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Apostila do Curso MEAO docx (1)


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SUMÁRIO
Apresentação do Curso 3
Módulo I: Facilitar e mediar - como fazer? 6
Unidade 1: O Papel do Facilitador/tutor 7
Pílulas de Conteúdo Extra 13
Atividade Extra - Mão na Massa 14
Unidade 2: Processo de Ensino e Aprendizagem - a Andragogia 15
Pílulas de Conteúdo Extra 21
Atividade Extra - Mão na Massa 22
Unidade 3: Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDICs) 24
Pílulas de Conteúdo Extra 40
Atividade Extra – Mão na Massa 41
Módulo II: Novas metodologias e tecnologias na aprendizagem on-line42
Unidade 1: Metodologias Ativas 43
Pílulas de Conteúdo Extra 57
Atividade Extra - Mão na Massa 58
Unidade 2: Metodologias Ágeis 59
Pílulas de Conteúdo Extra 70
Atividade Extra - Mão na Massa 71
Unidade 3: Metodologias Imersivas 72
Pílulas de Conteúdo Extra 88
Atividade Extra - Mão na Massa 89
Módulo III: Comunicando e marcando presença 90
Unidade 1: Presença Social, Presença Cognitiva e Presença de Ensino 91
Unidade 2: Dialogicidade em Cursos EaD 101
Unidade 3: Engajamento e Motivação 107
Pílulas de Conteúdo Extra 113
2
Apresentação do Curso
Nossas boas-vindas ao curso Mediação do Ensino e da Aprendizagem
On-line.
Estamos na era do que chamamos de “Lifelong Learning”, ou seja,
aprendizagem ao longo da vida ou educação continuada. Com a aceleração do
progresso tecnológico e científico surge a cada instante um universo de
inovações que exigem das pessoas um constante aprendizado para que consigam
manter-se atualizadas, acompanhem as mudanças e obtenham oportunidades e
sucesso em suas vidas profissionais.
O papel do educador do século 21 também está em constante mudança.
Há alguns anos vem se falando em professor 3.0, rapidamente passou-se para
professor 4.0 e a sociedade já idealiza o professor 5.0. No entanto, a educação
ainda opera em formatos antigos, no modelo estrito quando o mundo era
analógico.
Vimos constatando que a oferta e procura por educação na modalidade a
distância está crescendo a cada ano e que em 2020, com o advento da pandemia
do novo coronavírus (SARS-COVID 19) as instituições de ensino precisaram
migrar emergencialmente seu modelo de ensino presencial para o ensino remoto,
sem estarem preparadas para tal.
O modelo de ensino on-line e híbrido (síncrono, remoto e assíncrono) deve
tornar-se uma tendência no mundo todo, tanto para cursos de longa duração
como, principalmente, para cursos e treinamentos corporativos de curta duração.
Como você se vê nesse cenário? Como professor ou futuro professor,
percebe que precisa desenvolver permanentemente novas habilidades para
melhorar o seu desempenho docente? Tem a vontade de atuar com mais
excelência em ações de ensino a distância?
Com certeza, sim, pois está matriculado e iniciando este curso! Que legal!
Você, que se propõe a atuar na educação a distância, pode nos responder
com sinceridade a afirmativa abaixo?
“Ensinar on-line é fácil. Basta reproduzir o que é feito na sala de aula
presencial.”
Mito ou verdade?
Para muitos pode não parecer, mas a resposta é MITO! Ensinar on-line é
muito mais que migrar um conteúdo que foi ensinado na sala de aula face a face
para a sala virtual. E também, não é apenas saber usar a plataforma de ensino,
nem postar atividades para serem respondidas.
3
Ensinar on-line requer:
➔ estabelecer presença forte e ativa;
➔ compartilhar com os alunos a responsabilidade da aprendizagem;
➔ criar o sentimento de pertencimento a uma comunidade;
➔ estimular a autonomia do aluno;
➔ propor atividades colaborativas;
➔ utilizar um modelo de ensino altamente focado nos alunos;
➔ envolver os alunos em nível pessoal.
Não se engane, são várias as habilidades requeridas, mas não se preocupe
que estamos atentos em ajudá-lo(a) no seu desenvolvimento. Como falamos
anteriormente, ao capacitar novos facilitadores para atuarem com excelência nas
ações de ensino a distância, busca-se minimizar a evasão, garantindo a
aprendizagem e satisfação dos alunos.
Este curso tem 60h/a e está dividido em três módulos.
No módulo I, você vai analisar abordagens de ensino, estratégias
didáticas/andragógicas e tecnologias da informação e comunicação que podem
tornar a experiência de aprendizagem ativa, significativa, útil e interessante.
No módulo II, vai conhecer novas metodologias inovadoras, tecnologias
que as permeiam e propostas práticas de aplicação imediata.
No terceiro e último módulo, você vai perceber a necessidade da presença
social do tutor/facilitador e da geração do senso de comunidade com a utilização
de técnicas de comunicação, motivação e engajamento para manter a
participação ativa dos alunos durante todo o curso. Ao término de cada unidade,
propomos atividades extras, “mão na massa”, facultativas, para tornar seu
aprendizado ainda mais significativo.
É um curso gratuito, on-line, livre, sem tutoria, ofertado através da Web,
por meio de um ambiente virtual de aprendizagem - AVA, a Plataforma Saberes,
que visa oferecer para um grande número de interessados, a oportunidade de
ampliar seus conhecimentos. Este modelo é chamado em inglês de MOOC –
Massive Open On-line Course.
Para receber o Certificado é preciso estudar e realizar os exercícios de
fixação ao final de cada módulo e a Avaliação Final, obtendo a nota mínima de 70
(setenta) pontos.
Você terá até 60 (sessenta) dias para a conclusão do curso. Caso seja
4
concluído antes desse prazo, o certificado só será emitido a partir do 15º dia da
matrícula, contados a partir da data de inscrição.
O Instituto Legislativo Brasileiro (ILB) lhe deseja um ótimo estudo e um
excelente aproveitamento no curso!
Equipe de Coordenação de EaD
Para acessar o vídeo de apresentação do curso, clique aqui.
5
https://youtu.be/0FPkqiTPzlk
Módulo I: Facilitar e mediar - como fazer?
O que você vai ver neste módulo? Clique aqui para acessar o vídeo.
Objetivos específicos:
➔ Reconhecer as competências para o exercício da tutoria;
➔ Compreender a abordagem andragógica para a aprendizagem de adultos;
e
➔ Demonstrar o uso das TDICs na mediação e facilitação do ensino e
aprendizagem.
6
https://youtu.be/wEDCCZigC5g
Unidade 1: O Papel do Facilitador/tutor
Preste atenção no que diz Nunes (2014, p.1):
“Os tutores são mediadores do processo de aprendizagem dos
alunos e são fundamentais para criar situações que
favoreçam a construção do conhecimento. A boa atuação de
um tutor pode ser um impulsionador para um aluno
desmotivado e fundamental para todos que buscam atingir
seus objetivos no curso, mas se deparam com certas
dificuldades. Por outro lado, um tutor que não cumpre com o
seu papel a contento pode deixar muitos alunos sem
atendimento necessário e causar um clima de insatisfação ou
abandono.”
Observando a citação acima, dá para perceber o alto nível de
importância dos tutores para o bom desempenho dos estudantes e o sucesso de
um curso, certo? E você sabe que para ensinar on-line não é possível apenas
reproduzir a performance docente da sala de aula presencial, já que professor e
alunos estão separados no tempo e espaço em um mundo digital e virtual, ok?
Portanto, assim como no Conselho Nacional de Justiça – CNJ (2015),
aqui no ILB, concebemos que os tutores/facilitadores do ensino a distância
devem trabalhar com foco nas seguintes competências:
➔ Competência Técnica
Domínio do conteúdo do curso. Aqui no ILB essa competência é
7
avaliada pela Comissão de Seleção de Colaboradores – CSC. Os servidores
interessados ao exercício do encargo de tutor/facilitador participam de um
processo seletivo composto de duas etapas: Avaliação de Requisitos como
formação acadêmica, experiência docente e experiência profissional na
área e Avaliação Técnica, com entrevista e/ou exercício para
demonstração de aptidão para docência (miniaula ou videoaula).
➔ Competência Didática/Andragógica
Domínio dos métodos de ensino-aprendizagem que contribuem
para o aprendizado dos alunos adultos. Há um Programa de Capacitação
de Colaboradores Educacionais em desenvolvimento no ILB, que inclui
cursos de curta duração presenciais, híbridos e a distância, eventosperiódicos, seminários, grupos de estudo e formação de uma comunidade
educacional para troca de experiências.
➔ Competência Socioafetiva
Capacidade de criação de um ambiente interpessoal favorável à
aprendizagem envolvendo aspectos relacionados à comunicação dialógica,
criatividade, socialização e criação de uma comunidade que favoreça o
engajamento, automotivação e a interação. Esta competência será
desenvolvida por meio do Programa numa abordagem vivencial e “learn
by doing”.
➔ Competência Tecnológica
Domínio dos recursos e ferramentas tecnológicas de interação,
comunicação e gestão. Aqui no ILB usamos o Ambiente Virtual de
Aprendizagem “Saberes” (Moodle), mas hoje há diversas tecnologias e
ferramentas disponíveis, como veremos mais adiante. Está previsto no
Programa curso prático de utilização da plataforma Saberes.
➔ Competência Gerencial
Contempla o domínio de aspectos relevantes e indispensáveis
para a gestão do curso, acompanhamento da aprendizagem dos alunos,
gestão da participação, da comunicação e trabalho com relatórios. No ILB,
o tutor utiliza as ferramentas do Saberes para acompanhamento dos
aprendizes e apresenta um Relatório Final de Curso de acordo com Modelo
adotado na nossa instituição.
No livro “O Instrutor Online – Estratégias para a excelência
profissional”, Palloff e Pratt (2013), apresentam alguns critérios essenciais
para avaliação do papel do facilitador on-line excelente, tais como:
8
Verifique o entendimento do tema pelo Centro de Referência em
Formação e em Educação a Distância, do Instituto Federal de Educação do
Espírito Santo – “As Competências do Tutor”. Para acessar o vídeo, clique aqui.
Moran (2013, p.12) afirma que “nosso papel fundamental na educação
escolar é de ser mediadores interessantes, competentes e confiáveis entre o que
a instituição propõe em cada etapa e o que os alunos esperam, desejam e
realizam.”
Masetto (2013, p. 142) diz que o verdadeiro papel do professor é “o de
mediador entre o aluno e sua aprendizagem, o facilitador incentivador e
motivador dessa aprendizagem.”
Mas, como definimos MEDIAÇÃO?
A modalidade a distância, de acordo com Souza, Sartori e Roesler
(2008), "[...] caracteriza-se por ser um processo composto por duas mediações:
a mediação humana e a mediação tecnológica, imbricadas uma na outra."
MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA MEDIAÇÃO TECNOLÓGICA
Para Masetto (2013), a mediação
pedagógica é a atitude, o incentivo, a
Para Kaminsky (2017), a
mediação tecnológica na EaD
9
https://www.youtube.com/watch?v=zbyyzpsj2SI
força motriz que se coloca como uma
ponte rolante entre o aprendiz e a
aprendizagem, de maneira que o diálogo,
a troca de experiências, o debate e a
proposição de situações possibilitem um
diferente olhar dos protagonistas desta
modalidade (professor-tutor-estudante).
Perez e Castilho (1999, p. 10), destacam
que “a mediação pedagógica busca abrir
caminho a novas relações do estudante
com os materiais, com o próprio
contexto, com outros textos, com seus
companheiros de aprendizagem,
incluindo o professor, consigo mesmo e
com seu futuro".
remete ao uso da inovação
tecnológica e das ferramentas
da informação nos processos
educativos. Entende-se que o
uso dessas ferramentas deve
permitir que os aprendizes,
mesmo separados pela
distância e pelo tempo,
estabeleçam um diálogo e
promovam a construção do
conhecimento pelos meios
virtuais de aprendizagem, sem
esquecer que professores e
tutores estão contidos nesta
mediação.
FACILITAÇÃO
O significado de facilitação no dicionário é algo assim: ação ou efeito de
facilitar (descomplicar). Literalmente é isso mesmo, descomplicar conteúdos,
conflitos e problemas para ajudar no processo de aprendizagem e tomada de
decisão. Mas facilitação é também um jeito de pensar e atuar. Na Manifesto
55, dizemos que facilitação é fazer as perguntas certas para as pessoas certas
nos momentos certos.”
Disponível em: https://manifesto55.com/o-que-e-facilitacao-e-para-o-que-serve/
São características da mediação pedagógica:
a) Diálogo permanente e troca de experiências;
b) Debates de dúvidas e problemas;
c) Apresentação de perguntas orientadoras;
d) Orientar carências e dificuldades técnicas;
e) Dinamização do processo de aprendizagem;
f) Proposição de desafios e reflexões;
g) Colaboração para que se aprenda a comunicar conhecimentos pelas novas
tecnologias.
Faz parte da mediação pedagógica:
10
https://manifesto55.com/o-que-e-facilitacao-e-para-o-que-serve/
Não temos dúvidas que nos ambientes on-line a tecnologia facilita as
interações, possibilita novas experiências, permitindo uma nova forma de
comunicação e de acesso ao conhecimento. Junto com novas metodologias e
estratégias diversificadas para aprendizagem, ela vem contribuir para que o
ensino seja um processo construtivo, agradável, desafiador e estimulante para a
construção de conhecimento e desenvolvimento do estudante.
Dizem Lima & Toschi (2013):
Na EaD, o primeiro mediador entre professor e aluno são as
tecnologias, sejam elas digitais ou não; por isso, para que possa
ocorrer o processo de ensino e aprendizagem nessa modalidade,
elas são a sua garantia inicial ... portanto, esse processo de
mediação pedagógica permeado pelas tecnologias deve ser pensado
dentro da sua totalidade, a partir da organização dos currículos, do
planejamento das aulas e das maneiras como as mediações devem
ocorrer para que atendam aos objetivos propostos, e essa
aprendizagem venha a ser significativa.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Você considera que tem perfil para ser um facilitador on-line excelente? Quais
competências você precisa se empenhar para desenvolver?
Nós tutores/facilitadores podemos estimular uma aprendizagem facilitada e
reflexiva proporcionando aos nossos alunos maior autonomia, responsabilidade
e poder de decisão ao inserir em nossa práxis uma abordagem
pedagógica/andragógica docente mediadora capaz de formar profissionais
aptos a enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.
Enfatizamos que o tutor na EAD atua como um facilitador/mediador em cursos
11
on-line. Ele assume um papel de extrema relevância e importância no processo
de aprendizagem de alunos, marcando presença, favorecendo e acompanhando
a construção do conhecimento do aluno, seja tirando dúvidas das mais
variadas possíveis, propondo novas estratégias didáticas, utilizando recursos
tecnológicos assertivos, estimulando, engajando e motivando.
FINALIZANDO...
Ao concluir esta Unidade, você conheceu o papel do tutor e as
competências que precisam ser desenvolvidas por ele para se tornar um
facilitador on-line excelente. Aprendeu que no processo de relação dos alunos
com os conteúdos há a mediação do professor e a do dispositivo a que o
estudante tem acesso. Com a dupla mediação, o aluno não só constrói
conhecimento com as mediações do professor, mas também por meio do acesso
às informações em ambientes virtuais e/ou digitais. Na EaD, a dupla mediação
pode estar relacionada com os AVA, que potencializam a ação docente por meio
das trocas síncronas e assíncronas.
Na próxima unidade, vamos iniciar os estudos da andragogia,
abordagem muito utilizada no meio corporativo quando se trata de aprendizes
adultos.
Aqui, você pode optar por:
- seguir para a Unidade 2;
- dar um pit stop e saborear conteúdos extras para
ampliar ainda mais seus conhecimentos;
- realizar a atividade extra proposta.
Qual a sua escolha?
12
Pílulas de Conteúdo Extra
Texto “O perfil do tutor on-line: competências, atribuições e metas”. Clique aqui.
Texto “A mediação pedagógica no ambiente virtual de aprendizagem”. Clique
aqui.
Texto “O poder dos mapas mentais”. Clique aqui.
Vídeo “Educação para o Futuro – TEDxUSP – Atila Iamarino”. Clique aqui.
13
http://www.unoeste.br/site/enepe/2014/suplementos/area/Humanarum/Educa%C3%A7%C3%A3o/O%20PERFIL%20DO%20TUTOR%20ON-LINE.pdf
https://saberes.senado.leg.br/pluginfile.php/5976767/mod_resource/content/1/A%20media%C3%A7%C3%A3o%20pedag%C3%B3gica%20no%20ambinete%20virtual%20de%20aprendizagem.pdf
https://saberes.senado.leg.br/pluginfile.php/5976767/mod_resource/content/1/A%20media%C3%A7%C3%A3o%20pedag%C3%B3gica%20no%20ambinete%20virtual%20de%20aprendizagem.pdfhttps://saberes.senado.leg.br/pluginfile.php/5976768/mod_resource/content/1/ebook_o_poder_dos_mapas_mentais_v4%20%281%29.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=B_x8EccxJjU&t
Atividade Extra - Mão na Massa
Aprender fazendo (learn by doing) é botar a mão na massa e ser
agente ativo em seu processo de desenvolvimento intelectual. A ideia é que, por
meio da vivência prática, sua experiência educacional seja mais relevante e
significativa.
Aproveite o momento e faça uma autoavaliação da sua aprendizagem
construindo uma “Tirinha” (histórias em quadrinhos). As histórias em quadrinhos
podem ser usadas para uma ampla variedade de propósitos educacionais,
incluindo narrativa digital, simplificação de conceitos, prática de redação e
expressão, revisão de conteúdo e muito mais... Além de tudo é divertido e fácil
de produzir!
Acesse o “Canva” ou baixe o aplicativo no seu smartphone.
14
https://www.canva.com/
Unidade 2: Processo de Ensino e Aprendizagem - a
Andragogia
Para início de conversa, observe as imagens abaixo e tente interpretar
cada uma delas. Agora, anote: O que você entende por aprender?
Assista ao vídeo “Aprender a aprender” e reflita sobre a importância do
professor na vida do aluno. Clique aqui para acessar.
Finalizou? Releia a sua anotação! A sua perspectiva mudou?
FAÇA VOCÊ!
Liste os principais aspectos que você observou em relação ao processo
educacional apresentado na animação: Ensino, Aprendizagem, Professor,
Aluno…
Finalizou? Releia a sua anotação! A sua perspectiva mudou?
Leia e compare com o meu entendimento!
Minha percepção em relação ao professor foi de que ele é um professor
entusiasmado, apaixonado pelo que faz. Tem domínio do conhecimento a ser
trabalhado e busca mediar e facilitar o processo de aprendizagem da aluna,
dando-lhe autonomia na realização prática da atividade, respeitando seu ritmo e
intervindo quando necessário. Ao dar autonomia à aprendiz, esta aprende a
construir o conhecimento por si mesma e o aprendizado se torna significativo e
duradouro.
Quanto à aluna, entendo que demonstra interesse em aprender, mas
precisa do incentivo do professor para persistir. Isso mostra que cada um tem
seu tempo e estilo de aprendizagem, que deve ser respeitado pelo professor.
Mas, ao perceber sua evolução na realização da tarefa, ela se automotiva e
consegue alcançar o resultado final esperado.
Muitos pontos em comum com as suas anotações? Vamos em frente...
Afinal, o que significa APRENDER?
“Aprender significa, então, mudar de conduta de maneira perene, ou seja,
aprender quer dizer mudar o que se faz, ou a forma como se faz, mas não
apenas momentaneamente. Essa mudança de conduta pode ser uma melhoria
de performance, uma demonstração de uma nova atitude ou ainda o
desenvolvimento de diferentes comportamentos.”
Flora Alves (2016, p. 26)
15
https://www.youtube.com/watch?v=Pz4vQM_EmzI
Há muitas definições para a palavra ‘aprender’, como: alcançar
conhecimento, ficar apto em alguma coisa ou progredir em comportamentos.
Escolhemos a de Flora Alves que definiu aprendizagem a partir do significado da
palavra no contexto organizacional, que é o nosso contexto aqui no ILB.
Observe a Pirâmide de Aprendizagem, de William Glasser.
Essa teoria pode ser resumida em: quanto mais o aprendiz se relaciona
com o conhecimento de forma ativa, um maior número de informações será
assimilado. O posicionamento ativo do estudante no processo melhora seu
aprendizado. No módulo II, exploraremos novas metodologias que estimulam a
aprendizagem ativa.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Qual a sua opinião sobre a afirmativa de que ensinar é aprender? Ensino e
aprendizagem estão diretamente interligados? Ensinar é necessariamente uma
ação protagonizada por um sujeito responsável pela aprendizagem do outro?
Uma situação pode ensinar?
A relação entre ensinar e aprender é muito forte. Quando ensinamos,
aprendemos mais do que quando simplesmente lemos e assistimos à aula. Isso
porque a arte de ensinar provoca insights, traz à luz novas ideias e dúvidas, e
ainda compartilha conhecimentos de uma forma muito mais dinâmica e divertida.
Ensinar é um processo de interação orientada entre o professor, o
aluno e os materiais instrucionais. No entanto, sabemos que é possível
“aprender” sem um professor, principalmente num mundo em plena expansão
tecnológica.
16
Verifique as três abordagens para o processo de aprendizagem:
A pedagogia significa a arte e a ciência de educar crianças e
representa a educação centrada no professor, que está à frente na tomada de
decisão sobre “o que aprender” e “como aprender”.
Do lado oposto está a heutagogia, na qual o próprio aluno administra
sua aprendizagem. Podemos dizer que a abordagem heutagógica está alinhada à
expansão contínua das tecnologias da informação e comunicação que vêm
permitindo às pessoas o acesso a uma diversidade de conteúdos relevantes com
apenas poucos cliques no celular, tablet ou computador. Quantas vezes você
utilizou o Google, Youtube, Blogs, Instagram, etc e adquiriu o conhecimento que
buscava?
E a Andragogia, o que é?
Andragogia é a ciência de orientar adultos no processo de
aprendizagem. O termo é proveniente do grego:  andros = adulto +  agogus =
guiar, conduzir, educar. A teoria foi popularizada nos anos 70 por Malcolm
Knowles, educador americano. Nesta abordagem, a responsabilidade da
aprendizagem é compartilhada entre professor e aluno e é caracterizada por
projetos inquisitivos, experimentação e estudos independentes, num ambiente
de aprendizagem expresso pelo respeito mútuo e cooperação.
Assista ao vídeo sobre andragogia clicando aqui.
Veja no quadro, elaborado por Canário (1999), alguns princípios e
características do aluno adulto que abarcam a abordagem andragógica.
PRINCÍPIOS CARACTERÍSTICAS
Necessidade de saber
Os adultos têm necessidade de conhecer o
motivo pelo qual devem aprender antes de se
comprometerem com a aprendizagem.
17
https://www.youtube.com/watch?v=QCUDcU6jIQU&t=77s
Conceito de si
Conscientização, por parte do adulto, das
responsabilidades das suas decisões e da sua
vida. Torna-se necessário que sejam
encarados como indivíduos capazes de se
autogerirem.
Papel da experiência
Adultos são portadores de uma experiência
que os distingue das crianças e dos jovens. A
educação de adultos deve centrar-se nos
processos individuais de aprendizagem face
aos processos mais coletivos de outras etapas
evolutivas.
Vontade de aprender
Os adultos têm a intenção de iniciar o
processo de aprendizagem desde que
compreendam sua utilidade para determinadas
situações da vida.
Orientação da aprendizagem Aprendizagem encarada como resolução de
problemas e tarefas da vida quotidiana.
Motivação
Motivação para a aprendizagem também
extrínseca (promoção profissional, melhor
salário etc), mas principalmente intrínseca
(autoestima, satisfação profissional, qualidade
de vida).
Tendo em vista esses princípios, fica mais fácil compreender o aprendiz
adulto, seus anseios e particularidades. Camila Reis, do time da Sambatech
afirma que o modelo tradicional de ensino não é indicado para os adultos porque
não estimula a participação ativa dos alunos e:
Comunicação - No modelo de ensino tradicional, a comunicação entre
alunos e professores acontece de forma mais horizontal, e essa forma não cabe
para adultos, que precisam desenvolver-se com mais autonomia e se autodirigir. 
Elaboração do plano de estudos - Ao contrário do que ocorre em
métodos tradicionais, no ensino para adultos, a andragogia propõe que a
elaboração do plano de estudos seja feita com a participação dos alunos, levando
em consideração seus pontos de vista.
Avaliações - Tradicionalmente, as avaliações são feitas por meio de
provas e são definidas pelo professor e pela instituição de ensino. Na educação
para adultos, é aconselhável que a construção dos aspectos avaliativos seja feita
de forma colaborativa (projetos, estudos de casos, resolução de problemas, por
exemplo). Além disso, o aprendiz deve realizar uma autoavaliação e também
avaliar o professor.
Metodologias - Na andragogiasão propostos métodos de aprendizado
18
em que o aluno participe ativamente das aulas. As metodologias ativas, ágeis e
imersivas podem funcionar muito bem com adultos. 
Além disso, Reis aponta como a andragogia pode contribuir na
educação on-line e corporativa.
➔ Ajudar os colaboradores a aprenderem de forma prática com as
experiências que ocorrem na instituição.
➔ Desenvolver a autonomia dos colaboradores por meio do conhecimento.
➔ Aumentar as possibilidades de troca de informação entre os colaboradores.
➔ Melhorar a absorção de aprendizado através de metodologias mais
inovadoras.
Curiosidade
Leia o texto “A origem do termo Andragogia”, do portal Andragogia
Brasil, e aprofunde seu conhecimento.
Segundo Masetto (2013, p.166-167), na qualidade de mediador
andragógico, o tutor/mediador deve desenvolver:
1. No processo de ensino, ele estará mais voltado para a aprendizagem do
aluno, assumindo que o aprendiz é o centro desse processo e, em função
dele e de seu desenvolvimento, é que precisará definir e planejar as ações.
Essa concepção de aprendizagem há que ser vivida e praticada.
2. Professor e aluno constituem-se como célula básica do desenvolvimento da
aprendizagem, por meio de uma ou mais ações conjuntas em direção à
aprendizagem; de relações de empatia para se colocar no lugar do outro,
seja nos momentos de incertezas, dúvidas, erros, seja nos momentos de
avanço e de sucesso; sempre de confiança no aprendiz.
3. Corresponsabilidade e parcerias com alunos são atitudes básicas que
incluem o planejamento das atividades, sua realização e avaliação.
4. Desenvolver um clima de mútuo respeito para com todos os participantes,
dar ênfase em estratégias cooperativas de aprendizagem, estabelecer
atmosfera de mútua confiança.
5. Domínio de sua área de conhecimento, demonstrando competência
atualizada quanto às informações e aos assuntos afetos a essa área.
Incentivo à reflexão, investigação e intercâmbio de experiências.
6. Criatividade, como uma atitude alerta para buscar, com o aluno, soluções
para situações novas e inesperadas, tendo presente que cada aluno é um
19
https://andragogiabrasil.com.br/a-origem-do-termo-andragogia/
aluno, diferente do outro.
7. Disponibilidade para o diálogo favorecido pelas novas tecnologias.
8. Subjetividade e individualidade. Cuidados na linguagem e na comunicação.
9. Comunicação e expressão sempre devem estar em condições de ajudar a
aprendizagem e incentivar o aprendiz em seu trabalho educacional.
Na prática, como deve acontecer a mediação pela expressão e
comunicação?
➔ Para transmitir informações, excepcionalmente;
➔ Para dialogar e trocar experiências, debater dúvidas e lançar perguntas
orientadoras;
➔ Para motivar o aprendiz e orientá-lo nas carências técnicas ou científicas;
➔ Para propor desafios, reflexões e situações problemas;
➔ Para incentivar a crítica quanto à quantidade e à qualidade de informações
de que se dispõe;
➔ Para construir o conhecimento com o aprendiz;
➔ Para ajudar o aprendiz a comandar a tecnologia;
➔ Para dar feedbacks construtivos.
FINALIZANDO…
Ao concluir a Unidade 2, acredito estarmos convictos que, nós,
professores, se já não praticamos uma abordagem andragógica, precisamos
mudar nosso mindset de que necessitamos instruir ou ensinar os estudantes, não
é mesmo? Afinal, as Tecnologias Digitais de Comunicação e Informação – TDICs
estão em todos os lugares e o acesso é fácil e elas potencializam o processo de
aprendizagem. Com nossos smartphones nas mãos, o acesso ao conhecimento é
ilimitado! Podemos aprender sobre os maiores pintores e suas obras de arte
expostas diretamente do Louvre, em visitas virtuais, com um simples toque, por
exemplo. Já dizia Paulo Freire “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar
as possibilidades para a sua própria produção ou sua construção.” Precisamos
adotar um modelo que guie, oriente e ajude o aluno a aprender a aprender de
forma autônoma e significativa. Ao internalizar esse novo modelo, nos colocamos
no papel de mediadores da construção do conhecimento e facilitadores da
aprendizagem.
20
Aqui, você pode optar por:
- seguir para a Unidade 3;
- dar um pit stop e saborear conteúdos extras para
ampliar ainda mais seus conhecimentos;
- realizar a atividade extra proposta.
Qual a sua escolha?
21
Pílulas de Conteúdo Extra
Podcast “Mudando nosso mindset”. Clique aqui.
Ebook “Estilos de Aprendizagem”, de Daniela Melaré Vieira Barros. Versão
gratuita para Kindle Unlimited da Amazon.
22
https://saberes.senado.leg.br/mod/resource/view.php?id=54553
Atividade Extra - Mão na Massa
Aprender fazendo (learn by doing) é botar a mão na massa e ser
agente ativo em seu processo de desenvolvimento intelectual. A ideia é que, por
meio da vivência prática, sua experiência educacional seja mais relevante e
significativa.
Aproveite o momento e faça uma autoavaliação da sua aprendizagem
construindo um mapa mental sobre o tema abordado nesta Unidade. Mapa
mental é uma técnica de estudo criada no final da década de 1960 por Tony
Buzan, um consultor inglês. É uma preciosa ferramenta de aprendizagem. Ela
consiste em criar resumos com símbolos, cores, setas e frases de efeito com o
objetivo de organizar o conteúdo e facilitar associações entre as informações
destacadas.
Abaixo ferramentas que podem te auxiliar:
1. CmapTools
A ferramenta, gratuita, permite abrir caixas com as ideias soltas e
depois criar os vínculos entre elas. Tem interação com a internet.
2. Mindomo
Ferramenta gratuita. Cria apresentações automaticamente, a partir dos
mapas que podem ser compartilhados em qualquer dispositivo. Permite trabalho
offline.
3. MindMeister
Para usar esse app é preciso se registrar, mas o uso é gratuito. Existe
uma versão mais completa, paga. Permite compartilhar o mapa ou exportá-lo.
Funciona offline.
4. GitMind: Mapa Mental
Oferece espaço ilimitado para os mapas. Permite personalizar tanto a
forma como o fundo e o estilo de texto. App gratuito, disponível para Android e
iOS.
5. SimpleMind+
Gratuito. Fácil de usar, com possibilidade de arrastar, reordenar e
editar os assuntos diretamente nas páginas do mapa. Tem versão pega, com
mais funcionalidades. Os documentos podem subir para a nuvem e ser acessados
de diversos dispositivos pelo Dropbox.
6. COGGLE 
Gratuito, permite mais de uma pessoa trabalhar no mesmo mapa
23
https://cmaptools.softonic.com.br/
https://apps.apple.com/es/app/mindomo-mind-mapping/id526684279
https://apps.apple.com/es/app/id381073026?affId=1946545
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.apowersoft.gitmind
https://apps.apple.com/us/app/simplemind-mapa-mental/id305727658?l=es
https://coggle.it/
mental.
7. MIND MAPR (complemento Chrome)
Este tem uma particularidade interessante, trata-se de um
complemento do navegador. Google Chrome. É possível criar mapas mentais
diretamente pelo navegador, sem necessidade de conexão à internet.
8. MIND NODE 
Gratuito, programa muito simples e prático de se utilizar no dia a dia.
Sua desvantagem é que é compatível somente com MAC OS, iPad e iPhone. Foi
classificado pela Apple como “App Store Best”.
24
https://www.mindnode.com/
Unidade 3: Tecnologias Digitais da Informação e da
Comunicação (TDICs)
Sabemos que as tecnologias digitais estão mais presentes em nossas
vidas e que a população brasileira está cada vez mais conectada. Isso é
demonstrado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2019,
realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo
com o levantamento, 82,7% dos domicílios nacionais possuem acesso à internet,
A banda larga móvel passou de 80,2% nos domicílios em 2018 para 81,2% em
2019. Já a banda larga fixa passou de 75,9% para 77,9%.
O IBGE destaca ainda que o telefone celular continua sendo a principal
ferramenta utilizada pelos conectados. Ele foi encontrado em 99,5% dos
domicílios com acesso à rede mundial de computadores. Depois vem o
computador, com 45,1%, seguido pela televisão (31,7%) e tablet (12%).
Em 2019, entre as 183,3 milhões depessoas com 10 anos ou mais de
idade no país, 143,5 milhões (78,3%) utilizaram a internet nos últimos três
meses. Jovens adultos entre 20 e 29 anos foram os que mais acessaram. O uso é
maior entre estudantes (88,1%) do que entre não estudantes (75,8%). Os
estudantes da rede privada (98,4%) usam mais do que os da rede pública
(83,7%).
Em 2020, o impacto causado pela pandemia do novo coronavírus
(SARS-COVID 19) fez com que o mundo digital entrasse de vez na educação.
Mas, o que são Tecnologias Digitais da Informação e da
Comunicação?
VALENTE (2013) nomeia as TDICs a partir da convergência de várias
tecnologias digitais como: vídeos, softwares, aplicativos, smartphones, console,
jogos etc. Referem-se a qualquer equipamento eletrônico que se conecte à
internet, ampliando as possibilidades de comunicabilidade de seus usuários.
KENSKI (2008) utiliza o termo TDICs para se referir às tecnologias
digitais conectadas a uma rede.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC 2018) contempla o
desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas ao uso crítico e
responsável das tecnologias digitais (competência 5):
“Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de
informação e comunicação de forma crítica,
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas
sociais (incluindo as escolares) para se comunicar,
acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer
protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.”
25
Como explorar o potencial das Tecnologias Digitais da
Informação e Comunicação na aprendizagem…
Podemos dizer que as tecnologias digitais na educação são as práticas
de utilização de recursos digitais e virtuais nas metodologias de ensino e
aprendizagem para que os alunos construam conhecimentos com e sobre o uso
dessas TDICs.
Vale aqui ressaltar que as TDICs exigem do professor conhecimento
sobre:
➔ as ferramentas multimídias disponíveis;
➔ a utilização do dispositivo para buscar, interpretar e comunicar
informações;
➔ como avaliar seu uso e julgar criticamente as informações recolhidas.
Qual a diferença entre TICs e TDICs?
As TICs (Tecnologias da Informação e da
Comunicação) englobam as TDICs, portanto a
tecnologia digital é uma particularidade das
TICs e a diferença entre elas é que uma é
mais ampla, como no caso da tecnologia da
informação e comunicação, e a outra é uma
fatia desta. Como falamos anteriormente, as
TICs utilizam além das tecnologias digitais,
materiais impressos, rádio, e TV.
As tecnologias digitais são um conjunto de
diferentes mídias que se utilizam do
processamento de dados armazenados e
funcionam através da decodificação de códigos numéricos. 
Equipamentos antigos, como videocassete, telefone fixo usavam uma
tecnologia analógica, pois os sinais de áudio ou vídeo eram traduzidos em pulsos
elétricos, portanto são TICs. Já os projetores multimídia e os telefones celulares
atuais, são TDICs, pois convertem os sinais em componentes binários (0 e 1).
ATENÇÃO!
A tecnologia e educação devem caminhar de mãos dadas, no
entanto precisamos ressaltar que a tecnologia é uma ferramenta de
educação que dá suporte a professores e alunos para que a
aprendizagem seja mais eficiente e facilite a obtenção de resultados.
Nos ambientes on-line as TDICs permitem o equilíbrio entre a
26
aprendizagem individual e a colaborativa, de forma que os alunos mesmo
separados geograficamente e no tempo podem aprender em grupo, em rede, da
forma mais flexível e adequada para cada aprendiz. Também facilitam as
interações, proporcionam novas experiências, possibilitando uma nova forma de
comunicação e de acesso ao conhecimento.
 Essa nova forma de comunicação se apresenta em diferentes
formatos:
➔ ambientes virtuais de aprendizagem;
➔ redes sociais;
➔ aplicativos;
➔ áudios;
➔ vídeos;
➔ animações;
➔ imagens etc.
Temos TDICs organizadas num só ambiente, como AVAs, por exemplo,
muito presente na educação a distância. Mas, há outros conjuntos de tecnologias
estruturadas em diferentes plataformas que vêm sendo utilizadas no ensino
remoto de emergência e no ensino híbrido com grande sucesso.
CLAREANDO CONCEITOS…
Ensino remoto emergencial:
Definido por Charles Hodges, da Georgia Southern University como
“Uma mudança temporária da entrega de instruções para um modo de entrega
alternativo devido a circunstâncias de crise. Envolve o uso de soluções de ensino
totalmente remotas para instrução ou educação que, de outra forma, seriam
ministradas pessoalmente ou como cursos combinados ou híbridos e que
retornarão a esse formato assim que a crise ou emergência tiver diminuído.” O
ensino remoto permite o uso de plataformas já disponíveis e abertas para outros
fins, que não sejam estritamente os educacionais, assim como a inserção de
ferramentas auxiliares e a introdução de práticas inovadoras. A variabilidade dos
recursos e das estratégias bem como das práticas é definida a partir da
familiaridade e da habilidade do professor em adotar tais recursos. Não é
sinônimo de ensino a distância.
Ensino híbrido:
Ensino Híbrido envolve a utilização das tecnologias com foco na
personalização das ações de ensino e de aprendizagem, apresentando aos
educadores formas de integrar tecnologias digitais ao currículo escolar. Além
27
disso, essa abordagem apresenta práticas que integram o ambiente on-line e
presencial, buscando que os alunos aprendam mais e melhor. Surgiu nos Estados
Unidos e na Europa como forma de resolver o problema da evasão escolar de
alunos de cursos a distância, gerada pela sensação de abandono que eles
sentiam.
Ensino a distância:
“Educação a distância'' é a modalidade educacional na qual alunos e
professores estão separados, física ou temporalmente e, por isso, faz-se
necessária a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação.
Essa modalidade é regulada por uma legislação específica e pode ser implantada
na educação básica (educação de jovens e adultos, educação profissional técnica
de nível médio) e na educação superior.” (Portal MEC)
Que tal explorar diversas ferramentas e recursos das TDICs que podem
facilitar o processo de aprendizagem?
Há várias plataformas no mercado, mas vamos, aqui, exemplificar as
gratuitas e disponíveis para utilização imediata.
➔ Plataformas Virtuais de Aprendizagem ou AVAs
Moodle 
O Moodle é um sistema de software livre e de código aberto para
gestão do ensino e da aprendizagem on-line. Também conhecida como Ambiente
Virtual de Aprendizagem (AVA), a plataforma é utilizada por alunos e professores
como ferramenta de apoio ao ensino a distância em mais de 220 países. Dispõe
de uma variedade de ferramentas que podem aumentar a eficácia de um curso
on-line. É possível facilmente compartilhar materiais de estudo (áudios, vídeos,
e-books, infográficos), realizar atividades colaborativas, promover
videoconferência (BigBlueButton), montar listas de discussões, aplicar testes de
avaliação e pesquisas de opinião, coletar e revisar tarefas, dar feedbacks,
acompanhar a participação dos alunos, acessar e registrar notas, entre outras
funcionalidades. As ferramentas podem ser selecionadas pelo professor de
acordo com seus objetivos pedagógicos/andragógicos definidos.
1. Google Classroom
Essa plataforma permite gerenciar atividades, avaliações e conteúdos,
como uma sala de aula virtual. Basta criar a classe, adicionar os alunos por
e-mail e elaborar tarefas. Dá para anexar links, arquivos de texto, áudio e vídeo,
28
https://moodle.org/?lang=pt_br
https://edu.google.com/intl/ALL_br/workspace-for-education/classroom/
gerar prazos, enviar e receber os trabalhos.
O Google Classroom  facilita a comunicação entre professores e alunos
ao centralizar atividades, materiais e feedbacks em uma única ferramenta, por
meio das salas de aula on-line. 
DICA: Clique aqui para aprender a usar o Google Classroom.
2. Microsoft Teams
Como se trata de uma plataforma para comunicação entre equipes em
ambientes corporativos, uma das possíveis aplicações do Microsoft Teams na
educação é a criação de sala de aula virtual,de canais separados por disciplinas,
compartilhamento de arquivos e trabalhos colaborativos. A versão gratuita inclui:
máximo de 300 usuários; pesquisa de mensagens ilimitadas; 10 GB de
armazenamento compartilhado e mais 2 GB para cada usuário; chamadas de
áudio e vídeo individuais e em grupo (via Skype); e integração ilimitada com
cerca de 140 aplicativos de terceiros (Evernote e Trello, por exemplo) para
extensão dos recursos.
DICA: Clique aqui para aprender a usar o Microsoft Teams e criar uma sala de
aula virtual.
➔ Plataformas de videoconferência
A videoconferência é uma chamada de áudio e vídeo on-line que tem
como objetivo reunir pessoas que se encontram em diferentes locais. Pode
acontecer por meio de um computador ou um dispositivo móvel com conexão à
internet, tablet ou smartphone, por exemplo. Foi desenvolvida para o ambiente
corporativo, no entanto durante a pandemia do novo coronavírus (SARS-COVID
19) tem sido usada de forma intensa, como um recurso educacional importante
para o ensino remoto. Como a comunicação é síncrona e permite a
interatividade, exige a presença de alunos e professores ao vivo, em tempo real.
Seguem alguns dos melhores aplicativos de videoconferência gratuitos:
1. Zoom
É um ótimo software para videochamadas. Tem limite de até 100
participantes por reunião na versão gratuita e o tempo de duração de cada
reunião é de até 40 minutos. Caso o tempo não seja suficiente é possível criar
um novo link e abrir nova reunião para o grupo. O Zoom conta com recursos
como gravação da reunião e o compartilhamento de telas. Dá para participar de
uma chamada usando o próprio software do Zoom, o navegador do computador,
extensões para navegadores e até mesmo os aplicativos para iOS e Android.
29
https://tecnoblog.net/responde/como-usar-o-google-classroom-sala-de-aula-online/
https://www.microsoft.com/pt-br/microsoft-teams/log-in
https://tecnoblog.net/responde/como-usar-o-microsoft-teams-na-escola-sala-de-aula-virtual/
https://explore.zoom.us/pt/products/meetings/
A melhor parte do Zoom é que ele é fácil de instalar e de usar. Com
apenas alguns cliques, já está tudo pronto e você pode começar uma nova
videoconferência, sem mesmo se registrar.
2. Skype
É o queridinho app de videochamada do mundo corporativo ao longo
da última década. A ferramenta permite criar uma reunião com até 50
participantes de forma gratuita. Para participar, basta acessar a videoconferência
no computador ou através do aplicativo em smartphones ou tablets. É gratuito e,
para acessá-lo, é necessário fazer o registro na plataforma.
3. Google Meet
É fácil de usar e comporta até 100 participantes por reunião com limite
de tempo máximo de 60 minutos por chamada. Pode ser acessado através de um
link ou código de reunião, por meio do navegador ou do aplicativo disponível
para Android e iOS.
4. CISCO Webex
Essa plataforma tem uma versão gratuita com limite de até 100
participantes por reunião, 1GB de armazenamento na nuvem e número de
reuniões e tempo de duração ilimitados. Oferece compartilhamento de tela,
gravação de vídeo, compartilhamento de documentos dentre outros recursos.
Observação:
O WhatsApp e o Telegram propiciam videochamadas em grupo. O
primeiro comporta o número máximo de 8 pessoas e o segundo, 30. Permitem o
compartilhamento de arquivos de vídeo, áudio, texto etc. Cristiano Lopes, em
seu livro Aprendizagem histórica na palma da mão: os grupos do WhatsApp
como extensão da sala de aula, nos mostra que o aplicativo pode ser utilizado
pelos professores como um ambiente virtual de aprendizagem. “Nele é possível
disponibilizar materiais e conteúdos dos mais variados formatos digitais,
promover discussões, aprofundar assuntos dados em aula, além de estimular a
autoria dos alunos”. Como é uma ferramenta de fácil acesso e muito utilizada,
torna-se um recurso educacional promissor.
Já utilizou ou pensou em utilizar essas ferramentas para ministrar um
curso on-line?
➔ Aplicativos para realização de “Live”
Live é uma transmissão ao vivo de áudio e vídeo na Internet,
30
https://www.skype.com/pt-br/
https://apps.google.com/intl/pt-BR/meet/
https://www.cisco.com/c/pt_br/products/conferencing/index.html?dtid=osscdc000283
geralmente feita por meio das redes sociais. Durante a pandemia se expandiu de
forma significativa. Diversos shows e festivais aconteceram para minimizar a
sensação do isolamento e contribuir para a interação social. Aplicativos como
Instagram, Youtube, Twitter, Facebook e TikTok possuem uma ferramenta que
permite ao usuário fazer uma transmissão de vídeo em tempo real para os
seguidores. Podemos usar esses aplicativos como um recurso educacional?
Vemos muitos cursos no Youtube disponíveis, não é mesmo? Que tal combinar
com outras TDICs? O professor pode abordar uma temática inicial e os
alunos/participantes podem fazer comentários ou perguntas por meio do chat,
que serão respondidas ao vivo pelo próprio professor. Que outras combinações
são possíveis? Defina os objetivos de aprendizagem, escolha a melhor estratégia
educacional e coloque a criatividade em ação!
Como temos falado aqui no curso, o uso das tecnologias digitais
quando bem dimensionado pode ser um dispositivo propulsor de inúmeras
práticas e técnicas relevantes, que de acordo com Demo (2009) e Moran (2009),
incentivam e promovem a aprendizagem do discente, pois o "[...] valor da
tecnologia não está nela em si mesma, mas depende do uso que dela fazemos.”
(COSCARELLI, 2006, p. 46).
➔ Ferramentas para criar vídeos interativos
Com um smartphone nas mãos ficou muito fácil gravar e publicar
vídeos, não é mesmo? O uso de vídeo nas aulas on-line é um dos meios mais
flexíveis no que diz respeito ao acesso à educação, além de ser um excelente
recurso para a aprendizagem. A aula em vídeo estimula de forma multissensorial
a percepção do aluno sobre o conteúdo exposto e os alunos podem aprender por
meio de qualquer dispositivo com acesso à internet, como laptops, tablets,
smartphones ou smart TVs, garantindo a mesma qualidade do curso e
possibilitando o aprendizado de maneira flexível e diferenciada.
A criação de vídeos tem se tornado cada vez mais facilitada e
acessível, o que proporcionou o surgimento de um conceito inovador e muito
interessante e útil que é o vídeo interativo.
O vídeo interativo permite, à medida que é apresentado, momento de
interação de quem o está assistindo. Podem ser incorporados durante a
transmissão: conexões com websites, pequenas explicações, aprofundamento de
conceitos, questionários, etc. Estes recursos possibilitam uma pausa para que o
aprendiz assimile conceitos e teste sua compreensão.
Na prática, o vídeo interativo baseia-se no formato habitual de um
vídeo (linear), mas admite e estimula quem assiste a interagir com o conteúdo e
participar de forma ativa de sua aprendizagem.
Como se pode interagir num vídeo?
31
De acordo com o site Educatech, existem várias funcionalidades
possíveis:
➔ Hotspots – Áreas que podem ser “clicáveis” dentro do vídeo e que
permite a interação do aluno, direcionando-o para uma página relacionada
com o conteúdo (informação complementar, por exemplo).
➔ Visão de 360º - Neste formato de vídeo, esta opção atribui ao aluno a
possibilidade de realizar a rotatividade que lhe permite mostrar toda a
extensão da imagem (com o mouse, teclado, óculos VR ou touch screen).
➔ Diferentes caminhos/percursos – Em determinados momentos do
vídeo, o aluno poderá escolher caminhos diferentes: uma escolha
bifurcada ou com múltiplas opções que configuram exatamente o que o
aprendiz quer seguir.
➔ Questionário – Poderá ser incorporando no conteúdo do vídeo um
momento para responder alguma pergunta para melhorar a compreensão.
➔ Quizzes – Podem funcionar apenas como forma de interação do aprendiz
com o conteúdo ou poderão gerar ramificações com o fim de personalizar
a experiência e oferecer os dados no final do vídeo.
Quer criar um vídeo interativo? Então, vamos conhecer cinco
ferramentas de criação!
1. Edpuzzle – Disponibiliza um serviço gratuito, com algumas
limitações, mastotalmente funcional. Permite criar vídeos
interativos para utilizar nas aulas ou compartilhar com
alunos num espaço on-line. Para implementar a
interatividade podemos utilizar os nossos próprios vídeos
ou produzidos externamente (Youtube, Vimeo etc) ou
reutilizar vídeos disponibilizados no próprio site. Pode ser integrado em
várias plataformas de apoio à aprendizagem, como o Moodle, Google
Classroom e Canvas, por exemplo. Permite ainda adicionar perguntas,
notas, gravação de voz, editar com cortes, dentre outras funcionalidades.
2. Timelinely – Permite adicionar anotações, podem
assumir o formato de texto, imagem, áudio ou
gravação de vídeo, aplicadas em vídeos próprios ou
públicos hospedados no Youtube. No final da criação é
gerado um novo link que poderá ser enviado
diretamente para os alunos ou incorporado numa plataforma.
3. Thinglink - Disponibiliza várias ferramentas que permitem
adicionar elementos interativos a vídeos ou imagens (texto,
imagens, sons, vídeos, áudios, mapas etc). Pode ser utilizado
32
https://edpuzzle.com/
https://www.timeline.ly/
https://www.thinglink.com/
como vídeos próprios ou públicos do Youtube ou Vimeo. Tem uma versão
gratuita para professores.
4. Vizia – Plataforma gratuita que permite adicionar Quizzes,
perguntas ou links em vídeos do Youtube ou Wistia. Depois de
editados com várias opções disponíveis, os vídeos poderão ser
disponibilizados em várias plataformas de apoio à
aprendizagem ou enviados através de um link. Os resultados
das enquetes obtidas nos questionários ou sondagens são armazenados
numa folha de cálculo Google, que poderá ser baixada e utilizada com a
finalidade desejada.
5. Canva – Tem uma versão gratuita e oferece muitas
possibilidades de criação em design ao alcance de todos. Em
2020 passou a oferecer a criação e edição de vídeos. A
utilização das ferramentas em vídeos se aproxima muito da
aplicação em fotos, são bem intuitivas.
➔ Ferramentas para criar arquivos em áudio - Podcasts
Podcasts são arquivos de áudio transmitidos pela internet, que
funcionam basicamente como um rádio digital. Para ouvi-lo você não precisa
sintonizar uma emissora: basta acessar um serviço de streaming, um site
específico ou fazer o download do arquivo digital. É uma ferramenta com infinitas
possibilidades e traz inovação para a educação. O Brasil é o segundo país que
mais consome podcast.
O podcaster Marcelo Pereira conta que o podcast surgiu em 2004 a
partir da junção de duas tecnologias: a distribuição de arquivos sonoros pela
internet, o MP3, e o RSS, um formato de distribuição de informações em tempo
real pela internet, que era no princípio utilizada por blogs e páginas de notícias. A
partir disso, foi possível agregar vários áudios em um único lugar, facilitando a
vida do ouvinte e abrindo portas para a criação de uma cultura do podcast.
Verifique alguns softwares e aplicativos para criar seu próprio podcast:
1. Audacity
É um dos softwares mais conhecidos para editar os áudios. A
ferramenta gratuita ajuda a gravar, reproduzir, importar ou exportar sons em
diferentes formatos. Para produções mais sofisticadas (no caso de radionovelas,
por exemplo), o software oferece efeitos mais sofisticados, como aplicar cortes,
33
https://teachable.com/
https://www.canva.com/
https://www.audacityteam.org/
copiar e colar recursos ou até mesmo mixar faixas. 
2. Anchor
É uma plataforma gratuita de criação de podcast. Por meio do
aplicativo, você poderá criar, editar, gravar e publicar seu podcast com facilidade.
Além disso, você também pode convidar amigos para participar de suas
gravações até mesmo pelo celular. Em sua versão web, você também poderá
realizar gravações e edições de episódios. Tem interação com o Spotify, sendo
possível publicar suas criações.
3. Speaker Studio
Um dos apps mais completos para gravar podcasts, com várias opções
para entregar áudios quase profissionais. Você pode criar o seu programa para
transmitir ao vivo ou gravar os arquivos para distribuir depois, adicionar efeitos
de som e combinar voz com música, entregando programas de alta qualidade.
Pode enviar os programas no próprio aplicativo ou compartilhar o podcast nas
redes sociais.
➔ Ferramentas para criar audiolivros
O audiolivro é um recurso que está ganhando a atenção de muitos
“leitores” ouvintes no Brasil. Há uma vasta quantidade de aplicativos voltados
para audiobooks, com obras em português. Ouvir livros é um benefício tanto
para quem tem deficiência visual ou visão comprometida, quanto para quem tem
um estilo de aprendizagem mais auditivo. A criação de um audiobook não é tão
simples quanto a de um e-book. Para publicar um audiobook exige-se, no
mínimo, que seja feita uma gravação do áudio utilizando equipamento de
qualidade em um ambiente silencioso, um aplicativo de edição de som, um
roteiro bem elaborado e um narrador.
Segue abaixo relação de alguns sites e aplicativos para ouvir e baixar
audiolivros gratuitos:
1. Biblioteca de São Paulo - Os audiolivros presentes, que antes só
poderiam ser retirados por pessoas com deficiência visual, agora podem
ser ouvidos por todos.
2. Tocalivros - Apesar de exigir assinatura paga, o site disponibiliza opções
gratuitas em português.
3. Universidade Falada - A plataforma dispõe de livros não pagos para
leitura.
4. Projeto Gutenberg - Conta com obras em inglês, português e alemão.
Autores como Edgar Alan Poe e Charles Dickens estão disponíveis em um
acervo de mais de dois mil audiolivros gratuitos.
5. Digitalbook.io – Conta com obras em áudio e digitalizadas em várias
34
https://anchor.fm/
https://www.spreaker.com/podcast-recording-software
https://bsp.org.br/audiolivros/
https://www.tocalivros.com/audiobook/audiolivros-gratis
https://www.universidadefalada.com.br/audiolivros-gratis-audio-livro-gratuito.html
https://www.gutenberg.org/browse/categories/2
https://www.digitalbook.io/
línguas.
6. Storynory - Contos de fadas, mitos e lendas de diferentes lugares do
mundo ficam disponíveis em inglês.
➔ Ferramentas para criar e-books
E-book é uma abreviação de origem inglesa para electronic book, ou
seja, “livro eletrônico”. Esse tipo de publicação tem diferentes formatos (.pdf,
.epub, .doc, .odt, .txt etc) e pode ser lido por diversos programas que funcionam
no computador, no tablet e no celular, ou ainda, em dispositivos específicos,
como o Kindle e o Kobo, os chamados “eReaders” (abreviação de electronic
readers ou leitores eletrônicos). Pode ser utilizado em cursos on-line pelo
professor para disponibilizar conteúdos e/ou como recurso para o
desenvolvimento de atividade colaborativa entre os alunos.
Conheça algumas ferramentas gratuitas para produzir
seus e-books!
1. Canva - Tem versão gratuita e oferece muitas possibilidades
de criação em design ao alcance de todos. Você pode criar
seu e-book ou revista digital com vários elementos gráficos,
vídeos, imagens etc de forma bem intuitiva e com vários templates para
facilitar.
2. Trakto - É uma plataforma que pode ajuda a produzir um
e-book mesmo que você seja leigo em design e programação.
Tem diversos modelos de e-books grátis para download, que
podem ser totalmente personalizados para o seu
tema. Possui versão gratuita.
3. MyeBookMaker - É uma ferramenta on-line e
gratuita para criação de ebooks no formato .epub.
Após o cadastro, o usuário começa fazendo a capa
(com título, autor e uma imagem, se quiser) e depois produz cada capítulo
em uma página diferente, que possui um jeitão parecido com o Word.
Diferente das outros sites semelhantes, a obra não fica disponível on-line e
deve ser baixada para compartilhamento. O único formato possível para
download é o .epub, considerado formato “universal” dos leitores de livros
digitais. 
4. Flipsnack – Permite criar, compartilhar e incorporar
material on-line, transformando seus PDFs em livros com
efeito flip online. A versão gratuita é mais restrita, mas há diversos
templates e elementos que podem ser incorporados para a criação de seu
e-book.
35
https://www.storynory.com/
https://www.canva.com/
https://dashboard.trakto.io/auth/registerhttps://www.myebookmaker.com/
https://www.flipsnack.com/bp/
➔ Infográficos e Tirinhas
1. Infográficos
Diariamente nos é apresentada a linguagem visual, por meio de textos
ou imagens: no caminho do trabalho (placas de trânsito), da escola (letreiros),
do supermercado (embalagens). A escrita e a imagem configuram-se como as
principais linguagens utilizadas pelos meios de comunicação. As imagens, em
especial, são muito exploradas por apresentarem elementos emotivos, como,
cores, formas, expressões e evocações imediatas que chamam a atenção das
pessoas. Por isso, não podemos ignorar sua importância no processo
educacional, na aprendizagem. Conheça os principais aspectos de um infográfico.
36
Infográfico
Linguagem visual como recurso educacional
37
2. Tirinhas
Tirinhas são formas de contar histórias muito poderosas. Em apenas
alguns quadros, você consegue dizer muita coisa. A combinação entre elementos
visuais e textuais é o formato perfeito para fazer rir, inspirar, desabafar, refletir e
aprender. Mais importante do que a história, é como você conta essa história. 
Tirinhas são muito cativantes, não é mesmo? É uma forma super
criativa de transmitir uma mensagem, além de serem ideais para compartilhar
com os amigos! É uma arte simples e qualquer um com uma ideia pode tentar. 
Dicas de ferramentas para a produção de tirinhas:
1. Pixton - É uma opção funcional e completa para criar quadrinhos sem a
necessidade de saber desenhar. Possui versões para uso pessoal,
educacional e profissional. Não há limitação de forma para os quadrinhos,
nem de posição para os painéis. Aceita fotos e objetos. Tem acesso para
tablets e opções de compartilhamento nas redes sociais. Exige cadastro.
2. StoryboardThat - É uma das mais completas opções para produzir
quadrinhos. Possui uma quantidade enorme de cenários e de personagens
– incluindo figuras históricas, que podem ser personalizadas. O site
oferece poses de braços, movimento do tronco, expressões faciais e várias
outras funcionalidades. Até o layout dos quadros pode ser definido pelo
usuário. Exige cadastro para baixar a história produzida.
38
https://www.pixton.com/
https://www.storyboardthat.com/pt/storyboard-criador
3. Stripcreator - A interface de composição é pouco atrativa, mas funciona
corretamente. São dezenas de opções de cenários e personagens. Entre as
limitações estão a impossibilidade de mover os balões e de alterar o tipo
de fala. Aceita tiras de até 3 quadros e oferece modelos de composição
próprios, só para inserção de texto. Exige um cadastro no site para salvar
a história criada.
4. Witty Comics – Permite a criação de quadrinhos com até três cenas e
dois personagens. Apesar de limitado, o site é simples e prático de ser
usado para criar histórias com mais facilidade.
FINALIZANDO…
Ao finalizar esta Unidade e concluir o Módulo I do curso, não
esperamos ter esgotado todas as informações acerca das temáticas abordadas,
especialmente quando se trata de TDICs, já que surgem inovações a todo
instante, com novos aplicativos com variadas possibilidades de uso que podem
auxiliar os docentes em sua jornada educativa.
No ambiente educacional, especialmente no ambiente on-line, o uso
das TDICs geram mudanças na metodologia de ensino e na forma de ensinar e
de aprender. Cabe aos agentes desse processo aliar, de forma significativa, as
tecnologias às práticas pedagógicas/andragógicas de forma que as TDICs não
sejam apenas ensinadas por elas mesmas, mas que sejam modos de interação e
recursos para a construção e produção de conhecimentos.
Agora, chegou o momento de você realizar os exercícios auto
instrucionais, elaborados para checar seu aprendizado até aqui. Eles são
obrigatórios e você pode refazê-los, pois há um banco de questões
randomizadas! Se tiver dificuldades, volte ao conteúdo e estude um pouco mais
para que possa seguir adiante.
No próximo módulo abordaremos novas metodologias para o ensino e
a aprendizagem que apoiam as tecnologias na aprendizagem on-line, além de
estratégias didáticas para sua aplicação.
Aqui, você pode optar por:
- seguir para o Módulo II;
- dar um pit stop e saborear conteúdos extras para
ampliar ainda mais seus conhecimentos;
- realizar a atividade extra proposta.
Qual a sua escolha?
39
http://www.stripcreator.com/make.php
http://www.wittycomics.com/
Pílulas de Conteúdo Extra
Livro “Ensino Híbrido: personalização e tecnologia na educação”, de Lilian Bacich,
Adolfo Tanzi Neto e Fernando de Mello Trevisani. Clique aqui.
Vídeo “O futuro chegou. Você está pronto? - TED x Dante Alighiere School -
Ricardo Amorim”. Clique aqui.
40
https://saberes.senado.leg.br/pluginfile.php/5976771/mod_resource/content/1/Ensino%20H%C3%ADbrido_personaliza%C3%A7%C3%A3o%20e%20tecnologia%20na%20educa%C3%A7%C3%A3o.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=Yumicqa8r38
Atividade Extra – Mão na Massa
Aprender fazendo (learn by doing) é botar a mão na massa e ser
agente ativo em seu processo de desenvolvimento intelectual. A ideia é que, por
meio da vivência prática, sua experiência educacional seja mais relevante e
significativa.
Aproveite o momento e faça uma autoavaliação da sua aprendizagem
produzindo um vídeo animado. O vídeo é um formato efetivo quando se deseja
transmitir alguma informação. Oferece um atrativo visual que atinge em cheio o
nosso cérebro, além da maioria das pessoas crescerem assistindo vídeos (seja na
televisão ou na Internet), desde muito pequenas. Trata-se de um formato de fácil
assimilação e que atrai naturalmente as pessoas. Quer enfrentar o desafio?
Acesse um dos links abaixo e escolha o tipo de vídeo melhor para
você!
1. Vyond - Para quem deseja dar vida aos quadrinhos, o site ajuda a montar
pequenas animações. Ele oferece personagens, cenários e objetos prontos
para serem personalizados por professores, alunos e outros usuários.
2. Pencil – Para professores e alunos que desejam criar suas próprias
ilustrações, o programa Pencil pode ser uma boa solução. Desenvolvido
para possibilitar a elaboração de desenhos à mão e no estilo cartoon, ele é
considerado uma alternativa para criar animações em 2D de forma
simples.
3. Powtoon – Para quem ainda não conhece vale conhecer. É muito simples
e prático. A plataforma oferece muitas imagens animadas, com efeitos,
tudo pronto para você começar a se animar. 
41
https://www.vyond.com/
https://www.baixaki.com.br/download/pencil.htm
https://www.powtoon.com/
Módulo II: Novas metodologias e tecnologias na
aprendizagem on-line
O que você vai ver neste módulo? Clique aqui para acessar o vídeo.
Objetivos específicos:
➔ Diferenciar os principais métodos para uma abordagem ativa;
➔ Identificar os princípios e vantagens da metodologia ágil; e
➔ Relacionar a metodologia imersiva com as novas tecnologias.
Neste módulo, vamos basear nosso estudo no trabalho de pesquisa
realizado por Filatro e Cavalcanti (2018) apresentado em seu livro Metodologias
INOV-ativas na educação presencial, a distância e corporativa.
As autoras condensaram dezenas de abordagens educacionais em
quatro grupos de metodologias: ativas, ágeis, imersivas e analíticas, com visões
inovadoras de aplicações práticas que podem e devem ser utilizadas por aqueles
que se propõem a se tornar um tutor/facilitador excelente.
Metodologias
Ativas
Metodologias
Ágeis
Metodologias
Imersivas
- Aprendizagem baseada
em Problemas;
- Aprendizagem baseada
em Projetos;
- Movimento Maker;
- Instrução por Pares;
- Design Thinking.
- Microaprendizagem;
- M-learning;
- Just-in-time learning.
- Realidade Virtual;
- Realidade Aumentada;
- Jogos;
- Gamificação.
Vamos começar?
42
https://youtu.be/2pOAwz-XhCA
Unidade 1: Metodologias Ativas
O que são metodologias ativas?
“As metodologias ativas são estratégias, técnicas, abordagens e perspectivas
de aprendizagem individual e colaborativa que envolvem e engajam os
estudantes no desenvolvimento de projetos e/ou atividades práticas.
Nos contextos em que são adotadas, o aprendiz é visto como um sujeito
ativo, que deve participar de forma intensa de seu processo de
aprendizagem(mediado ou não por tecnologias), enquanto reflete sobre
aquilo que está fazendo.”
Filatro e Cavalcanti (2018, p.12)
Os princípios fundamentais das metodologias ativas são basicamente
três:
Vamos explorar algumas abordagens ativas com maior potencial de
inovação por promoverem a ação-reflexão (articulação entre teoria e prática) e
por serem adaptáveis à execução em ambientes virtuais.
ABORDAGENS ATIVAS
1. Aprendizagem baseada em problemas - PBL (sigla oriunda do
inglês problem based learning)
Assista ao vídeo! Clique aqui.
Após assistir ao vídeo, você percebe que a PBL é um método que faz
43
https://www.youtube.com/watch?v=qk6vS8UDT0c
com que os aprendizes sejam capazes de construir uma aprendizagem
conceitual, de processos, de procedimentos, de análise, de desenvolvimento e de
atitudes, por meio de problemas de situações reais ou hipotéticas que são
apresentadas pelo tutor/facilitador.
O objetivo é fazer com que os alunos busquem soluções diversas
aplicáveis para os ‘cases’ apresentados por meio de investigações.
O método está estruturado em 7 etapas e se inicia com
situações-problema para a construção de novos conhecimentos. Pode ser
aplicado em grupo ou individualmente, on-line ou presencial.
Um bom problema deve ser objetivo, simples e engajador para motivar
os alunos. Você consegue pensar em algum problema para ser trabalhado? Só
para ilustrar, me vem à cabeça o seguinte problema: Aumentar a participação
dos aprendizes nos cursos on-line com tutoria ofertados pelo ILB.
2. Aprendizagem baseada em projetos - ABP
44
Assista ao vídeo! Clique aqui.
PBL é um método em que os alunos se envolvem em tarefas e desafios
para desenvolver um projeto que tenha como resultado um produto tangível.
Em grupo, os alunos desenvolvem um projeto que se inicia com a
apresentação pelo professor de uma questão complexa e instigante que irá
nortear o projeto ou os alunos apresentam uma proposta que tenham interesse.
Em seguida, são definidos prazos, escopo de trabalho, expectativas de resultado
e critérios de avaliação. O resultado final é um produto que pode ser um
protótipo ou um plano de ação a ser implementado. Por exemplo, um desafio
poderia ser “Elaborar um plano de ensino de um curso on-line sem tutoria sobre
a utilização de metodologias ativas em ambientes virtuais de aprendizagem.”
Importante!
➔ O conteúdo a ser pesquisado deve ser relevante no contexto dos alunos;
➔ O caminho não deve ser definido de antemão;
➔ O aluno é o protagonista no andamento do projeto;
➔ As fontes de pesquisa devem ser diversificadas;
➔ O professor guia e dá feedbacks durante todo o percurso do projeto;
➔ Os alunos desenvolvem habilidades de colaboração e trabalho em equipe,
comunicação, raciocínio lógico, pensamento reflexivo, organização,
resiliência, persistência por meio de tentativas e erros, dentre outras.
Alguns recursos digitais além do AVA podem ser utilizados:
● Trello
Tem uma farta aplicabilidade à sala de aula, que vem surpreendendo
45
https://www.youtube.com/watch?v=c3FIWpbusfU
https://trello.com/pt-BR/education
tanto os professores quanto seus alunos – sendo uma ótima ferramenta para
aprendizado baseado em projetos e solução de problemas. Os alunos podem usar
as ferramentas do Trello para assumir o controle de seu próprio aprendizado e
descrever os passos necessários para concluí-lo, dividindo tarefas e planejando o
que precisam para atingir as metas. 
● Padlet
Funciona como um mural, no qual os alunos podem compartilhar
produções em diversos formatos (texto, vídeo, imagens etc) e também comentar
nos conteúdos postados por outras pessoas – facilitando, assim, a cocriação de
um produto final. Tem a desvantagem da versão gratuita só possibilitar três
‘padlets’.
● Flipgrid
É um aplicativo que trabalha exclusivamente com vídeos. O professor
coloca uma problemática inicial para que a turma faça uma discussão gravando e
compartilhando registros audiovisuais. “O legal é que traz essa linguagem com a
qual os alunos têm muita familiaridade e facilidade de se expressar. Afinal, temos
hoje uma geração de pequenos youtubers”, comenta Renata. A devolutiva do
educador também precisa ser em vídeo, o que deixa as trocas bastante
dinâmicas. 
● Scracht
Desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, em
inglês), o software gratuito possibilita a criação de animações e jogos, além de
outras narrativas interativas por meio da programação. “O Scratch traz uma
linguagem bem acessível e permite que professor e aluno interajam de uma
maneira mais leve”, indica Daniela Ilhesca, professora da EMEF Arthur Pereira de
Vargas.
● Mind Node
Possibilita a criação de mapas mentais de maneira simples e prática,
ajudando a dar concretude a processos como o de levantamento de ideias. É
gratuito.
3. Movimento maker
Assista ao vídeo Cultura maker: que bicho é esse?, do Marcelo Tas,
clicando aqui.
Filatro e Cavalcanti definem o movimento Maker:
46
https://pt-br.padlet.com/
https://apps.apple.com/br/app/flipgrid/id756972930
https://scratch.mit.edu/
https://www.mindnode.com/
https://www.youtube.com/watch?v=A9uI0UrViqg
“O movimento Maker é uma perspectiva ativa de aprendizagem centrada no
conceito de aprendizagem experiencial. Maker é uma pessoa que participa
ativamente de todo o processo de fabricar um objeto com as próprias mãos.
Por extensão, o movimento maker enfatiza a relevância do aprender fazendo, a
projeção e a construção de artefatos e a fabricação digital.” (p. 40)
Recapitulando as informações do vídeo, salientamos alguns aspectos
relevantes:
A proposta da cultura maker é fazer com que as pessoas tornem suas
ideias em realidade, desenvolvam as próprias tecnologias, dispositivos e
ferramentas, em projetos que reforcem suas leituras da sociedade. Qualquer
pessoa pode construir, consertar e fabricar os mais diversos tipos de objetos e
projetos. Essa noção pode pender tanto para o lado social ou doméstico quanto
para o empresarial, mas sempre se pautando pelo cooperativismo e pelo
compartilhamento de ideias.
Na educação, a forma mais comum de adotar o movimento maker é a
partir da criação e uso de Fab Labs (laboratórios de fabricação).
Em entrevista ao Estadão, Dale Dougherty, criador da revista MAKER e
responsável por popularizar o termo, explica o que são os makerspaces (Fab
Labs):
“Um makerspace pode ser visto como uma combinação de oficina
mecânica, estúdio de arte e laboratório de computação, mas é
fundamental encará-lo como um espaço de trabalho, não um local
para só passar o tempo. Podem ter impressoras 3D, cortadoras a
laser, mesas de marcenaria, máquinas de costura. Muitos costumam
ter computadores com programas de design, onde é possível
projetar o modelo 3D de alguma peça para depois fabricar nas
impressoras. Os frequentadores têm acesso às ferramentas e ao conhecimento
47
de outros makers presentes. Porém, para algumas pessoas, como crianças, o
makerspace poderia ser simplesmente uma sala vazia com jogos de tabuleiro,
tesoura e outros materiais escolares. A presença de equipamentos às vezes se
confunde com o processo de criação, mas máquinas modernas não resumem o
objetivo de transformar ideias e inspirações em algo mais.”
Leia o texto original clicando aqui.
Os Fab Labs podem ser criados em empresas, instituições
educacionais, startups e órgãos governamentais e permanecem abertos a
qualquer pessoa que queira utilizá-los, gratuitamente ou por um custo baixo em
dias e horários estabelecidos para esse fim.
Em cursos híbridos ou a distância, os estudantes ou profissionais
podem utilizar laboratórios, oficinas ou Fab Labs disponíveis em polos presenciais
ou em escolas, universidades ou empresas parceiras localizadas em suas
cidades. Outra possibilidade é enviar kits com materiais específicos para que os
alunos possam realizar experimentações.
“Muitas instituições têm investido em laboratórios virtuais e remotos para
tornar as experiências vividas presencialmente também acessíveis em espaços
digitais. Os laboratórios virtuais são compostos de aplicações web que imitam
experimentosrealizados em laboratórios presenciais."
Filatro e Cavalcanti (p.45)
A grande vantagem é que estão sempre disponíveis para serem
acessados por aprendizes e educadores, oportunizando a interação com os
experimentos, sempre que quiserem.
Cultura maker na escola está ligada à criação de soluções criativas ―
tecnológicas ou não ― para situações-problema. São criados objetos e produtos
bem como realizadas intervenções no espaço educativo ou pela cidade (uma
horta, por exemplo, onde os produtos sejam consumidos na própria escola).
Dessa forma, a educação maker é uma forma de ensino, caracterizada por uma
abordagem colaborativa, que usa experiências práticas para encontrar a
resolução de problemas.
Um dos principais exemplos de cultura maker no Brasil é a Campus
Party, tida como a maior experiência tecnológica do mundo. Ela reúne milhares
de jovens em torno de “um festival de Inovação, Criatividade, Ciências,
Empreendedorismo e Universo Digital”, como descreve o site da organização.
Veja um exemplo da Campus Party Brasil para ilustrar. Clique aqui.
Segue relação de Fab Labs gratuitos e pagos para experimentar,
48
https://infograficos.estadao.com.br/focas/movimento-maker/dale-dougherty.php
https://youtu.be/7MqaTeeoVew
aprender e produzir:
1. Lilo Zone (SP)
2. Garagem Fab Lab (SP)
3. FAZ Makerspace (BH)
4. Fab Lab Newton (BH)
5. Laboratório Aberto (BH)
6. Galpão Makers (PoA)
7. Fab Lab Rec (Recife)
8. L.O.U.Co (Recife)
4. Instrução por pares – Peer instruction
Peer instruction ou instrução por pares é um método de ensino
interativo baseado em evidência (se o aluno está aprendendo ou não),
popularizado na década de 1990 por Eric Mazur, professor de Física da
Universidade de Harvard.
Diz o professor em suas palestras: “Comecei a aplicar esse método
quando percebi que a parte mais fácil do aprendizado, os alunos faziam comigo e
a parte mais difícil estavam fazendo sozinhos.”
Assista ao vídeo “Instrução pelos pares na aprendizagem ativa”, do
Professor Mazur. Clique aqui.
É essa a essência da Instrução em pares: alterar a dinâmica da sala de
aula para que os alunos auxiliem uns aos outros no entendimento dos conceitos
e, em seguida, sejam conduzidos pelo professor no aperfeiçoamento desse
aprendizado por meio de questões dirigidas e pílulas de abordagens ativas para
melhorar o processo de ensino e aprendizagem.
Como funciona?
49
https://www.lilo.zone/#Sobre
http://www.garagemfablab.com.br/
https://fazmakerspace.com.br/
http://fablabnewton.com.br/
https://www7.fiemg.com.br/regionais/sede/unidade/senai---laboratorio-aberto
https://www.ufrgs.br/parametricodesign/galpaomakers/
https://www.fablabrecife.com/
https://www.portodigital.org/diferenciais/equipamentos/louco?nv1=diferenciais&nv2=equipamentos&nv3=louco
https://www.youtube.com/watch?v=iCDXyIrYNS8&t=7s
A instrução em pares pode ser aplicada em cursos on-line com maior
flexibilidade de tempo e espaço.
Como fazer?
1. O professor/tutor apresenta os conceitos utilizando hipertexto, videoaula
curta ou web aula que são disponibilizados no AVA;
2. Os alunos respondem individualmente a todas as perguntas que estarão
disponíveis no AVA por um período determinado. Então, o professor avalia
a quantidade de erros e acertos do teste e mostra o resultado para a
turma, sem, no entanto, revelar as respostas corretas de cada questão;
3. Caso a taxa de acertos seja alta (mais de 70%), faz-se uma breve
conclusão sobre o conteúdo estudado;
4. Se o nível de acertos for baixo (30%) ou médio (30%-70%), o professor
explica novamente o conteúdo e os alunos são incentivados a discutir com
seus colegas, um ensinando aos outros.
5. São formados grupos e as discussões podem ser em fóruns ou wikis.
Nesse momento, comentam o significado e importância das questões e
cada um argumenta sobre o motivo de terem escolhido suas respostas.
50
Com isso, uns ajudam aos outros e todos os alunos são engajados na
construção do conhecimento;
6. Após a discussão, as questões são novamente respondidas. Agora,
espera-se que a quantidade de acertos aumente;
7. Uma vez alcançados os objetivos da aula, o professor apresenta as
respostas corretas do teste e faz uma avaliação geral de cada pergunta
com a turma.
Outros recursos tecnológicos podem ser utilizados para auxiliar na
utilização desse método, como o Google Classroom, Formulários do Google,
aplicativos como o Kahoot, Mentimeter, Socrative e Plickers.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Você consegue associar essa metodologia com as formas mais eficazes de
retenção do conhecimento apresentadas na Pirâmide de Aprendizagem de
William Glasser? (Módulo I, Unidade 2)
Quais os principais benefícios desse método?
➔ É centrado no aluno;
➔ Estimula a interação produtiva, o pensamento crítico e a colaboração;
➔ Promove uma postura proativa do aluno...
E você, que outros benefícios consegue perceber?
5. Design Thinking - DT
O que é design thinking?
Assista ao vídeo Processo criativo: Design Thinking, do Sebrae Minas.
Para conferir, clique aqui.
“O DT é uma abordagem centrada no ser humano que promove a solução de
problemas complexos, estimula a criatividade e facilita a inovação. É
humanista, pois busca compreender, de forma empática, os desejos e
necessidades de pessoas impactadas por um problema analisado.”
Filatro e Cavalcanti (p.53)
Na Educação, é conhecida como aprendizagem investigativa,
trabalhando de forma colaborativa e desenvolvendo a empatia. Nesse modelo, o
51
https://play.google.com/store/apps/details?id=no.mobitroll.kahoot.android&hl=pt_BR&gl=US
https://www.mentimeter.com/pt-BR
https://www.socrative.com/
https://get.plickers.com/
https://www.youtube.com/watch?v=Bwjwb5aIcZ8
estudante participa como formador de conhecimento. Não existe uma única
forma correta de aplicá-lo. O que existe são etapas a serem exploradas como
processo de resolução de problemas. Quando usadas no ambiente da sala de
aula, essas etapas trazem mais dinamismo, envolvimento e sentimento de
pertencimento. 
As etapas do processo de DT prevêem:
➔ a escuta
➔ a observação
➔ a investigação
➔ a projeção de soluções
➔ a prototipagem
➔ a implementação das melhores soluções criadas
No contexto educacional o DT pode ser aplicado como:
1. Metodologia de solução de problema – possibilita enfrentar problemas
comuns a partir de um novo olhar.
2. Abordagem de Inovação – permite a criação, o teste, a implementação de
processos e serviços e soluções educacionais que promovam a inovação.
3. Estratégias de ensino e aprendizagem – promover e incentivar
uma ‘cultura de pensamento’, criando diversas oportunidades para que se
possa desenvolver o conhecimento, a comunicação, a cooperação, o
protagonismo e o pensamento científico, crítico e criativo diante das
situações de aprendizagem colaborativa.
Um dos principais benefícios da utilização do design thinking como
abordagem consiste em seu processo estruturado de expansão e afunilamento
da compreensão sobre um determinado tópico, permitindo um movimento
cognitivo de abertura para explorar novas possibilidades acerca do que está
sendo analisado (por exemplo, um problema).
Após esse momento de abertura, fazemos o momento inverso de
fechamento para definir ou escolher uma solução. Esse processo ajuda a
identificar a causa central do problema, fazendo deste uma ótima oportunidade
para aprender. Assim, a abordagem do design thinking enfoca o processo de
busca por uma solução, e não apenas a solução em si.
Sabemos que o DT desperta a criatividade, já que novas formas de
pensar e diferentes ideias são desenvolvidas por meio de um processo
estruturado e focado na descoberta, na ideação e na experimentação.
52
Vamos conhecer as etapas, de acordo com a professora Claire Arcenas,
do blog Geekie e contextualizar com exemplos:
1. Exercício da empatia: entendimento das necessidades e motivações
das pessoas que estão envolvidas no problema “Evasão dos cursos com
tutoria” – estudantes, tutores, especialistas de conteúdo, designers,
coordenadores. Essa análise inicial, suportada pelo mapa de empatia, nos
ajuda a aprofundar