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Prof. Dr. Miguel Moreto miguel.moreto@ufsc.br Departamento de Engenharia Elétrica e Eletrônica LABSPOT – Grupo de Sistemas de Potência Introdução ◦ Contexto, uso dos RDPs nos SEP Uso dos registros de perturbação Monitoramento de dados em usinas ◦ Oscilografia, sequências de evento e sistemas de gerenciamento Técnicas computacionais ◦ Fourier, fuzzy, wavelets, RNAs, SEs. Aplicação desenvolvida ◦ Pré-análise e análise do registro de forma de onda Estudos de caso Considerações finais 2 13/05/2011 3 Introdução Uso dos registros de perturbação Monitoramento de dados em usinas Técnicas computacionais Aplicação Estudos de caso Considerações finais Aconteceu uma falta, desligou tudo, e agora?? ◦ Onde foi o problema? ◦ Podemos re-energizar com segurança? ◦ Análise nos painéis. 4 GPS 5 Ethernet Rede Cent ral de análises RDP UTR Relé GPS GPS GPS Usinas conectadas em redes coorporativas Dados acessíveis facilmente Medidas sincronizadas por GPS Engenheiros responsáveis pela análise de ocorrências não conseguem verificar todas as situações em tempo hábil. Excesso de dados: ◦ Acesso remoto, disparo cruzado, quantidade de grandezas, tipos de registros. Tarefas braçais: ◦ Acessar registros, selecionar grandezas, acessar outros sistemas. Análises desnecessárias: ◦ Registros de situações normais. 6 Para cada ocorrência, o agente gerador deve reportar ao ONS as causas do desligamento, se houver. ◦ ONS requer oscilógrafos nas instalações do sistema (SEs e usinas) ◦ Relatório de perturbação: Dados de sequências de eventos, oscilografias, medição de faturamento, etc. 7 Desenvolvimento de metodologias para diagnóstico automático de ocorrências, tanto em SEs quanto em usinas. ◦ Priorizar as ocorrências. ◦ Diminuir o tempo despendido na elaboração de relatórios de perturbação. ◦ Melhorar a qualidade das análises. 8 13/05/2011 9 Introdução Uso dos registros de perturbação Monitoramento de dados em usinas Técnicas computacionais Aplicação Estudos de caso Considerações finais Registradores digitais de perturbação: ◦ Grava continuamente grandezas analógicas e digitais (memória cíclica); ◦ O disparo do RDP ocasiona o armazenamento do registro de oscilografia; Tipos de disparo: ◦ Limiar, variação; ◦ Desequilíbrio, sequencial; ◦ Sinal digital; ◦ Manual. Sincronismo com GPS. Também chamada de registro de curta duração ou registro de longa duração Formato padronizado de arquivos: ◦ COMTRADE (Common format for Transient Data Exchange) ◦ IEEE C37.111 Exemplo de arquivo. 27/08/2014 13 Algo deu “trip”, por que? 13/05/2011 14 Onde foi o defeito? ◦ Linhas tem centenas de quilômetros! 15 A proteção atuou como deveria? ◦ Slides seguintes, dados cedidos por um agente de geração de energia. 16 Falta em LT. 17 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 -2 -1 0 1 2 T e n s ã o [ p u ] Tempo t[s] fase A fase B fase C 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 -40 -20 0 20 40 C o rr e n te [ p u ] Tempo t[s] fase A fase B fase C 18 Curva Característica - Relé 40 -3,0 -2,5 -2,0 -1,5 -1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 -B (pu) G ( p u ) -2,0 -1,5 -1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 Zona 1 Zona 2 Zona 3 Ajustes Ch1 Ch2 Ch3 Suscep Sec (pu): 1,08 0,97 1,5 Suscep Prim (pu): 1,19 1,07 1,65 Angle (º): 65 90 90 Time (seg): 10 10 1 19 Ajustes Ch1 Ch2 Ch3 Suscep Sec (pu): 1,08 0,97 1,5 Suscep Prim (pu): 1,19 1,07 1,65 Angle (º): 65 90 90 Time (seg): 10 10 1 Tempos Segundos Zona 1: 0,187 Zona 2: 0,442 Zona 3: 1,020 Zonas 1 + 2 + 3: 1,649 Atuou 20 Ajustes Ch1 Ch2 Ch3 Suscep Sec (pu): 1,08 0,97 1,5 Suscep Prim (pu): 1,19 1,07 1,65 Angle (º): 65 90 90 Time (seg): 10 10 1 Tempos Segundos Zona 1: 0,204 Zona 2: 0,408 Zona 3: 0,884 Zonas 1 + 2 + 3: 1,513 Não Atuou Análise de equipamentos ◦ Transformadores e transdutores Qualidade de energia ◦ Variações de tensão, afundamentos, desequilíbrio, etc. 21 13/05/2011 22 Introdução Uso dos registros de perturbação Monitoramento de dados em usinas Técnicas computacionais Aplicação Estudos de caso Considerações finais Registro de perturbações (oscilografia): ◦ Registro fasorial (de longa duração). ◦ Registro de forma de onda (de curta duração). Sistema de supervisão: ◦ Sequências de eventos. 23 Registradores digitais de perturbações (RDP): ◦ Monitoramento de grandezas analógicas e digitais. ◦ Disparo do RDP: Limiar Taxa de variação Desequilíbrio Sequencial (disparo cruzado) Por sinal digital Manual ◦ O disparo do RDP gera um registro de perturbação que é armazenado. 24 25 Sistema típico: V AV BV C IAIBIC IN R a I f V f IAIBIC tftf t f Gerador Transformador elevador Circuito de campo Aterramento I f V f TP TC DJ A DJ C DJ B Dj f Duração da ordem de minutos Cada amostra é um fasor de freq. fundamental. Freq. de amostragem 50 ou 60Hz. 26 Duração de alguns segundos (curta-duração) Freq. de amostragem de 720 a 11520Hz. 27 Geradas pelos sistemas de supervisão. Registros cronológicos sinalizações de estados digitais, como: ◦ Atuações de funções de proteção. ◦ Manobras de seccionadoras e disjuntores. ◦ Alarmes. ◦ Outros eventos digitais. 28 Proteções usuais de uma unidade de geração, monitoradas pelo sistema de supervisão 29 Exemplo 30 Hora:min:seg Data Unidade Descrição 23:25:24.966 Maio 16 GT02 Proteção Reversão de potência - 32G mudou para Atuado 23:25:24.972 Maio 16 GT02 Bloqueio gerador - 86G mudou para Atuado 23:25:24.999 Maio 16 GT02 Unidade sincronizada -G2 mudou para Normal 23:25:24.999 Maio 16 GT02 DJ0312 - Disjuntor da unidade 02 ABERTO FECHADO mudou para Aberto 23:25:25.161 Maio 16 GT02 Proteção Reversão de potência - 32G mudou para Normal 23:25:25.167 Maio 16 GT02 Bloqueio gerador - 86G mudou para Normal 23:26:49.989 Maio 16 GT02 Relé auxiliar comutação de disparo - 83G mudou para Atuado 23:26:50.002 Maio 16 GT02 BLOQUEIO GERADOR OPERADO - 86G mudou para Atuado Sistemas de informação para integrar os diversos sistemas de monitoramento. Ex: 31 13/05/2011 32 Introdução Uso dos registros de perturbação Monitoramento de dados em usinas Técnicas computacionais Aplicação Estudos de caso Considerações finais Fluxograma geral: 33 Filtros adaptativos Limiares de amplitude Limiares de coeficientes Grandezas de freq. fundamental Coeficientes de transformadas Amostras Sistemas especialistas RNA Fuzzy Segmentação Short Time Fourier Transform (STFT) Wavelet Transform (WT) 34 Filtros de Kalman, mínimos quadrados 35 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 1.1 1.2 -1 0 1 x [ p u ] 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 1.1 1.2 0 0.5 1 1.5 t[s] |x | [ p u ] 36 Expressão geral da TF 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 A m p lit u d e Tempo t[s] a) 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 A m p lit u d e Tempo t[s] b) 21 0 [ ] [ ] knN j N n X k x n e 2.01 2.015 2.02 2.025 2.03 2.035 2.04 2.045 2.05 2.055 2.06 -1 -0.5 0 0.5 1 A m pl itu de X [t] Tempo t[s] a) 0 20 40 60 80 100 120 0 0.5 1 M ag ni tu de X [ f ] Frequências [Hz] b) a) Sinal de registro de oscilografia (aperiódico). b) Frequências que compõem o sinal, obtidas a partir da FT. 𝐹 𝑤 = −∞ +∞ 𝑓 𝑡 𝑒−𝑗𝑤𝑡 𝑑𝑡 FT não fornece informações sobre o tempo, apenas frequências 38 21 0 , knN j M n STFT k m x n n m e 2.01 2.015 2.02 2.025 2.03 2.035 2.04 2.045 2.05 2.055 2.06 -1 -0.5 0 0.5 1 A m p lit u d e x [ t ] Tempo t[s] a)Trecho de registro de oscilografia com perturbação 0 0.5 1 1.5 2 2.5 -1 -0.5 0 0.5 1 A m p lit ud e x [ t ] Tempo t[s] b)Registro de oscilografia de curta duração 0.5 1 1.5 2 2.5 0 100 200 300 400 500 c)Plano tempo-frequências Tempo t [s] STFT com janela 0,1333s F re q u ê n c ia s [ H z ] Há dificuldade na escolha da largura da janela, uma vez que, normalmente, não se conhece a- priori o tipo de perturbação que poderá incidir no sinal. 40 1 0 0 00 1 [ , ] jN jj n n ka TWD j k x n g aa -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 A resolução para as frequências mais altas é melhor na WT do que na STFT; A transformada wavelet representa uma generalização da transformada de Fourier; 𝐹(𝑎, 𝑏) = −∞ +∞ 𝑓 𝑡 𝛹𝑎,𝑏 𝑡 𝑑𝑡 Visualização da magnitude dos coeficientes de detalhes, os quais representam altas frequências. É possível identificar quais amostras contém informações de variações bruscas no sinal original. Decomposição com banco de filtros. Arvore de decomposição Como classificar? ◦ Sistemas Especialistas 43 Exemplo de regras: Regra 01: • Se o carro não ligar Então o problema pode estar no sistema elétrico Regra 02: • Se o problema pode estar no sistema elétrico E a voltagem da bateria está abaixo de 10 volts Então a falha é uma bateria ruim Redes Neurais Artificiais 44 45 13/05/2011 46 Introdução Uso dos registros de perturbação Monitoramento de dados em usinas Técnicas computacionais Aplicação Estudos de caso Considerações finais 47 48 49 Características calculadas para cada segmento (pré- e pós-transitório): ◦ I e V de sequência positiva, negativa e zero. ◦ Potências trifásicas (P, Q e S). Na implementação atual, são utilizados os fasores de seq. positiva e da potencia ativa. 50 V 1 [ p u ] 51 Avaliam o valor de cada grandeza quanto aos segmentos pré- e pós transitório, identificando características: • Aumento inicial (pré=0, pós>0). • Decréscimo final (pré>0, pós=0). • Acréscimo. • Decréscimo. • Sem variação. Fato característica: • Grandeza • Tipo (aumento inicial ou sem variação, etc.) • Valor (diferença entre pré- e pós- transitório). Correlacionam características identificadas em cada grandeza. Exemplo: SE em V1 houve um aumento inicial com valor maior do que 0,9pu E em I1 houve um aumento inicial OU sem variacão (valor < 0,05pu) ENTÃO conclui-se que a unidade de geração foi energizada. Energização. Desenergização. Unidade isolada. Sincronismo. Operação normal. Fora de serviço. Desligamento forçado. Incremento de carga. Decremento de carga. 52 53 Complementar e validar a análise do SEOSC. Classes: proteção, disjuntor, auxiliar e alarme Nome, ex: 51G, 21, 87G, DJ02, etc Tipo de evento de disjuntor: automático ou manual Estado: aberto, fechado, atuado, normal. Obtidas a partir dos diagramas de atuações das proteções. 54 Exemplo: Desenergização por reversão de potência. Evento da classe Proteção com nome “32G” estado “atuado” E ocorrência de evento da classe Disjuntor tipo “automático” estado “aberto” Desenergização 32G Desenergização Desenergização de unidade já isolada Testes de proteção Bloqueio manual da unidade Sem SOE Desbloqueio manual Sincronismo Desligamento forçado 55 Regras simples correlacionando conclusão do SEOSC com o SESOE Exemplo: ◦ SE diagnóstico do SEOSC é “Desenergização” e diagnóstico do SESOE é “Desenergização 32G” ENTÃO a conclusão é Desenergização por reversão de potência. Diagnóstico do SEUNI é a conclusão do MARF. 56 57 Etapas: ◦ Segmentação ◦ Extração de características ◦ Tomada de decisão 58 59 60 61 Características são calculadas para cada segmento Constituem os fatos da base de conhecimento do sistema especialista de análise do registro de curta duração (SEARC) Regras do SEARC podem ser agrupadas conforme a função: ◦ Detecção de falta. ◦ Classificação de ocorrências normais. ◦ Classificação de ocorrências de falta. ◦ Identificação das fases envolvidas. ◦ Correlação entre segmentos. 62 Regras têm como premissa adicional o tipo de ocorrências identificado. Resultam em uma classificação: ◦ Operação normal com carga ◦ Operação normal sem carga ◦ Desligado ◦ Desenergização Exemplo: operação normal sem carga ◦ Ocorrência operação normal E V1 > 0,9 pu E I1 < 0,05 pu 63 Casos previstos, com base nas componentes simétricas: ◦ Faltas fase-fase no terminal ◦ Faltas fase-fase-terra no terminal ◦ Faltas fase-terra no terminal ◦ Falta a terra no lado de alta tensão ◦ Falta fase-fase no lado de alta tensão 64 Segmentos consecutivos são correlacionados de modo a resultar em uma classificação final da ocorrência. Conclusões: ◦ Abertura devido a falta: falta detectada seguido de operação normal sem carga. ◦ Rejeição de carga. ◦ Falta no gerador operando em vazio. ◦ Falta no gerador sob carga. ◦ Desenergização. 65 13/05/2011 66 Introdução Uso dos registros de perturbação Monitoramento de dados em usinas Técnicas computacionais Aplicação Estudos de caso Considerações finais Dados utilizados na elaboração das regras de análise de SOE. Oscilografias utilizadas na validação do MARF e nos estudos de caso do MARC. 67 68 69 Conclusão Acertos Inconclusivos Total Operação normal 170 0 170 Incremento de carga 3 0 3 Decremento de carga 7 0 7 Gerador desligado 129 0 129 Desenergização reversão de pot. 12 6 18 Desenergização sem reversão 1 4 5 Energização 2 4 6 Unidade isolada 3 1 4 Sincronismo 1 1 2 Desligamento forçado/falta 1 1 2 Totais: 329 17 346 Faltas simuladas: ◦ Faltas desequilibradas: fase-terra, fase-fase-terra, fase-fase. ◦ Resistência de falta (Rf): 0,01; 0,1; 0,5; 1 e 5Ω. ◦ Fases envolvidas: A, B, C, AB, BC e CA. ◦ Ângulo de incidência: ±5ms Resumo das análises: ◦ Detecção correta da falta; ◦ Classificação correta nos casos em que Rf≤0,1Ω 70 Falta à terra no lado de alta tensão do transformador elevador. 71 Estimação das grandezas e segmentação 72 Conclusão nos segmentos: ◦ 0: operação normal ◦ 1: falta à terra no lado de alta tensão ◦ 2: operação normal sem carga ◦ 3: falta à terra no lado de alta tensão ◦ ... ◦ 14: desenergização Conclusões do SEARC: ◦ Falta sob carga entre os intervalos 0 e 1 ◦ Falta à vazio entre os intervalos 2 e 3 73 13/05/2011 74 Introdução Uso dos registros de perturbação Monitoramento de dados em usinas Técnicas computacionais Aplicação Estudos de caso Considerações finais Excesso de dados pode ser “filtrado” através de metodologias automáticas Metodologias fazem uso de processamento digital de sinais e inteligência computacional Testes mostraram que 95% dos casos podem ser arquivados após a primeira etapa da análise. Nestes 5%, um diagnóstico da ocorrência é obtido, facilitando a análise. 75
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