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FISIOLOGIA REVISAO GERAL PT7

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O CÓRTEX SOMESTÉSICO
O cérebro tem uma representação do próprio corpo. A maioria das aferências
somestésicas da metade do nosso corpo chega ao tálamo e projeta-se no córtex
somestésico primário (S1) do giro pós-central contralateral. No córtex somestésico
primário há um mapa corporal completo chamado homúnculo sensorial. Essa
representação não é proporcional: a face e os dedos das mãos possuem a principal
representação em relação a outras partes do corpo refletindo a densidade de
receptores distribuídos pelo corpo. Assim determinadas regiões do corpo
apresentam maior resolução espacial, ou seja, maior sensibilidade e maior precisão
para identificar o estimulo. A sensibilidade tátil é a que tem melhor precisão. Não é à
toa que a leitura Braille se executa com a superfície dos dedos indicadores e médios e
não com a palma da mão. Outras espécies de mamíferos essa representação adquire
outras configurações como a região das vibrissas.
A existência de um mapa corporal já havia sido intuída por neurologista inglês
John H Jackson que registrou o deslocamento de crises epilépticas convulsivas que se
iniciavam com contrações dos dedos, depois mão, seguindo pelo braço e tronco (crise
jacksoniana). A existência de um mapa foi corroborada pela 1ª vez pelo neurologista
canadense Wilder Penfield que estimulou eletricamente determinadas regiões do córtex
somestésico e obtinha relatos de formigamento na região correspondente do corpo.
Atualmente as atividades corticais podem ser acompanhadas através da ressonância
magnética funcional e técnicas de potencial evocado.
O córtex somestésico possui 4 subáreas distintas que processam aspectos
específicos da modalidade somestésica. como é mostrado a seguir:
● Subárea 3a: propriocepção
● Subárea 3b: tato
● Subáreas 1 e 2: processamento imediato das informações táteis e combinação com a
propriocepção proporcionando a interpretação espacial dos objetos examinados com
as mãos. Quando ocorre lesão no córtex somestésico surgem dificuldades para
discriminar textura, tamanho e formas dos objetos.
Não há correlação entre as camadas corticais e as submodalidades
processadas, porém existe em forma de colunas. O córtex trabalha processando as
informações em módulos funcionais colunares para cada região do corpo. As
informações de determinadas regiões do corpo chegam ao córtex pelo tálamo,
separadas por submodalidades. As informações que chegam dos dedos atingem o
córtex pelo rele talâmico e a informação de cada dedo chega em determinadas
colunas trazendo aspectos específicos da informação somestésica: o dedo 4
possui uma coluna cortical onde as informações aferentes ai chegam. Entretanto, as
informações táteis originadas dos receptores de adaptação rápida (RA) e adaptação
lenta (SA) são representadas em colunas distintas.
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A área somestésica primaria possui projeções para o córtex associativo
somestésico secundário (S2) e para o córtex parietal superior. A região de S2 parece
estar associada com a memória e aprendizagem tátil. Chamamos de percepção a
capacidade de associar informações sensoriais à memória e à cognição de modo
que seja possível a formação de conceitos e idéias sobre nos mesmos e os
outros.
Assim, perceber não é o mesmo que sentir ou ter uma sensação. A
percepção depende dos sentidos, mas é mais do que isso: é um processo onde
ocorre uma experiência mental que envolve memória, cognição e
comportamento. A percepção somestésica se refere ao conhecimento (gnosis) que
temos sobre o objeto tocado. Assim uma pessoa é capaz de sentir dor ou pressão do
objeto, mas pode ser incapaz de não reconhecê-lo devido a déficits neurológicos nas
áreas associativas somestésicas. A via sensorial até o córtex primário constitui a
primeira etapa da percepção, ou seja, a fase de análise. Para criarmos um conceito
global é necessária uma área sintética que seja capaz de reunir as partes e unificá-la e
é identificada como córtex associativo.
As informações originadas na pele, nos proprioceptores e tecidos profundos e
que são processadas em detalhes são transferidas para uma outra área do córtex onde
as submodalidades somestésicas são integradas (somadas e ampliadas). Quando
sentimos o movimento dos objetos sobre a pele, reconhecemos suas a textura, peso e
a forma. Tal nível de percepção ocorre nas subáreas 1 e 2 e nos proporciona a
estereognosia. Há, portanto etapas progressivas no processamento das informações
somestésicas: primeiro as submodalidades somestésicas são analisadas pontualmente
de cada região do corpo (3a e 3b); posteriormente os diferentes aspectos sobre o
objeto são finalmente combinadas proporcionando uma percepção mais completa
sobre o objeto (1 e 2). Neste processo, os campos receptivos vão se tornando cada vez
maiores: dos dedos individuais para um conjunto de dedos e finalmente a mão inteira.
As áreas 1 e 2 também estão ativas durante a execução dos movimentos da mão que
examina ativamente o objeto.
A informação acerca da imagem corporal é enviada diretamente para o córtex
motor primário, situado no giro précentral. Essas aferências são tão importantes que
se houver lesões nessa área, a própria motricidade voluntária fica bastante
comprometida.
O mucimol é uma droga que inibe as transmissões sinápticas corticais no córtex
sensorial somático. Quando injetado no macaco, sobre o córtex somestésico
esquerdo, a mão contralateral (direita) não consegue pegar a semente de dentro do
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funil, mas a mão do mesmo lado em que a droga foi injetada o consegue perfeitamente,
pois nesse lado, o córtex somestésico não foi comprometido.
O córtex parietal posterior é responsável pela formação da imagem do corpo e de
como o corpo se relaciona com o mundo exterior
No córtex parietal posterior (subáreas 5 e 7), o significado (idéia, conceito,
definição) é finalmente atribuído ao objeto examinado. Ao enfiar a mão no bolso cheio
de objetos, devido ao reconhecimento da textura, peso, forma, e da temperatura de
cada um, torna-se possível identificar cada um deles. Nessas áreas, os aspectos
separados do objeto assumem uma unidade conceitual, mas não sabemos como
realmente isso acontece. O córtex parietal posterior é uma área associativa
polimodal, ou seja, integra outras informações sensoriais como as visuais e
auditivas.
Lesão nessa área não causa cegueira, surdez ou incapacidade de reconhecer
os objetos; ocorrem os deficts para situar-se no espaço extracorpóreo, dificulta a
integração visual e motora e também reduz a atenção dirigida.
Quando a lesão acomete o lado direito, o paciente perde a noção da parte do
seu próprio corpo e do ambiente extracorpóreo: todas as informações sensoriais
que chegam pelo lado esquerdo são ignoradas (síndrome da negligência
corporal), como se simplesmente não existissem. Assim, o paciente não lava ou
não veste este lado do corpo e nem faz ideia de que existe um espaço extracorpóreo
correspondente.
O mapa somático cortical não é fixo: apresenta plasticidade de uso e desuso
Conforme o uso que é dado a determinadas partes do corpo, a representação se
torna proporcionalmente maior ou menor; os mapas são diferentes entre as pessoas.
Quando as mãos são amputadas, mesmo na ausência de receptores sensoriais,
o paciente relata sensações do membro ausente. Como isto é possível? Uma vez que
as vias sensoriais restantes estão presentes e guardam somatotópica da região
inervada, inclusive daquela perdida, atividades sensoriais espontâneas nestas
vias evocam as sensações dos membros ausentes. A esta percepção sensorial
consciente do membro ausente é denominado “fantasma”. Após um certo tempo,
as vias que normalmente ocupavam a área que representam as mãos passam a ser
ocupadas pelas áreas vizinhas como as que representam a face (veja novamente o
homúnculo). Quando estimulamos tactilmente a face desses pacientes amputados eles
relatam sensações fantasmas como se fossem evocados das mãos.
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Tireóide
O excesso de iodo em uma dieta reduz a atividade da tireóide, interrompendo a secreção dos
hormônios tireoidianos, isso faz com que o hipotálamo secretemais TRH (hormônio
tireoestimulante) para estimular a gl tireóide a produzir seus hormônios, além da liberação de
TSH pela Adenohipófise para normalizar esse déficit na produção.
O excesso de iodo na alimentação, faz com que diminua a captação de iodeto e
consequentemente a diminuição de T4.
O excesso de iodeto promove maior síntese de T3 e T4.
ADRENAL
1- Feedback negativo para diminuir a quantidade de cortisol
2- Inibição da estimulação do núcleo paraventricular
3- Inibição da estimulação do hipocampo
4- Sinal de CRH – estimulação
5- Sinal + de ACTH – liberação
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