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Aluno: Kevinny Chaves Florencio Matrícula: 34760 Curso: Engenharia de Materiais Fase/Período: 8º período Vigência: agosto de 2017 a julho de 2018 RESUMO Neste trabalho são estudados os filmes finos de titanato de cálcio e cobre CaCu3Ti4O12 - (CCTO), dopado com nióbio, depositados em substrato, considerando as boas propriedades elétricas destes materiais para aplicações em dispositivos eletrônicos, com foco em memórias resistivas de acesso aleatório. A finalidade dessa pesquisa é a otimização da técnica de deposição de filmes finos por spin-coating em substrato para sua posterior aplicação em memórias resistivas de acesso aleatório, que compreendem uma alternativa para tornar os processos de armazenamento de dados, mais eficientes, elevando a sua capacidade e tempo de armazenamento. Os parâmetros de análise dessa pesquisa foram a variação da concentração do dopante, da viscosidade da resina, o método de lavagem utilizado, a temperatura de tratamento do filme fino, de modo a obter maior aderência e homogeneidade dos filmes. As imagens de microscopia eletrônica de varredura (MEV) indicaram uma boa adesão entre a superfície do substrato e a resina depositada. PALAVRAS-CHAVE: Filmes finos.CCTO. Memória resistiva. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Etapas de crescimento .................................................................................. 12 Figura2 - Etapas da técnica de deposição por spin-coating ....….................................. 15 Figura 3 - Viscosímetro de Brookfield DV3T................................................................ Figura 4- Lavadora Ultrassônica.................................................................................... Figura 5 - Equipamento spin-coating............................................................................ Figura 6 – MEV filme fino de CCTO tratado a 800ºC, por 2 horas ............................ 23 18 19 21 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Cronograma de atividades ............................................................................. 25 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CCTO Titanato de Cálcio e Cobre CVD Chemical Vapor Deposition DRAM Memória dinâmica de acesso randômico MEV Microscopia Eletrônica de Varredura ReRAM Memória resistiva LISTA DE SÍMBOLOS Å Ångström CaCu3Ti4O12Titanato de Cálcio e Cobre Ca2 + Íon Cálcio Ce Cério Cu2 + Íon Cobre CVD Chemical Vapor Deposition eVElétron-volt Fe Ferro La Lantânio MgMagnésio Mn Manganês Mo Molibdênio Nb Nióbio Zr Zircônio SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 7 2.2 Objetivos específicos ............................................................................................. 9 2.3 Justificativa ........................................................................................................... 9 3 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 10 3.1 Memórias resistiva de acesso aleatório ............................................................. 10 3.2 Filmes finos .......................................................................................................... 10 3.2.1 Aplicações ......................................................................................................... 11 3.2.2 Mecanismo de Crescimento ............................................................................ 11 3.2.3 Estrutura .......................................................................................................... 12 3.2.4 Deposição de filmes .......................................................................................... 13 3.2.4.1 Substrato para a deposição de filmes .............................................................. 14 3.2.4.2 Deposição por spin-coating ............................................................................ 14 3.3 Titanato de cobre e cálcio .................................................................................. 15 3.4 Técnicas de Caracterização ............................................................................... 16 3.4.1 Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) .............................................. 16 4 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ....................................... 17 4.1 Obtenção das resinas .......................................................................................... 17 4.2 Viscosidade das resinas ...................................................................................... 18 4.3 Lavagem de substrato ........................................................................................ 19 4.4 Deposição dos filmes finos .................................................................................. 20 4.5 Microscopia Eletrônica de Varredura .............................................................. 21 5 RESULTADOS OBTIDOS E ANÁLISE ................................................................ 21 5.1 Viscosidade das resinas ...................................................................................... 21 5.2 Limpeza dos substratos ...................................................................................... 22 5.3 Deposição dos filmes finos .................................................................................. 22 5.4. Microscopia Eletrônica de Varredura ............................................................. 23 6 CONCLUSÕES .......................................................................................................... 24 7 CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES PROPOSTAS E REALIZADAS ............ 25 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 26 7 1 INTRODUÇÃO O estudo da ciência é primordial para o desenvolvimento de novas tecnologias, por meio dele é possível propor soluções para problemas existentes, assim como desenvolver melhorias em diversos processos. No cenário atual, da constante busca por soluções eficazes e inovadoras, a indústria cerâmica recebe notoriedade por sua capacidade em fornecer produtos tecnológicos de alta qualidade, associando boas propriedades térmicas, elétricas e mecânicas. Além das inúmeras aplicações para as cerâmicas atribuídas a sua capacidade de suportar altas temperaturas, rigidez e dureza, os materiais cerâmicos destacam-se ainda, no desenvolvimento de dispositivos eletrônicos com excelente desempenho. Entre estes dispositivos eletrônicos encontram-se dispositivos eficientes em armazenamento, geração, ou transmissão de energia e de dados. Na grande área de cerâmicas avançadas os filmes finos obtidos a partir de materiais cerâmicos despertam interesse, já que possuem dimensões nanométricas e são capazes de aliar ótimas propriedades mecânicas e elétricas. Assim, os filmes finos entram como uma possível solução para a otimização de diversos dispositivos e consequentemente de processos relacionados a informatização, eletrônica e automatização, tornando-os cada vez mais eficientes. Com o crescente avanço tecnológico assistido nos últimos anos, percebe-se a necessidade de que os dispositivos eletrônicos estejam sempre em processo de melhoria contínua, os componentes e memórias dos aparelhos atuais, logo serão substituídos por componentes mais sofisticados e eficientes, já que essa é uma demanda do mercado competitivo. Devido a capacidade de apresentar ótimas propriedades elétricas e magnéticas, o estudo dos filmes finos voltados para a coleta e armazenamento de energia e de dados vem ganhando destaque. Os filmes finos revelam-se como potenciaiscandidatos a implementar uma gama de componentes eletrônicos, apresentando propriedades aprimoradas que forneçam cada vez mais melhor desempenho. Considerando a relevância do estudo dos filmes finos para o aperfeiçoamento das propriedades de componentes eletrônicos, a fim de serem alinhadas boas propriedades e desempenho, este trabalho visa a otimização das técnicas de deposição de filmes finos de CaCu3Ti4O12 dopado com nióbio em substrato de platina (Pt/TiO2/SiO2/Si), visando 8 aplicação em memórias resistivas de acesso aleatório. 9 2 OBJETIVOS PROPOSTOS 2.1Objetivo geral Caracterizar filmes finos texturizados, depositados pela técnica de spin coating, visando aplicação em memórias resistiva não volátil. 2.2 Objetivos específicos ● Lavar os substratos monocristalinos para obter homogeneidade e aderência dos filmes. ● Depositar as soluções dos precursores metálicos de CaCu3Ti4O12dopado com Nb. ● Realizar o tratamento térmico em forno tubular convencional dos filmes finos. ● Analisar as propriedades dos filmes texturizados. 2.3 Justificativa O anseio por novas tecnologias que otimizem processos, produtos e serviços, tornam crescente a demanda pelo desenvolvimento de dispositivos eletrônicos de alto desempenho. O estudo dos filmes finos de CaCu3Ti4O12 dopado com nióbio, visando aplicação em memórias resistiva não volátil, alinha-se a esse cenário, uma vez que dedica-se ao aprimoramento das técnicas de deposição para o melhor desempenho dos filmes. Além disso, os filmes finos são materiais promissores por apresentarem a capacidade de alinhar excelentes propriedades mecânicas e elétricas. 10 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 Memórias resistiva de acesso aleatório A tecnologia de dispositivos de memória vem sendo aprimorada nos últimos anos visando a substituição ou complementação das memórias flash e dinâmicas de acesso randômico (DRAM). As memórias atualmente utilizadas operam em ciclos curtos, e são memórias voláteis, o tamanho das suas células logo alcançará um limite físico. A demanda de mercado requer sistemas com alta capacidade de armazenamento, alta velocidade de operação e baixo consumo de energia, neste cenário surge o interesse pelo estudo das memórias resistivas de acesso aleatório (ReRAM). O estudo teórico a respeito do comportamento de memórias resistivas, foi iniciado há pouco mais de cinco décadas, porém nos últimos anos essa linha de pesquisa restabeleceu-se surgindo uma conexão teórica experimental. Assim, os avanços na área podem ser percebidos com a otimização da tecnologia e caracterização de materiais nanoestruturados (SULZBACH, 2017). A estrutura física das memórias resistivas de acesso aleatório assemelham-se com a de um capacitor, dispositivo de armazenamento de energia. Sua estrutura é composta por dois eletrodos metálicos isolados por um semicondutor. Ele sofre uma transição reversível do seu estado resistivo em um ciclo elétrico, uma suposição para a transição é devido à formação de um caminho condutor em forma de filamento no interior do isolante que conecta os eletrodos. Quando ele está completamente formado, a resistência do sistema é baixa e quando se rompe, a resistência aumenta em ordens de grandeza (SULZBACH, 2017). 3.2 Filmes finos Um filme fino pode ser um sólido ou um líquido, tal que uma de suas dimensões seja muito menor do que as outras duas, assim a relação entre a superfície e o volume do filme é um fator de relevância na sua caracterização. A boa relação entre a superfície e o volume apresentada pelo filme, acentua suas propriedades que são altamente dependentes ainda, das variáveis do processo de deposição ao qual o filme é submetido. Os filmes finos podem ser condutores, semicondutores ou isolantes, eles podem ser obtidos a partir de dois processos normalmente crescidos termicamente ou 11 depositados a partir da fase vapor. Quando crescido termicamente o filme fino se forma através da reação da superfície do substrato com as substâncias presentes no ambiente do processo. Já, na deposição a partir da fase vapor, o filme fino é produzido por deposição sobre o substrato. Esta deposição pode ser feita de três formas, deposição de vapor químico, e deposição física através da fase vapor, ou ainda pela deposição a partir de líquidos (TATSCH, 2000). 3.2.1 Aplicações As aplicações tecnológicas dos filmes finos são diversas, dispositivos eletrocrômicos, fotovoltaicos, fotoluminescentes, sensores, baterias, células solares, células a combustível, gravadores e leitores magnéticos e ópticos. Suas aplicações se estendem a uma ampla gama de materiais, assim como a modulação das diversas propriedades são inúmeras (ALVES, 2002). Desempenham função essencial em dispositivos eletrônicos e circuitos integrados. São utilizados em conexões, comunicação entre dispositivos, acesso externo de circuitos, como isolantes de camadas condutoras, como elementos estruturais dos dispositivos, fonte de dopante e como barreira para a dopagem, entre outras utilidades (TATSCH, 2000). O avanço das técnicas de obtenção dos filmes finos, assim como a melhor compreensão de sua estrutura física e química, aponta para resultados promissores. A alta transparência e as propriedades elétricas destes materiais, combinadas com a resistência mecânica e boa aderência em diferentes substratos, os tornam ummaterial de interesse e ampla aplicação (HERMES, 2010). 3.2.2 Mecanismo de Crescimento Normalmente no processo de formação de filmes ocorre por condensação ou solidificação de átomos ou moléculas de um vapor sobre o substrato. A condensação se inicia pela formação de pequenos aglomerados de material, denominados núcleos, espalhados aleatoriamente sobre a superfície do substrato. Pelo mecanismo de adsorção química os átomos são fixados na superfície por 12 meio de forças de atração eletrostáticas. A adsorção é caracterizada pela transferência de elétrons entre o material do substrato e a partícula deposita, a energia de ligação associada à adsorção química varia de 8eV a 10eV. No processo de nucleação os átomos adsorvidos migram sobre a superfície do substrato interagindo com outros átomos para formar os núcleos. A medida que os átomos interagem os núcleos crescem, quando os núcleos entram em contato uns com os outros ocorre a coalescência que resulta em estruturas maiores (TATSCH, 2000). Figura 1: Etapas de crescimento Fonte: TATSCH, 2000. O processo continua formando canais e buracos de substrato exposto, preenchidos com novos núcleos até a formação de um filme contínuo com esquematizado na figura 1. 3.2.3 Estrutura A estrutura dos filmes finos geralmente é constituída por grãos monocristalinos dispostos em várias direções cristalográficas. O tamanho dos grãos da estrutura monocristalina formada é relacionado as condições da deposição e dos tratamentos térmicos posteriores. De modo, que grãos maiores geralmente estão associados à temperaturas maiores de processamento, enquanto que grãos menores podem ser associados a temperaturas menores de processamento. O tamanho dos grãos obtidos no processamento do filme influencia em sua rugosidade, deposições em alta temperatura tendem a produzir grãos maiores e menos rugosos, já deposições em baixas temperaturas tendem a produzir grãos menores e mais rugosos. 13 A densidade do filme fornece informações sobre sua estrutura física, filmes com densidades menores que a da substância bruta indicam maior porosidade, ao passo que filmes com densidades maiores que a da substância bruta indicam menor porosidade (TATSCH, 2000). 3.2.4 Deposição de filmes A cristalinidade, a estabilidade química, a transmissão óptica e outras propriedades físico químicas dos filmes finos são altamente dependentes dos processos de deposição. Os processos de formaçãodos filmes podem ser divididos em dois grupos fundamentais (TATSCH, 2000): I- Crescimento dos filmes pela reação da superfície do substrato com as substâncias presentes no ambiente de processo; a oxidação e a nitretação térmica do Silício e a obtenção de Silicatos pela reação do Silício com filmes metálicos depositados. II- Crescimento dos filmes por deposição sem reação com o substrato. a) Deposição química a partir da fase vapor: neste processo, denominado CVD (Chemical Vapor Deposition), os filmes são formados pela reação química de espécies convenientes na superfície do substrato. Quando o processo é utilizado para formar filmes monocristalinos ele é denominado epitaxia. b) Deposição física a partir da fase vapor: neste processo as espécies do filme são arrancadas fisicamente de uma fonte, por temperatura (evaporação) ou por impacto de íons (Sputtering), e como vapor se deslocam até o substrato onde se condensam na forma de um filme. O ambiente de processo é mantido em baixa pressão. c) Deposição a partir de líquidos: neste processo a espécie, em forma líquida, é gotejado e centrifugada sobre o substrato. A taxa de deposição, temperatura do substrato durante a deposição, materiais precursores utilizados no processo, equipamentos utilizados, são variáveis do método de deposição utilizado, que influenciam na qualidade dos filme obtido no processo, e consequentemente nas propriedades finais do filme (SEQUIEL, 2013). 14 3.2.4.1 Substrato para a deposição de filmes Os substratos geralmente utilizados na deposição de filmes finos são vidro comum ou de borossilicato, cerâmica vitrificada, e metais de transição como a platina (Pt/TiO2/SiO2/Si). O substrato deve apresentar superfície extremamente limpa, já que a adesão e consequentemente a qualidade dos filmes finos, dependem fortemente do grau de limpeza dos substratos. Os contaminantes podem se depositar na superfície dos substratos principalmente no manuseio, por poeira, óleos, gordura e demais resíduos visíveis proveniente do ambiente de manipulação (DHERE, 2008). A limpeza do substrato envolve a quebra de ligações entre contaminantes adsorvidos sem danificar a superfície. A superfície do substrato deve ser limpa o suficiente para que os contaminantes não interfiram com a adesão dos filmes finos. O grau de adesão dos filmes fornece uma ideia razoável da limpeza dos substratos. Um substrato limpo seca de maneira uniforme, sem formar ilhas ou gotículas. Alguns processos físicos, como a lavagem ultrassônica podem ser utilizados na limpeza do substrato. Esses processos atuam de modo a garantir a remoção efetiva de impurezas, assim como a qualidade dos filmes fornecendo a aderência e composição química final desejada (DHERE, 2008). 3.2.4.2 Deposição por spin-coating O processo de deposição química ocorre quando uma solução química é depositada sobre a superfície de um substrato sólido, sofrendo posteriores tratamentos térmicos, até que a fase final do filme fino desejado seja formada (SEQUINEL, 2013). A técnica de spin-coating é divida em quatro etapas: deposição, spin-up, spin-off e evaporação, a última ocorre simultaneamente em todas as etapas. A deposição é feita em toda superfície do substrato. No aparelho spin-coating, o substrato é rotacionado em alta velocidade angular, fazendo com que o excesso de líquido flua radialmente para fora, esta é a etapa spin-up. Na etapa spin-off, o excesso de líquido flui para fora do substrato em forma de gotas. No último estágio do processo, a fina camada restante sobre o substrato é reduzida ainda mais com a evaporação do solvente, que é tida como um mecanismo primário de diminuição da espessura do filme (MELO, 2001). 15 Figura 2: Etapas da técnica de deposição por spin-coating Autor: MELO, 2001. A figura 2, indica o as etapas da técnica de deposição por spin-coating, sendo elas a spin-up, spin-off e etapa de evaporação. 3.3Titanato de cobre e cálcio A estrutura cristalina do titanato de cobre e cálcio (CCTO), é integranteda família de compostos com estrutura perovskita, em que os íons Ca2 + e Cu2 + compartilham o sítio A. A estrutura do CCTO possui parâmetro de rede de 7,3798 Å. Sua estrutura perovskita é mais compacta em comparação com a perovskita usual e seu octaedro TiO6 possui uma leve inclinação para formar um arranjo quadrado planar em torno do íon de Cu2 + (NEGREIROS, 2014). Nenhuma transição de fase é observada até 1000 ºC e, uma sugestão para o observado é a preferência do cobre pela geometria quadrado planar. O CCTO destaca-se entre as demais perovskitas por ser ainda pouco explorado e também por exibir propriedades físico-químicas de enorme relevância para o aperfeiçoamento ou desempenho de equipamentos, tais como resistores não-ôhmicos, dielétricos, sensores de gás e dispositivos fotoluminescentes. A rede cristalina deste composto tem sido dopada com diferentes elementos químicos (Fe, Mn, Nb, Mo, Ce, Mg, Zr e La) com a intenção de obter materiais varistores com menores perdas dielétricas ou novos materiais fosforescentes, e melhoria de propriedades de dispositivos eletrônicos (NEGREIROS, 2014). 16 3.4 Técnicas de Caracterização As técnicas de caracterização de materiais são utilizadas principalmente para a determinação das propriedades químicas e físicas de uma material. Essas propriedades se relacionam com as características mecânicas, elétricas, térmicas, ópticas, catalíticas, entre outras (GOMES, 2015). A compreensão dessas propriedades é possível pelo uso de técnicas e equipamentos que permitem a análise de uma variedade des aspectos da estrutura de um material, que vai depender do seu processamento e também determinar sua aplicabilidade. Os instrumentos de análise convertem informações referentes às características do objeto de interesse, em dados qualitativas e quantitativas, que são manipulados e interpretados. Os princípios de funcionamento destes instrumentos são fundamentados no estímulo da amostra, por diferentes meios, como incidência de energia eletromagnética, calor, entre outras, de forma a produzir uma resposta do sistema em estudo (GOMES, 2015). 3.4.1 Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) A microscopia eletrônica de varredura, ocorre por meio da incidência de um feixe de elétrons sobre um material. As imagens obtidas a partir dessa técnica de caracterização, permitem a identificação de detalhes na superfície das amostras que não são visíveis por microscopia ótica. Na ocorrência da interação entre o feixe de elétrons com a matéria, ocorre a emissão de elétrons secundários, que permitem a obtenção de dados relacionados topografia e condutividade, ou retroespalhados, que indicam contraste de número atômico. O feixe é criado a partir de um canhão com fonte termoiônica, que consiste em um filamento de tungstênio aquecido por corrente elétrica que emite elétrons. Por meio de lentes eletromagnéticas e aberturas, ele é focalizado sobre a amostra em um ponto com dimensões de ordem nanométrica (MELO, 2001) 17 4 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 4.1 Obtenção das resinas Para a preparação das resinas utilizou-se o método de precursores poliméricos, desenvolvido por MaggioPechini em Julho de 1967. O método Pechini é utilizado na preparação de titanatos, zirconatos, niobatos de chumbo e metais alcalinos terrosos, foi popularizado por H. Anderson na obtenção de pós de perovskita. Esse método foi desenvolvido para a preparação de pós de óxidos multicomponentes, materiais dielétricos com estequiometria controlada, sendo empregado na obtenção de materiais cerâmicos para diversos fins. Baseia-se na formação de uma resina polimérica através da poliesterificação de em quelato e um álcool polihidróxido. A reação inicial ocorre pela formação de um quelato por meio de um centro catiônico metálico eo ácido carboxílico (usualmente ácido cítrico), sob agitação e temperatura próxima a 80°C. Em seguida, é realizada a polimerização que ocorre mediante a adição de um agente polimerizante, um poliálcool (etilenoglicol), permitindo a formação de um éster (SILVA, 2006). Os metais que formam a espécie cerâmica são adicionados solubilizados em soluções, a medida que o processo de polimerização ocorre os metais são adsorvidos na estrutura do polímero garantindo sua homogeneidade e estequiometria. As resinas utilizadas para obtenção dos filmes finos de CaCu3Ti4O12 dopado com Nb, foram preparadas pelo procedimento Pechini, em um projeto anterior (2016). Os reagentes foram devidamente quantificados de acordo com os cálculos estequiométricos realizados, seguindo a equação CaCu3[Ti(1-x)Nb(x)]4O12 , com valores de “x” igual a 0,05%, 0,010% e 0,15%. Separadamente o ácido cítrico foi solubilizado com o cálcio, formando o citrato de cálcio, posteriormente o titânio foi solubilizado junto ao dopante, e ao final cada uma das soluções foram misturadas junto ao cobre. A adição das soluções ocorreram em ordem crescente de eletronegatividade dos respectivos metais presentes em cada solução. Assim, o dopante é adicionado, a solução de cálcio, e em seguida é adicionado o cobre. Todo o processo foi realizado em agitação magnética constante cada uma das soluções foi agitada por 30 minutos, a temperatura de 80ºC. A solução final foi aquecida até apresentar aproximadamente 50 ml, eliminando a água presente na solução. 18 4.2 Viscosidade das resinas Com o intuito de manter a viscosidade das resinas de CCTO, dopado com Nb nas concentrações 0, 0,05, 0,10 e 0,15 mol% a 20cP, foi realizada a medida de viscosidade das resinas em temperatura ambiente (25°C), com rotação de 250 RPM, para todas o torque aproximado foi de 10,1 à 90%, valor necessário para obter confiabilidade no resultado, já que abaixo de 10% o equipamento a viscosidade aparente indicada pelo viscosímetro não é confiável. Para o controle da medida desejada utilizou-se aproximadamente 10ml de resina. No procedimento realiza-se uma primeira leitura de viscosidade da resina, a partir dessa primeira leitura é feita a verificação da variação da viscosidade em relação ao 20cP de interesse. Uma vez que todas as resinas obtidas apresentaram viscosidade inicial superior a 20 cP, foi feita a diluição das resinas, ou seja, a partir da viscosidade inicial adicionou-se água até que as resinas nas concentrações 0, 0,05, 0,10 e 0,15 mol% de Nb apresentassem viscosidade aproximadamente de 20cP. O procedimento da medição da viscosidade das resinas foi realizado no laboratório de pavimentação, na UNIFEI-Campus Itabira, no viscosímetro de BrookfieldRheometr, modelo DV3T, marca ALEMMAR, operando à aproximadamente 30à 40 segundos em cada medição, em observância a NBR9277 de 03/2014 - Determinação da viscosidade - Método do viscosímetro Brookfield. Figura 3- Viscosímetro de Brookfield DV3T Fonte: Autor(a) 19 4.3 Lavagem de substrato A lavagem dos substratos foi realizada no Laboratório Interdisciplinar de Materiais Avançados(Limav), na UNIFEI-Campus Itabira, utilizando a lavadora ultrassônica L-100, marca SCHUSTER, operando por aproximadamente 60 minutos. Figura 4- Lavadora Ultrassônica. Fonte: Autor(a) Para a lavagem, os substratos de platina (Pt/TiO2/SiO2/Si),são inicialmente cortados nas dimensões aproximadas de 1cm x 1cm, a ferramenta utilizadas para o corte foi um riscador de cerâmica. Após o corte, os substratos são alocados individualmente em tubos de ensaio, que são colocados na lavadora ultrassônica com o auxílio de um béquer contendo água. A fim de garantir a limpeza do substrato inicialmente foram realizadas três lavagens subsequentes, seguidas do processo de secagem: 1º)Banho ultrassônico com água destilada e detergente neutro com duração de 20 minutos; 2º)Enxague até a retirada total da espuma, seguida banho ultrassônico em álcool isopropílicocom duração de 20 minutos; 3º)Enxague, seguido de lavagem com água destilada em banho ultrassônico por 20 minutos; 4º)Secagem do substrato a 500ºC, durante 1 hora; Ao longo do processo verificou-se a necessidade da alteração do método de lavagem, a fim de buscar a maior aderência da resina sobre o substrato, o novo processo de lavagem utilizado foi realizado nas seguintes etapas: 1º)Banho ultrassônico em água deionizada e detergente por 15 minutos ; 20 2º)Enxágue com água deionizada, seguida de banho de ultrassônico com água deionizada durante 15 minutos; 3º) Imersão dos substratos em álcool isopropílico por 15 minutos em banho ultrassônico; 4º) enxágue com água deionizada, e banho de ultra-som com água deionizada durante 10 minutos 5º) imersão dos substratos em solução sulfocrômica por 5 minutos no banho de ultra- som; 6º) enxágue com água deionizada em abundância e banho de ultra-som com água deionizada durante 10 minutos 7º) Secagem do substrato em forno a 500ºC, durante 1 hora; 4.4 Deposição dos filmes finos A técnica de deposição dos filmes finos utilizada foi o spin-coating O equipamento de spin-coating permite um controle rigoroso da ordem ou do alinhamento molecular final dos filmes, produzindo em geral camadas altamente ordenadas. A grande vantagem desta técnica é seu baixo custo e fácil implementação, o que permite controle da espessura de cada camada molecular adsorvida no substrato. O fluido empregado levará em consideração a lei de potência para diversas velocidades angulares do spin. A espessura e homogeneidade dos filmes foram controladas pelo número de deposição (camadas), viscosidade, velocidade e tempo de rotação do substrato. A deposição dos filmes finos foi realizada utilizando a rotação de 5000 RPM, durante 30 segundos, ao fim do processo, uma pequena porção de resina é retirada da borda com o uso de cotonete para a posterior caracterização do filme. Após, a etapa de spin-coating o filme é levado ao forno e aquecido 5ºC/min, até a temperatura de 800ºC que é mantida por um período de 2 horas, para formação das fases. Após, a realização de seguidas deposições com camadas contendo certo grau de heterogeneidade, e difusão parcial da resina, foi avaliado outro programa de aquecimento pós spin-coating elevando a temperatura do forno para 850ºC,depois 900ºC, e em seguida 1000ºC a fim de ser obtida maior homogeneidade e difusão total da resina sobre o substrato. 21 Figura 5 –Equipamento spin-coating. Fonte: Autor(a) 4.5 Microscopia Eletrônica de Varredura A microestrutura dos filmes finos de CCTO foi analisada por microscopia eletrônica de varredura, que permite a análise morfológica e superficial do filme, sendo observada em escala nanométricaa interação do substrato ao filme. O equipamento utilizado foi um microscópio VEGA3 TESCAN, com tensão de 20.0 kV. 5 RESULTADOS OBTIDOS E ANÁLISE 5.1Viscosidade das resinas A viscosidade de aproximadamente 20cP das resinas de CCTO, dopado com Nb nas concentrações 0, 0,05, 0,10 e 0,15, foi obtida de modo conforme. Devido a viscosidade de trabalho das resinas, o spindleideal para a medição foi o SC4-21, o torque confiável para as medições manteve-se em 10 a 11 %, a 250 RPM, com temperatura apresentando baixa variação, entre 26,2 e 26,6 ºC. Observou-se durante as medidas, a influência da temperatura do ambiente na leitura dos resultados da viscosidade da resina, que apresentou variações de acordo com a temperatura no momento das medições. De modo, a eliminar a influência da temperatura sob a viscosidade da resina, as medidas foram realizadas em sequência todas em um mesmo período do dia. Outro fator que influenciou na medida das viscosidades foi o modo como o procedimento de medição foi realizado. No momento da diluição da resina o spindledeve ser totalmente retirado para que quando colocadonovamente, no momento de sua rotação ocorra a mistura completa da resina, e consequentemente o valor da 22 viscosidade apresentado pelo viscosímetro seja coerente. 5.2 Limpeza dos substratos O procedimento de limpeza dos substratos é essencial para a aderência da filmes. Nesse processo é preciso eliminar a presença de quaisquer marcas, poeiras, ou impurezas presentes na superfície do substrato. Os substratos obtidos alcançaram o nível de limpeza esperado, uma das dificuldades nesse procedimento é quanto ao manuseio do substrato após o término da lavagem, que precisa ser retirado do tubo de ensaio com cautela para que não ocorra nenhum acidente que possa contaminar o substrato. Além, disso, o ambiente em que é realizada a limpeza, e deposições do substrato deve apresentar o menor nível de contaminações possível. Outro processo que pode interferir na limpeza do substrato é a secagem, caso exista qualquer substância contaminante dentro do forno, o substrato poderá ser contaminado, não apresentado a esterilização ideal para a deposição. O substrato deve ser lavado próximo ao dia da deposição, com distância mínima possível, pois quanto maior o tempo entre a lavagem do substrato e a deposição maior o risco de contaminação. Além disso, durante a deposição é necessário cuidado para que não ocorra nenhum acidente com o substrato que possa contamina-lo, prejudicando a qualidade da deposição. 5.3 Deposição dos filmes finos A deposição dos filmes foi realizada em observância de todos os parâmetros necessários para um procedimento bem sucedido, substratos limpos, viscosidade das resinas controlada, assim com os parâmetros do spin-coating. Ao final da deposição, observou-se a presença de uma camada homogênea da resina depositada sobre toda a superfície dos substrato que foi imediatamente submetido ao tratamento térmico para a finalização do processo de deposição. Após o tratamento térmico da primeira camada de resina depositada sobre o substrato, identificou-se uma superfície completamente coberta com a formação de fases. Já, na deposição das camadas posteriores foi observado além, das fases a presença de um material residual sólido sobre a superfície do filme, formando pequenas ilhas de 23 material depositado sobre o substrato. Acredita-se que essas ilhas de material são parte constituinte da resina utilizada, e que ocorreram devido a temperatura de 800ºC utilizada no processo de deposição, não ser a suficiente para a difusão completa da resina sobre o substrato. Assim, foi proposto testes elevando a temperatura de tratamento térmico para 850ºC, em seguida para 900ºC e ainda não obtendo a homogeneidade esperada, a elevação da temperatura para 1000ºC onde foi possível observar a melhor difusão e homogeneidade das fases. 5.4. Microscopia Eletrônica de Varredura A microscopia eletrônica de varredura contribui para a identificação em escala nanométrica da interface do filme depositado. Figura 6 – MEV filme fino de CCTO tratado a 800ºC, por 2 horas: a) 50 kx b) 100 kx. (a) (b) Fonte: Autor(a) Por meio da figura 6, é possível identificar uma interface bem definida entre o filme de CCTO e o substrato de platina.O filme mostra boa adesão ao substrato e apresenta microestrutura homogênea formada por nanopartículas interconectadas, sem rachaduras ou pontos concentradores de tensão. A espessura aproximada do filme de CCTO obtido para essa deposição foi de aproximadamente 304,33 nm. 24 6 CONCLUSÕES A proposta deste trabalho foi aotimização das técnicas de deposição de filmes finos de CCTO dopados com Nb. A fim de cumpri-la, foram realizadas uma série de etapas, inicialmente a busca por aporte teórico, junto ao acompanhamento de estudantes que já trabalhavam com a pesquisa na área de filmes finos. A parte experimental dessa pesquisa teve início com amedida da viscosidade das resinas, mantida aproximadamente a 20cP, que foi adequada para a aderência do filme ao substrato. Além disso, foram realizadas as etapas de corte e limpeza do substrato. Os cuidados para evitar a contaminação do substrato durante a limpeza são fundamentais para garantir a boa aderência do filme ao substrato. Na etapa de deposição, os filmes obtidos inicialmente, apresentaram certo grau deheterogeneidade das fases.Sendo assim, necessária a realização de testes com a resina de CCTO puro, alterando os processos de limpeza do substrato, bem como a elevação da temperatura do tratamento térmico, a fim de ser obtida maior homogeneidade das fases, e difusão total da resina sobre o substrato. De modo, que uma vez atingidos os parâmetros de limpeza e tratamento térmico ideais possa ser realizada a deposição dos filmes nas devidas concentrações do dopante nióbio.Contudo, as imagens de MEV obtidas sinalizaram uma boa adesão do filme ao substrato para os parâmetros de deposição. Para a otimização da técnica de deposição dos filmes estudados, em observância aos resultados obtidos, propõe-se a variação da viscosidade das resinas, e atenção quanto ao processo de lavagem do substrato mais adequado, para que possa ser encontrado o ponto ótimo de viscosidade para melhor aderência do filme. Assim, como a deposição da resina em diferentes temperaturasvariando de 850 a1000ºC, a fim de que seja analisada a temperatura de tratamento mais indicada para a deposição com difusão total das fases, e consequentemente maior homogeneidade do filme. Além, da variação do número de camadas da resina, que pode ser alternado de modo a acentuar as propriedades dos filmes obtidos. O período de iniciação científica é grandioso por fornecer um espaço de amplas oportunidades, e experiências ao aluno, que pode vivenciar intimamente a pesquisa científica. Nesse período o aluno desenvolve não só como pesquisador, mas também como um profissional, por adquirir senso analítico nos diferentes processos de decisões e situações que é exposto. 25 7 CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES PROPOSTAS E REALIZADAS As etapas desta pesquisa foram desenvolvidas de acordo com a ordem cronológica disposta na tabela 1. As atividades realizadas, desde a pesquisa bibliográfica, a análise de resultados e confecção do relatório final estão listadas a seguir. Tabela 1: Cronograma de atividades ETAPAS 2017/2018 1º sem. 2º sem. Atividade 1 x x x x x x x x x x x x Atividade 2 x x Atividade 3 x x x x x x Atividade 4 x x Atividade 5 x x x Fonte: Autor - Atividade 1 - Pesquisa Bibliográfica Indicativo de Progresso: coletânea de artigos relacionados com a pesquisa proposta obtida por consulta no Chemical Abstract e Ceramic Abstract, Web of Science. - Atividade 2 - Preparação dos substrato para suportar os filmes finos puros e dopados com Nb. Indicativo de Progresso: lavagem dos substrato para obter aderência e homogeneidade dos filmes no substrato. - Atividade 3 - Otimização e domínio da técnica de deposição. Indicativo de progresso:Deposição das Soluções dos precursores metálicos CaCu3Ti4O12 dopado com Nb por spin-coating em substratos monocristalinos em diferentes temperaturas e tempos, tratados termicamente em forno tubular convencional. - Atividade 4 - Análise dos resultados obtidos. - Atividade 5 - Relatórios Indicativo de Progresso: Tratamento de dados e entrega do relatório. 26 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, Oswaldo Luiz; Célia Machado Ronconi; GALEMBECK, André. DECOMPOSIÇÃO DE PRECURSORES METALORGÂNICOS: UMA TÉCNICA QUÍMICA DE OBTENÇÃO DE FILMES FINOS. Química nova, Campinas - SP, v. 25, n. 1, p. 69-77, 2000./2001. CALLISTER, W. D. J.;Rethwish, D. G.; Materials Science andEngineering, 8 a ed.; John Wiley& Sons: Hoboken, USA, 2009. COSTA, Lucas Eduardo Vieck Costa. SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DE FILMESFINOS DE BiFeO3 MODIFICADO COM CÁLCIO VISANDO APLICAÇÃO EM MEMÓRIAS DE MÚLTIPLOS ESTADOS. Guaratinguetá, 2015. 64 p. DHERE, Neelkanth G. e ALVES, Rosangêla M.P. Otimização no Processo de limpeza de substratos.Riode Janeiro, 2008. GOMES, Pedro Barroso. Caracterização de materiais: uma abordagem das possibilidades de algumas técnicas instrumentais. Universidade Federal de São João del-Rei, 2015. 35 p. HERMES, Adilson Carlos. PREPARAÇÃO DE FILMES FINOS DE ÓXIDO DE ESTANHO SnO2 PELO MÉTODO PECHINI PARA APLICAÇÕES EM CÉLULAS FOTOVOLTAICAS. 2010. 103 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Física, Programa de PÓs-graduaÇÃo em FÍsica, Universidade Federal da Bahia Instituto de FÍsica, Salvador, 2010. MELO, Luciana De Oliveira. Preparação e caracterização de filmes finos sol-gel Nb2O5 dopados com Li+ visando possível aplicação em arquitetura.. São Carlos, 2001. 96 p. NEGREIROS, Alexandra Sciani. Processamento de Titanato de Cobre e Cálcio (CCTO) Pelo Método dos Precursores Poliméricos para Aplicação em Dispositivos 27 Fotoluminescentes. Itajubá, 2014. 46 p. PRADO, R. J.; et al.; QUÍMICA ORGÂNICA, 2013, Vol. 36, No. 6, 762-767 SEQUINEL, Thiago. 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