas próprias propriedades únicas que contribuem para a função geral do sistema miofascial [2]. Durante o movimento, a fáscia deve alongar-se ou mover-se com total liberdade, quando há um dano à fáscia devido à lesão ou inflamação, ela afetará estruturas adjacentes, como músculos e também afetará estruturas longitudinais ao local da lesão [4]. Após uma lesão, ocorre inflamação e proliferação de novas células, durante as quais pode ocorrer fibrose e formação de tecido cicatricial no tecido mole lesionado. Essas alterações reduzem a elasticidade da fáscia e causam aderência, o que pode levar à diminuição da função do tecido mole e aumento da dor [5,6], causando uma alteração da flexibilidade e consequentemente gerando uma perda da funcionalidade [4]. A flexibilidade é um importante componente da aptidão física que está relacionada com as atividades da vida diária [7]. Para Kisner [8] flexibilidade é a capacidade funcional de movimentar uma articulação ou várias, de maneira ágil e maleável por toda sua amplitude de movimento, sem causar estresse excessivo na musculatura, promovendo maior alcance articular [8]. Porém quando há dor persistente, pode haver uma possível limitação na flexibilidade e possivelmente uma alteração na amplitude de movimento articular [4]. A amplitude de movimento articular (ADM) é definida como o deslocamento angular de uma articulação [9]. Quando esse deslocamento é máximo ela é nomeada como amplitude de movimento completa (ADMc) e quando o movimento ocorrer em amplitudes menores que a completa, a ADM é denominada como parcial (ADMp) [10]. A ADM que uma articulação consegue atingir ocorre em função de sua morfologia, cápsula, ligamentos e músculos ou tendões que a cruzam [11], de forma que a mensuração desta ADM seja um componente importante na identificação das limitações articulares [12], servindo de parâmetro no acompanhamento de disfunções musculoesqueléticas e neurológicas [13]. A perda da ADM é uma disfunção comum em pessoas fisicamente ativas e pode ser uma predisposição a lesões musculoesqueléticas e até mesmo de dor [14, 15]. Vários fatores podem contribuir para a perda e limitação de ADM, incluindo baixa flexibilidade, lesões prévias e imobilização [16] além dos encurtamentos ou contraturas musculares, que podem causar uma restrição na ação muscular, podendo alterar toda a biomecânica articular [17]. As lesões prévias de uma articulação sempre estarão associadas a alguma perda de movimento, de modo que essa perda atribua a contraturas do tecido conjuntivo (ligamentos e cápsula articular), resistência ao alongamento dos músculos, tendão e fáscia ou uma combinação dos dois [4]. Liberação miofascial é um termo que se refere a um grupo de técnicas, seja ela manual e/ou instrumental, utilizadas para aliviar o tecido mole do controle anormal da fáscia tensa. Ela é essencialmente uma forma de alongamento, que é considerada significativamente impactante no tratamento de uma variedade de lesões, tensões e encurtamentos musculares [4], pois após o estimulo com o instrumento, ocorre a degradação das aderências, alongando as fibras musculares. A mobilização de tecidos moles assistida por instrumento (IASTM) é um procedimento que está crescendo rapidamente em popularidade devido à sua eficácia e eficiência, permanecendo não invasivo, com suas próprias indicações e limitações [18]. É um 10 tratamento popular para restrições miofasciais com base na justificativa introduzida por James Cyriax [4, 19]. Entretanto a técnica de abordagem do Dr. Cyriax utiliza fricção digital, sendo diferente da abordagem IASTM, que utiliza instrumentos especialmente projetados para fornecer um efeito mobilizador ao tecido mole (por exemplo, tecido cicatricial, adesão miofascial) para diminuição de dor, melhora da ADM e função [20]. Existem várias ferramentas e empresas de instrumentos, como Graston®, Técnica Gavilán®, Hawk Grips®, Tratamento Funcional e Cinético e Rehab (FAKTR) ®, Adhesion Breakers® e Fascial Abrasion Technique ™, cada uma têm uma abordagem própria para o tratamento e design de instrumentos (por exemplo, materiais do instrumento, formato do instrumento). Por serem instrumentos de aço inoxidável, são especialmente projetados para fornecer um efeito mobilizador ao tecido cicatricial e às aderências miofasciais, assim fornecendo uma vantagem mecânica, permitindo uma penetração mais profunda e tratamento mais específico, além do conforto gerado ao fisioterapeuta [20]. A principal finalidade da técnica é diminuir as adesões fibrosas nas redes fasciais, após estresse mecânico, possibilitando o retorno da funcionalidade da fascia lesionada [21, 22, 23]. A eficácia do IASTM foi demonstrada por estudos com um número amostral significativo, no tratamento da instabilidade crônica do tornozelo [24] e síndrome do túnel do carpo [25], em ambos os estudos houve uma melhora significativa na amplitude de movimento articular, corroborando com estes achados Miners e Bounie [26] também relataram que o IASTM ajudou a melhorar a função dos tecidos moles em pessoas fisicamente ativas com Tendinopatia de Aquiles crônica. Os resultados dos estudos acima mencionados demonstram que o IASTM é efetivo no tratamento e reabilitação de patologias musculoesqueléticas, tanto em atletas, como em pessoas fisicamente ativas. Por ser uma técnica recente e de grande importância na prática clínica, o objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos terapêuticos da liberação miofascial instrumental. 1. MATERIAIS E MÉTODOS 1.1. Critérios De Elegibilidade O presente estudo consistiu em uma revisão integrativa da literatura do período de 2013 a 2018, incluindo estudos nos idiomas de português, espanhol e inglês, acerca dos efeitos da liberação miofascial intrumental. Foram selecionados ensaios clínicos randomizados em atletas e indivíduos fisicamente ativos que tenham utilizados a técnica de IASTM. Estudos de coorte, transversais, revisões, relatos de caso, dissertações e estudos publicados há mais de 05 anos foram excluídos da presente revisão de literatura. 1.2. Fontes e estratégia de busca As fontes de busca utilizadas foram as bases de dados eletrônicas Scielo (Scientific Electronic Library Online), Biblioteca Virtual da Saúde/MedLine, PubMed, Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e PEDro (Physiotherapy Evidence Database). A busca pelos estudos foi concluída em novembro de 2018 e foram selecionados estudos em diferentes estratégias para assegurar uma busca abrangente (Tabela I). Bases de Dados Equações de Busca PubMed (Graston®) AND (Range of motion) OR (manual therapy) OR (instrument assisted) 11 Bireme (Lilacs, Medline, Scielo) (Graston®) AND (amplitude de movimento) OR (terapia manual) OR (instrument assistido); (Graston®) AND (Range of motion) OR (manual therapy) OR (instrument assisted) PEDro (Graston® AND (Range of motion) OR (manual therapy) OR (instrument assisted) Tabela I - Descritores e operadores booleanos utilizados na busca em bases de dados. 1.3. Seleção dos estudos Inicialmente foi realizada uma triagem dos estudos, através da seleção pelos títulos que abordassemo tema definido para a revisão - Efeitos da liberação miofascial instrumental. Após a primeira análise, os estudos passaram para leitura dos resumos para identificação dos critérios de inclusão, e então os estudos foram lidos na íntegra para serem definidos para a presente revisão de literatura. 1.4. Extração dos dados De cada estudo selecionado para a presente revisão de literatura, foram extraídas informações como identificação do estudo (título, autores e ano de publicação), objetivo principal, características da amostra, tipo de estudo, protocolo de intervenção, resultados e principais conclusões. Estes dados foram extraídos seguindo formulário elaborado pelos próprios pesquisadores. A avaliação da qualidade dos estudos foi realizada através da escala Downs & Black [27]. Esta escala inclui 5 subitens relacionados com: I) a forma de reportar os resultados (se a informação apresentada no estudo permite ao leitor interpretar os dados e resultados sem enviesamento), II) a validade externa, III) os vieses, IV) os fatores de confusão, e a v) potência do estudo. Para corresponder a estes subitens estão listados 27 critérios que, caso o avaliador os identifique, serão pontuados com “um” valor. A ausência de critério corresponde à avaliação de “zero”. Nestes critérios incluem-se aspectos como: se as hipóteses e objetivos são descritos, se as variáveis a serem medidas estão descritas na secção de introdução e métodos, se os indivíduos perdidos em follow-up foram ou não reportados, se está garantida a aleatoriedade da amostra, o anonimato dos sujeitos, se há referência aos procedimentos estatísticos, entre outros. Esta escala é reconhecida como “metodologicamente forte” e é mais flexível que outras, já que permite avaliar de forma credível, um maior leque de tipos de estudo. Tem também a vantagem de ser possível avaliar e destacar as potenciais forças e fraquezas dos estudos em avaliação [28]. Foram considerados metodologicamente fortes os trabalhos que apresentassem escore igual ou superior a 80% da pontuação máxima, sendo 28 pontos a pontuação máxima, visto que a pergunta 5 permite pontuação de 0 a 2 [27]. 2. RESULTADOS 2.1. Resultados da busca 12 Na busca realizada, foram encontradas 64 referências, 28 artigos procederam da base de dados BVS, 31 do PubMed e 5 do Pedro. Na base de dados BVS todos os artigos encontrados eram duplicados e no Pedro apenas dois estudos eram duplicados, totalizando 7 artigos excluídos por duplicidade, outros 12 foram excluídos pelo título e 39 excluídos conforme os critérios de inclusão, resultando em 6 artigos incluídos para esta revisão. A Figura 1 representa o fluxograma da pesquisa. Figura 1. Fluxograma da seleção dos estudos. Fonte: Elaborado pelos próprios autores. 2.2. Características dos estudos selecionados As características dos estudos incluídos na presente revisão podem ser verificadas na Tabela II. Os estudos selecionados foram publicados no período de 2013 a 2018. Todos os estudos incluídos, avaliaram a técnica do IASTM com um grupo controle. 13 AUTOR / ANO / TIPO DE ESTUDO OBJETIVO PRINCIPAL CARACTERÍSTICA DA AMOSTRA PROTOCOLO DE INTERVENÇÃO RESULTADOS E CONSLUSÕES LAUDNER, Kevin et al. (2014) Ensaio clínico randomizado cego. Avaliar a eficácia do IASTM na melhora da adução horizontal aguda e rotação interna do ombro dominante em jogadores de beisebol. 35 jogadores de beisebol dos USA, do sexo masculino, assintomáticos, sem lesões nos membros superiores. Os participantes foram aleatoriamente separados em dois grupos (GC e GI). Foi realizado pré-teste com mensuração de ADM de rotação interna e adução horizontal, logo após foi aplicado a técnica de IASTM por 40 segundos no grupo intervenção, e por fim foi realizado pós teste em ambos grupos. Houve diferença significativa na ADM comparado com o grupo controle. Uma única aplicação do Tratamento IASTM para o ombro produziu um aumento agudo na adução horizontal e rotação interna. MARKOVIC, Goran. (2015) Ensaio clínico randomizado. Avaliar os efeitos agudos da auto liberação e uma nova forma de mobilização de tecidos moles assistida por instrumentos (IASTM), na amplitude de movimento de joelho e quadril em jogadores de futebol. 20 jogadores de futebol da liga Croata, sexo masculino, de nível regional, com faixa etária de 19 anos de idade. 2 sessões de testes, separadas por 24 h. Foi realizado um aquecimento padrão no início de ambas as sessões, após foi mensurada a ADM de quadril e joelho (pré-teste) e realizada uma intervenção (2min de Foam Rolling ou IASTM) e mensurada ADM novamente (pós-teste). A 2ª sessão consistia apenas em aquecimento e mensuração da ADM de joelho e quadril (24 horas após o teste). O estudo demonstra que uma aplicação de 2 min da técnica do IASTM e na técnica Foam Rolling, teve aumento agudo estatisticamente significativo e praticamente relevantes na ADM de joelhos e quadris em jogadores de futebol. Porém, os efeitos agudos da IASTM foram duas vezes maiores em comparação com aqueles observados após Foam Rolling da mesma duração, e ainda estavam presentes 24 horas após a aplicação. LEE, Jeong- Hoon et al. (2016) Ensaio clínico randomizado. Avaliar os efeitos da técnica de Graston® e do exercício geral sobre dor e amplitude de movimento (ADM) em pacientes com dor lombar crônica. 30 pacientes com dor lombar que visitaram o Hospital B, Busan (KR), com idade entre 30 e 40 anos. Os participantes foram divididos em dois grupos, o GI recebeu IASTM durante 40seg e o GC realizou exercícios (alongamentos e bicicleta por 10 a 15 minutos), durante 4 semanas. Houve diferenças significativas para ganho de ADM e diminuição da dor em ambos os grupos, mostrando que a técnica de Graston® e os exercícios são indicados para pacientes com dor lombar crônica. MOON, Jong Hoon et al. (2017) Ensaio clínico randomizado. Avaliar o efeito da técnica de Graston® na extensibilidade dos músculos isquiotibiais e na intensidade da dor em pacientes com lombalgia inespecífica. 24 pacientes com dor lombar inespecífica, com idade ± 36 anos de idade da Universidade de Gachon (KR). Os participantes foram avaliados com o teste sentar e alcançar (SRT) e aplicado a EVA, após foram distribuídos aleatoriamente para os grupos alongamento estático (SS) e técnica Graston® (GT). Em seguida, cada grupo recebeu ou realizou a intervenção por 60 segundos. E reaplicado os testes 5 minutos depois. Em ambos grupos tiveram diferenças, mas no grupo GT houve diferenças estatisticamente significativas nas medidas do teste sentar e alçar antes e após a intervenção. Porém não houve alterações estatisticamente significativas na intensidade da dor. 14 Tabela II - Características dos estudos selecionados. RHYU, Hyun- Seung et al. (2018) Ensaio clínico randomizado Avaliar os efeitos do IASTM na amplitude de movimento ativa, aptidão funcional, flexibilidade e força isocinética em jogadores de basquetebol do ensino médio. 40 jogadores de basquete do ensino médio que vivem em Seul. Os participantes foram divididos em 2 grupos, o IASTM recebeu o tratamento 6 vezes por semana durante 8 semanas antes e após os treinos, foi aplicado 1min para cada articulação, enquanto o GC não recebeu nenhuma intervenção. O estudo concluiu que houve aumento no grupo de IASTM, da ADM da articulação do tornozelo, a aptidão funcional, a flexibilidade e a força dos membros inferiores nos jogadores. STANEK, Justin et al. (2018) Ensaio clínico randomizado. Comparar os efeitos de uma única sessão de liberação miofascial compressiva (LMC) ou IASTMutilizando a Técnica de Graston® (GT) na dorsiflexão de tornozelo em cadeia cinética fechada. 53 indivíduos fisicamente ativos, com menos de 30º de dorsiflexão (DF). Todos participantes realizaram um aquecimento antes das intervenções (5 min de bicicleta), após o GC foi instruído a ficar deitado por 5min, o LMC foi realizado por 3min e o GT foi aplicado 1min para varredura e 4min conforme diretrizes do tratamento. Após foi mensurada ADM novamente de ambos os grupos. Os resultados deste estudo sugerem que uma única aplicação de liberação miofascial compressiva foi mais benéfico do que um único tratamento com IASTM para melhorar a DF tornozelo. 15 86% 71% 86% 89% 82% 86% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Laudner et al, 2014 Markovic, 2015 Lee et al, 2016 Moon et al, 2017 Rhyu et al, 2018 Stanek et al, 2018 A amostra total dos estudos contou com 202 indivíduos, sendo que, 3 estudos incluídos na síntese foram realizados com atletas e 3 artigos foram realizados em indivíduos com disfunções na coluna vertebral. Markovic [28] em seu estudo, avaliou 20 atletas de futebol, já no estudo de Laudner et al. [27] foram avaliados 35 atletas de baisebol e Rhyu et al [31]. avaliaram 40 atletas de basquete. No estudo de Lee et al [29], foram avaliados 30 indivíduos com dor lombar inespecífica, Moon et al. [30], avaliaram 24 indivíduos com lombalgia inespecífica e Stanek et al.[32], avaliaram 53 indivíduos fisicamente ativos. 2.3. Avaliação do risco de viés dos estudos No que se refere às pontuações obtidas por meio da Escala Metodológica Downs and Black [25], dentre os estudos, cinco obtiveram média de 23 pontos, considerando a pontuação máxima de 28 pontos. Dentre os critérios metodológicos que mais apresentaram falhas, alude-se à omissão das características dos pacientes perdidos durante o seguimento do estudo, não detalhamento das distribuições dos principais fatores de confusão, aspectos estes relacionados a validade interna (viés) e externa dos estudos. Dos 6 trabalhos analisados, 5 destes obtiveram uma pontuação igual ou acima de 80% e foram considerados metodologicamente fortes de acordo com os critérios descritos, conforme demonstrado no Gráfico 1. Gráfico 1. Avaliação do risco de viés através da Escala Downs and Black. Fonte: Elaborado pelos próprios autores. 16 DISCUSSÃO O presente estudo tratou-se de uma revisão integrativa de literatura sobre os efeitos da liberação miofascial instrumental. Os artigos incluídos nesta pesquisa, relatam melhora na amplitude de movimento, dor, flexibilidade, extensibilidade dos músculos, aptidão funcional e força isocinética em atletas e indivíduos fisicamente ativos. Foi constatado por meio dos resultados, que o IASTM apresentou em todos os estudos analisados, uma melhora significativa principalmente na amplitude de movimento articular [29,30,31,32,33]. Em um dos estudos, Laudner et al. [29], demonstrou que uma aplicação de 20 segundos em direção paralela às fibras musculares tratadas com o instrumento em um ângulo de 45°, seguido imediatamente pelo tratamento dos músculos em uma direção perpendicular às fibras musculares com o instrumento em um ângulo de 45° por mais 20 segundos. O tempo de aplicação foi baseado no manual de Carey [35]. Ao final foi obtido resultado estatisticamente satisfatório na ADM de ombro em adução horizontal e rotação interna. Corroborando com este resultado, um estudo de Lee et. al. [31], avaliou os efeitos do IASTM versus exercício geral para melhora da ADM e dor em 30 pacientes com dor lombar crônica durante 4 semanas. Foi aplicado 40 segundos da técnica de Graston® resultando na melhora da amplitude de movimento e diminuição da dor. Quando um estímulo é aplicado ao tecido mole lesionado usando um instrumento, a atividade e o número de fibroblastos aumentam, juntamente com a fibronectina, através da inflamação localizada, o que facilita a síntese e o realinhamento do colágeno [36]. Por sua vez, isto irá resultar na liberação e degradação do tecido cicatricial, aderências e restrições fasciais [20]. Markovic [30], em seu estudo, teve como objetivo avaliar os efeitos do Foam Rolling e IASTM na ADM de joelho e quadril, em 20 jogadores de futebol, do sexo masculino, com faixa etária de 19 anos de idade. O autor utilizou um protocolo com duração de dois dias, na primeira sessão foi realizado um aquecimento padrão em ambos os grupos e após foi aplicado o IASTM ou Foam Rolling durante 2 minutos, após 24horas foi mensurada a ADM novamente. Ele concluiu que o ganho de ADM no grupo do IASTM foi maior que o grupo que utilizou o Foam Rolling. Fisiologicamente, uma diminuição na viscosidade do tecido melhora a ADM [37]. Enquanto isso, mudanças significativas na ADM como resultado do IASTM também podem ser explicadas por hipóteses relacionadas ao sistema nervoso. Quando o estresse mecânico é exercido na fáscia muscular, os mecanorreceptores intrafasciais são estimulados. Portanto, altera o input proprioceptivo que é enviado ao sistema nervoso central, que por sua vez altera a tensão nas unidades motoras relacionadas ao tecido [38]. Entretanto, no estudo de Kim et al. [39], foi comparado os efeitos da técnica de Graston® versus auto liberação miofascial na flexibilidade da articulação do joelho, isquiostibiais e força do quadríceps, em 20 indivíduos. Aplicaram a técnica de Graston® por 1 minuto e o grupo Foam Rolling (rolo de espuma) foi utilizado por 1 minuto. Eles concluíram que houve diferenças nas medidas, porém não houve um grupo com aumento estatisticamente maior, concluindo assim que ambas técnicas são efetivas. No estudo de Moon et al. [32], foi avaliado o efeito da técnica de Graston® na extensibilidade dos músculos isquiotibiais e na intensidade da dor em pacientes com lombalgia inespecífica. Participaram do estudo 24 indivíduos com dor lombar inespecífica. Primeiramente, foram avaliados com teste de sentar e alcançar e aplicado a EVA. Após, foram distribuídos aleatoriamente para os grupos alongamento estático e técnica de Graston® (GT), em seguida cada grupo recebeu ou realizou a intervenção por 60 segundos. Eles concluíram que houve diferenças em ambos grupos, porém no grupo GT houve uma diferença estatisticamente significativa, não sendo observadas alterações na intensidade da dor. Porém, em um estudo desta revisão [29], mostrou que a técnica de Graston® aumentou a ADM e diminuiu a dor em indivíduos com dor lombar crônica. Geralmente, a dor é causada pela inflamação. Quando um tecido lesionado se inflama, as células imunitárias são recrutadas e ocorre fagocitose. A dor é induzida quando fragmentos de tecido decompostos por fagocitose ou substratos secretados por várias células do sistema imunológico 17 estimulam as terminações nervosas [40, 41]. Outra possibilidade para a melhora da dor inclui o aumento do fluxo sanguíneo quando o IASTM é aplicado. Este efeito gerado pode remover rapidamente os substratos da dor ou reduzir o edema que se desenvolve ao redor do tecido lesionado [42]. Na maioria dos estudos incluídos nesta revisão houve benefícios nos grupos que receberam a técnica, assim como no estudo de Rhyu et al. [33] que avaliou os efeitos do IASTM na ADM ativa, aptidão funcional, flexibilidade e força isocinética em 40 jogadores de basquete por 8 semanas. Os autores concluíram que houve aumento estatisticamente significantes em todas as variáveis analisadas. Entretanto, no estudo de Stanek et al [34], foi comparado os efeitos de LMC versus IASTM na DF de tornozelo em cadeia cinética fechada, em 53 indivíduos fisicamente ativos, com menos de 30º de DF. Neste estudo foi aplicado um protocolo, onde os participantes realizaram um aquecimento antes das intervenções, 5 minutos de bicicleta. Logo após o grupo LMC, recebeu3 minutos da técnica, o IASTM foi aplicado 1 minuto para realizar a varredura e 4 minutos para o tratamento, conforme diretrizes do método. Neste estudo eles concluíram que a LMC foi mais benéfica que o tratamento com IASTM. Apoiando o estudo de Stanek et al. [34], MacDonald [43], comparou os efeitos do IASTM sobre o desempenho muscular de extremidades inferiores em 48 indivíduos fisicamente ativos que realizassem exercícios vigorosos ocasionais. Eles foram alocados em um dos três grupos (IASTM no quadríceps, no tríceps sural ou controle). Logo após, eles utilizaram um protocolo onde os participantes fizeram um aquecimento de 5 minutos na bicicleta, realizaram os testes pré e pós- intervenção, onde consistiram em três saltos verticais em pé medidos por um analisador de potência, e apenas a melhor tentativa dos três foi tomada para análise. Imediatamente após a obtenção das medidas, o tratamento IASTM foi aplicado bilateralmente, iniciando na perna esquerda durante 3 minutos, o GC descansou por 6 minutos entre os períodos de teste sentando em uma cadeira. Após o tratamento, os participantes realizaram três saltos verticais adicionais em pé seguindo o mesmo procedimento. Apesar de não terem encontrado diferenças estatisticamente significativas entre os grupos em nenhuma variável em função da pequena amostra, foi observado melhora no resultado de todos os testes. Acredita-se que o sistema miofascial ajude na transmissão forçada de músculos, atividade fibroblástica, propriocepção, nocicepção e redução do atrito compartimental durante o movimento através do deslizamento das camadas fasciais [2]. Os estudos presentes nesta revisão, não utilizaram um tempo padrão de aplicação da técnica do IASTM. Em dois estudos [29, 31] os autores utilizaram um tempo de 40 segundos, entretanto três estudos [30, 32, 33] aplicaram a técnica por 1 minuto em cada articulação. Por fim, no estudo de Stanek et al.[32] eles seguiram um protocolo, onde realizaram uma varredura durante 1 minuto e logo após acharem as restrições, aplicaram a técnica por 4 minutos no tríceps sural. Não há um consenso na literatura que diga um tempo específico para aplicação, porém a única empresa que descreve um protocolo, é a da técnica de Graston®, tal protocolo para tratamento contém vários componentes: exame, aquecimento, tratamento IASTM (30 a 60 segundos por lesão), alongamento pós-tratamento, fortalecimento e gelo (somente quando a inflamação é aguda ou subaguda) [44]. 18 CONCLUSÃO Tudo indica que diante dos resultados apresentados nos estudos da presente revisão, é possível afirmar que a técnica IASTM, melhora principalmente a ADM. Este método se mostrou eficaz, visto que o ele gera uma pressão mecânica no tecido, que por sua vez acelera a produção de fibroblastos que consequentemente aumenta as fibras de colágeno que formam a fáscia. Além disso, gera um conforto ao terapeuta, pois os instrumentos são projetados para diferentes partes do corpo humano, facilitando a prática clínica. No entanto, a maioria dos estudos que apoiam as hipóteses sobre os mecanismos e efeitos do método foram realizados em animais, com poucos estudos em humanos, o que gera uma escassez na literatura científica, dificultando informações fidedignas aos terapeutas. Nas evidências atuais de ensaios clínicos randomizados não são observadas melhoras consistentes na eficácia do IASTM para o tratamento de dor, força e certas patologias musculoesqueléticas. Assim como não existe um consenso estabelecido em relação ao programa IASTM ideal, tipo de instrumento, tempo de dosagem e maneira de aplicação. Diante disso, sugere-se novas pesquisas sobre o IASTM, para assim termos uma qualidade metodológica de grande evidência. 19 AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Deus por me guiar nesta trajetória e ter me mantido sempre em pé, fazendo com que eu sempre proporcionasse o que há de melhor em mim para com os outros. Agradeço meus pais, Mara Regina Turatti Siqueira e Valdir Lopes de Siqueira, minha irmã Sumara Turatti Bezerra e meu tio Luiz Valmor Lopes de Siqueira, por sempre acreditarem em mim, por todas palavras de conforto, por toda força quando eu pensei em desistir, ás inúmeras vezes que estava estressada e obtive o entendimento de vocês com palavras de conforto, por me incentivarem em todas minhas loucuras e principalmente por acreditarem nos meus sonhos. Agradeço a minha colega, dupla, amiga, confidente, Joice Eltz, por todo apoio durante esses cinco anos. Por me erguer sempre que eu pensei em desistir, nos piores e melhores momentos da minha vida, por sempre ser luz na escuridão, por ser aquela parceira de estudos, de trabalhos, de apresentações, enfim, não tenho palavras para agradecer. Agradeço a Júlia Cherutti de Carvalho, por toda paciência que tivesse comigo neste momento final, por conseguir que eu não desistisse deste trabalho, por me ajudar a conclui-lo, por me aturar quando nem mesma eu me aguentava e principalmente por me ensinar todos os dias a ser alguém melhor. Agradeço a minha orientadora, por acreditar nos meus planos, por ser essa pessoa fenomenal, por ter participado de grande parte da minha trajetória com seus ensinamentos, e com certeza não poderia ter escolhido alguém diferente para este posto. Aos meus amigos pela compreensão da minha ausência, principalmente nesta reta final. OBRIGADA! 20 “Mil cairão ao teu lado, e dez mil, à tua direita, mas tu não serás atingido” (SL 91:7) 21 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Kwong EH, Findley TW. Fáscia - Conhecimento atual e direções futuras em fisiatria: revisão narrativa. J Rehabil Res Dev. 2014; 51 (6): 875-884. [2] Kumka M, Bonar J. Fascia: descrição morfológica e sistema de classificação baseado em uma revisão de literatura. J pode Chiropr Assoc. 2012; 56 (3): 179-191. [3] Dutton, M. Fisioterapia ortopédica: exames, avaliação e intervenção. 2 Ed. – Porto Alegre: Artmed, 2010. P.18. [4] Prentice, W. E. Modalidades terapêuticas para fisioterapeutas. 4 Ed. - Porto Alegre: AMGH, 2014. [5] Sato K, Li Y, Foster W, Fukushima K, Badlani N, Adachi N, Usas A, Fu FH, Huard J. Improvement of muscle healing through enhancement of muscle regeneration and prevention of fibrosis. Muscle Nerve. 2003; 28:365–372 [6] Huard J, Li Y, Fu FH. Lesões musculares e reparo: tendências atuais na pesquisa. 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Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderão também ser publicados na versão eletrônica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrônicos (CD-ROM) ou outros que surjam no futuro. Ao autorizar a publicação de seus artigos na revista, os autores concordam com estas condições. A revista Fisioterapia Brasil assume o “estilo Vancouver” (Uniform requirements for manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitê Internacional de Diretores de Revistas Médicas, com as especificações que são detalhadas a seguir. Ver o texto completo em inglês desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), www.icmje.org, na versão atualizada de outubro de 2007. Submissões devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo (artigos@atlanticaeditora.c 1 / 22 Normas de Publicação - Fisioterapia Brasil om.br). A publicação dos artigos é uma decisão dos editores. Todas as contribuições que suscitarem interesse editorial serão submetidas à revisão por pares anônimos. Segundo o Conselho Nacional de Saúde, resolução 196/96, para estudos em seres humanos, é obrigatório o envio da carta de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, independente do desenho de estudo adotado (observacionais, experimentais ou relatos de caso). Deve-se incluir o número do Parecer da aprovação da mesma pela Comissão de Éticaem Pesquisa do Hospital ou Universidade, a qual seja devidamente registrada no Conselho Nacional de Saúde. 1. Editorial O Editorial que abre cada número da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos recentes, inovações tecnológicas, ou destaca artigos importantes publicados na própria revista. É realizada a pedido dos Editores, que podem publicar uma ou várias Opiniões de especialistas sobre temas de atualidade. 2. Artigos originais São trabalhos resultantes de pesquisa científica apresentando dados originais com relação a aspectos experimentais ou observacionais, em estudos com animais ou humanos. Formato: O texto dos Artigos originais é dividido em Resumo (inglês e português), Introdução, Material e métodos, Resultados, Discussão, Conclusão, Agradecimentos (optativo) e Referências. Texto: A totalidade do texto, incluindo as referências e as legendas das figuras, não deve ultrapassar 30.000 caracteres (espaços incluídos), e não deve ser superior a 12 páginas A4, em espaço simples, fonte Times New Roman tamanho 12, com todas as formatações de texto, tais como negrito, itálico, sobre-escrito, etc. Tabelas: Recomenda-se usar no máximo seis tabelas, no formato Excel ou Word. Figuras: Máximo de 8 figuras, em formato .tif ou .gif, com resolução de 300 dpi. Literatura citada: Máximo de 50 referências. 3. Revisão São trabalhos que expõem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das áreas relacionadas à Fisioterapia. Revisões consistem necessariamente em análise, síntese, e avaliação de artigos originais já publicados em revistas científicas. Será dada preferência a revisões sistemáticas e, quando não realizadas, deve-se justificar o motivo pela escolha da metodologia empregada. Formato: Embora tenham cunho histórico, Revisões não expõem necessariamente toda a história do seu tema, exceto quando a própria história da área for o objeto do artigo. O artigo deve conter resumo, introdução, metodologia, resultados (que podem ser subdivididos em tópicos), discussão, conclusão e referências. Texto: A totalidade do texto, incluindo a literatura citada e as legendas das 25 figuras, não deve ultrapassar 30.000 caracteres, incluindo espaços. Figuras e Tabelas: mesmas limitações dos Artigos originais. Literatura citada: Máximo de 50 referências. Preparação do original Os artigos enviados deverão estar digitados em processador de texto (Word), em página A4, formatados da seguinte maneira: fonte Times New Roman tamanho 12, com todas as formatações de texto, tais como negrito, itálico, sobrescrito, etc. - Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos, e Figuras com algarismos arábicos. - Legendas para Tabelas e Figuras devem constar à parte, isoladas das ilustrações e do corpo do texto. - As imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza, e com resolução de qualidade gráfica (300 dpi). Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos .tif ou .gif. Imagens coloridas serão aceitas excepcionalmente, quando forem indispensáveis à compreensão dos resultados (histologia, neuroimagem, etc). Página de apresentação A primeira página do artigo traz as seguintes informações: - Título do trabalho em português e inglês; - Nome completo dos autores e titulação principal; - Local de trabalho dos autores; - Autor correspondente, com o respectivo endereço, telefone e E-mail; Resumo e palavras-chave A segunda página de todas as contribuições, exceto Opiniões, deverá conter resumos do trabalho em português e em inglês e cada versão não pode ultrapassar 200 palavras. Deve conter introdução, objetivo, metodologia, resultados e conclusão. Abaixo do resumo, os autores deverão indicar 3 a 5 palavras-chave em português e em inglês para indexação do artigo. Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) da Biblioteca Virtual da Saúde, que se encontra em http:// decs.bvs.br. Agradecimentos Agradecimentos a colaboradores, agências de fomento e técnicos devem ser inseridos no final do artigo, antes das Referências, em uma seção à parte. Referências As referências bibliográficas devem seguir o estilo Vancouver. As referências bibliográficas devem ser numeradas com algarismos arábicos, mencionadas no texto pelo número entre colchetes [ ], e relacionadas nas Referências na ordem em que aparecem no texto, seguindo as normas do ICMJE. Os títulos das revistas são abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas, disponível no site da Biblioteca Virtual de Saúde (www.bireme.br). Devem ser citados todos os autores até 6 autores. Quando mais de 6, colocar a abreviação latina et al. Exemplos: Phillips SJ, Hypertension and Stroke. In: Laragh JH, editor. Hypertension: pathophysiology, diagnosis and management. 2nd ed. New-York: Raven Press; 1995.p.465-78. Yamamoto M, Sawaya R, Mohanam S. Expression and localization of urokinase-type plasminogen activator receptor in human gliomas. Cancer Res 1994; 54:5016-20. Envio dos trabalhos Seguindo a tendência atual na edição de revistas científicas, estamos usando um sistema de pagamento que divide os custos da edição entre assinantes e autores. O autor deve pagar uma taxa de avaliação de seu artigo, junto com a submissão do mesmo, de R$ 250,00, e, após aceitação e publicação eletrônica, uma taxa de publicação, igualmente de R$ 250,00. Artigos relevantes ao critério do Editor podem ser aceitos com descontos e promoções (ver abaixo). 26 Etapa de avaliação Para submeter o artigo, o autor abre a página www.portalatlanticaeditora.com.br, onde deve se cadastrar como “autor”. Receberá automaticamente login e senha. Pode então submeter o artigo, respeitando as normas que aparecem no decorrer da submissão. Deve também incluir nomes, e-mail e titulação de todos os co-autores. A submissão do trabalho inclui os elementos seguintes: 1 - versão completa do artigo em Word respeitando as normas de publicação (ver no portal as “Diretrizes para Autores” na página “Sobre”), com todos os nomes e e-mails dos autores, titulações, endereços de contato, tabelas e figuras (no artigo e não no final), agradecimentos e fontes de financiamento. Caso as figuras e tabelas forem muito grandes, podem ser anexadas em documento separado. 2 - versão anônima do artigo, sem menção de autores (apenas título e texto), para avaliação. 3 - Imagens e videos podem ser incorporados para a versão eletrônica do periódico, e para tanto incluir autorização de uso de imagem tanto dos autores como de pacientes como exigido no item a seguir. 4 - Anexar documentos complementares em PDF (protocolo do comitê de ética, etc) 5 - Anexar comprovante de deposito da taxa de avaliação (R$ 250,00) na conta seguinte: Banco Bradesco Agencia: 1414 Conta corrente: 52690-8 Titular: Guillermina Arias Fernandez CPF: 803692867-15 Por razões administrativas, o deposito das taxas de avaliação deve ser feito nesta conta bancária. A taxa de avaliação deve ser depositada junto com a submissão do artigo, e não após aceitação do mesmo. Após a submissão o autor receberá um e-mail de comprovação e pode seguir a tramitação de seu artigo no site. Para dirimir qualquer dúvida referente à taxa de publicação (isenção, desconto, etc) entrar em contato com Jean-Louis Peytavin pelo e-mail: jlpeytavin@gmail.com A taxa de avaliação inclui emissão de parecer, revisão e correções do artigo, editoração e publicação no site. Nota: O deposito da taxa de avaliação não significa aceitação automática do artigo. São recursos usados para avaliar, corrigir e editar seu artigo. A aceitação definitiva é uma decisão do editor e dos pareceristas. mailto:jlpeytavin@gmail.com
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