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Colonização de Pernambuco


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APOSTILA HISTÓRIA DE PERNAMBUCO 
Ocupação e colonização | Contatos iniciais do europeu com o 
nativo local | Capitanias Hereditárias | Duarte Coelho. 
Ocupação e Colonização e o Contatos Iniciais com os Nativos 
Em 1498, uma expedição liderada pelo navegador português Duarte Pacheco Pereira 
zarpou de Portugal com o objetivo de explorar o litoral brasileiro. A missão tinha como 
propósito identificar os territórios atribuídos a Portugal e a Castela pelo Tratado de 
Tordesilhas, firmado em 1494. Pacheco Pereira, que desempenhou um papel nas negociações 
do tratado, buscava mapear as fronteiras estabelecidas pelo acordo. 
 TOME NOTA: Apesar de Duarte Pacheco Pereira ter liderado essa expedição 
em 1498 para explorar o litoral brasileiro, um dos mais notáveis exploradores 
portugueses da época foi Pedro Álvares Cabral. Cabral, em sua expedição ao Brasil 
em 1500, acabou "descobrindo" oficialmente o país para Portugal. A expedição de 
Duarte Pacheco Pereira foi uma das primeiras tentativas de entender e delimitar os 
territórios conforme o Tratado de Tordesilhas, mas é a expedição de Cabral que 
muitas vezes é mais lembrada nos registros históricos. 
 
 
Duarte Pacheco Pereira. 
 
Em 26 de janeiro de 1500, outra expedição, sob o comando 
do espanhol Vicente Yáñez Pinzón, alcançou o Cabo de 
Santo Agostinho, situado no litoral sul de Pernambuco. Este 
evento contribuiu para a crescente exploração das terras 
recém-descobertas. 
 
 
Vicente Pinzón 
 
No início do mesmo ano, em 1500, Pedro Álvares Cabral 
liderou uma expedição que partiu de Portugal em direção ao 
Oriente, com o objetivo principal de fortalecer os laços comerciais 
com as Índias. Além disso, a expedição tinha o propósito de 
confirmar as vantagens estipuladas pelo Tratado de 
Tordesilhas. 
 
 
 
 
 
 
 
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Pedro Álvares Cabral 
Quando Cabral e sua esquadra chegaram a Porto 
Seguro, no litoral da terra que mais tarde seria 
chamada de Ilha de Vera Cruz e, posteriormente, 
Terra de Santa Cruz, os portugueses já possuíam 
considerável experiência em suas explorações 
marítimas. 
 
À véspera da chegada dos europeus à América em 1500, estima-se que o território que 
hoje compreende o Brasil (a costa oriental da América do Sul) era habitado por 
aproximadamente dois milhões de indígenas, desde o Norte até o sul. 
 
TOME NOTA: Antes da chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil em 1500, as 
terras agora conhecidas como Brasil eram habitadas por diversos povos 
indígenas, com uma estimativa de aproximadamente dois milhões de 
habitantes. Essas comunidades indígenas tinham uma rica diversidade cultural, com 
diferentes línguas, costumes e formas de organização social. A chegada dos europeus 
marcou o início de um período de encontros e conflitos entre as culturas 
indígenas e os colonizadores, deixando um impacto duradouro na história e 
na sociedade brasileira. 
 
 
Grupos Indígenas Anterior a chegada de Cabral 
 
Quando os portugueses chegam aqui no Brasil em 
1500, devido a uma consequência direta dos 
acontecimentos da Expansão Ultramarina, Pero Vaz de 
Caminha relata para o Rei de Portugal Dom Manoel, a 
não existência de metais preciosos ao rei, “aqui não tem 
nem ouro nem prata nem pedras preciosas, e ele diz que a 
tarefa mais árdua e mais honrosa que Portugal pudesse 
fazer seria salvar essa gente” sugerindo a catequização 
deles. 
 
O período de 1500 – 1530 não tivemos uma colonização sistemática, uma 
colonização de fé e fato, o que tivemos foi um período de reconhecimento do território 
brasileiro. É onde a coroa vai promover o primeiro contato com os indígenas. 
 
Portugal envia ao Brasil, expedições exploratórias que tinham como objetivos 
investigar os potenciais atividades econômicas que o território poderia ter, e é em uma dessas 
explorações que Gaspar de Lemos notifica que em boa parte do litoral brasileiro do Pau-Brasil 
que será a primeira atividade econômica desenvolvida pelos portugueses em terras brasileiras. 
 
 
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O pau-brasil se torna o principal produto que norteia a economia nesses 30 
primeiros anos, uma atividade exploratória, uma atividade nômade, predatória que não 
promove o povoamento do território. A atividade funcionava através do Estanco: O 
monopólio que a coroa portuguesa possuía em relação a extração do pau-Brasil este que era 
usada para o tingimento de tecido na Europa. 
 
 
Extração do Pau-Brasil 
O trabalho do Pau-Brasil era realizado pela 
mão de obra indígena, através do Escambo, que 
seria uma troca natural os índios faziam o trabalho 
pesado e em troca ganhavam tecidos, objetos 
metálicos, tecidos, dentre outras coisas, objetos que 
eram desconhecidos pelos indígenas. 
 
 
 
Os Indígenas tendo contato com novos “materiais” 
em troca do Pau-Brasil 
 
 
 
 
TOME NOTA: O contato dos indígenas com os novos materiais resultantes do 
escambo durante a extração do Pau-Brasil não apenas introduziu elementos 
estranhos em suas vidas, mas também teve implicações culturais 
significativas. Muitos objetos metálicos e tecidos, até então desconhecidos pelos 
indígenas, tornaram-se parte de sua realidade cotidiana. Essa troca cultural 
influenciou não apenas a materialidade da vida indígena, mas também suas 
práticas e percepções. 
 
Além disso, o escambo estabeleceu um padrão de interação que, ao longo do 
tempo, moldaria as relações entre os colonizadores europeus e os povos indígenas. 
A dependência dos indígenas em relação aos objetos introduzidos pelos 
europeus criou dinâmicas complexas de poder e influência. Essa fase inicial de 
contato, marcada pelo intercâmbio de bens materiais, foi apenas o começo de uma 
história mais ampla de interações entre culturas distintas no Brasil colonial. 
 
Capitanias Hereditárias 
 
No início da colonização Portuguesa a coroa optou por dividir o território em capitanias 
hereditárias para a pequena nobreza de Portugal, dividindo em vários lotes de terras 
que por sua vez era chamado de capitanias hereditárias sistema esse que Portugal já havia 
experimentado nas ilhas oceânicas (Madeira, Açores e Cabo Verde). Portugal coloca na mão da 
 
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iniciativa privada a tarefa de colonizar o território português. Território brasileiro foi dividido 
em 15 lotes de terras, 14 capitanias que foi entregue a 12 donatários. 
 
 
 
Capitanias Hereditárias, e seus respectivos 
donatários. 
As capitanias hereditárias é uma descentralização 
administrativa colocando na mão da iniciativa privada a 
tarefa de promover a colonização da américa portuguesa, 
essa iniciativa privada seria responsável pela colonização 
portuguesa e pelos recolhimentos dos impostos destinando a 
metrópole portuguesa. 
 
Apenas duas capitanias terão resultados eficientes, duas delas terão êxitos que é: 
Pernambuco (Duarte Coelho) e São Vicente (Martim Afonso de Souza) essas duas 
capitanias prosperaram devido ao cultivo da cana de açúcar. 
 
 
 
Plantação de Cana de açúcar que será 
responsável pelo sucesso de Pernambuco e 
São Vicente. 
 
 
 
 
 
 
As outras capitanias não obtiveram êxitos, são inúmeros fatores que levaram ao 
declínio dessas capitanias hereditárias como: Ataques Indígenas, ataques de piratas 
principalmente franceses, a distância de uma capitania a outra, ausência de apoio 
financeiro por parte da coroa, falta de iniciativa dos donatários (alguns deles nunca chegaram 
a vim ao território doado a eles) 
 
Duarte Coelho 
 
 
Duarte Coelho, nasceu em 1485, Porto, 
Portugal 
Falecimento: 7 de agosto de 1554, 
Lisboa, Portugal 
 
Primeiro capitão-donatário da 
capitania de Pernambuco e Fundador de 
Olinda. 
 
 
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Comandou expedições para o brasil em 1501 e 1503. 
 
Chegou em Pernambuco no dia 9 de março de 1535, vinha acompanhado da mulher, 
Brites de Albuquerque, e do cunhado Jerônimo de Albuquerque, e alentada parentela, além 
de famílias do Norte de Portugal. Chegaram em Pernambuco para tentar a sorte na indústria 
canavieira (que já tinha uma certa experiência).TOME NOTA: Duarte Coelho é uma figura importante na história da colonização 
portuguesa no Brasil. Além de suas realizações como o primeiro capitão-donatário da 
capitania de Pernambuco e fundador de Olinda, ele desempenhou um papel 
significativo na introdução e desenvolvimento da indústria canavieira na 
região. 
 
A vinda de Duarte Coelho para Pernambuco em 1535, acompanhado de sua 
família e outras pessoas do Norte de Portugal, destaca o caráter empreendedor 
e a busca por oportunidades econômicas durante o período colonial. Sua 
contribuição para a indústria canavieira teve um impacto duradouro na economia da 
região, marcando o início de uma atividade que se tornaria crucial para a 
história econômica do Brasil. 
 
 
Dona Brites de Albuquerque 
 
 
 
Jerônimo de Albuquerque 
 
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Com ajuda de Vasco Fernandes de Lucena, que ali vivia com os tabajaras, em 1537 elevou 
à categoria de vila a povoação de Olinda, que havia surgido em 1535 no local da aldeia indígena 
de Marim dos Caetés. 
 
Muitas foram às lutas entre os índios, Duarte Coelho e os colonos. Seu cunhado Jerônimo 
de Albuquerque uniu-se com a índia filha do cacique Arcoverde dos tabajaras, batizada 
Maria do Espírito Santo Arcoverde, para criar um clima de paz entre eles e os índios. 
 
Duarte Coelho foi um dos principais exploradores e colonizadores do Brasil. Ele 
nasceu em Portugal, em 1505 chegou ao território brasileiro. Coelho foi responsável por 
estabelecer a cidade de Olinda em 1537, sendo considerado o fundador e primeiro 
governador. Sua atuação na região foi fundamental para o crescimento e consolidação das 
atividades econômicas, como a produção de açúcar, que se tornou uma das bases principais da 
economia colonial. Além de seu papel como líder político e administrativo, a biografia de Duarte 
Coelho também evidencia sua influência no campo cultural. Ele incentivou o 
desenvolvimento das artes e da educação em Olinda, promovendo a construção de igrejas, 
escolas e outros espaços dedicados à cultura. Seu legado perdura até os dias de hoje, com a 
preservação de monumentos importantes e a valorização da história e identidade de Olinda. 
 
Outra figura notável na história de Olinda é Brites de Albuquerque. Nascida em Portugal, 
Brites era filha de Lopo de Albuquerque, Conde de Penamacor., um dos primeiros donatários 
da Capitania de Pernambuco. Ela se casou com Duarte Coelho, tornando-se uma figura 
importante na sociedade colonial. Sua biografia é lembrada por sua atuação na defesa da 
Capitania de Pernambuco contra invasões estrangeiras e conflitos internos. Brites de 
Albuquerque demonstrou liderança e coragem durante os confrontos com os invasores 
franceses e holandeses, que ameaçavam a soberania portuguesa na região. Ela participou 
ativamente da resistência, organizando defesas e liderando tropas, tornando-se uma 
figura respeitada e admirada por seu papel na proteção de Olinda. 
 
TOME NOTA: É fascinante observar como Duarte Coelho desempenhou um 
papel crucial não apenas na fundação e governança de Olinda, mas também na 
promoção do desenvolvimento cultural e econômico da região. Sua visão abrangente 
e comprometimento com o crescimento da cidade são evidenciados não apenas nas 
realizações tangíveis, como a construção de igrejas e escolas, mas também na forma 
como ele buscou estabelecer laços de paz com as comunidades indígenas locais. 
 
Além disso, a presença e contribuições de Brites de Albuquerque acrescentam 
uma dimensão interessante à história de Olinda. Sua atuação na defesa da 
Capitania de Pernambuco contra invasões estrangeiras destaca a 
importância das mulheres na resistência e na construção da história colonial 
brasileira. 
 
 
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 Fixando o conteúdo 
 
1. Pergunta: Qual era o objetivo da expedição liderada por Duarte Pacheco Pereira 
em 1498? 
 
 
2. Quem comandou a expedição que alcançou o Cabo de Santo Agostinho em 1500? 
 
 
3. Por que Pedro Álvares Cabral liderou uma expedição em 1500? 
 
 
4. O que Pero Vaz de Caminha relatou sobre o território brasileiro em 1500? 
 
 
5. Qual atividade predominou nos primeiros 30 anos após a chegada dos portugueses 
ao Brasil? 
 
 
6. Como era realizada a extração do Pau-Brasil e qual era a moeda de troca com os 
indígenas? 
 
 
7. O que eram as Capitanias Hereditárias no início da colonização portuguesa no 
Brasil? 
 
 
8. Quais foram as duas Capitanias que prosperaram devido ao cultivo da cana de 
açúcar? 
 
 
9. Por que algumas Capitanias Hereditárias não obtiveram êxito? 
 
 
10. Quem foi Duarte Coelho e qual foi seu papel na colonização de Pernambuco? 
 
 
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11. Quem comandou a expedição que elevou a povoação de Olinda à categoria de vila 
em 1537? 
 
 
12. Qual foi a contribuição cultural de Duarte Coelho em Olinda? 
 
 
13. Quem foi Brites de Albuquerque e qual foi seu papel na história de Pernambuco? 
 
 
14. Qual era a atividade principal da Capitania de Pernambuco sob o comando de 
Duarte Coelho? 
 
 
15. O que Gaspar de Lemos notificou sobre o litoral brasileiro em suas explorações? 
 
 
16. Qual era a principal moeda de troca entre os indígenas e os portugueses na 
extração do Pau-Brasil? 
 
 
17. O que eram as Capitanias Hereditárias e qual era o objetivo ao dividi-las? 
 
 
18. Por que Pernambuco e São Vicente se destacaram entre as Capitanias 
Hereditárias? 
 
 
19. Quais foram os fatores que levaram ao declínio de algumas Capitanias 
Hereditárias? 
 
 
20. O que Pero Vaz de Caminha relatou sobre o território brasileiro em sua carta ao 
Rei Dom Manoel? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Respostas 
 
1. Explorar o litoral brasileiro para identificar os territórios atribuídos a Portugal e 
Castela pelo Tratado de Tordesilhas. 
 
2. Vicente Yáñez Pinzón. 
 
3. Fortalecer os laços comerciais com as Índias e confirmar as vantagens estipuladas 
pelo Tratado de Tordesilhas. 
 
4. A ausência de metais preciosos, sugerindo a catequização dos indígenas. 
 
5. A exploração do Pau-Brasil, usado para tingimento de tecidos na Europa. 
 
6. Realizada pela mão de obra indígena através do escambo, trocando trabalho 
pesado por tecidos, objetos metálicos, entre outros. 
 
7. Territórios divididos para a nobreza portuguesa colonizar, descentralizando a 
administração e arrecadação de impostos. 
 
8. Pernambuco (Duarte Coelho) e São Vicente (Martim Afonso de Souza). 
 
9. Ataques indígenas, ataques de piratas, distância entre capitanias, falta de apoio 
financeiro e iniciativa dos donatários. 
 
10. Primeiro capitão-donatário, fundador de Olinda, promoveu crescimento 
econômico, especialmente na produção de açúcar. 
 
11. Duarte Coelho, com a ajuda de Vasco Fernandes de Lucena. 
 
12. Incentivou o desenvolvimento das artes e educação, construindo igrejas e espaços 
culturais. 
 
13. Esposa de Duarte Coelho, atuou na defesa de Pernambuco contra invasões, 
demonstrando liderança e coragem. 
 
14. Indústria canavieira, com experiência prévia na produção de açúcar. 
 
15. Identificou a presença do Pau-Brasil, primeira atividade econômica dos 
portugueses no Brasil. 
 
16. Escambo, troca por tecidos, objetos metálicos e outros desconhecidos pelos 
indígenas. 
 
17. Territórios divididos para a nobreza portuguesa colonizar, descentralizando a 
administração e arrecadação de impostos. 
 
18. Prosperaram devido ao cultivo bem-sucedido da cana de açúcar. 
 
 
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19. Ataques indígenas, ataques de piratas, distância entre capitanias, falta de apoio 
financeiro e iniciativa dos donatários. 
 
20. A ausência de metais preciosos, sugerindo a catequização dos indígenas. 
 
 
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A IMPORTÂNCIA DO AÇÚCAR PARA A ECONOMIA LOCAL 
Produção de cana de açúcar 
A produção de açúcar é muito importante para 
Pernambuco, pois ajuda muito na economia da região. 
Isso acontece porque Pernambuco tem condições 
ideais para plantar cana de açúcar, como o solo bom 
e o clima úmido. Além disso, o açúcar é muito lucrativo 
na Europa, onde há muita demanda por esse produto.No 
Brasil, Pernambuco, São Vicente e Bahia são os 
lugares principais onde se cultiva cana de açúcar. 
 
Pernambuco se destacava como a capitania mais rica e 
poderosa no contexto colonial, sendo o principal polo produtor 
de açúcar do mundo. As grandes fazendas na região, conhecidas 
como "plantations", caracterizavam-se pela prática da 
monocultura, focando exclusivamente na produção 
açucareira destinada ao comércio exterior. 
 
Pernambuco, durante o período colonial, desempenhou um papel fundamental 
na produção de açúcar, tornando-se um dos principais polos produtores do mundo. 
O termo "plantations", mencionado no segundo trecho, refere-se a grandes fazendas 
dedicadas à monocultura, focando principalmente na produção de açúcar destinada 
à exportação. Essas plantações eram caracterizadas pela extensão territorial e pelo 
uso intensivo de mão de obra escrava. O açúcar era um produto altamente lucrativo 
na Europa, impulsionando a economia da região e contribuindo para a posição de 
destaque de Pernambuco no contexto colonial brasileiro. 
 
 
 
 O pacto colonial estabelecia que tudo produzido na colônia 
deveria ser comercializado exclusivamente com a metrópole 
portuguesa. Esse arranjo garantia um monopólio comercial aos 
portugueses, permitindo-lhes negociar com outros países europeus 
e ficar com a maior parte dos lucros. Em resumo, a colônia 
produzia e entregava sua produção a preços baixos, enquanto 
adquiria escravos a preços elevados. Essa dinâmica favorecia Portugal, que se beneficiava 
substancialmente em todas as transações comerciais. 
 
O pacto colonial ilustra a política econômica mercantilista adotada por Portugal. 
Uma curiosidade adicional é que, embora esse sistema tenha beneficiado a 
metrópole, também contribuiu para o descontentamento nas colônias. A restrição 
imposta às colônias de comercializar apenas com a metrópole prejudicou o 
desenvolvimento econômico local, levando, em parte, a movimentos de 
independência no futuro, à medida que as colônias buscavam maior autonomia 
 
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econômica e política. Essa insatisfação foi um elemento chave nos processos que 
levaram às lutas pela independência em várias colônias americanas. 
 
Os escravos eram trazidos da África em navios 
negreiros, enfrentando péssimas condições, muitos chegavam 
doentes ou não sobreviviam à viagem. As condições climáticas 
favoráveis nas regiões dedicadas ao cultivo de cana 
proporcionavam facilidades para o transporte dessas 
pessoas. 
 
A brutalidade do transporte de escravos da África para as Américas, 
mencionada no trecho, destaca um aspecto sombrio da história. Uma curiosidade 
adicional é que a chamada "Travessia do Atlântico" era uma jornada extremamente 
difícil para os africanos escravizados. Muitos navios negreiros eram superlotados, 
proporcionando condições insalubres que contribuíam para a propagação de doenças. 
Além disso, as condições climáticas favoráveis nas regiões de destino, como as 
dedicadas ao cultivo de cana, facilitavam o transporte, mas a adaptação a esses 
ambientes muitas vezes representava mais desafios para os recém-chegados. 
 
Essa parte sombria da história destaca a desumanidade do comércio 
transatlântico de escravos e sua influência nas condições de vida dos africanos 
escravizados nas Américas. 
 
 Para produzir açúcar a partir da cana, era 
necessária a casa da moenda, um cômodo 
construído mais baixo que a casa grande, geralmente 
próximo a um rio para facilitar o fluxo de água. Com 
duas portas, uma para a entrada da carroça e outra 
para a saída, a moenda, movimentada por força 
humana escrava, espremia a cana, fazendo com que 
o caldo escorresse por calhas até as caldeiras. As 
caldeiras, localizadas na parte mais quente e perigosa da produção, ferviam o caldo. Havia risco 
de queimaduras, uma vez que o caldo era fervido. Após o cozimento, o caldo ficava na casa 
de purgar por vários dias para eliminar impurezas até se transformar em açúcar. 
 
O processo de produção de açúcar descrito no trecho destaca a complexidade 
e os desafios enfrentados pelos trabalhadores, principalmente os escravizados, nas 
plantações de cana-de-açúcar. Uma curiosidade adicional é que, além dos riscos 
associados ao manuseio das caldeiras quentes, a "casa de purgar" desempenhava 
um papel crucial no refinamento do açúcar. 
 
Nessa fase, o caldo fervido passava por um processo de purificação que podia 
levar vários dias. Esse método permitia a eliminação de impurezas, resultando em 
um produto final mais refinado. A paciência e o conhecimento dos trabalhadores eram 
essenciais nessa etapa do processo de produção de açúcar, destacando a expertise 
necessária para transformar a matéria-prima em um produto comercializável. 
 
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 Nesse sistema, além dos escravos, havia 
trabalhadores livres que recebiam salários e eram 
especialistas na produção do açúcar. O feitor-mor, um 
empregado de confiança do senhor de engenho, coordenava 
as tarefas e administrava a produção. 
 
Pequenos proprietários podiam plantar cana e vendê-
la para os grandes senhores de engenho, mas acabavam 
dependendo desses grandes proprietários, pois não tinham os 
recursos necessários para produzir açúcar ou a mão de obra 
escrava. Alguns senhores, que possuíam escravos, vendiam a 
produção ou permitiam que outros plantassem em suas 
terras em troca de uma parte dos lucros. 
 
A dinâmica entre pequenos proprietários e grandes senhores de engenho, 
conforme descrito no trecho, revela uma faceta interessante da estrutura social e 
econômica da época. Uma curiosidade adicional é que a dependência dos pequenos 
proprietários em relação aos grandes senhores de engenho evidencia a desigualdade 
de recursos na sociedade colonial. 
 
Os pequenos proprietários, ao cultivarem e venderem cana, podiam garantir 
uma fonte de renda, mas muitas vezes enfrentavam desafios significativos devido à 
falta de recursos financeiros e à ausência de mão de obra escrava. A prática de alguns 
senhores de engenho permitirem que outros plantassem em suas terras em troca de 
uma parte dos lucros ilustra uma forma de cooperação econômica que, embora possa 
ter proporcionado oportunidades aos pequenos proprietários, também reforçava a 
dependência em relação aos grandes latifundiários. 
 
A partir do século XVII, a economia 
açucareira entrou em declínio devido à 
expulsão dos holandeses no norte do Brasil. 
Os holandeses, então, passaram a plantar e 
comercializar cana de açúcar em suas colônias 
nas Antilhas, criando forte concorrência com os 
europeus e diminuindo a preferência pelo 
açúcar brasileiro. Embora a produção não 
tenha parado, ela reduziu 
significativamente, levando os colonos a 
buscar outras culturas, e posteriormente, o 
ouro. 
 
O declínio da economia açucareira no Brasil, a partir do século XVII, devido à 
expulsão dos holandeses, destaca uma mudança significativa no cenário econômico. 
Uma curiosidade adicional é que essa situação levou os colonos a diversificar suas 
atividades econômicas. 
 
 
4 
 
Com a forte concorrência dos holandeses, que passaram a cultivar cana de 
açúcar em suas colônias nas Antilhas, os produtores brasileiros enfrentaram 
dificuldades e viram a demanda por seu açúcar diminuir. Essa pressão econômica 
impulsionou os colonos a buscar alternativas, resultando na transição para outras 
culturas e, posteriormente, na corrida pelo ouro, marcando uma mudança 
significativa nos padrões econômicos e de produção no Brasil colonial. Esse período 
de transição é representativo da adaptabilidade e resposta dos colonos às mudanças 
nas condições econômicas e comerciais. 
 
Nova Lusitânia 
Duarte Coelho foi o primeiro donatário da capitania de Pernambuco durante o período da 
Nova Lusitânia. O sistema de capitania hereditária, que ele representava, baseava-se em 
documentos importantes como a Carta de Doação e o Foral. A Carta de Doação era um 
documento assinado pelo Rei de Portugal, concedendo aoCapitão donatário o direito de 
explorar economicamente a região. Vale ressaltar que o capitão não era o proprietário, mas 
detinha uma concessão da coroa portuguesa para explorar o território. 
 
O Foral, por sua vez, era um documento que estabelecia as obrigações específicas que os 
donatários deveriam seguir rigorosamente, incluindo questões religiosas. Esses documentos 
eram fundamentais para a organização e exploração das capitanias hereditárias no 
contexto da colonização do Brasil. 
 
 Fixando o conteúdo 
 
1. Qual é a importância da produção de açúcar para Pernambuco? 
2. Por que Pernambuco se destaca como a capitania mais rica e poderosa no contexto 
colonial? 
3. O que caracterizava as grandes fazendas na região, conhecidas como "plantations"? 
4. Qual era o objetivo do pacto colonial em relação ao comércio da colônia com a metrópole 
portuguesa? 
5. De onde eram trazidos os escravos para trabalhar nas plantações de cana de açúcar? 
6. Qual era o processo para produzir açúcar a partir da cana, envolvendo a casa da moenda? 
7. Quem coordenava as tarefas e administrava a produção nas plantações de cana de 
açúcar? 
8. Como pequenos proprietários podiam participar da economia açucareira? 
9. O que contribuiu para o declínio da economia açucareira no Brasil a partir do século XVII? 
10. Quem foi o primeiro donatário da capitania de Pernambuco durante o período da Nova 
Lusitânia? 
11. Qual era a base do sistema de capitania hereditária representado por Duarte Coelho? 
12. O que a Carta de Doação concedia ao Capitão donatário? 
13. Qual era a função do documento conhecido como Foral no sistema de capitania 
hereditária? 
14. Como eram estabelecidas as obrigações dos donatários no contexto da Nova Lusitânia? 
15. O que era fundamental para a organização e exploração das capitanias hereditárias na 
colonização do Brasil? 
 
 
 
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Respostas 
1. A produção de açúcar é crucial para a economia de Pernambuco devido às condições 
ideais para o cultivo de cana de açúcar e à demanda europeia pelo produto. 
2. Pernambuco destaca-se como a capitania mais rica e poderosa devido à produção de 
açúcar em grandes fazendas voltadas para o comércio exterior. 
3. As grandes fazendas na região, conhecidas como "plantations", caracterizavam-se pela 
prática da monocultura focada na produção açucareira. 
4. O pacto colonial estabelecia que a colônia deveria comercializar exclusivamente com a 
metrópole portuguesa, garantindo um monopólio comercial aos portugueses. 
5. Os escravos eram trazidos da África em navios negreiros. 
6. Para produzir açúcar, a cana era espremida na casa da moenda, o caldo era fervido nas 
caldeiras, e, após o cozimento, transformava-se em açúcar na casa de purgar. 
7. O feitor-mor, empregado de confiança do senhor de engenho, coordenava as tarefas e 
administrava a produção nas plantações de cana de açúcar. 
8. Pequenos proprietários podiam plantar cana e vendê-la para grandes senhores de 
engenho, dependendo destes por recursos e mão de obra escrava. 
9. O declínio da economia açucareira foi causado pela expulsão dos holandeses no norte do 
Brasil, levando os colonos a buscar outras culturas, como o ouro. 
10. Duarte Coelho foi o primeiro donatário da capitania de Pernambuco durante a Nova 
Lusitânia. 
11. O sistema de capitania hereditária baseava-se na exploração econômica concedida ao 
Capitão donatário pela Carta de Doação. 
12. A Carta de Doação concedia ao Capitão donatário o direito de explorar economicamente 
a região. 
13. O Foral estabelecia as obrigações específicas que os donatários deveriam seguir 
rigorosamente. 
14. As obrigações dos donatários, incluindo questões religiosas, eram estabelecidas pelo 
Foral. 
15. A Carta de Doação e o Foral eram fundamentais para a organização e exploração das 
capitanias hereditárias na colonização do Brasil. 
 
 
 
 
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FORMAÇÃO DE OLINDA E RECIFE 
 
 Olinda e Recife são duas cidades históricas e 
muito importantes em Pernambuco, Brasil. Elas ficam 
bem pertinho uma da outra e têm uma história que 
remonta à época do descobrimento do Brasil. 
 
 
 
Olinda e Recife formam uma área de grande importância histórica e cultural em 
Pernambuco, Brasil. Uma curiosidade adicional é que essas cidades têm raízes que 
remontam ao período do descobrimento do Brasil, no século XVI. 
 
Olinda, fundada em 1535, foi a primeira capital de Pernambuco e destacou-se 
como um importante centro cultural e religioso durante o período colonial. Recife, 
por sua vez, surgiu como um núcleo comercial em torno dos arrecifes naturais que 
deram nome à cidade. Ao longo dos anos, essas cidades compartilharam eventos 
históricos, como a invasão holandesa no século XVII, que deixou marcas 
arquitetônicas e culturais. 
 
Hoje, Olinda e Recife são reconhecidas como Patrimônio Cultural da 
Humanidade pela UNESCO, e a região preserva um rico patrimônio arquitetônico, 
manifestações culturais e tradições que remontam aos primeiros períodos da 
colonização brasileira. 
 
 
 
Olinda foi a primeira capital de Pernambuco, lá pelos 
anos de 1535. Foi fundada pelos portugueses e, desde o início, já 
mostrava muita importância por ser um ponto estratégico para a 
defesa contra invasões. Por isso, muita gente acha que o nome 
"Olinda" tem a ver com olhos lindos, mas, na verdade, vem de uma 
expressão em português antigo que significa "Oh, linda 
situação!". 
 
Recife, por sua vez, foi ganhando destaque porque é um lugar com muitos rios e pontes. 
Essa configuração geográfica deu origem ao nome "Recife", que se refere aos recifes de coral 
presentes na região. A cidade cresceu bastante por causa do comércio marítimo e se tornou 
um importante centro econômico. 
 
As origens dos nomes de Olinda e Recife revelam aspectos interessantes da 
história e geografia da região. A curiosidade adicional é que enquanto Olinda tem sua 
origem em uma expressão que destaca sua importância estratégica, Recife tem seu 
nome derivado da configuração geográfica marcada por rios e recifes. 
 
 
2 
 
A presença de muitos rios e pontes em Recife contribuiu para seu destaque, e 
o nome "Recife" está associado aos recifes de coral presentes na região. Essa 
configuração geográfica favorável, aliada ao comércio marítimo, impulsionou o 
crescimento econômico da cidade, transformando-a em um importante centro 
econômico ao longo do tempo. Dessa forma, as origens dos nomes dessas cidades 
estão intrinsecamente ligadas à sua história e características geográficas. 
 
Fundação de Olinda 
 
 A fundação de Olinda está relacionada à necessidade de 
um local mais estratégico e defensivo para os colonizadores 
portugueses na região. Igarassu, que foi a primeira vila 
fundada pelos portugueses em Pernambuco, não era 
considerada ideal para fins defensivos. 
 
 
A localização geográfica de Igarassu não oferecia as condições desejadas para proteção 
contra possíveis invasões de povos estrangeiros, como os invasores europeus ou outros 
grupos que pudessem representar ameaças. A área apresentava limitações para a construção 
de estruturas defensivas, como fortificações, o que levou os colonizadores a procurarem um 
novo local mais propício. 
 
Assim, os portugueses decidiram fundar Olinda em uma posição mais elevada e 
estratégica, oferecendo vantagens naturais para a defesa do território. Além disso, a nova 
localização permitia uma melhor visibilidade da costa, facilitando a identificação de 
eventuais ameaças marítimas. 
 
A escolha de fundar Olinda não apenas visava aspectos defensivos, mas também levou em 
consideração a facilitação do comércio marítimo e o desenvolvimento econômico da região. 
 
 
Carta Foral ao Rei 
A Carta Foral de Olinda, escrita por Duarte Coelho para o Rei de Portugal, descreve 
características paisagísticas e destaca pontos importantes da região. Aqui está uma explicação 
sobre esses pontos: 
 
 Alto da Sé: 
 
O Alto da Sé refere-se a uma área elevada em 
Olinda, oferecendo uma vista panorâmica da região aoredor. 
 
Essa parte elevada não apenas proporcionava 
uma visão estratégica para defesa contra possíveis 
invasões, mas também servia como local para a 
construção da Sé de Olinda, a principal igreja da cidade. 
 
3 
 
A igreja muitas vezes era um ponto central e simbólico nas cidades coloniais. 
 
Terras Férteis: 
 
Duarte Coelho destaca a fertilidade do solo 
na região. 
 
Terras férteis eram fundamentais para a 
agricultura e a produção de alimentos, sendo um 
recurso valioso para o sustento da população 
local e o desenvolvimento econômico da colônia. 
 
Lugar para Chegada das Embarcações: 
 
 A carta menciona a presença de uma área 
propícia para a chegada e atracação de embarcações. 
 
Um local adequado para a chegada de embarcações 
facilitava o comércio marítimo, promovendo o 
intercâmbio comercial e fortalecendo a posição 
estratégica da cidade no contexto colonial. 
 
Através dessas descrições, a Carta Foral de Olinda apresenta não apenas as 
características físicas da região, mas também destaca elementos que eram cruciais 
para o desenvolvimento, segurança e prosperidade da cidade durante o período 
colonial brasileiro. 
Fundação de Recife 
 
A fundação de Recife está relacionada a vários fatores que moldaram o 
desenvolvimento da cidade. Vamos analisar 
 
Povoado Submetido ao Controle de Olinda: 
 
 Inicialmente, Recife era um povoado submetido ao 
controle de Olinda, uma cidade próxima e de grande importância 
na época colonial. 
 
Olinda exercia influência sobre Recife, possivelmente 
devido à posição estratégica de Olinda no Alto da Sé e à sua 
relevância como centro religioso e administrativo. Com o tempo, 
Recife se tornou independente, mas a relação inicial com Olinda é 
um aspecto importante da história da região. 
 
 
 
 
Vida pelas Funções Portuárias: 
 
4 
 
 
Recife prosperou devido às suas funções portuárias. 
 
A localização geográfica de Recife, próxima ao oceano 
Atlântico, favoreceu o desenvolvimento de atividades 
portuárias. O porto de Recife se tornou um ponto estratégico 
para o comércio marítimo, impulsionando a economia local e 
atraindo comerciantes e colonizadores. 
 
Cercado pelo Mar e pela Cana: 
 
A geografia de Recife é caracterizada por estar cercada pelo mar e pela cana-de-açúcar. 
 
A proximidade com o mar facilitava as atividades portuárias e o comércio marítimo. Além 
disso, a presença de plantações de cana-de-açúcar nas redondezas contribuiu para a economia 
da região, pois o açúcar era um dos principais produtos de exportação durante o período 
colonial. 
 
Em resumo, Recife cresceu a partir de suas funções portuárias, inicialmente 
submetido a Olinda, e se tornou um centro econômico importante devido à sua 
posição estratégica, comércio marítimo e recursos naturais, como as plantações de 
cana-de-açúcar. 
Crescimento Econômico e Populacional: 
 
Recife experimentou um notável crescimento econômico e populacional ao longo de sua 
história. 
 
Devido à sua localização estratégica como porto, Recife se tornou um importante 
centro comercial durante o período colonial. O comércio de açúcar, entre outros produtos, 
impulsionou a economia local. Além disso, a cidade atraiu colonos, comerciantes e imigrantes, 
resultando em um aumento significativo da população. 
 
 
 
 Centro Administrativo Holandês: 
Durante o período em que os 
holandeses estiveram no controle da região 
(1630-1654), Recife serviu como o centro 
administrativo deles. 
 
Os holandeses, liderados por Maurício 
de Nassau, estabeleceram sua administração 
em Recife. Durante esse período, a cidade 
passou por várias melhorias urbanas, como 
canais e pontes. A presença holandesa deixou 
uma marca na arquitetura e na cultura da 
região. 
 
5 
 
 
Destaque para o Crescimento Urbano: 
 
Recife teve um crescimento urbano notável ao longo de sua história. 
 
O desenvolvimento urbano de Recife foi influenciado por vários fatores, incluindo o 
comércio marítimo, a presença holandesa e a expansão econômica. A cidade se expandiu 
com a construção de infraestrutura, como pontes, estradas e edifícios públicos. O 
crescimento urbano contribuiu para a diversificação das atividades econômicas e culturais na 
região. 
 
Em resumo, o crescimento econômico e populacional de Recife, aliado ao 
período em que serviu como centro administrativo holandês, desempenhou um papel 
crucial em seu desenvolvimento urbano ao longo do tempo. 
Fixando o Conteúdo 
 
1. Quais são as duas cidades históricas e importantes em Pernambuco abordadas no texto? 
2. Qual foi a primeira capital de Pernambuco e em que ano foi fundada? 
3. Por que Olinda era considerada estratégica desde o início? 
4. De onde vem o nome "Olinda" e qual é a sua verdadeira origem? 
5. Por que Recife ganhou destaque ao longo do tempo? 
6. O que motivou a fundação de Olinda em uma posição mais elevada e estratégica? 
7. O que a Carta Foral de Olinda destaca sobre o "Alto da Sé"? 
8. Por que a fundação de Recife está relacionada ao controle de Olinda inicialmente? 
9. O que impulsionou o crescimento econômico de Recife? 
10. Qual foi o papel de Recife durante o domínio holandês na região? 
11. O que contribuiu para o crescimento urbano de Recife ao longo de sua história? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Respostas 
 
1. Olinda e Recife. 
2. Olinda foi a primeira capital de Pernambuco, fundada por volta de 1535. 
3. Olinda era considerada estratégica desde o início devido à sua posição defensiva contra 
invasões. 
4. O nome "Olinda" não vem de "olhos lindos", mas de uma expressão em português antigo 
que significa "Oh, linda situação!". 
5. Recife ganhou destaque devido à sua configuração geográfica com muitos rios e pontes, 
tornando-se um importante centro econômico. 
6. A fundação de Olinda em uma posição mais elevada e estratégica estava relacionada à 
defesa do território e ao desenvolvimento econômico. 
7. O "Alto da Sé" refere-se a uma área elevada em Olinda, oferecendo uma vista panorâmica 
e sendo o local para a construção da Sé de Olinda, a principal igreja. 
8. A fundação de Recife está relacionada ao controle de Olinda inicialmente, pois era um 
povoado submetido à influência de Olinda. 
9. O crescimento econômico de Recife foi impulsionado pelo comércio marítimo, 
especialmente o de açúcar, durante o período colonial. 
10. Durante o domínio holandês (1630-1654), Recife serviu como centro administrativo dos 
holandeses, liderados por Maurício de Nassau. 
11. O crescimento urbano de Recife foi influenciado pelo comércio marítimo, presença 
holandesa e expansão econômica, resultando na construção de infraestrutura e expansão da 
cidade. 
 
 
1 
 
A PRESENÇA HOLANDESA E O GOVERNO DE MAURÍCIO DE 
NASSAU 
A União Ibérica foi um período na história que 
marcou a união das coroas de Portugal e Espanha sob 
um mesmo monarca. Essa união ocorreu em 1580, 
quando o rei Filipe II da Espanha, também conhecido 
como Filipe I de Portugal, ascendeu ao trono português 
após a morte do rei Dom Sebastião na Batalha de 
Alcácer-Quibir. 
 
Durante a União Ibérica, que perdurou até 1640, 
Portugal e Espanha compartilharam o mesmo monarca, 
mas mantiveram estruturas políticas e administrativas 
separadas. Esse período foi marcado por uma série de 
transformações e conflitos, incluindo as guerras que 
Portugal travou para recuperar sua independência. 
 
O contexto da União Ibérica é essencial para compreender eventos posteriores, 
como a Insurreição Pernambucana. Durante esse período, Portugal foi integrado à 
administração espanhola, enfrentando mudanças em suas instituições e, por vezes, 
sendo envolvido em conflitos que não necessariamente representavam os interesses 
portugueses. 
 
A contextualização da União Ibérica nos fornece uma base histórica para 
entender a dinâmica política e social que influenciou eventos subsequentes, como a 
luta pela independência durante a Insurreição Pernambucana. 
Ocupação Holandesa em Pernambuco 
 
Para compreender a OcupaçãoHolandesa em 
Pernambuco, é fundamental revisitar as relações 
comerciais entre holandeses e portugueses. 
Durante muito tempo, os holandeses foram 
parceiros comerciais dos portugueses, 
especialmente no lucrativo comércio de açúcar, que 
teve grande destaque em Pernambuco. 
 
Essa parceria era vantajosa para ambos os lados. Os holandeses forneciam investimentos 
e expertise para impulsionar a produção açucareira, enquanto os portugueses, por sua vez, 
tinham acesso a recursos e mercados. No entanto, essa colaboração foi interrompida com a 
União Ibérica. 
 
A União Ibérica, iniciada em 1580, resultou na ascensão de Filipe II da Espanha ao trono 
português, unificando as coroas de Portugal e Espanha. Esse período de união trouxe consigo 
 
2 
 
mudanças significativas na dinâmica política e comercial. Durante essa união, os interesses 
portugueses muitas vezes eram subjugados aos interesses espanhóis. 
 
A interferência espanhola nas questões portuguesas levou a uma série de conflitos e, 
eventualmente, à Revolta Portuguesa de 1640, que resultou na restauração da independência 
de Portugal. No entanto, antes desse desfecho, Pernambuco se viu envolvido em uma ocupação 
holandesa que deixou marcas profundas em sua história. A Ocupação Holandesa em 
Pernambuco é um capítulo complexo e impactante, com eventos como as Batalhas dos 
Guararapes que se destacam como resistência à presença estrangeira. 
 
Durante a ocupação holandesa em Pernambuco, os holandeses não apenas se 
envolveram na administração colonial e na produção açucareira, mas também 
deixaram um legado marcante nas áreas urbanas. Maurício de Nassau, o líder da 
administração holandesa, promoveu uma série de melhorias urbanas em Recife. 
 
Um exemplo notável é o desenvolvimento do bairro de Santo Antônio, que foi 
projetado de acordo com padrões urbanos europeus da época. Nassau ordenou a 
drenagem de pântanos, a construção de canais e a implementação de ruas largas, 
proporcionando uma infraestrutura que contribuiu significativamente para a 
transformação da área. Essas mudanças urbanísticas introduzidas pelos holandeses 
ainda são visíveis em alguns aspectos da arquitetura e do layout de Santo Antônio, 
destacando a influência duradoura da ocupação holandesa na paisagem urbana de 
Recife. 
A União Ibérica 
 A União Ibérica, ocorrida de 1580 a 1640, foi 
um período em que as coroas de Portugal e Espanha 
estiveram sob o domínio do mesmo monarca, Felipe 
II da Espanha. Essa união teve início devido a uma 
crise de sucessão em Portugal, após o 
desaparecimento de D. Sebastião na Batalha de 
Alcácer-Quibir, em 1578. A falta de herdeiros diretos 
levou à ascensão de Felipe II ao trono português. 
 
Essa união, no entanto, não foi pacífica e gerou diversas consequências. Uma delas foi a 
invasão holandesa no Nordeste do Brasil. A Espanha, inimiga dos Países Baixos (Holanda), 
excluiu os holandeses do processo açucareiro no Brasil, uma vez que agora o Brasil estava 
indiretamente sob domínio espanhol, já que o rei de Portugal também era o rei da Espanha. 
 
Os holandeses, visando garantir seu controle sobre a produção e comercialização do 
açúcar, decidiram atacar o Nordeste brasileiro, onde essa atividade econômica era intensa. Isso 
marca o início de um período de ocupação holandesa em partes do território brasileiro, 
especialmente em regiões como Pernambuco, que se tornou palco de conflitos e resistência 
durante esse episódio histórico. 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Após uma tentativa frustrada de invasão em 
Salvador em 1624, os holandeses, liderados por 
Maurício de Nassau, organizaram-se para uma segunda 
investida. Desta vez, escolheram como alvo a principal 
capitania do Nordeste açucareiro, Pernambuco, devido 
aos altos lucros gerados pela produção de açúcar na 
região. 
 
A invasão holandesa em Pernambuco teve início em 1630 e perdurou por 24 anos. 
Maurício de Nassau, à frente da administração colonial holandesa, desempenhou um papel 
significativo nesse período, transformando Pernambuco na chamada "Nova Holanda". 
 
A presença holandesa na região gerou profundos impactos sociais, econômicos e 
culturais. A administração de Nassau foi marcada por uma política de tolerância religiosa, 
estímulo às artes e ciências, o que fez com que parte da população local aceitasse, em certa 
medida, a ocupação holandesa. 
 
Entretanto, a resistência contra os holandeses cresceu ao longo do tempo, culminando na 
Insurreição Pernambucana, que teve como objetivo expulsar os holandeses do território 
brasileiro. Para entender completamente esse movimento, é essencial estudar todo o contexto 
da presença holandesa no Brasil durante esse período. 
 
Durante a ocupação holandesa em Pernambuco, Maurício de Nassau promoveu 
uma administração que buscava, além do controle político e econômico, um estímulo 
às artes e ciências. Sua atuação incluiu a criação de uma coleção de plantas, animais 
e minerais, que resultou na elaboração de um atlas, conhecido como "Rerum per 
octennium in Brasilia et alibi nuper gestarum sub praefectura". Esse atlas, compilado 
por cientistas e artistas, registrava a biodiversidade e a paisagem brasileira, 
constituindo uma valiosa contribuição para o conhecimento da fauna e flora do Brasil 
naquele período. Essa iniciativa reflete a abordagem mais abrangente da 
administração holandesa durante a ocupação em Pernambuco, marcada pelo 
interesse não apenas nas questões políticas e econômicas, mas também no estímulo 
à produção de conhecimento científico. 
Nova Holanda 
 
A Nova Holanda refere-se ao período de domínio colonial holandês no Brasil, centrado 
inicialmente em Pernambuco, mas se expandindo para outras regiões como Bahia, Paraíba e 
Maranhão. A invasão holandesa tinha como principal objetivo controlar a lucrativa produção 
açucareira, o que envolvia, além da conquista de territórios no Brasil, incursões na África para 
garantir o controle do tráfico de escravos. 
 
A Companhia das Índias Ocidentais (WIC), financiada por 
banqueiros holandeses, desempenhou um papel crucial nesse 
processo. A WIC foi responsável por organizar ataques militares 
visando retomar o controle holandês sobre o açúcar brasileiro. A 
empresa era um exemplo de capital misto, recebendo investimentos 
tanto do setor privado quanto de estatais, sendo 
predominantemente financiada pelos banqueiros. 
 
4 
 
 
Para liderar o governo da Nova Holanda, a WIC 
nomeou João Maurício de Nassau, um nobre alemão. 
Nassau foi Governador do Brasil Holandês de 1637 a 
1644, período durante o qual desempenhou um papel 
crucial na retomada e organização do território após 
aproximadamente sete anos de resistência dos 
pernambucanos à invasão holandesa. 
 
Sob o governo de Nassau, houve um aumento na produção açucareira, impulsionado pela 
concessão de empréstimos aos senhores de engenho. Além disso, Nassau promoveu o 
desenvolvimento urbano no Recife, melhorando a infraestrutura da cidade. 
 
O governo de Nassau trouxe uma fase de relativa estabilidade e prosperidade para a Nova 
Holanda, mas a resistência contra a ocupação holandesa persistiria, culminando na Insurreição 
Pernambucana, que visava expulsar os holandeses do território brasileiro. 
 
Durante o governo de João Maurício de Nassau na Nova Holanda, sua 
administração promoveu não apenas o desenvolvimento econômico, mas também o 
estímulo às artes e à cultura. Nassau trouxe consigo artistas e cientistas holandeses 
que registraram a sociedade, paisagens, fauna e flora da região. Frans Post, um dos 
pintores trazidos por Nassau, registrou em suas obras aspectos da Nova Holanda, 
proporcionando um valioso registro visual desse período histórico. Essas pinturas, 
que incluíam retratos de indígenas e da paisagem brasileira, tornaram-se não apenas 
um documento histórico, mas também uma expressão artística que refletia a 
interação entre a cultura europeia e a realidade brasileira durante a ocupação 
holandesa. 
 
Governo de Nassau 
 
O governode Maurício de Nassau na Nova Holanda foi marcado por uma abordagem mais 
conciliatória e pacificadora em relação aos senhores de engenho em Pernambuco. Nassau 
buscou estabelecer acordos e parcerias com os luso-brasileiros, incluindo os senhores de 
engenho. Essa estratégia visava obter o apoio local, consolidar o domínio holandês na região e, 
ao mesmo tempo, garantir a prosperidade econômica. 
 
Nassau implementou uma trégua com os senhores de engenho, oferecendo incentivos 
como empréstimos concedidos pela Companhia das Índias Ocidentais. Esses empréstimos eram 
destinados a organizar o território, comprar novos contingentes de escravos e financiar a 
produção açucareira. Ao obter o apoio desses senhores, Nassau buscava assegurar a 
estabilidade econômica e política da Nova Holanda. 
 
 Além dos aspectos econômicos, o governo de Nassau 
também ficou conhecido por suas realizações urbanas e culturais. 
Ele promoveu grandes obras urbanas no Recife, contribuindo para 
o desenvolvimento e embelezamento da cidade. Além disso, 
Nassau incentivou atividades culturais, promovendo um ambiente 
mais tolerante e cosmopolita na Nova Holanda. 
 
5 
 
 
Apesar dessas medidas, a resistência à presença holandesa persistiu, e o período de 
relativa estabilidade durante o governo de Nassau não impediu o surgimento de conflitos 
posteriores, como a Insurreição Pernambucana, que buscou expulsar os holandeses do Brasil. 
 
O governo de Maurício de Nassau na Nova Holanda também deixou um legado 
arquitetônico significativo na região. Durante seu período de administração, Nassau 
supervisionou a realização de diversas obras urbanísticas no Recife, contribuindo para 
o desenvolvimento e embelezamento da cidade. Entre as construções notáveis estão 
a criação de canais, calçamentos e edificações que refletiam a influência europeia na 
arquitetura local. 
 
O Recife tornou-se uma cidade mais desenvolvida e cosmopolita durante o 
governo de Nassau, com uma infraestrutura urbana mais sólida. Essas mudanças não 
apenas beneficiaram a população local, mas também deixaram vestígios que, até 
hoje, contribuem para a riqueza histórica e cultural da região. 
 
Atuação Holandesa em Pernambuco 
 
 A conquista holandesa na Nova Holanda não se limitou 
apenas a Pernambuco, estendendo-se a outros territórios 
nordestinos, como Paraíba, Maranhão, Ceará e Bahia. Recife, em 
Pernambuco, tornou-se a capital desse domínio colonial holandês. 
 
Uma característica notável do governo de Maurício de 
Nassau foi a promoção da tolerância religiosa. Apesar de os 
holandeses serem protestantes, seguidores do calvinismo, 
Nassau adotou uma postura de respeito e coexistência entre 
diferentes práticas religiosas, principalmente durante o seu 
governo. Sob essa tolerância religiosa, conviviam calvinistas, 
católicos e judeus na Nova Holanda. Pernambuco abrigou a 
primeira sinagoga das Américas, localizada em Recife. 
 
Essa abertura religiosa proporcionada por Nassau contribuiu para a diversidade cultural 
e étnica na região, marcando um contraste com a política de intolerância religiosa imposta por 
outros domínios coloniais da época. 
 
Durante o governo de Maurício de Nassau na Nova Holanda, Recife experimentou uma 
notável transformação urbanística e cultural. Nassau implementou diversas ações para 
melhorar a infraestrutura da cidade, incluindo a drenagem de pântanos, construção de estradas 
e calçamentos. Além disso, foram erguidas instituições culturais importantes, como bibliotecas 
e laboratórios astronômicos. 
 
Um aspecto marcante do período foi a tolerância religiosa, que permitiu a coexistência de 
calvinistas, católicos e judeus. Recife abrigou a primeira sinagoga das Américas, testemunhando 
a diversidade religiosa promovida por Nassau. 
 
 
 
6 
 
 
 Recife, na época conhecida como Cidade Maurícia, tornou-se o 
centro do desenvolvimento no Brasil. A cidade recebeu influências 
significativas de artistas e cientistas holandeses, como Frans Post e 
Albert Eckhout. Esses pintores foram trazidos por Nassau para registrar 
a sociedade, paisagens, fauna, flora e os indígenas locais. Suas obras 
retratam detalhes preciosos da vida na Nova Holanda durante esse 
período de governança holandesa. 
 
 
 
Durante o governo de Maurício de Nassau na Nova Holanda, além das ações 
urbanísticas e culturais, a abertura para o intercâmbio artístico e científico contribuiu 
para um registro detalhado da sociedade e do ambiente local. Os pintores Frans Post 
e Albert Eckhout, trazidos por Nassau, foram fundamentais nesse processo. 
 
Frans Post, pintor neerlandês, foi responsável por retratar paisagens, fauna e 
flora da Nova Holanda. Suas obras oferecem um olhar valioso sobre a natureza e a 
vida cotidiana na região durante o período de domínio holandês. Os quadros de Post 
não apenas documentaram a paisagem exuberante, mas também evidenciaram o 
impacto da colonização europeia nesse ambiente. 
 
Albert Eckhout, por sua vez, produziu pinturas que retratavam os indígenas 
locais, oferecendo uma visão única das culturas e costumes da época. Suas obras 
capturaram a diversidade étnica da população, destacando as influências indígenas 
na sociedade da Nova Holanda. 
 
Esses registros artísticos não apenas enriqueceram a compreensão da história 
da região, mas também proporcionaram uma valiosa visão cultural e antropológica 
do Brasil no século XVII. As obras de Post e Eckhout são consideradas importantes 
testemunhos visuais desse capítulo específico da história brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
Fixando o Conteúdo 
1. O que foi a União Ibérica? 
2. Quando ocorreu a União Ibérica? 
3. O que marcou o período da União Ibérica? 
4. Qual foi a consequência da União Ibérica para Portugal? 
5. O que é essencial para compreender a Insurreição Pernambucana? 
6. O que motivou a invasão holandesa no Nordeste do Brasil? 
7. Quem liderou a administração holandesa durante a ocupação em Pernambuco? 
8. O que a WIC (Companhia das Índias Ocidentais) fez durante a invasão holandesa? 
9. Qual era o principal objetivo da Nova Holanda? 
10. Quem foi nomeado Governador do Brasil Holandês pela WIC? 
11. O que Nassau promoveu para melhorar a infraestrutura do Recife? 
12. Quais foram as realizações culturais durante o governo de Nassau na Nova Holanda? 
13. O que a Insurreição Pernambucana buscou? 
14. Qual foi o legado arquitetônico deixado por Nassau em Recife? 
15. Como Nassau buscou obter o apoio local durante seu governo? 
16. O que marcou o governo de Nassau na Nova Holanda em termos econômicos? 
17. Como Nassau contribuiu para a diversidade cultural na região? 
18. Quais foram as ações urbanísticas implementadas por Nassau em Recife? 
19. Quem foram os pintores trazidos por Nassau para registrar a Nova Holanda? 
20. Qual foi o impacto das pinturas de Frans Post e Albert Eckhout? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
Respostas 
 
1. A União Ibérica foi a união das coroas de Portugal e Espanha sob um mesmo monarca. 
2. A União Ibérica ocorreu de 1580 a 1640. 
3. O período da União Ibérica foi marcado por transformações e conflitos entre Portugal e 
Espanha. 
4. A consequência da União Ibérica para Portugal foi a integração à administração 
espanhola e mudanças nas instituições. 
5. A contextualização da União Ibérica é essencial para entender a dinâmica política e social 
que influenciou eventos subsequentes, como a Insurreição Pernambucana. 
6. A invasão holandesa no Nordeste do Brasil foi motivada pela exclusão dos holandeses do 
processo açucareiro devido à União Ibérica. 
7. Maurício de Nassau liderou a administração holandesa durante a ocupação em 
Pernambuco. 
8. A WIC organizou ataques militares para retomar o controle holandês sobre o açúcar 
brasileiro durante a invasão holandesa. 
9. O principal objetivo da Nova Holanda era controlar a produção açucareira no Brasil. 
10. João Maurício de Nassau foi nomeado Governador do Brasil Holandêspela WIC. 
11. Nassau promoveu melhorias na infraestrutura do Recife, incluindo drenagem de 
pântanos e construção de estradas. 
12. Durante o governo de Nassau, houve estímulo às artes e cultura na Nova Holanda. 
13. A Insurreição Pernambucana buscou expulsar os holandeses do território brasileiro. 
14. Nassau deixou um legado arquitetônico significativo em Recife, incluindo canais e 
edificações. 
15. Nassau buscou obter apoio local através de acordos e incentivos econômicos. 
16. O governo de Nassau na Nova Holanda impulsionou a produção açucareira e promoveu 
o desenvolvimento econômico. 
17. Nassau contribuiu para a diversidade cultural ao promover a tolerância religiosa na Nova 
Holanda. 
18. Nassau implementou ações urbanísticas em Recife, como drenagem de pântanos e 
construção de estradas. 
19. Frans Post e Albert Eckhout foram os pintores trazidos por Nassau para registrar a Nova 
Holanda. 
20. As pinturas de Frans Post e Albert Eckhout proporcionaram um valioso registro visual 
da sociedade e do ambiente na Nova Holanda. 
 
 
 
1 
 
FORMAÇÃO DE QUILOMBOS 
Durante o período colonial, os quilombos eram comunidades formadas por 
pessoas fugidas da escravidão, geralmente descendentes de africanos escravizados. 
Essas comunidades, conhecidas como quilombos, eram estabelecidas em áreas 
remotas e de difícil acesso, onde os membros buscavam autonomia e resistiam à 
opressão. O mais famoso quilombo foi o Quilombo dos Palmares, localizado na região 
nordeste do Brasil, que resistiu por muitos anos antes de ser destruído pelas forças 
coloniais. 
Cotidiano e Formas de Resistência escrava em Pernambuco 
 A escravidão negra, que envolvia o 
trabalho forçado de africanos, foi a forma 
principal de emprego no Brasil por cerca de 
300 anos, durante os períodos colonial e 
imperial. Sem dúvida, os africanos eram 
amplamente utilizados em várias atividades 
econômicas, como plantações de cana-de-açúcar, 
cultivo de algodão e tabaco. Existiam diferentes 
tipos de escravos. 
 
A escravidão negra no Brasil, ao longo de cerca de 300 anos, foi marcada por 
uma diversidade de atividades econômicas em que os africanos eram empregados. 
Uma curiosidade adicional é que dentro desse sistema, diferentes tipos de escravos 
desempenhavam papéis variados. 
 
Além do trabalho nas plantações de cana-de-açúcar, cultivo de algodão e 
tabaco, os escravizados africanos eram empregados em diversas outras áreas, como 
mineração, construção, serviços domésticos e comércio. Havia uma divisão de tarefas 
que refletia a complexidade e amplitude da economia brasileira na época. A 
resistência à escravidão também se manifestava de diferentes formas, desde 
pequenos atos cotidianos até rebeliões mais significativas, destacando a diversidade 
de experiências dentro da comunidade escravizada. Esses aspectos ressaltam a 
complexidade e a extensão do sistema escravista no Brasil. 
 
 Os "escravos de eitos" eram aqueles mais 
diretamente envolvidos na produção. Eles realizavam 
trabalhos mais árduos e vigorosos, principalmente 
nas áreas rurais, enfrentando jornadas de trabalho 
que podiam chegar a dezoito horas diárias. 
Infelizmente, esses escravos tinham uma vida difícil, 
com expectativa de serviço variando entre 10 e 15 anos, 
muitas vezes sem uma alimentação adequada. 
 
 
 
 
2 
 
 
Os "escravos de eitos" representavam uma categoria específica dentro da 
comunidade escravizada, desempenhando trabalhos mais árduos e vigorosos, 
principalmente em áreas rurais. Uma curiosidade adicional é que esses escravizados 
enfrentavam jornadas de trabalho exaustivas, que podiam estender-se por até 
dezoito horas diárias. 
 
A expectativa de serviço para esses escravos variava entre 10 e 15 anos, 
adicionando um aspecto temporal à sua condição difícil. Além disso, a falta de uma 
alimentação adequada agravava ainda mais as condições de vida desses indivíduos. 
Essa realidade destaca as duras condições enfrentadas pelos "escravos de eitos" e 
evidencia a crueldade do sistema escravista, que impunha uma carga pesada de 
trabalho e limitava significativamente a qualidade de vida desses indivíduos. 
 
 
 Escravos domésticos desempenhavam diversas 
tarefas nas casas de seus senhores, como cozinhar, cuidar 
do jardim, amamentar crianças e realizar recados. 
Atuando tanto em áreas urbanas quanto rurais, esses 
escravos desfrutavam de uma rotina de trabalho diferente, 
com uma alimentação mais elaborada. Suas 
responsabilidades incluíam a arrumação da casa, 
cuidado com as crianças, preparo de refeições e 
execução de pequenos serviços designados pelos 
senhores. 
 
 
Os escravos domésticos desempenhavam papéis variados nas casas de seus 
senhores, tanto em áreas urbanas quanto rurais. Uma curiosidade adicional é que, 
em comparação com outros grupos de escravizados, sua rotina de trabalho muitas 
vezes envolvia tarefas diferentes e uma alimentação mais elaborada. 
 
Esses escravos tinham responsabilidades que iam desde a arrumação da casa 
até o cuidado com as crianças, preparo de refeições e execução de pequenos serviços 
designados pelos senhores. Sua presença era essencial para o funcionamento das 
casas e para o conforto de seus senhores. Essa dinâmica destaca a diversidade de 
funções dentro do sistema escravista, ressaltando as diferentes experiências e 
condições de vida enfrentadas pelos escravizados no Brasil colonial e imperial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 Escravos de ganho estavam envolvidos no 
comércio de rua e eram alugados por seus 
proprietários para realizar diversas funções 
(escravos urbanos). Eles ofereciam serviços como 
transporte de cargas, barbearia, lavagem de roupas 
ou fabricação de remédios. 
 
 
 
Os escravos de ganho representavam uma categoria específica de escravizados 
urbanos, envolvidos no comércio de rua. Uma curiosidade adicional é que esses 
escravizados eram alugados por seus proprietários para desempenhar diversas 
funções, contribuindo para a dinâmica econômica das áreas urbanas. 
 
Esses escravos ofereciam uma variedade de serviços, como transporte de 
cargas, trabalhos em barbearias, lavagem de roupas e até mesmo a fabricação de 
remédios. Essa prática demonstra a adaptabilidade e versatilidade dos escravizados, 
que, mesmo em meio a condições adversas, buscavam formas de gerar renda 
adicional para seus senhores. A presença dos escravos de ganho nas atividades 
comerciais urbanas ilustra a complexidade e diversidade de papéis desempenhados 
pelos escravizados nas sociedades coloniais e imperiais. 
 
Formas de Resistências 
 
Durante o período da escravidão, os afrodescendentes no Brasil empregaram 
diversas formas de resistência: 
 
 Fugas individuais ou coletivas: Escravizados buscavam a liberdade fugindo, 
muitas vezes formando grupos para escapar em conjunto. 
 Assassinatos de senhores e feitores: Alguns optavam pela violência, atacando 
seus senhores e supervisores em atos de resistência. 
 Suicídio, Banzo e Aberto: Algumas formas extremas de protesto incluíam 
suicídio, banzo (tristeza profunda) e aberto (manifestação visível de 
descontentamento). 
 Resistência e negligência no trabalho: Escravizados resistiam ao sistema de 
trabalho forçado através de atos de resistência diária e negligência nas tarefas. 
 Formação de Quilombos: Comunidades independentes, como os quilombos, 
eram estabelecidas como refúgios para fugitivos, preservando a cultura africana. 
 Insurreições (Revoltas dos Males): Ocorrências de rebelião e revolta, como a 
Revolta dos Malês, expressavam a insatisfação e a busca pela liberdade. 
 Alianças indígenas e mestiços: Afrodescendentes buscavam apoio formando 
alianças com indígenas e mestiços para fortalecer suas posições. 
 
 
4 
 
Preservar a identidade cultural os quilombos eram locais onde a identidade 
cultural africana era preservada, representando modos de vida semelhantes aos da 
África. 
Fugas 
 
As fugas eram uma estratégia crucial 
utilizada pelos escravizados,podendo ser 
tanto individuais quanto coletivas. As fugas 
individuais eram desafiadoras, já que o sucesso 
dependia de sobreviver no mato. 
 
Muitos buscavam alcançar grandes 
quilombos já estabelecidos. No século XIX, as 
fugas individuais tornaram-se mais comuns, 
com escravizados se instalando em grandes 
cidades, como Salvador, e tentando passar por libertos. 
 
O fortalecimento do movimento abolicionista nas décadas de 1870 e 1880 motivou 
muitas fugas. Os escravizados sentiam-se encorajados a escapar, frequentemente incentivados 
por outros que já haviam fugido ou por membros de associações abolicionistas que apoiavam 
os que buscavam a liberdade. 
 
As fugas representaram uma estratégia significativa adotada pelos 
escravizados para buscar a liberdade. Uma curiosidade adicional é que as fugas 
individuais eram particularmente desafiadoras, exigindo habilidades de sobrevivência 
no ambiente natural. 
 
Durante o século XIX, as fugas individuais tornaram-se mais comuns, com 
alguns escravizados buscando refúgio em grandes cidades, como Salvador, tentando 
assumir uma nova identidade como libertos. O fortalecimento do movimento 
abolicionista nas décadas de 1870 e 1880 teve um impacto significativo, encorajando 
muitos escravizados a buscar a liberdade. A existência de quilombos já estabelecidos 
também representou uma opção para aqueles que buscavam escapar do sistema 
escravista. Essas fugas não apenas refletem a resiliência dos escravizados, mas 
também a influência do movimento abolicionista na conscientização e mobilização 
em prol da liberdade. 
 
5 
 
 
Formação de Quilombos 
 
 O quilombo dos Palmares, formado no 
final do século XVI na região da capitania de 
Pernambuco, hoje localizada em Alagoas, foi o 
mais importante da história do Brasil. 
Surgiu com escravizados que fugiram dos 
engenhos em Pernambuco, estabelecendo-se 
na Serra da Barriga, zona da mata de Alagoas. 
 
Vistos pelos portugueses como agrupamentos de escravizados fugidos, os quilombos, 
incluindo Palmares, mantinham importantes relações comerciais entre si e com pessoas 
livres. Em 1694, o bandeirante Domingos Jorge Velho liderou uma expedição com 
milhares de homens e canhões, encerrando o quilombo, embora a resistência 
quilombola tenha persistido na região até meados do século XVIII. 
 
Apesar de considerado o fim de Palmares em 1694, a resistência 
continuou nos anos seguintes, com Zumbi resistindo até 1695, quando 
foi emboscado e morto pelos portugueses. Tropas portuguesas 
permaneceram na região para evitar o ressurgimento do 
quilombo. 
 
 
 
O quilombo dos Palmares, formado no final do século XVI, representa um 
capítulo marcante na história do Brasil colonial. Uma curiosidade adicional é que esse 
quilombo, localizado na Serra da Barriga, zona da mata de Alagoas, foi o mais 
significativo e duradouro. 
 
Apesar de vistos pelos portugueses como agrupamentos de escravizados 
fugidos, os quilombos, incluindo Palmares, não eram apenas refúgios, mas também 
estabeleciam importantes relações comerciais entre si e com pessoas livres. A 
resistência quilombola foi notável, resistindo até 1694 quando o bandeirante 
Domingos Jorge Velho liderou uma expedição para encerrar o quilombo. 
 
Mesmo após a tomada de Palmares em 1694, a resistência persistiu, com Zumbi 
resistindo até 1695, quando foi emboscado e morto pelos portugueses. A presença 
de tropas portuguesas na região por vários anos após o evento reflete a preocupação 
em evitar o ressurgimento do quilombo, destacando a importância simbólica e prática 
da resistência quilombola na história do Brasil. 
Quilombo do Catucá 
 
6 
 
 
 O quilombo do Catucá é uma história 
resultante da busca pela liberdade pelos escravizados 
e das tumultuadas condições políticas em 
Pernambuco entre 1817 e o final da década de 
1830. Localizado próximo ao Recife, os quilombolas, 
chamando-se mutuamente de malungos, 
desenvolveram estratégias de sobrevivência, 
incluindo cooperação com a população negra livre 
e escravizada de engenhos próximos. 
 
Situado nas matas próximas a Recife e Olinda, o quilombo do Catucá provavelmente se 
formou entre 1817 e 1818. Descoberto pelas tropas imperiais durante a repressão à 
Revolução Pernambucana, o primeiro registro de atividade data de novembro de 1818, com 
onze negros identificados na região. De acordo com relatos, eles haviam atacado a 
população local e causado mortes. 
 
O quilombo do Catucá, situado próximo ao Recife, destaca-se como parte da 
busca pela liberdade por parte dos escravizados em meio às tumultuadas condições 
políticas em Pernambuco entre 1817 e o final da década de 1830. Uma curiosidade 
adicional é que os quilombolas, chamando-se mutuamente de malungos, 
desenvolveram estratégias de sobrevivência que incluíam cooperação com a 
população negra livre e escravizada de engenhos próximos. 
 
Formado nas matas próximas a Recife e Olinda, o quilombo do Catucá 
provavelmente se estabeleceu entre 1817 e 1818. Descoberto durante a repressão à 
Revolução Pernambucana pelas tropas imperiais, o primeiro registro de atividade 
data de novembro de 1818, com relatos de ataques à população local. A história do 
quilombo do Catucá reflete a complexidade das relações sociais e as estratégias de 
resistência adotadas pelos escravizados em busca da liberdade em um contexto 
político desafiador. 
 
Outras formas de resistências 
 
Além das formas mencionadas no PDF, a resistência dos escravizados contra a 
escravidão incluía também suicídios, abortos (como meio de evitar que seus filhos fossem 
escravizados) e a simples desobediência. 
 
Fixando o Conteúdo 
 
1. O que eram os quilombos durante o período colonial? 
2. Onde estava localizado o Quilombo dos Palmares, o mais famoso quilombo? 
3. Quais eram as principais atividades econômicas envolvendo escravos no Brasil colonial? 
4. Quem eram os "escravos de eitos" e qual era sua principal função? 
5. Quais eram as responsabilidades dos escravos domésticos? 
6. O que eram os escravos de ganho e qual era sua função? 
 
7 
 
7. Quais eram algumas formas de resistência dos afrodescendentes durante o período da 
escravidão? 
8. Como eram as fugas individuais dos escravizados desafiadoras? 
9. Qual foi o quilombo mais importante da história do Brasil, formado no final do século 
XVI? 
10. Quem liderou a expedição que encerrou o Quilombo dos Palmares em 1694? 
11. O que caracterizou o Quilombo do Catucá em Pernambuco? 
12. Além das formas de resistência mencionadas, quais outras estratégias os escravizados 
utilizavam contra a escravidão? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Respostas 
 
1. Os quilombos eram comunidades formadas por pessoas fugidas da escravidão, 
geralmente descendentes de africanos escravizados. 
2. O Quilombo dos Palmares, o mais famoso, estava localizado na região nordeste do Brasil. 
3. As principais atividades econômicas envolvendo escravos eram plantações de cana-de-
açúcar, cultivo de algodão e tabaco. 
4. Os "escravos de eitos" eram escravos mais diretamente envolvidos na produção, 
realizando trabalhos árduos nas áreas rurais. 
5. Escravos domésticos eram responsáveis por tarefas nas casas de seus senhores, como 
cozinhar, cuidar do jardim e realizar recados. 
6. Escravos de ganho estavam envolvidos no comércio de rua, oferecendo serviços como 
transporte de cargas e barbearia. 
7. Algumas formas de resistência incluíam fugas, assassinatos de senhores, suicídio, banzo, 
resistência e negligência no trabalho, formação de quilombos, insurreições e alianças 
indígenas e mestiços. 
8. As fugas individuais eram desafiadoras, dependendo do sucesso na sobrevivência no 
mato. 
9. O Quilombo dos Palmares, formado no final do século XVI, foi o mais importante. 
10. A expedição que encerrou o Quilombo dos Palmares foi liderada por Domingos Jorge 
Velho. 
11. O Quilombo do Catucá, próximo ao Recife, desenvolveu estratégias de sobrevivênciae 
cooperação com a população negra livre e escravizada. 
12. Além das formas mencionadas, os escravizados também utilizavam suicídios, abortos e 
desobediência contra a escravidão. 
 
 
 
 
1 
 
INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA 
A Insurreição Pernambucana 
 
Na década de 1640, a Companhia das Índias 
Ocidentais precisava de dinheiro para financiar a guerra 
que estava acontecendo na Europa, especialmente contra 
a Inglaterra. Para conseguir esses recursos, a Companhia 
decidiu aumentar os impostos e cobrar de volta os 
empréstimos que havia concedido aos senhores de 
engenho em Pernambuco. Essas medidas desagradaram 
bastante os moradores locais. 
 
Maurício de Nassau, que era encarregado de administrar a região, também teve 
problemas com as decisões da Companhia e acabou sendo demitido em 1643. 
 
Os senhores de engenho, que eram os grandes produtores de açúcar e economicamente 
importantes, não gostaram nada dessas mudanças. Isso deu início à Insurreição Pernambucana, 
um movimento liderado pelos locais para expulsar os holandeses que estavam controlando a 
região. 
 
 Essa revolta durou quase uma década, de 1645 a 1654. Durante 
esse período, ocorreram as batalhas dos Guararapes, onde houve uma 
notável união entre diferentes grupos étnicos brasileiros. Brancos, 
índios e negros escravizados se uniram para combater o inimigo 
comum: os holandeses. Essa união foi um aspecto significativo da 
resistência local contra a presença holandesa em Pernambuco. 
 
Características da Insurreição Pernambucana 
 
Entre as principais características da insurreição pernambucana está a liderança dos 
senhores de engenhos, a participação de diversas forças populares e a utilização de táticas de 
guerrilhas e emboscadas. 
 
1. Liderança dos Senhores de Engenho: 
 
Os senhores de engenho, que eram proprietários de grandes 
plantações de açúcar e representavam uma parte significativa da elite 
local, desempenharam um papel central na liderança da insurreição. Eles 
estavam insatisfeitos com as políticas impostas pelos holandeses, 
especialmente os aumentos de impostos e as cobranças de empréstimos. 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
2. Participação de Forças Populares: 
 
Além da liderança dos senhores de engenho, a insurreição 
envolveu uma participação significativa de diversas camadas da 
sociedade. Isso incluía camponeses, índios, escravizados e 
outros grupos populares. A revolta não se limitou apenas à elite, 
mas contou com uma base ampla de apoio entre diferentes 
segmentos da população. 
3. Táticas de Guerrilha e Emboscadas: 
 
Diante da disparidade de recursos e poder militar 
entre os rebeldes locais e os holandeses, as táticas de 
guerrilha e emboscadas tornaram-se estratégias-chave. 
Os insurgentes aproveitaram o terreno local, como as 
densas matas e áreas de difícil acesso, para realizar 
ataques surpresa contra as forças holandesas. Essas 
táticas permitiram que resistissem de maneira eficaz 
com recursos limitados. 
A união desses elementos contribuiu para a resistência prolongada durante a 
Insurreição Pernambucana, que culminou na expulsão dos holandeses da região em 
1654. 
Desfecho 
 
 O desfecho da Insurreição Pernambucana, com as 
vitórias nas Batalhas dos Guararapes em 1648 e 1649, 
resultou na expulsão dos holandeses do território 
brasileiro em 1654. Essas batalhas foram marcantes, 
pois as forças luso-brasileiras, formadas por uma 
coalizão de diferentes grupos sociais, conseguiram 
resistir e derrotar as tropas holandesas, garantindo 
assim a independência de Pernambuco. 
 
 É interessante destacar que até 1650, a coroa portuguesa não 
estava diretamente envolvida no apoio militar a Pernambuco. Isso se 
deveu a um acordo assinado em 1640 entre Portugal e os Países 
Baixos, que estabelecia uma trégua de 10 anos. Essa trégua fazia parte 
de um contexto mais amplo, a Guerra da Restauração, que foi um 
conflito em que Portugal buscou recuperar sua independência do 
domínio espanhol. 
 
A participação direta da coroa portuguesa no apoio militar a Pernambuco a partir de 1650 
foi influenciada pelo fim desse acordo e pelas mudanças nas alianças políticas da época. 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 Quanto à consequência 
econômica da expulsão dos 
holandeses, o declínio da produção 
açucareira em Pernambuco 
ocorreu devido à concorrência da 
produção de açúcar nas Antilhas. 
Com a Holanda saindo de 
Pernambuco e direcionando seus 
esforços para as Antilhas, onde 
podiam produzir açúcar de melhor 
qualidade a preços mais baixos, a 
produção açucareira 
pernambucana enfrentou 
dificuldades, perdendo sua 
competitividade no mercado internacional. Essa mudança econômica teve impactos 
duradouros na região. 
 
Fixando o Conteúdo 
 
1. Qual era o motivo pelo qual a Companhia das Índias Ocidentais aumentou os impostos 
em Pernambuco na década de 1640? 
2. Quem era o responsável por administrar a região de Pernambuco e foi demitido em 
1643? 
3. Quem liderou a Insurreição Pernambucana, um movimento para expulsar os holandeses 
da região? 
4. Qual foi a duração da revolta conhecida como Insurreição Pernambucana? 
5. O que aconteceu nas Batalhas dos Guararapes durante a Insurreição Pernambucana? 
6. Além dos senhores de engenho, que outros grupos sociais participaram ativamente da 
insurreição? 
7. Quais foram as principais táticas utilizadas pelos rebeldes locais contra os holandeses 
devido à disparidade de recursos? 
8. O que contribuiu para a resistência prolongada durante a Insurreição Pernambucana? 
9. Qual foi o desfecho da Insurreição Pernambucana em relação à presença holandesa? 
10. Por que a coroa portuguesa não estava inicialmente envolvida militarmente em 
Pernambuco até 1650? 
11. O que influenciou a participação direta da coroa portuguesa no apoio militar a 
Pernambuco a partir de 1650? 
12. Qual foi a consequência econômica da expulsão dos holandeses para a produção 
açucareira em Pernambuco? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Respostas 
 
1. A Companhia das Índias Ocidentais aumentou os impostos em Pernambuco na década 
de 1640 para financiar a guerra na Europa, especialmente contra a Inglaterra. 
2. Maurício de Nassau era o responsável por administrar a região de Pernambuco e foi 
demitido em 1643. 
3. A Insurreição Pernambucana foi liderada pelos senhores de engenho, os grandes 
produtores de açúcar na região. 
4. A Insurreição Pernambucana durou quase uma década, de 1645 a 1654. 
5. Nas Batalhas dos Guararapes, diferentes grupos étnicos brasileiros, incluindo brancos, 
índios e negros escravizados, uniram-se para combater os holandeses. 
6. Além dos senhores de engenho, camponeses, índios, escravizados e outros grupos 
populares participaram ativamente da insurreição. 
7. Diante da disparidade de recursos, os rebeldes locais utilizaram táticas de guerrilha e 
emboscadas contra os holandeses. 
8. A liderança dos senhores de engenho, a participação de diversas camadas sociais e as 
táticas de guerrilha contribuíram para a resistência prolongada. 
9. O desfecho da Insurreição Pernambucana foi a expulsão dos holandeses do território 
brasileiro em 1654, após as vitórias nas Batalhas dos Guararapes. 
10. A coroa portuguesa não estava inicialmente envolvida militarmente em Pernambuco até 
1650 devido a um acordo de trégua assinado em 1640 com os Países Baixos. 
11. A participação direta da coroa portuguesa a partir de 1650 foi influenciada pelo fim do 
acordo de trégua e mudanças nas alianças políticas. 
12. A consequência econômica da expulsão dos holandeses foi o declínio da produção 
açucareira em Pernambuco devido à concorrência das Antilhas, impactando a 
competitividade regional no mercado internacional. 
 
 
1 
 
GUERRA DOS MASCATES 
Contexto Histórico 
 
A Guerra dos Mascates foi um conflito ocorrido no contexto da decadência econômica de 
Olinda e do crescimento de Recife, ambos localizados em Pernambuco, Brasil. O período que 
antecedeu a guerra é marcado por eventos significativos: 
 
Crise da Economia Açucareira (1654): A decadência

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