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Taquicardia Supraventricular Paroxística 1. Fundamentos do Diagnóstico 1.1 Características Gerais • Associada frequentemente a palpitação. • Início e término abruptos. • Ritmo rápido e regular. • Observada mais comumente em adultos jovens. • Geralmente apresenta complexo QRS estreito no ECG. • Responde a manobras vagais, bloqueadores do nó AV ou adenosina. • Raramente provoca síncope. 1.2 Mecanismo Comum • Ocorre frequentemente em pacientes sem cardiopatia estrutural. • O mecanismo mais comum é a reentrada. • O circuito reentrante envolve mais comumente vias duplas (uma lenta e uma rápida) dentro do nó AV, denominada taquicardia reentrante nodal (AVNRT). • A reentrada pode envolver uma via acessória entre átrios e ventrículos, chamada taquicardia recíproca AV (AVRT). • Cerca de 33% dos pacientes com taquicardia supraventricular têm vias acessórias para os ventrículos. 2. Achados Clínicos 2.1 Sinais e Sintomas • Pacientes podem estar assintomáticos, mas muitos relatam frequência cardíaca rápida. • Alguns se queixam de dor torácica leve ou falta de ar, especialmente em episódios prolongados. • Episódios começam e terminam de forma abrupta. • A duração pode variar de segundos a várias horas. 2.2 Eletrocardiograma (ECG) • Frequência cardíaca entre 140 e 240 bpm, geralmente entre 160 e 220 bpm. • O ritmo é regular, mesmo com esforço ou mudança de posição. • A onda P geralmente difere dos batimentos sinusais e pode estar embutida no complexo QRS. 3. Tratamento 3.1 Medidas Mecânicas • Manobras para interromper crises, como manobra de Valsalva, esticar os braços e o tronco, abaixar a cabeça entre os joelhos, tossir, jogar água fria no rosto, ou prender a respiração. • A massagem do seio carotídeo é realizada por médicos, mas deve ser evitada em pacientes com sopro carotídeo ou história de ataques isquêmicos cerebrais transitórios. • A pressão é aplicada com firmeza, primeiro sobre o seio carotídeo direito por 10-20 segundos; se não funcionar, sobre o seio carotídeo esquerdo. • Monitoração contínua do ritmo cardíaco é essencial para evitar bradicardia excessiva. 3.2 Tratamento Medicamentoso • Adenosina intravenosa é eficaz para interromper mais de 90% dos episódios, mas deve ser administrada rapidamente, pois sua meia- vida é muito curta. • Os bloqueadores do canal de cálcio, como verapamil e diltiazem, também induzem bloqueio AV e podem ser usados para encerrar episódios de taquicardia supraventricular reentrante. • β-bloqueadores intravenosos, como esmolol, propranolol ou metoprolol, também são eficazes para muitos tipos de taquicardia supraventricular. • A procainamida intravenosa pode ser usada quando se acredita que a taquicardia é mediada por via acessória, mas com cautela, pois pode aumentar a condução AV. • Amiodarona intravenosa é segura, mas geralmente não é necessária para tratamento dessas arritmias. 3.3 Cardioversão • Usada quando o paciente está hemodinamicamente instável ou quando os medicamentos não são eficazes. • A cardioversão elétrica sincronizada começa com 100 J e é quase sempre bem-sucedida. • Deve-se evitar a cardioversão elétrica em casos de intoxicação digitálica ou suspeita forte de intoxicação. 4. Prevenção 4.1 Ablação por Cateter • A ablação por radiofrequência é o tratamento preferencial para pacientes com taquicardia supraventricular reentrante sintomática recorrente. • A ablação é indicada tanto para reentrada no nó AV quanto para vias acessórias. 4.2 Medicamentos • Os bloqueadores do nó AV são medicamentos de escolha para tratamento clínico de primeira linha. • β-bloqueadores ou bloqueadores do canal de cálcio não di- hidropiridínicos, como diltiazem e verapamil, são normalmente utilizados em primeiro lugar. • Os agentes antiarrítmicos de classe Ic (flecainida, propafenona) podem ser usados em pacientes sem cardiopatia estrutural subjacente. • Para pacientes com cardiopatia estrutural, os agentes de classe III, como sotalol e amiodarona, são preferidos devido ao menor risco de pró-arritmia ventricular. REFERÊNCIA: CURRENT MEDICINA: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Taquicardia Supraventricular Paroxística 1. Fundamentos do Diagnóstico 1.1 Características Gerais 1.2 Mecanismo Comum 2. Achados Clínicos 2.1 Sinais e Sintomas 2.2 Eletrocardiograma (ECG) 3. Tratamento 3.1 Medidas Mecânicas 3.2 Tratamento Medicamentoso 3.3 Cardioversão 4. Prevenção 4.1 Ablação por Cateter 4.2 Medicamentos
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