NIETZSCHE E A CORPORIEDADE

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CURSO DE FISIOTERAPIA 
AMANDA FERREIRA DA SILVA
ANA CLARA DE ARAÚJO GOMES
ANNY REBECA BRASILEIRO FONSECA
ANTONIO FERREIRA DE CALDAS NETO
JÉSSICA INGRID SÁ BELO
JOSEFA JANYNIE NUNES DOS SANTOS 
JUCIELTON FERNANDES GOMES
LARISSA THAYLLANE PEREIRA DE SANTANA
LUIZ CARLOS CHAVES DE SOUZA
MARIA TACIANA ALVES DE OLIVEIRA CAMBOIM 
WESLEY EMANUEL DE LIMA
NIETZSCHE E A CORPORIEDADE: EXPLORANDO A INTEGRAÇÃO DO CORPO NA EXPERIÊNCIA HUMANA
PATOS – PB
2024.1
AMANDA FERREIRA DA SILVA
ANA CLARA DE ARAÚJO GOMES
ANNY REBECA BRASILEIRO FONSECA
ANTONIO FERREIRA DE CALDAS NETO
JÉSSICA INGRID SÁ BELO
JOSEFA JANYNIE NUNES DOS SANTOS 
JUCIELTON FERNANDES GOMES
LARISSA THAYLLANE PEREIRA DE SANTANA
LUIZ CARLOS CHAVES DE SOUZA
MARIA TACIANA ALVES DE OLIVEIRA CAMBOIM 
WESLEY EMANUEL DE LIMA
NIETZSCHE E A CORPORIEDADE: EXPLORANDO A INTEGRAÇÃO DO CORPO NA EXPERIÊNCIA HUMANA
Trabalho referente ao seminário da disciplina de Corporeidade e Motricidade Humana, sobre a corporeidade na visão de Nietzsche.
PATOS – PB
2024.1
Sumario
INTRODUÇÃO	4
1.	O CORPO COMO CENTRO DA EXISTÊNCIA	4
2.	VONTADE DE PODER E EXPRESSÃO CORPORAL	4
3.	A REJEIÇÃO DA DUALIDADE CORPO-MENTE	5
4.	AFIRMAÇÃO DA SENSUALIDADE E DA VITALIDADE	5
5.	A FILOSOFIA DIONISÍACA: CELEBRAÇÃO DA CORPOREIDADE	5
6.	O SUPER-HOMEM E A REALIZAÇÃO CORPORAL	6
7.	O DESAFIO DO RESENTIMENTO E DA RESSENTIMENTO	6
8.	A IMPORTÂNCIA DA AUTENTICIDADE CORPORAL	6
9.	CRÍTICAS E DESAFIOS À PERSPECTIVA DE NIETZSCHE	7
CONCLUSÃO	7
DINÂMICA	8
REFERÊNCIA	10
INTRODUÇÃO
A noção de corporeidade de Nietzsche é de grande importância para que possamos então ter uma maior compreensão para com a existência humana, pois, ele acreditava que o corpo não vinha a ser tão somente um “recipiente” passivo, mas sim, uma parte ativa e de suma importância do homem. Para Nietzsche, a corporeidade não está tão somente ligada ao aspecto físico, o mesmo inclui ainda seus instintos, emoções e sensações diversas. Ele enfatizava a visão de que a perspectiva que temos voltada ao mundo e até de nós mesmos é moldada por nossa corporeidade, estando ligado diretamente a nossos valores, comportamentos e aspirações. Diante disso, ao estudarmos como nosso corpo funciona e interage com o mundo é o que nos ajuda a ter uma compreensão mais profunda da natureza humana.
1. O CORPO COMO CENTRO DA EXISTÊNCIA
Ao longo desse seminário veremos que Nietzsche desafia a dualidade entre corpo e mente ao enfatizar que o corpo é mais do que um receptor passivo, mas sim, um sujeito ativo que tem vontade e poderes. Para Nietzsche, nosso físico e mental estão conectados, e nosso corpóreo é importante para a experiência diária que temos seja ela sensorial ou emocional da vida. Com isso, ele dispensa a divisão entre mente e corpo, enfatizando com isso, o físico como a expressão da vontade e poder. Friedrich trouxe em sua tese que a saúde física e mental se relacionam e o corpo vem a ser a forma primordial de experiências sensoriais e emocional da existência humana, valorizando o corpo como o centro do ser, conduzindo a busca pela riqueza e realização pessoal.
2. VONTADE DE PODER E EXPRESSÃO CORPORAL
Segundo Nietzsche, almejar poder é uma das forças fundamentais que antecedem a ação e criatividade mostrada através do corpo. Ele analisava o corpo como um veiculo de suma importância dessa vontade para com aqueles que buscavam a afirmação de sua existência e desenvolvimento de capacidades. A criatividade, por exemplo, é analisada com expressão desse impulso, onde por intermédio do corpo humano novas possibilidades são encontradas para afirmar a liberdade. Por conseguinte, a inspiração de poder não vem a motivar tão somente a ação, mas toda a busca por realização pessoa e superação de limites. Friedrich considerava que é a força de toda ação e criatividade de nosso corpo, considerando assim o corpo como o veiculo principal de expressão dessa vontade na busca pelo potencial máximo. Para ele, toda criatividade é expressão interior desse desejo, e é através do corpo que há a descoberta de novas possibilidades para tal afirmação. Desse modo, o desejo não tão somente motiva a ação a ser tomada, mas promove todo o processo pela busca do aperfeiçoamento, sendo desse modo, uma força motriz da vida de cada ser humano. 
3. A REJEIÇÃO DA DUALIDADE CORPO-MENTE
A crítica de Nietzsche à dualidade entre corpo e mente é mais do que apenas uma questão filosófica. Ele considera isso uma limitação que afeta diretamente a nossa compreensão da existência humana. Nietzsche argumenta que, ao separar corpo e mente, perdemos de vista a natureza humana e fragmentamos os humanos em partes isoladas. Esta divisão não só limita a nossa compreensão da experiência, mas também limita a nossa liberdade porque nos impede de reconhecer e explorar plenamente a nossa totalidade. Nietzsche propõe uma visão mais holística e libertadora da existência que nos permite obter uma compreensão mais profunda de nós mesmos e do mundo que nos rodeia, integrando corpo e mente.
4. AFIRMAÇÃO DA SENSUALIDADE E DA VITALIDADE
Nietzsche enfatizada que tanto a sensualidade como a vitalidade física do homem, são aspectos fundamentais da existência do individuo, merecendo então ser admirado e cultivado. Ele despreza a ideia de que a vida deve ser abastecida a mercê de valores extraordinários ou espirituais, mas sim da vida terrena e material a qual temos. 
Friedrich considera a sensualidade uma fonte de prazer e expressão da vitalidade própria do individuo. O mesmo promove o deleite dos prazeres sensuais como uma forma de reafirmação da vida e sua ligação ao mundo externo. Abraçar esse lado, permite uma experiência de realização e vitalidade, além de ser uma expressão também de suas vontades de poder.o corpo então não é um meio para chegar a objetivos espirituais ou superiores, mas a manifestação da força vital de tudo aquilo que é tangível, respeitando a natureza e esforçando-se para chegar a seu potencial máximo ao cultivar a vitalidade, encontrando nosso verdadeiro eu.
5. A FILOSOFIA DIONISÍACA: CELEBRAÇÃO DA CORPOREIDADE
Podemos compreender como visão dionisiaca de Nietzsche a celebração do físico e sensual como expressão da existência humana, em contraposição as limitações morais tradicionais. É enfatizado a experiência sensorial, paixão e criatividade, onde os impulsos naturais do corpo são priorizados, trazendo desse modo certa liberdade das restrições morais ao nosso redor. Através dessa experiência vibrante, o individuo então atinge um estado de êxtase para com o universo, possibilitando o ressurgimento da cultura mediante ao confronto com o caos, abraçando o lado animal e vivendo paixão, vitalidade e integridade. 
6. O SUPER-HOMEM E A REALIZAÇÃO CORPORAL
O Übermensch (Super-Homem) é um conceito central na filosofia de Nietzsche, apresentando humano ideal que supera as fronteiras convencionais de moralidade ao se voltar plenamente em sua fisicalidade. São indivíduos que libertam-se das amarras sociais e suas normas, criando seus próprios valores diante do que sentem e desejam buscando a satisfação própria. Super-Homem vê tal sensualidade e vitalidade física como algo essencial a existência do homem, alcançando através dela uma liberdade e sensação de poder não somente consigo mesmo, mas com o mundo, moldando com isso, o próprio destino e visão do todo. 
7. O DESAFIO DO RESENTIMENTO E DA RESSENTIMENTO
Para Nietzsche, o ressentimento é a negação da vida, sendo um obstáculo nas realizações físicas. Ao nos ressentirmos, sentimentos de frustração surgem, assim como inveja e raiva também. A negação da vida acontece quando as pessoas entram em um estado de recusa em aceitar a realidade que possuem e a buscar por ideais divinos por assim dizer. Superar esse sentimento requer aceitar a realidade que se encontra e celebrar a fisicalidade. Friedrich traz a ideia de que o ressentimento está ligado as frustrações das ambições do individuo, o levando a raiva e inveja daqueles que ele acredita parecerem ter sucesso. Negar a vida ocorre quando a recusa em aceitar a realidade é presente,se refugiando em uma ideia inexistente ou distante, alienando o corpo e impedindo a realização plena. A superação requer uma aceitação corajosa da existência, bem como a celebração da mesma. 
8. A IMPORTÂNCIA DA AUTENTICIDADE CORPORAL
Segundo Nietzsche, a autenticidade física é importante na busca da realização pessoa e espiritual do individuo. Ele argumenta que ao negar a corporeidade, uma alienação da natureza humana ocorre, mas ao abraçarmos ela, promovemos então uma vida mais significativa. A valorização dos impulsos naturais do homem e suas experiências sensoriais é importante para que possa chegar a uma sensação de totalidade. Por meio de uma vida autentica, o homem se conecta ao outro de forma mais profunda, e não somente com o outro, mas consigo mesmo e com o mundo em vive, encontrando com isso, um proprósito para a jornada chamada vida. 
9. CRÍTICAS E DESAFIOS À PERSPECTIVA DE NIETZSCHE
As ideias de Nietzsche relacionada a corporeidade são muitas vezes criticadas pela falta de uma orientação moral clara, já que a mesma foca no individualismo, muitos pesquisadores acreditam que isso pode levar ao isolamento social, bem como a falta de um sistema ético valido que venha a ser definido, levantando desse modo, questões das ações, se são realmente benéficas ou não. Além disso, diante da estrutura social existente, algumas mudanças podem ser difíceis de serem aplicadas, e também, a idealização da vitalidade física pode levar a certas preocupações, como a responsabilidade para com a corporeidade. 
CONCLUSÃO
Este trabalho explorou os vários aspectos da filosofia de Nietzsche, dando ênfase a importância da corporeidade e a busca da realização humana. Podemos compreender com a visão do autor que o corpo como centro do individuo é uma fonte de vitalidade, a ideia do Übermensch (Super-Homem) é um ideal para superação das limitações morais, a autenticidade física para com a busca pela realização pessoal e espiritual. Também discutimos os desafios e criticas levantadas perante suas ideias, incluindo questões de falta de moral clara. Logo, esse trabalho trouxe uma melhor compreensão da experiência humana e sua corporeidade. 
DINÂMICA
"Expressão Corporal do Übermensch"
Objetivo: Explorar e expressar a vitalidade e a força do corpo humano, refletindo sobre as ideias de Nietzsche sobre corporeidade e auto-superação.
Instruções:
· Introdução: Comece explicando brevemente as ideias de Nietzsche sobre corporeidade, destacando sua ênfase na vitalidade, na auto-superação e na expressão plena do potencial humano.
· Aquecimento: Realize alguns exercícios simples de aquecimento corporal, como alongamentos leves e respiração profunda, para preparar os participantes para a atividade principal.
· Expressão Corporal: Divida o grupo em pares ou pequenos grupos. Peça para cada grupo escolher uma emoção ou conceito relacionado à ideia de corporeidade de Nietzsche (por exemplo, vitalidade, força, liberdade) e expressá-lo por meio de movimentos corporais. Eles podem usar gestos, posturas, danças ou qualquer forma de expressão corporal que desejarem.
· Compartilhamento: Após a atividade de expressão corporal, reúna o grupo e convide cada par ou grupo a compartilhar sua interpretação da emoção ou conceito escolhido. Encoraje os participantes a refletirem sobre como suas expressões corporais relacionam-se com as ideias de Nietzsche sobre corporeidade.
· Discussão: Facilite uma discussão em grupo sobre as experiências vivenciadas durante a atividade. Pergunte aos participantes como se sentiram ao expressar-se corporalmente e como isso se relaciona com a filosofia de Nietzsche. Incentive reflexões sobre a importância da expressão corporal na busca pela auto-superação e na afirmação da vida.
· Encerramento: Termine a dinâmica ressaltando a importância da expressão corporal como uma forma de manifestar a vitalidade e a força do ser humano, conforme defendido por Nietzsche.
Essa dinâmica proporciona uma experiência prática e reflexiva sobre as ideias de Nietzsche sobre corporeidade, ao mesmo tempo em que promove a interação e o engajamento do grupo.
REFERÊNCIA
ALVARENGA, Rodrigo. Nietzsche e o corpo. Estudos Nietzsche, v. 1, n. 2, 2010. Disponível em < https://periodicos.ufes.br/estudosnietzsche/article/download/40424/26704 >. Acessado em 14 de abril 2024. 
AZEREDO, Verônica Pacheco de Oliveira. O corpo em Nietzsche a partir de uma leitura da “genealogia da moral”. 2008. Disponível em < https://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/2461/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O_CorpoNietzscheLeitura.pdf >. Acessado em 15 de abril 2024. 
BORGES, Marcos Alexandre. Nietzsche e a noção de corpo. Trilhas Filosóficas, v. 1, n. 2, p. 114-126, 2008. Disponível em < http://periodicos.apps.uern.br/index.php/RTF/article/view/1557 >. Acessado em 14 de abril 2024. 
ESCOBAR, Carlos Henrique. Zaratustra: o corpo e os povos da tragédia. 7Letras, 2000.
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