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Acadêmicos¹ ADIEL DA SILVA SANTOS ANA PAULA SANTOS BISPO JOADSON SOUSA MOTA JOANA CABRAL SANTOS JOSANIA EVANGELISTA DE JESUS LEANDRO BARBOSA SANTOS MARCOS FERNANDO CARDOSO AGUIAR LIMA Tutor Externo² WILDON CELEDÔNIO Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI INTRODUÇÃO A síntese de fármacos é um importante capítulo da química orgânica, uma vez que permite a construção de moléculas, em seus diversos níveis de complexidade. Esse desdobramento da síntese orgânica, apresenta características particulares, pois além de racionalizar uma sequência de etapas sintéticas visando obter os melhores rendimentos possíveis, é necessário também dispensar atenção ao grau de pureza e à escala da reação. (MENEGATTI, et al; 2001, p.16) Levando em consideração essa ideologia, ressalta-se que a síntese de fármacos ocorre por meio da manipulação química de substâncias em laboratório, enquanto os biológicos são produzidos a partir de células vivas, como plantas e microorganismos. Dessa forma, a sintetização dos medicamentos biológicos são 1 muito mais complexos em relação à manipulação de substâncias químicas em laboratórios. No entanto, a maioria dos medicamentos biológicos são sintetizados através de uma tecnologia chamada DNA recombinante, onde uma determinada célula é modificada geneticamente para que assim através dessa célula se produza uma proteína específica. A população obteve em 1982 o primeiro produto farmacêutico desenvolvido através dessa tecnologia (A Insulina Humana), sintetizada em uma cultura de bactéria geneticamente modificada. Em geral, as fases primária e secundária compõem a produção dos fármacos. A produção primária corresponde ao tratamento e formulação do princípio ativo. Já a secundária é responsável pelo processamento de tal princípio, a fim de obter as formas (cápsulas, comprimidos, injetáveis, etc) e propriedades desejadas. De maneira simplificada, é possível segmentar o processo produtivo de fármacos em algumas etapas principais: separação dos insumos, pesagem, manipulação e fabricação, embalagem e avaliação técnica. Todas essas etapas envolvem testes e controle rigoroso, exercidos tanto pela empresa responsável quanto por órgãos reguladores, como a Anvisa. (PROPEQ; 2021). O termo fármaco refere-se à substância química principal do medicamento, responsável pelo efeito terapêutico. Podendo ser sintético ou de origem natural (RANG, et al; 2007). A partir da segunda metade do século XX, com o desenvolvimento da química orgânica sintética, os fármacos sintéticos tornaram-se a principal fonte de tratamento para doenças (BRUNTON; CHABNER; KNOLLMANN; 2012). Seguindo essa linha de raciocínio, destaca-se que a Política Nacional de Medicamentos (PNM) vem com o objetivo de assegurar o acesso a esses fármacos (medicamentos), garantindo assim a biodisponibilidade de produtos seguros, eficazes e de qualidade, além de promover o uso racional por parte da população. A Política Nacional de Medicamentos (PNM), tornou-se um assunto de muita importância, relativamente no âmbito da saúde pública e na aproximação direta da população aos medicamentos. Conhecer sua trajetória em retrospectiva de quase 20 anos de implementação, nos proporciona uma satisfação de que os desafios e barreiras enfrentados ao longo desses anos foram superados, e dessa forma, agregando resultados satisfatórios de uma luta árdua e extensa. Embora, trilhando ainda um caminho imenso para alcançar novos objetivos. Durante duas décadas, atribui-se à Política Nacional de Medicamentos assuntos de grande relevância que causaram impacto na Assistência Farmacêutica. No entanto, o Sistema Único de Saúde (SUS) é o principal destaque e está diretamente englobado neste cenário de avanços. A Assistência Farmacêutica no Brasil foi garantida como um campo de atuação do Sistema Único de Saúde desde a criação da lei 8.080/90 que inclui a assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica (art. 6º, I, d), com a distribuição de medicamentos e produtos de interesse para a saúde, conforme as diretrizes terapêuticas definidas em protocolo clínico para a doença a ser tratada (art. 19-M, I) (BRASIL, 1990). Em 1998 foi publicada a Política Nacional de Medicamentos, tendo como uma das diretrizes dessa Política a Reorientação da Assistência Farmacêutica que consiste na descentralização dessa política, na promoção do uso racional de medicamentos, eficácia e otimização do sistema de distribuição de medicamentos e redução de preços dos produtos (BRASIL, 2002). Na Política Nacional de Medicamentos a Assistência Farmacêutica é definida como um grupo de atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação e o controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e a avaliação da utilização, a obtenção e a difusão de informação sobre medicamentos e a educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos. (BRASIL, 2002, p.34). FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA “O Brasil vem experimentando, desde a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), mudanças importantes no seu sistema público de saúde. Neste contexto, princípios importantes vêm norteando a política de saúde do país.” (OLIVEIRA, et al; 2010, p.3561-3567) Vasconcellos, et al (2017, p. 2609-2614) relata que recentemente, têm-se discutido que o acesso universal, igualitário e integral à assistência farmacêutica (AF) requer: assistência ao usuário pelo SUS; conformidade com a Relação Nacional de Medicamentos e diretrizes terapêuticas definidas em protocolos clínicos; e ter a dispensação em unidades indicadas pela direção do SUS. A universalidade trouxe consigo a ampliação do acesso da população aos serviços de saúde. Neste aspecto, a Atenção Básica à Saúde (ABS) tem-se constituído em prioridade governamental na reorientação das políticas de saúde em nível local com a finalidade de fortalecer a "porta de entrada" do sistema. Nesse sentido, a ABS toma força na década de 1990 com a implantação do Programa Saúde da Família (PSF) em 1994, estabelecendo a Unidade de Saúde da Família (USF) como a principal via de acesso da população ao sistema público de saúde. (OLIVEIRA, et al; 2010) Os diferentes aspectos demográficos e de saúde fazem com que a elaboração de políticas nacionais atenda diferentes interesses nas arenas decisórias. Assim, a ideia que levou à elaboração deste trabalho surgiu do questionamento quanto ao processo de elaboração de políticas neste cenário, especialmente quanto aos atores envolvidos, visando identificar os atores e seus respectivos papéis (poder, legitimidade e urgência) na formulação da PNM. (MACHADO, et al; 2013) O comércio internacional de medicamentos teve aumento significativo em curto prazo entre os anos de 1980 e 1999, sendo de US$5 bilhões para 120 bilhões neste tempo. Um número reduzido de empresas deste mercado multinacionais têm dominado a produção e a venda dos medicamentos no mundo. Das empresas, 10 se responsabilizam pela metade da comercialização e a concentração teve um aumento. VIEIRA (2007) No Brasil, a inovação na área da saúde vem sendo discutida à luz de uma abordagem sistêmica das indústrias da saúde tendo o complexo industrial da saúde sido constituído numa categoria de análise compreendendo sua composição, oportunidades e o papel do Estado na mediação destas relações. (GADELHA, 2004.; CASSIOLATO, 2000) No intuito de contribuir para o monitoramento da qualidade de medicamentos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em conjunto com o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (INCQS/FIOCRUZ), instituiu o Programa Nacional de Verificação da Qualidade de Medicamentos (PROVEME). PONTES JÚNIOR (2008) A avaliação pela Anvisa do Plano de Farmacovigilância,do Plano de Minimização de Riscos e do relatório atualizado, previamente à autorização de uma nova indicação, tem por objetivos garantir que os preceitos de boas práticas de farmacovigilância serão aplicados pelo detentor do registro para o novo uso, definir especificação de segurança, prever a coleta e o processamento de todas as informações sobre eventos adversos notificados e apresentar relatórios periódicos da relação benefício-risco do medicamento, de acordo com a RDC nº 406/2020. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2020) Com a finalidade de atingir a prevenção de eventos que podem agravar ou comprometer a vida do paciente, o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), instituído pela Portaria Nº 529, de 01 de abril de 2013, foi criado para assegurar as condições adequadas para a prestação dos serviços de saúde. BRASIL (2013) Dentro do contexto histórico, a regionalização ganhou destaque nacional somente na virada dos anos 2000, com a edição da Norma Operacional de Assistência à Saúde em 2001 (NOAS) e com a publicação do Pacto pela Saúde em 2006. Foi então que novas políticas públicas, que visavam a qualidade, eficácia e baixo custo dos medicamentos através do processo, foram surgindo e ganhando força nesse meio (LIMA et al., 2012). METODOLOGIA O presente estudo apresenta uma revisão bibliográfica, qualitativa básica, que busca como auxílio, artigos já publicados tomando como contribuição teórica para a criação de um novo estudo. O estudo bibliográfico qualitativo é o método ao qual não se deve ter aleatoriedade, pois preocupa-se com o nível de realidade, portanto procura esclarecer questões sem que ocorra desvio do exemplar estudado. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Ressalta-se que uma das principais conquistas da política foi a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), onde sua atribuição é regular e fiscalizar demandas obrigatórias como o registro, produção, comercialização e utilização dos medicamentos em geral no país. Com essa norma, a segurança tornou-se mais eficaz para combater a venda de medicamentos falsificados ou de má qualidade. Outro avanço significativo foi a implementação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos, que tem como objetivo monitorar a cadeia de produção e distribuição dos medicamentos, desde a fabricação até o consumo final. Esse sistema contribui para reforçar o cuidado, e assim, evitar a entrada de produtos falsificados no mercado, além de garantir o rastreio dos medicamentos, o que é fundamental para a segurança dos pacientes. Entretanto, com os avanços alcançados, é possível sim que ainda existam grandes desafios a serem enfrentados e, exemplificando um desses seria: a garantia estabelecida do acesso aos medicamentos para toda a população, respectivamente para aqueles que mais necessitam e dependem do Sistema Único de Saúde (SUS). A política nacional de medicamentos (PNM) tem como objetivo direto, introduzir alternativas relacionadas a interesse populacional a garantia e oferta de medicamentos essenciais e de alto custo, além de promover a produção nacional de fármacos, reduzindo a dependência de importações. Outro desafio é o uso racional dos medicamentos, onde seu importante objetivo é promover a conscientização da população sobre a importância de seguir corretamente as prescrições médicas, evitar a automedicação e o uso indiscriminado de medicamentos, além de incentivar a educação continuada de profissionais de saúde, visando a prescrição adequada e a utilização consciente dos medicamentos. Em resumo, os avanços atribuídos na Política Nacional de Medicamentos em quase 20 anos de implementação, obteve resultados significativos, dando ênfase na criação da ANVISA e causando efeito positivo na atuação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos, incluindo essencialmente a Assistência Farmacêutica. No entanto, ainda há desafios a serem superados, como a garantia do acesso aos medicamentos e o uso racional desses produtos. É fundamental que a política continue sendo aprimorada, buscando sempre melhorar a saúde e o bem-estar da população brasileira. A assistência Farmacêutica é um grupo, ou ciclo, de atividades relacionadas com medicamentos destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação e controle de qualidade, a segurança e eficácia terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e a avaliação da utilização, a obtenção e a difusão de informação sobre medicamentos e a educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos (Portaria GM N° 3916/98 – Política Nacional de Medicamentos). A Assistência Farmacêutica é formada por um ciclo, onde suas etapas são formadas pela: seleção, programação, produção, aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação. Essas etapas do ciclo, tem grande importância, pois elas são responsáveis pela garantia do acesso aos medicamentos, pela qualidade, pela eficácia e pelo uso racional. A Assistência Farmacêutica está intrinsecamente ligada ao Uso Racional De Medicamento que é outra prioridade definida pela PNM (Política Nacional de Medicamento). O uso racional de medicamento é definido quando ocorre a escolha terapêutica, a indicação, e o medicamento são apropriados, bem como a dose, a administração e a duração do tratamento são adequados e a dispensação do medicamento se faz de maneira correta com adesão do paciente ao tratamento (Marin et al,2003). Segundo o autor, a Assistência Farmacêutica tem a responsabilidade de priorizar o uso racional de medicamentos, desde a escolha do tratamento, administração, duração e aceitação do paciente ao tratamento. No entanto, existe um ciclo de seguimentos para que tudo seja feito de maneira correta e segura com o objetivo de fortalecer ainda mais a informação para toda população através da: INDICAÇÃO – É necessário intervir medicamentos para modificar a história natural da doença? SELEÇÃO - Qual o medicamento mais adequado? PRESCRIÇÃO- Como administrar o fármaco escolhido? INFORMAÇÃO- Para obter maior sucesso é preciso fornecer informação sobre o tratamento ao paciente, informando em linguagem clara, concisa e apropriada a cultura local e o grau de compreensão do paciente, levando também em conta o aspecto ético do direito de escolha do paciente. SEGUIMENTO- Feita uma prescrição adequadamente embasada, a atenção do prescrito deve voltar-se ao acompanhamento do paciente, no sentido de mensurar benefícios terapêuticos e monitorizar riscos (Marin et al, 2003; p. 287,290) No âmbito do SUS as aquisições de medicamentos devem ser feitas por meio de licitação, dispensa de licitação, inexigibilidade de licitação ou registro de preço de acordo com os parâmetros determinados pela Lei Federal Nª 8.666/93, nos casos em que cabem processo licitatório, os preços dos medicamentos tendem a ser reduzidos com o aumento do volume da compra. A POLÍTICA NACIONAL DE MEDICAMENTOS E SUAS DIRETRIZES A PNM tem como base, o princípio do SUS e possui oito diretrizes principais que a constituem. Quais são essas diretrizes e os seus objetivos? Adoção da relação de medicamentos essenciais ⇒ Mecanismos para atualização da relação nacional de medicamentos essenciais RENAME; ⇒ Produtos básicos e indispensáveis atendam a maioria dos problemas da população; ⇒ Disponibilidade contínua ⇒ RENAME Regulamentação sanitária de medicamentos ⇒ Registro de medicamentos ⇒ Autorização para funcionamento de empresas e estabelecimentos ⇒ Eliminação de produtos inadequados Reorientação da assistência farmacêutica ⇒ Restrição à aquisição e à distribuição de medicamentos ⇒ Promoção do acesso da população aos medicamentos essenciais ⇒ Atividades de seleção , programação , aquisição ,armazenamento , e distribuição , controle de qualidade e utilização; Promoção do uso racional de medicamentos⇒ Repercussões sociais e econômicas ⇒ Processo educativo dos usuários ou consumidores ⇒ Necessidades de receita médica Desenvolvimento científico e tecnológico ⇒ Revisão e dinamização de pesquisas na área farmacêutica ⇒ Capacitação e o desenvolvimento tecnológico ⇒ Aproveitamento potencial terapêutico da flora e fauna nacionais ⇒ Estímulo à produção de fármacos (RENAME) Promoção da produção de medicamentos ⇒ Articulações efetivas na produção de medicamentos ⇒ preferências aos medicamentos essenciais ⇒ Medicamentos para patologias que tenham impacto na saúde pública Garantia da segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos ⇒ Cumprimento da regulamentação sanitária ⇒ Inspeção e fiscalização ⇒ Sistema nacional de vigilância sanitária Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos ⇒ Planos , programas , e atividades responsáveis pela operação da PNM ⇒ Garantia de capacitação ⇒ Comissão permanente de integração A Política Nacional de Medicamento foi publicada na portaria n° 3.916 ,dia 30 de outubro de 1998 com o propósito de garantir a necessária segurança , eficácia e qualidade do medicamento, além da promoção do uso racional de medicamentos e do acesso da população aos medicamentos considerados essenciais. As diretrizes são um conjunto de prioridades que formam as bases para a conquista do propósito da PNM, para assegurar o acesso da população a medicamentos seguros e eficazes e de qualidade, ao menor custo possível, os gestores dos SUS, nas três esferas de governo,devem seguir essas diretrizes definidas. É de grande importância destacar que a Política Nacional de Medicamentos (PNM), tornando-se um tema principal na área da saúde pública no Brasil ao longo de quase 20 anos de implementação, superou inúmeros desafios com o objetivo de melhorar ainda mais o contato populacional a: informação, orientação, eficácia e o uso racional de medicamentos. Esta política desempenhou um papel fundamental na promoção do acesso da população aos medicamentos, dando ênfase no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A PNM fez parte de avanços significativos no contexto da Assistência Farmacêutica e no Sistema Único de Saúde (SUS). A Assistência Farmacêutica foi estabelecida como parte integrante do SUS com a criação da Lei 8.080/90, que incluiu a distribuição de medicamentos de acordo com diretrizes terapêuticas específicas. Em 1998, a PNM foi publicada, e uma de suas diretrizes-chave foi a Reorientação da Assistência Farmacêutica. Isso incluiu a descentralização da política, promoção do uso racional de medicamentos, otimização do sistema de distribuição e redução de preços. A PNM definiu Assistência Farmacêutica como um conjunto de atividades relacionadas aos medicamentos, incluindo fornecimento, conservação, controle de qualidade, segurança, eficácia terapêutica, acompanhamento, avaliação, educação sobre medicamentos e promoção do uso racional. Um dos marcos importantes da PNM foi a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que regula e fiscaliza o registro, produção, comercialização e uso de medicamentos no país. Isso melhorou significativamente a segurança dos medicamentos, reduzindo a presença de produtos falsificados ou de baixa qualidade no mercado. Outro avanço notável foi a implementação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos, que monitora a cadeia de produção e distribuição, garantindo a segurança dos medicamentos e rastreabilidade. Apesar desses avanços, os desafios persistem. Um deles é garantir o acesso equitativo a medicamentos, especialmente para aqueles que dependem do SUS. A política de medicamentos deve buscar maneiras de fornecer medicamentos essenciais e de alto custo, além de promover a produção nacional de fármacos para reduzir a dependência de importações. Outro desafio é promover o uso racional de medicamentos, combatendo a automedicação e incentivando a prescrição adequada por profissionais de saúde. A educação continuada dos profissionais de saúde e conscientização da população sobre o uso adequado de medicamentos são importantes nesse contexto. Em resumo, a PNM no Brasil alcançou avanços significativos ao longo de quase duas décadas, com a criação da ANVISA e a implementação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos. No entanto, desafios persistem, como a garantia de acesso a medicamentos e a promoção do uso racional. A política continua sendo aprimorada para melhorar a saúde e o bem-estar da população brasileira. Em conclusão, a Política Nacional de Medicamentos (PNM) é de extrema importância, apesar de enfrentar desafios na sua devida implementação, como o mercado farmacêutico e a operacionalização da assistência farmacêutica dentro do SUS. A partir da Política é possível garantir o acesso da população aos medicamentos essenciais, além do seu uso racional por meio dos profissionais de saúde e usuários. Por tanto, faz-se necessário que as três esferas de governo se apropriem e sigam as diretrizes e prioridades trazidas pela PNM, para que os seus objetivos sejam implementados e dessa maneira consolidar o Sistema Único de Saúde, contribuindo para viabilizar a assistência à saúde por meio da cobertura farmacológica, além de garantir a necessária segurança, qualidade e eficácia dos fármacos. Dentre as principais diretrizes da PNM podem ser citadas a reorganização da assistência farmacêutica, o estabelecimento da relação de medicamentos essenciais, o incentivo à produção de medicamentos, além da regulação sanitária, para dessa forma assegurar o acesso dos medicamentos de forma justa e equânime à população, respeitando os princípios básicos do SUS. Diante o exposto, é importante enfatizar pontos que merecem destaques em referência do tema, (Síntese de fármacos e a Política Nacional de Medicamentos), literalmente integrados nas políticas nacionais de saúde. Sobre as origens dos fármacos, podemos salientar que, adotou-se a produção de medicamentos com maior concentração de origem sintética, pois são mais maleáveis para uma produção com maior quantidade e menor números de perdas, ou seja. São usados materiais de baixo custo, levando em consideração que os insumos a serem usados devem ser analisados para que não haja agressões tóxicas ao meio ambiente. Com ênfase nos pontos chaves sobre políticas nacionais de saúde temos um tripé: PNM-AF-SUS. Portanto, a política nacional de saúde está ligada à assistência farmacêutica, que por sua vez foi desenvolvida para ser trabalhada na área do SUS, com o interesse de alcançar as diversas populações. Com a PNM (Política Nacional de Medicamentos), em seus 20 anos de existência foi criada a RENAME (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais), com proposta de inclusão ou exclusão em consultas públicas. O MS (Ministério da Saúde), promoveu algo a ser destacado que foram seus editais de cursos por todo o Brasil. O intuito desses cursos é atribuir uma capacitação da (AF) Assistência Farmacêutica, em busca de atender as demandas relacionadas à saúde pública. REFERÊNCIAS Alexandra Crispim Boing, Neusa Maria Sens Bloemer, Cláudia Roesler, AS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE , Disponível em: Revista Eletrônica Direito e Política: v. 3 n. 2 (2008). Acesso em: 16/10/2023 ALMEIDA, C. C. Assistência farmacêutica no sistema único de saúde (SUS): conceito, histórico e dispositivos legais. Disponível em: Saúde com, v. 10, n. 1, p. 80–86, 2014. Acesso em: 19/11/2023 BRASIL. Ministério da Saúde. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html>. Acesso em: 19 nov. 2023. BRASIL. Mniistério da Saúde. 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