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Cultura Negra na Astronomia

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CULTURA E CIÊNCIA: A CULTURA NEGRA NO ENSINO DE
ASTRONOMIA
Caio Ricardo Faiad da Silva – Universidade de São Paulo 
Alexandre Araújo de Souza – Universidade Presbiteriana Mackenzie
Cátia Cristina Bocaiuva Maringolo – Universidade Federal de Minas Gerais
E-mail para contato: profcaiofaiad@gmail.com
Agência Financiadora: CAPES
Eixo Temático: Eixo 9 - Educação, Interculturalidade e Movimentos Sociais
Categoria: pôster
RESUMO
São crescentes as demandas e lutas empreendidas historicamente por movimentos
sociais antirracistas que se vêem excluídos do projeto pedagógico curricular nacional.
Estando os conteúdos de Astronomia no componente curricular de Ciências do Ensino
Fundamental, se faz necessário elaborar propostas que possam viabilizar um Ensino de
Ciências em que os negros estejam presentes. Sendo assim, o objetivo do trabalho é
apresentar possibilidades de inserção da cultura negra na sala de aula. Conclui-se que a
interface Arte e Ciência e a Astronomia Cultural são recursos possíveis para a
implementação de um ensino de Ciências antirracista.
Palavras-chave: Multiculturalismo. Cultura e Ciência. Educação Antirracista.
1. INTRODUÇÃO
No XVII, Galileu Galilei (1564-1642) desponta na quebra de paradigmas sobre o
conhecimento de Astronomia. No entanto, atualmente sabe-se que as manchas solares,
que obtiveram destaque nos estudos de Galileu, já tinham sido observadas pelas
civilizações orientais antigas. Nesse sentido, a percepção dos fenômenos pode ser
entendida como construção socio-histórica que surge de maneiras distintas em diferentes
culturas com significados e representações muito caracteristicos de cada sociedade.
(CANDAU, 2002; VEIGA NETO, 2003).
Dessa forma, sendo a Ciência uma construção humana, histórica e cultural, a
epistemologia multiculturalista irá defender a inserção da pluralidade em seu ensino. Para
Toti e Pierson (2011, p. 3) artigos multiculturalistas em Ensino de Ciências tem como
objetivo superar a ruptura epistemológica entre ciência e saberes tradicionais não
admitindo “qualquer intenção de recompor o status monocultural da ciência,
representando, pois, uma tendência de combinar ciência e saberes produzidos no âmbito
de culturas específicas”.
Sobre Ensino de Astronomia, destaca-se a sua relevância sócio-histórica-cultural,
que proporcionou contribuições para a evolução de civilizações ao longo da história da
humanidade (FARES et al., 2004; FARIA; VOELZKE, 2008). Soler e Leite (2012, p. 376)
ressaltam o papel problematizador e questionador do Ensino de Astronomia, pois não
deve ser vista apenas com conteúdos a serem ensinados de maneira mecânica, mas sim
como um conjunto de temas motivadores para discussões histórico-filosóficas, bem como
alvo de possíveis problematizações, e ainda como um alicerce de abordagens que
envolvam conceitos de outras disciplinas.
Tendo em vista a atual demanda na educação nacional de inserção da cultura
negra no currículo da educação nacional (BRASIL, 2004), o objetivo do trabalho é
apresentar formas de introduzir a cultura negra no Ensino de Astronomia.
2. METODOLOGIA
Foi adotada a metodologia dos estudos comparatistas que se utilizam de descrição
de outras áreas do saber para analisar obras artísticas por um viés crítico. Para Carvalhal
(2004, p. 74), estudos comparados são “uma forma específica de interrogar os textos na
sua interação com outros textos, literários ou não, e com outras formas de expressão
cultural e artística”. O corpus utilizado no presente trabalho está descrito no Quadro 1.
Quadro 1. Corpus selecionado para o presente trabalho.
Obra Gênero textual Breve descrição 
Trilogy Canção Música da cantora estadunidense de R&B Kelis
presente no álbum Kelis Was Here lançado em
2006.Lil Star Canção
Iemanjá salva o Sol de 
extinguir-se
Mito
Narrativa recolhida por Prandi (2001) em sua
pesquisa de reconstiuição textual dos mitos dos
orixás.
Iemanjá Conto
Conto elaborado por Villas Boas (2013) a partir
dos mitos sobre Iemanjá.
Por possuírem caráter literário, os textos foram analisados e interpretados a partir
de referencias da Astronomia presentes no tecido narrativo ou videográfico.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados foram divididos em dois mecanismos de inserção da cultura negra:
via Interface Arte e Ciências e via Astronomia Cultural.
3.1 Interface Arte e Ciências
Inspirado na pedagogia de Snyder, que defende a presença de elementos da
cultura primeira dos estudantes na escola, Gomes et al (2019) propõe a inserção de
música do gênero rock no ensino de Astronomia por apresentarem aspectos conceituais,
histórico-epistemológicos e sociais.
Nessa perspectiva de música e Astronomina, é proposto a inserção do gênero
musical majoritariamente difundido pela cultura negra: o R&B. Para isso, analisa-se a
duas canções da cantora estadunidense Kelis. Enquanto em Trilogy optou-se por
interpretar a letra da música, em Lil Star descreve-se o videoclipe.
No Quadro 2, a canção Trilogy é apresentada em inglês (canção original) e a
tradução em língua portuguesa. Tal consideração se torna importante para a viabilidade
de trabalhos interdisciplinares entre as disciplinas de Física e Inglês.
Diferente das canções de rock dos anos 60 que incorporam em suas letras o
contexto histórico de corrida espacial (GOMES et al, 2019), as canções utilizadas neste
trabalho usam da simbologia de astros e conceitos físicos para a expressar sentimentos
humanos como a solidão e o amor.
Em Trilogy, além da citação de astros (Lua, Terra, Sol, estrelas) e do conceito da
gravidade, é possível observar que a canção é dirigida pelo sentimento de amor do eu-
lírico. Assim, os compositores utilizaram do léxico astronômico para tecer metáforas e
alegorias românticas. Por exemplo: a relação entre Lua (satélite natural) estar contido na
Galáxia, assim como, a pessoa amada está contida na vida de quem a ama; ou ainda, a
relação entre imagem de uma pessoa apaixonada como “nas nuvens”, “sem os pés no
chão”, com a ideia da ausência de gravidade.
Dessa forma, é importante para a leitura e interpretação de texto que os conceitos
sejam compreendidos denotativamente para que se possa compreender os usos
conotativos na canção. Com isso, propicia-se a formação de um sujeito sensível a Arte e a
Ciência.
Quadro 2. Letra original e traduzida da canção Trilogy, do álbum Kelis Was Here de Kelis.
Trilogy
(songwriters: Kelis, Scott Storch, Poo Bear)
[chorus]
There's only one way to my galaxy
Hop on your moon soon
Don't separate from me
Your feet won't touch the ground
'Cause there's no gravity
Experiencing my trilogy
It seems like you're ready to go
Got your bags packed up
And your mind is set on touching the stars
Can't you tell I'm ready to leave?
So I can meet you wherever you are, baby
[bridge]
Something 'bout the sky
Something 'bout tonight
Something 'bout the way you look
Something 'bout your eyes
Something 'bout that flight
That makes me wanna ride in outer space with you all 
night
[repeat chorus]
We can start the countdown now
Got my rockets turned on
So we can blast off straight to the moon
You can take that Jacob off
'Cause we won't be coming back no time soon, oh no, we 
won't
[repeat bridge]
[repeat chorus]
We can reach the sun by dawn
Feel the heat that's pulling on me
NASA should call off the search
’Cause the Earth has nothing for me
[repeat chorus 2x]
Buckle up your seatbelts
We're about to land in 20 seconds
Oh, oh, thank you, you
Thank you for continuing to fly with me
Throughout this whole ride, ride
Thank you, you, oh, thank you, you
Trilogia
(compositores: Kelis, Scott Storch, Poo Bear)
[refrão]
Há apenas um caminho para minha galáxia
Entre na sua lua em breve
Não se separe de mim
Seus pés não tocarão o chão
Porque não há gravidade
Vivendo minha trilogia
Parece que você está pronto para ir
Levou suas malas embaladas
E sua mente está determinada a tocaras estrelas
Você não pode dizer que eu estou pronto para sair?
Então eu posso te encontrar onde quer que você esteja, 
baby
[ponte]
Algo sobre o céu
Algo sobre esta noite
Algo sobre o jeito que você olha
Algo sobre seus olhos
Algo sobre aquele voo
Isso me faz querer andar no espaço com você a noite toda
[repete refrão]
Nós podemos começar a contagem regressiva agora
Tenho meus foguetes ligados
Então podemos ir direto para a lua
Você pode tirar esse Jacob
Porque nós não voltaremos em breve, oh não, nós não 
voltaremos
[repete ponte]
[repete refrão]
Nós podemos alcançar o Sol ao amanhecer
Sinta o calor que está me puxando
NASA deve cancelar a busca
Porque a Terra não tem nada para mim
[repete refrão 2x]
Apertem os cintos de segurança
Estamos prestes a pousar em 20 segundos
Oh, obrigada, você
Obrigado por continuar a voar comigo
Durante todo esse passeio, flutue
Obrigado, você, oh, obrigada, você
Já no vídeo de Lil Star, Kelis está andando por uma rua com um casaco grande
prata metálico. A cantora canta em direção ao céu fazendo uma reflexão sobre si mesma
“Não tem nada de especial sobre mim/ Eu sou apenas uma pequena estrela”1. Até que as
estrelas formam os rostos de Kelis (FIGURA 1A) e Cee-Lo Green (FIGURA 1B) enquanto
ambos cantam. Outras imagens também são formadas (FIGURA 1C). Essas imagens são
geradas em uma atmosfera muito suave e calma relacionada ao tema da música.
A B C
Figura 1. Imagens formadas a partir das estrelas.
Tais imagens do videoclipe remetem a definição de constelação antes da
Astronomina ser reconhecida enquanto ciência: “agrupamentos de estrelas na esfera
celeste que, imaginariamente, formavam figuras de personagens como pessoas, animais,
objetos ou seres mitológicos” (CLÁVIA, 2010).
3.2 Astronomia Cultural
A partir de premissas multiculturais da Educação, diversos materiais didáticos
incorporaram múltiplas culturas em seus textos e, assim, a Astromomia Cultural passa
estar presente nos materiais de Ciências para o Ensino Fundamental. Lopes (2015, p. 8)
define Astronomia Cultural como “um amplo conjunto de estudos cujo objetivo é, mediante
uma diversidade de técnicas, analisar as formas em que as sociedades constroem
conhecimentos e práticas referentes ao espaço celeste e seus fenômenos”.
Conforme mostra Faiad da Silva et al (2018) o Caderno do Professor do Estado
de São Paulo, produzido pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, apresenta
perspectiva multiculturalista. No entanto, identificou-se que as culturas africanas
subsaarianas não aparecem no material, sendo portanto, ausente a história e cultura
negra nestes cadernos de Ciências. 
O Caderno do Professor do Estado de São Paulo, por exemplo, sugere para o 3º
bimestre no 8º ano o conteúdo A Lua e o Sol vistos em diferentes culturas com o
seguinte objetivo: “permitir aos alunos que compreendam as variadas formas como a Lua
e o Sol foram vistos em diferentes épocas e culturas” (SÃO PAULO, 2009, p. 33). A
proposta didática dos cadernos distribuídos na rede pública do Estado de São Paulo
1 Tradução do autores a partir dos versos originais: There is nothing special about me / I am just a little star
sugere a elaboração de minisseminários de dois textos presentes no Caderno: O Sol e a
Lua na cultura tupi-guarani e O Sol e a Lua na cultura egípcia. Esses textos são curtos e
de linguagem simples para que possam ser trabalhados com alunos do Ensino
Fundamental. 
Entende-se que tal conteúdo pode ser tratado levando em consideração uma das
etnias africanas mais importantes para a constituição do povo brasileiro: os iorubás. Ao
desembarcar no Brasil, para execução de trabalho escravo, sobrevivendo às precárias
condições de viagens nos porões dos navios negreiros, os iorubás trouxeram consigo os
diversos traços culturais que serão fundamentais para a constituição da cultura nacional.
Para os iorubás, o orixá Iemanjá está associado à criação da Lua conforme é
observado no mito Iemanjá salva o Sol de extinguir-se (PRANDI, 2001, p. 391). Já no
conto Iemanjá de Villas Boas (2013, p. 60-65) apresenta esse mito em uma linguagem
mais apropriada para o universo infanto-juvenil (FIGURA 2).
Tomando essas fontes como base, foi elaborado o texto O Sol e a Lua na cultura
iorubá (Quadro 3) nos mesmos moldes àqueles presentes no Caderno do Professor da
rede estadual de São Paulo. É importante relatar que a inserção da mitologia dos orixás
não está atrelada à questão religiosa, visto que, o objetivo é apresentar como a cultura
iorubá explica o fenômeno natural. Nesse sentido, é utilizado a definição de mito como
uma narrativa de caráter simbólico-imagético relacionada a uma dada cultura que procura
explicar a origem das coisas que existem no mundo.
Figura 2. Ilustrações de Iemanjá no livro infanto-juvenil Os Orixás sob o céu do Brasil.
Ao selecionar os mitos dos orixás que poderiam ser reelaborados de modo a
serem utilizados de forma adequada com o público-alvo do Ensino Fundamental, permite
que os estudantes possam ter uma abordagem cultural dos conteúdos científicos a partir
de uma perspectiva cultural africana e afro-brasileira.
Quadro 3. Texto elaborado para abordar o conhecimento cultural dos povos iorubás sobre os
astros Sol e Lua.
O Sol e a Lua na cultura iorubá
Diz o mito dos iorubás que o orixá Iemanjá – que também é conhecida como Janaína e
Rainha do Mar, pois seu reinado está nas águas do mar – criou a Lua (Oxu) para poder dar
descanso ao Sol, Orum.
Um dia, Iemanjá percebe que Orum, por brilhar todos os dias sem descanso, queimava a
todos e a tudo, maltratando animais, plantas e os próprios seres humanos. 
O orixá Iemanjá, que guardava alguns raios de sol debaixo da saia tem a ideia de utilizá-
los nos momentos em que o sol fosse descansar. Esses raios, mais fracos que os de Orum
iluminavam e refrescavam a Terra com sua luz fria. 
Foi por causa de Iemanjá que Orum pode descansar à noite, enquanto as estrelas velam
o seu sono e Oxu, a Lua, reina com sua luz branda.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A partir da interface Arte e Ciência e da Astronomia Cultural é possível tornar
presente nas aulas de Ciências a intelectualidade cultural negra. Ao apresentar o
conhecimento de povos negros africanos ou diaspóricos sobre os conteúdos estudados
na disciplina de Ciência contribui para o fim da estigmatização dos povos negros
produzindo assim uma prática pedagógica antirracista. Além disso, se essa abordagem
apresentar mitologia dos orixás, há também a contribuição para o fim da intolerância
religiosa.
Por outro lado, a presença do multiculturalismo no Ensino de Ciência contribui na
formação da cidadania dos estudantes brasileiros, pois permite que o conhecimento
científico seja retirado do isolamento e discutido a partir de uma perspectiva sociocultural.
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