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Preservação, Conservação e Restauração de Arquivos

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Aula 08
Polícia Federal (Agente Administrativo)
Arquivologia - 2023 (Pré-Edital)
Autor:
Ricardo Campanario
01 de Fevereiro de 2023
Ricardo Campanario
Aula 08
Índice
..............................................................................................................................................................................................1) Preservação, Conservação e Restauração de Arquivos - AULA COMPLETA 3
Polícia Federal (Agente Administrativo) Arquivologia - 2023 (Pré-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
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PRESERVAÇÃO, CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE 
DOCUMENTOS 
Conceitos Gerais de Preservação, Conservação e Restauração de 
Documentos 
Hoje falaremos de três grandes atividades que ocorrem especialmente dentro dos arquivos 
permanentes. 
 Além da custódia definitiva dos documentos de valor secundário, os arquivos de terceira idade devem 
estar constantemente preocupados com a Preservação, a Conservação e a Restauração dos documentos 
que estão sob sua guarda. 
 E não há melhor maneira de começar essa aula que não seja definindo os principais conceitos do que 
vamos tratar daqui em diante para que você comece a criar intimidade com o tema. 
 Inicialmente utilizaremos as definições trazidas pela especialista em conservação e restauração de 
acervos Norma Cassares (2000) no Manual "Como fazer conservação preventiva em arquivos e bibliotecas", 
publicação do Arquivo Público do Estado de São Paulo. Vamos a elas: 
Preservação: é um conjunto de medidas e estratégias de ordem administrativa, política e 
operacional que contribuem direta ou indiretamente para a preservação da integridade 
dos materiais. 
 
Conservação: é um conjunto de ações estabilizadoras que visam desacelerar o processo 
de degradação de documentos ou objetos, por meio de controle ambiental e de 
tratamentos específicos (higienização, reparos e acondicionamento). 
 
Restauração: é um conjunto de medidas que objetivam a estabilização ou a reversão de 
danos físicos ou químicos adquiridos pelo documento ao longo do tempo e do uso, 
intervindo de modo a não comprometer sua integridade e seu caráter histórico. 
 Note desde já que, pelas definições do Arquivo Público de São Paulo, a atividade de Preservação é a 
que engloba as demais, ou seja, tanto Conservação como Restauração fazem parte do processo de 
Preservação dos documentos, um processo mais amplo, genérico, responsável por, de modo geral, preservar 
a integridade dos materiais e suportes de informação. 
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Polícia Federal (Agente Administrativo) Arquivologia - 2023 (Pré-Edital)
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 Vamos agora estudar as definições do DBTA, o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística: 
Preservação: Prevenção da deterioração e danos em documentos, por meio de 
adequado controle ambiental e/ou tratamento físico e/ou químico. 
 
Conservação: Promoção da preservação e da restauração dos documentos. 
 
Restauração: Conjunto de procedimentos específicos para recuperação e reforço de 
documentos deteriorados e danificados. 
 Veja que as definições e mesmo os papéis de cada um dos procedimentos diferem do que vimos com 
base no material do Arquivo Público de São Paulo. 
 Para o DBTA a Conservação é que engloba as atividades de Preservação e Restauração, enquanto é 
a Preservação que assume o papel de executar os controles ambientais e de tratamento físico e químico. É 
exatamente o contrário do que diz o Manual do Arquivo Público de São Paulo... 
 E agora? 
 
 Simples. É como sempre digo: não adianta brigar com a banca. Ao se deparar com questão como essa 
(e geralmente cai questão cobrando definição deste tema), procure entender o contexto e a fonte. 
 Geralmente vale utilizar a estrutura abaixo, que tem como ponto de vista o dano causado ao 
documento. Ela está bastante alinhada com as definições de Norma Cassares, do Arquivo Público de São 
Paulo: 
Restauração
Conservação
Preservação
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 Se não funcionar, tente descobrir de quem o examinador está falando. É do Manual do Arquivo 
Público de São Paulo? É da restauradora Norma Cassares? É do Dicionário Brasileiro de Terminologia 
Arquivística? Nenhum deles? 
 Se você identificou a fonte que está baseando a questão, ótimo. Basta responder de acordo com o 
que estudamos. 
 Se não identificou, recomendo que, após entender o contexto e ver se a banca quer mesmo definições 
literais, siga adiante com as definições e "relação hierárquica" de Norma Cassares (Preservação > 
Conservação > Restauração), que é o mais aceito pelas bancas, combinado? 
 Fique atento! 
 
 
 
 
 
 
Preservação
• Ação preventiva.
• Dano ainda não ocorreu. Deve ser evitado.
Conservação
• Ação de intervenção.
• Dano em curso. Deve ser contido.
Restauração
• Ação de reparação.
• Dano concluído. Deve ser revertido.
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Termo Cassares / Arq. Público SP DBTA 
PRESERVAÇÃO Conjunto de medidas e estratégias de 
ordem administrativa, política e 
operacional que contribuem direta ou 
indiretamente para a preservação da 
integridade dos materiais. 
Prevenção da deterioração e danos em 
documentos, por meio de adequado 
controle ambiental e/ou tratamento 
físico e/ou químico. 
CONSERVAÇÃO Conjunto de ações estabilizadoras 
que visam desacelerar o processo de 
degradação de documentos ou 
objetos, por meio de controle 
ambiental e de tratamentos 
específicos (higienização, reparos e 
acondicionamento). 
Promoção da preservação e da 
restauração dos documentos. 
RESTAURAÇÃO Conjunto de medidas que objetivam a 
estabilização ou a reversão de danos 
físicos ou químicos adquiridos pelo 
documento ao longo do tempo e do 
uso, intervindo de modo a não 
comprometer sua integridade e seu 
caráter histórico. 
Conjunto de procedimentos específicos 
para recuperação e reforço de 
documentos deteriorados e 
danificados. 
 
 
(CEV URCA/Pref. Mun. Crato-CE/Arquivista/2021) Sobre conservação e preservação de documentos 
arquivísticos, leia as sentenças abaixo: 
( ) Preservação é um conjunto de medidas que objetivam a estabilização ou a reversão de danos físicos 
ou químicos adquiridos pelo documento ao longo do tempo e do uso, intervindo de modo a não 
comprometer sua integridade e seu caráter histórico. 
( ) Restauração é um conjunto de ações estabilizadoras que visam a desacelerar o processo de degradação 
de documentos ou objetos, por meio de controle ambiental e de tratamentos específicos (higienização, 
reparos e acondicionamento). 
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( ) Os pequenos reparos são um conjunto de medidas e estratégias de ordem administrativa, política e 
operacional que contribuem direta ou indiretamente para a preservação da integridade dos materiais. 
( ) Conservação trata-se de diminutas intervenções que podemos executar visando interromper um 
processo de deterioração em andamento. Essas pequenas intervenções devem obedecer a critérios 
rigorosos de ética e de técnica e têm a função de melhorar o estado de conservação dos documentos. 
Assim, podemos afirmar que a sequência correta de Verdadeiras (V) e de Falsas (F) das sentenças acima é: 
a) VVVV 
b) VFFV 
c) VVFF 
d) FFVV 
e) FFFF 
Comentário: 
Note que nesta questão a banca usa as definições de Norma Cassares, porém as embaralha de forma a tentar 
enganar o candidato. Vejamos o que diz a autora em sua publicação "Como fazer conservação preventiva 
em arquivos e bibliotecas": 
 
Dessa forma, a primeira afirmativa se refere à Restauração e não a Preservação -> F-X-X-X 
Na segunda a banca traz a definição de Conservação e a atribui equivocadamente à Restauração-> F-F-X-X. 
Em seguida é trazido o conceito literal de preservação, porém atribuído ao que a autora chama de "pequenos 
reparos". Vejamos a definição de pequenos reparos extraída da mesma obra: "Os pequenos reparos são 
diminutas intervenções que podemos executar visando interromper um processo de deterioração em 
andamento. Essas pequenas intervenções devem obedecer a critérios rigorosos de ética e técnica e têm a 
função de melhorar o estado de conservação dos documentos.". Assim, também está errada -> F-F-F-X. 
Por fim, na última é feita referência à definição de "pequenos reparos" como vimos acima, porém agira 
atribuída à Conservação, ou seja, falso...-> F-F-F-F. 
A alternativa E é a CORRETA e é o gabarito da questão. 
 
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(UFMT/UFR/Assistente em Administração/2021) Na 1ª coluna estão dispostos conceitos para preservação 
arquivística de documentos e na 2ª, a caracterização de cada um. Numere a 2ª coluna de acordo com as 
informações. 
1- Conservação 
2- Preservação 
3- Restauração 
( ) Refere-se a conjunto de medidas e estratégias de ordem administrativa, política e operacional que 
contribuem direta ou indiretamente para resguardar a integridade dos materiais. 
( ) É um conjunto de ações estabilizadoras que visam desacelerar o processo de degradação de 
documentos ou objetos, por meio de controle ambiental e de tratamentos específicos, como higienização, 
reparos e acondicionamento. 
( ) É um conjunto de medidas que objetivam a estabilização ou a reversão de danos físicos ou químicos 
adquiridos pelo documento ao longo do tempo e do uso, intervindo de modo a não comprometer sua 
integridade e seu caráter histórico. 
a) 2-1-3 
b) 1-3-2 
c) 3-2-1 
d) 1-2-3 
Comentário: 
Mais uma vez o examinador se baseia nos conceitos de Norma Cassares: 
Conservação - É um conjunto de ações estabilizadoras que visam desacelerar o processo de degradação de 
documentos ou objetos, por meio de controle ambiental e de tratamentos específicos, como higienização, 
reparos e acondicionamento. 
Preservação - Refere-se a conjunto de medidas e estratégias de ordem administrativa, política e operacional 
que contribuem direta ou indiretamente para resguardar a integridade dos materiais. 
Restauração - É um conjunto de medidas que objetivam a estabilização ou a reversão de danos físicos ou 
químicos adquiridos pelo documento ao longo do tempo e do uso, intervindo de modo a não comprometer 
sua integridade e seu caráter histórico. 
Assim temos, 2-1-3. A alternativa A é a CORRETA e é o gabarito da questão. 
 
(VUNESP/FUNDUNESP/Historiógrafo/2016) Que nome se dá à prevenção da deterioração e de danos em 
documentos, por meio de adequado controle ambiental e/ou tratamento físico e/ou químico? 
a) Conservação Preventiva. 
b) Desinfecção. 
c) Laminação. 
d) Restauração. 
e) Preservação. 
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Comentário: 
Veja que neste caso a banca utiliza a definição literal prevista no DBTA. Por isso é importante conhecer as 
duas, tanto as do DBTA como as do Arquivo Público de São Paulo, de Norma Cassares. 
Neste caso o examinador traz a definição literal da atividade de Preservação para o DBTA. Vejamos: 
"Prevenção da deterioração e danos em documentos, por meio de adequado controle ambiental e/ou 
tratamento físico e/ou químico." 
A alternativa E é a CORRETA e é o gabarito da questão. 
Veja que tanto Conservação (na alternativa A) como Restauração, na D, são trazidas para confundir o 
candidato, especialmente com as definições de Norma Cassares. 
Relembre abaixo as definições do DBTA para essas duas atividades: 
Conservação: Promoção da preservação e da restauração dos documentos. 
Restauração: Conjunto de procedimentos específicos para recuperação e reforço de documentos 
deteriorados e danificados. 
Já desinfecção, na alternativa B, é uma técnica utilizada no processo de conservação de documentos, 
enquanto laminação é uma atividade de restauração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fatores de Deterioração 
 Os acervos de arquivos e bibliotecas são compostos, em sua maioria, por livros, mapas, manuscritos 
e outros formatos de documentos que utilizam como suporte o papel que, por sua vez, é formado 
basicamente por fibras de celulose. 
 A deterioração da celulose acontece quando agentes nocivos atacam essas fibras rompendo-as ou 
agregando a elas elementos que desencadeiam reações químicas que levam ao mesmo resultado. A acidez 
e a oxidação são os maiores processos de deterioração química da celulose. 
 Além deles temos os agentes físicos de deterioração, responsáveis pelos danos mecânicos dos 
documentos. Os mais frequentes são os insetos, os roedores e o próprio homem. 
 Os fatores de deterioração podem ser divididos nos grandes grupos abaixo, que estudaremos em 
detalhes: 
 
 
 
 
Fatores Ambientais 
Para efeito de prova, os fatores ambientais que você deve conhecer e que podem ser nocivos à 
preservação dos arquivos e documentos são: temperatura, umidade relativa do ar, radiação da luz e 
qualidade do ar. 
Vale lembrar que todos eles atuam simultaneamente e de forma ininterrupta, a não ser que sejam 
controlados. 
 
TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR 
FATORES DE DETERIORAÇÃO
Fatores 
Ambientais
Agentes 
Biológicos
Intervenções 
Inadequadas 
Problemas com 
Manuseio e 
Vandalismo
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Calor e umidade relativa do ar são dois grandes inimigos dos documentos (especialmente os de 
papel), quando não controlados. 
O calor acelera a deterioração dos documentos e a umidade relativa do ar desencadeia reações 
químicas indesejadas nos materiais. 
As variações dos níveis de temperatura e de umidade são tão ou mais prejudiciais do que as suas 
manutenções em níveis inadequados, porém estáveis. Isso porque os materiais destes acervos absorvem e 
liberam umidade muito facilmente, o que faz com que se contraiam e dilatem o tempo todo e isso provoca 
danos visíveis aos suportes como ondulações, craquelamento de tinta, etc. 
Mesmo quando estáveis, temperatura e umidade altas têm alta probabilidade de gerar colônias de 
fungos nos documentos, assim como temperatura e umidade baixas geram documentos ressecados e 
retorcidos, aumentando-se o risco de quebra de fibras e esfarelamento de materiais fibrosos. 
Sob a perspectiva da preservação documental, o mais recomendado é manter a 
temperatura o mais próximo possível de 20°C e a umidade relativa de 45% a 50%, 
evitando-se de todas as formas as oscilações de 3°C de temperatura e 10% de umidade 
relativa. 
Em relação ao mesmo tema, e de acordo com o Conarq: 
• A faixa segura de umidade relativa é entre 45% e 55%, com variação diária de +/- 5%. 
• A temperatura deve também estar relacionada com a umidade relativa (UR). 
• A temperatura ideal para documentos é 20º C, com variação diária de +/- 1º C. 
• A estabilidade da temperatura e da UR é especialmente importante, e as mudanças bruscas 
ou constantes são muito danosas. 
 
 Para a estudiosa Marilena Leite Paes (1997), a temperatura "não deve sofrer oscilações, mantendo-
se entre 20oC e 22oC." 
 Para conseguir equacionar essas demandas, especialmente em países de clima tropical, é necessária 
a instalação de sistema de climatização. Quando não for possível, a instalação de umidificadores, 
desumidificadores, exaustores e ventiladores pode gerar bons resultados. 
 Para finalizar, não é incomum termos questão com esse nível de detalhe, então vou trazer aqui as 
condições ambientais ideias para a preservaçãode alguns suportes especiais: 
SUPORTE TEMPERATURA UMIDADE RELATIVA (UR) 
FOTOGRAFIAS EM P&B 12oC e +/- 1 oC 35% e +/- 5% 
FOTOGRAFIAS COLORIDAS 5oC e +/- 1 oC 35% e +/- 5% 
REGISTROS MAGNÉTICOS 18oC e +/- 1 oC 40% e +/- 5% 
 
 
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RADIAÇÃO DA LUZ 
Toda fonte de luz, seja ela natural ou artificial, é prejudicial aos documentos e provoca danos por 
meio da oxidação, fruto da radiação emitida, especialmente a ultravioleta (UV). 
Para alguns autores, como Marilena Leite Paes (1997), "a luz do dia deve ser abolida na área de 
armazenamento, porque não só acelera o desaparecimento das tintas, como enfraquece o papel. A própria 
luz artificial deve ser usada com parcimônia". 
Os danos causados pela radiação da luz são cumulativos e irreversíveis e se relacionam a intensidade 
e ao tempo da exposição. Como resultado o papel ao longo do tempo torna-se frágil, quebradiço, amarelado 
e/ou escurecido. 
De acordo com o Arquivo Público do Estado de São Paulo, algumas medidas podem e devem ser 
tomadas para evitar o prejuízo causado pela exposição dos documentos a luz: 
• As janelas devem ser protegidas por cortinas ou persianas que bloqueiem totalmente o sol; 
essa medida também ajuda no controle de temperatura, minimizando a geração de calor 
durante o dia. 
• Filtros feitos de filmes especiais também ajudam no controle da radiação UV, tanto nos vidros 
de janelas quanto em lâmpadas fluorescentes (esses filmes têm prazo de vida limitado). 
• Cuidados especiais devem ser considerados em exposições de curto, médio e longo tempo: 
o não expor um objeto valioso por muito tempo; 
o manter o nível de luz o mais baixo possível; 
o não colocar lâmpadas dentro de vitrines; 
o proteger objetos com filtros especiais; 
o certificar-se de que as vitrines sejam feitas de materiais que não danifiquem os 
documentos. 
 Já o Conarq tem também algumas recomendações, além das já previstas pelo Arquivo Público do 
Estado de São Paulo: 
• Prateleiras de estantes sempre perpendiculares as janelas, evitando a incidência direta de 
radiação sobre os materiais. 
• Instalação de sistema de iluminação setorizado e controlado, desligando a fonte de luz 
artificial após um período pré-determinado e reduzindo o tempo de exposição dos 
documentos às radiações. 
QUALIDADE DO AR 
 Os poluentes formam outro fator que contribui para a deterioração de materiais de arquivos e 
bibliotecas. 
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Entre eles temos os gases e as partículas sólidas que podem vir do ambiente externo ou ser gerados 
no próprio ambiente (aplicação de vernizes, madeiras, adesivos, tintas, etc.). Gases provocam reações 
químicas nos suportes enquanto as partículas sólidas além de carregarem os próprios gases, funcionam como 
abrasivos e desfiguram documentos. 
Mais uma vez, os danos causados aos documentos são irreversíveis e o papel passa a apresentar 
aparência quebradiça e descolorida. 
 
(CEBRASPE/PGDF/Técnico Jurídico/2021) Julgue o item subsequente, relativo à preservação e conservação 
de documentos. 
A umidade é um dos fatores responsáveis pela deterioração de documentos fotográficos. 
a) Certo 
b) Errado 
Comentário: 
A afirmativa está CORRETA. 
A umidade - ao lado da temperatura, qualidade do ar e luminosidade - é um dos fatores que implica na 
deterioração de documentos, inclusive os fotográficos. 
Vejamos o que o Conarq sugere para a preservação de documentos fotográficos: "armazenar os acervos de 
fotografias, filmes, meios magnéticos e ópticos em condições climáticas especiais, de baixa temperatura e 
umidade relativa, obtidas por meio de equipamentos mecânicos bem dimensionados, sobretudo para a 
manutenção da estabilidade dessas condições, a saber: 
fotografias em preto e branco T 12ºC ± 1ºC e UR 35% ± 5%; 
fotografias em cor T 5ºC ± 1ºC e UR 35% ± 5%; 
filmes e registros magnéticos T 18ºC ± 1ºC e UR 40% ± 5%. 
 
(CEBRASPE/STM/Técnico Judiciário Administrativo/2018) Julgue o item subsequente, relativo à 
preservação e conservação de documentos. 
Nas áreas de armazenamento de documentos, deve-se dar preferência à luz solar para a iluminação do 
ambiente. 
a) Certo 
b) Errado 
Comentário: 
A afirmativa está ERRADA. 
Ao estudarmos os impactos da radiação da luz vimos que o prejuízo causado é significativo. 
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Toda fonte de luz, seja ela natural ou artificial, é prejudicial aos documentos e provoca danos por meio da 
oxidação, fruto da radiação emitida, especialmente a ultravioleta (UV). 
Os danos são cumulativos e irreversíveis e se relacionam a intensidade e ao tempo da exposição. Como 
resultado o papel ao longo do tempo torna-se frágil, quebradiço, amarelado e/ou escurecido. 
 
(CEBRASPE/IFF/Arquivista/2018) As áreas de depósito para a guarda de documentos em papel devem ser 
mantidas com temperatura entre 
a) 10 ºC e 14 ºC. 
b) 15 ºC e 22 ºC. 
c) 23 ºC e 25 ºC. 
d) 26 ºC e 29 ºC. 
e) 30 ºC e 33 ºC. 
Comentário: 
Estudamos que tanto para o Arquivo Público de São Paulo como para o Conarq, sob a perspectiva da 
preservação documental, o mais recomendado é manter a temperatura o mais próximo possível de 20°C, 
com variação permitida de +/- 3oC para o Arquivo de São Paulo e +/- 1oC para o Conarq. 
Dessa forma a alternativa B é a que está mais próxima dos intervalos relacionados. 
A alternativa B é a CORRETA e é o gabarito da questão. 
 
Agentes Biológicos 
Os agentes biológicos mais importantes, responsáveis pela deterioração de acervos em geral são os 
fungos, os insetos e os roedores. 
Para que se instalem e proliferem, precisam de conforto ambiental e alimentação. 
Veremos como cada um desses agentes deve ser endereçado a fim de se evitar o prejuízo aos 
documentos e arquivos. 
 
FUNGOS 
Como qualquer outro ser vivo, os fungos necessitam de alimento e umidade para sobreviver e 
proliferar. 
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O alimento provém dos papéis, amidos (colas), couros, pigmentos, tecidos etc. A umidade é fator 
indispensável para o metabolismo dos nutrientes e para sua proliferação. Essa umidade é encontrada na 
atmosfera local, nos materiais atacados e na própria colônia de fungos. 
Além da umidade e nutrientes, outras condições contribuem para o crescimento das colônias: 
temperatura elevada, falta de circulação de ar e falta de higiene. 
Os fungos, além de fragilizarem o suporte, causam manchas de coloração diversa, intensa e de difícil 
remoção. 
 A proliferação dos fungos (atenção com a terminologia adequada) se dá por meio dos esporos que, 
porém, ficam dormentes quando as condições ambientais são desfavoráveis a eles (baixos índices de UR). 
As principais medidas que devem ser adotadas para manter o acervo livre dos fungos são: 
• estabelecer política de controle ambiental, principalmente temperatura, umidade relativa e 
ar circulante, mantendo os índices o mais próximo possível do ideal e evitando oscilações 
acentuadas; 
• praticar a higienização tanto do local quanto dos documentos, com metodologia e técnicas 
adequadas; 
• instruir o usuário e os funcionários com relação ao manuseio dos documentos e regras de 
higiene do local; 
• manter vigilância constante dos documentos contra acidentes com água, secando-os 
imediatamente caso ocorram. 
INSETOS 
Os principais insetos que atacam arquivos e bibliotecas são as baratas, brocas e cupins. 
As baratas atacam tanto papéis quanto revestimentos afetando a superfície dos suportes (perda de 
material e manchas de excrementos). São atraídas por temperatura e umidadeelevadas, resíduos de 
alimentos e falta de higiene no ambiente e no acervo. 
As brocas atacam o papel e seus derivados, assim como a madeira do mobiliário, portas, pisos e todo 
o material a base de celulose. O ataque causa a perda do suporte. Assim como as baratas, buscam 
temperatura e umidade relativa elevadas, falta de ar circulante e falta de higienização periódica no local e 
no acervo. 
Já os cupins, atacam não só o acervo como o próprio prédio que custodia o material. Da mesma 
forma, se instalam em ambientes com índices de temperatura e umidade relativa elevados, ausência de boa 
circulação de ar, falta de higienização e pouco manuseio dos documentos. 
Em todos os casos, após detectado o ataque o mais correto é buscar profissionais especializados, pois 
o uso de qualquer produto químico ou procedimento inadequado pode acarretar danos intensos e 
irreversíveis aos documentos. 
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ROEDORES 
Roedores, assim como os insetos, também buscam altas temperaturas e altos níveis de UR assim 
como ambientes mal higienizados. 
A obstrução de locais de entrada é uma primeira medida de contenção que deve ser tomada, assim 
como a aplicação de iscas que, porém, não deve permitir que o roedor morra no próprio recinto, 
transformando-se em fonte de alimento para outros agentes. 
 
 
 
 
(CEV URCA/Pref. Mun. Crato-CE/Arquivista/2021) Dos efeitos nocivos nos acervos, podemos classificar os 
agentes de deterioração em: (1) fatores ambientais, (2) fatores biológicos, (3) intervenções impróprias, (4) 
agentes biológicos e (5) furtos e vandalismo. Podemos enquadrar como agente de deterioração biológica: 
a) uso excessivo de pesticida 
b) qualidade do ar 
c) ataques de brocas 
d) temperatura e umidade relativa 
e) radiação da luz 
Comentário: 
Entre as alternativas disponíveis apenas as brocas podem ser consideradas agentes biológicos. Outros 
exemplos de agentes biológicos são insetos como cupins e traças, microrganismos em geral, roedores, etc. 
Dessa forma a alternativa C é a correta e é o gabarito da questão. 
 
 
(CESGRANRIO/ANP/Técnico Administrativo/2016) Muitos arquivos têm grande parte de seus acervos 
danificados, pois os cuidados restringem-se ao controle de insetos, por meio de inseticidas que são tóxicos 
e que agridem o papel. Para evitar problemas futuros nos arquivos, recomenda-se desenvolver um 
programa de preservação que deve ser iniciado pelo controle preventivo de agentes patogênicos. 
Para isso, o programa de preservação deverá ser desenvolvido com a adoção do seguinte procedimento: 
a) profusão de enxofre 
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b) higienização sistemática 
c) desestabilização de temperatura 
d) compactação periódica 
e) encapsulação sistêmica 
Comentário: 
Vimos que uma das principais medidas para afugentar os agentes biológicos e impedir os seus ataques é a 
higienização completa dos ambientes alvo. 
Fatores como a falta de higiene, temperaturas e umidade altas, assim como a presença de alimentos para o 
agente perfazem a receita ideal para os ataques de roedores, fungos ou insetos. 
Dessa forma a alternativa B é a correta e é o gabarito da questão. 
A profusão de enxofre na alternativa A é justamente o que os documentos não precisam em seu processo 
de conservação, considerando os efeitos perversos do material para os suportes de arquivos e bibliotecas. 
Na letra C o examinador traz a desestabilização da temperatura. É exatamente o oposto do que se prega 
para o controle de infestações. A estabilidade da temperatura não só não danifica os documentos como 
(quando nos níveis adequados) afugenta os agentes biológicos indesejados. 
As letras D e E trazem temas ainda não estudados mas que também não colaboram para o objetivo colocado 
pelo examinador no enunciado. 
 
Intervenções Inadequadas 
As intervenções inadequadas são aquelas intervenções que, mesmo com a intenção de proteger o 
documento, acabam gerando danos ainda maiores. 
Qualquer tratamento que se queira aplicar ao acervo exige o conhecimento profundo do material 
envolvido (tanto do suporte documental quanto do que será nele aplicado) e dos demais impactos que a 
intervenção pode causar no ambiente, especialmente em relação ao que já estudamos: temperatura, 
umidade, fornecimento de alimentos a potenciais agentes biológicos, etc. 
Dessa forma, intervenções com esse objetivo, além de sempre precisarem estar revestidas de 
reversibilidade, devem ser conduzidas apenas por profissionais com noções básicas de conservação dos 
documentos com que lidam ou, no caso de pequenos reparos e acondicionamentos simples, por pessoal 
treinado nas técnicas e critérios básicos de intervenção. 
Problemas com Manuseio 
O manuseio inadequado é um dos fatores de degradação mais comuns em todo tipo de acervo. 
Aqui estamos falando de qualquer ação de "tocar" o documento, seja durante a higienização, 
transporte e armazenamento, reproduções ou mesmo pesquisa pelo usuário. 
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Muitas vezes, dependendo do estado de conservação do documento, até mesmo a sua higienização 
deve deixar de ser feita considerando que o prejuízo gerado pelo manuseio seria maior que o benefício da 
limpeza. 
Lembre-se que o objetivo principal é a preservação e tudo que pode prejudica-la, deve ser evitado. 
Por fim, além dos problemas de manuseio, tanto o vandalismo (que gera danos e mutilações nos 
documentos), como o próprio furto precisam ser combatidos pelas entidades custodiadoras por meio da 
implantação de políticas de proteção e medidas de segurança como alarmes, controles de acesso de 
usuários, vigilância permanente da atividade de consulta e outras medidas que possam minimizar o prejuízo 
causado de forma consciente aos acervos. 
 
 
(CEBRASPE/PGDF/Técnico Jurídico Administrativo/2021) O isolamento e a proteção contra a exposição a 
agentes externos, como a luz e elementos poluentes, garante que documentos em papel não se 
deteriorem. 
a) Certo 
b) Errado 
Comentário: 
A afirmativa está ERRADA. 
Não há como garantir a não deterioração do documento controlando apenas agentes externos. Vimos que 
outros fatores como intervenções inadequadas, problemas com manuseio, furto, vandalismo, etc, também 
podem levar o documento a sua deterioração. 
 
(UFMT/DETRAN-MT/Analista de Serviço de Trânsito Arquivologista/2015) 
Quanto aos fatores de deterioração de documentos e acervos, analise as assertivas abaixo. 
I - As brocas, assim como os cupins, não atacam o acervo diretamente, mas atacam a madeira, causando 
dano ao mobiliário, portas e pisos. Para combater a infestação, é suficiente remover as larvas por meio de 
higienização. 
II - Os fungos são organismos que se reproduzem de forma muito intensa e rápida, por meio de esporos, 
que podem ser encontrados em todos os ambientes, peças do acervo e pessoas. A utilização de fungicida 
é a única forma de combatê-los. 
III - Muitos documentos são vítimas de furtos e vandalismos, percebidos apenas depois. Para evitar esse 
tipo de ação, é necessário que o arquivo tenha uma política de proteção, ainda que seja um sistema de 
segurança simples. 
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Está correto o que se afirma em 
a) I, II e III. 
b) III, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) I, apenas. 
Comentário: 
Vamos avaliar cada uma das afirmativas antes de buscar a resposta nas alternativas: 
I - As brocas, assim como os cupins, não atacam o acervo diretamente, mas atacam a madeira, causando 
dano ao mobiliário, portas e pisos. Para combater a infestação, é suficienteremover as larvas por meio de 
higienização. - Errado. As brocas, assim como os cupins, atacam o acervo diretamente. 
II - Os fungos são organismos que se reproduzem de forma muito intensa e rápida, por meio de esporos, que 
podem ser encontrados em todos os ambientes, peças do acervo e pessoas. A utilização de fungicida é a 
única forma de combatê-los. - Errado. Embora os fungos sejam de fato organismos que se reproduzem de 
forma muito intensa e rápida (por meio de esporos que podem ser encontrados em todos os ambientes, 
peças do acervo e pessoas) podem também ser combatidos por meio do controle da temperatura e da 
umidade relativa. 
III - Muitos documentos são vítimas de furtos e vandalismos, percebidos apenas depois. Para evitar esse tipo 
de ação, é necessário que o arquivo tenha uma política de proteção, ainda que seja um sistema de segurança 
simples. - Correto. Sistemas e políticas como alarmes, controles de acesso de usuários, vigilância permanente 
da atividade de consulta e outras medidas que possam minimizar o prejuízo causado de forma consciente 
aos acervos devem ser adotados por instituições arquivísticas e/ou bibliotecas. 
Dessa forma temos: I (F), II (F) e III (V). 
A alternativa B é a correta e é o gabarito da questão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Conservação de Documentos 
 
Como vimos no início da aula, Conservação apresenta duas definições distintas. Vamos relembrá-las: 
 
Para Norma Cassares e o Arquivo Público de SP, conservação é um “conjunto de ações 
estabilizadoras que visam desacelerar o processo de degradação de documentos ou 
objetos, por meio de controle ambiental e de tratamentos específicos (higienização, 
reparos e acondicionamento).” 
 
Já para o DBTA, Conservação é a “promoção da preservação e da restauração dos 
documentos.” 
Aqui vamos falar de Conservação como o conjunto de ações estabilizadoras que interrompem o 
processo de deterioração do suporte de um documento. 
Importante dizer que os processos de intervenção que caracterizam a conservação devem ser os 
menores possíveis e sempre executados por pessoas capacitadas para tal, dentro daquele conceito do custo 
benefício, ou seja, as vezes é melhor não interferir no processo de degradação em curso, considerando que 
o prejuízo ao documento pode ser ainda maior. 
Para que os processos de intervenção obtenham o esperado sucesso é fundamental o emprego dos 
materiais corretos, ou seja, materiais de qualidade arquivística. 
Tais materiais devem ser livres de qualquer impureza, quimicamente estáveis, resistentes, duráveis 
e, o mais importante, devem sempre garantir a reversibilidade em relação aos procedimentos nos quais 
foram empregados. 
Dentro deste rol de materiais considerados de qualidade arquivística temos os papéis e cartões 
alcalinos, os poliésteres inertes, os adesivos alcalinos e reversíveis, os papéis orientais, borrachas plásticas, 
etc., usados tanto para pequenas intervenções sobre os documentos como para acondicionamento. 
Por outro lado, materiais oxidantes, em metal, devem sempre ser evitados. 
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Higienização 
Entre os agentes de deterioração, a "sujidade" é sempre aquela que mais afeta os documentos. 
Quando conjugada a condições ambientais não adequadas provoca reações de destruição dos mais variados 
suportes em um acervo. 
Dessa forma, a higienização de arquivos e bibliotecas é considerada uma técnica de conservação 
preventiva clássica. 
PROCESSOS DE HIGIENIZAÇÃO 
Em arquivos, o processo de limpeza de superfícies é sempre um dos mais importantes. A sujidade 
superficial (que se estabelece e fica "solta" sobre os documentos) escurece, desfigura e mancha os 
documentos (umidificação de partículas), as vezes de forma definitiva. 
Esse processo é mecânico e deve sempre ser feito a seco com o uso de materiais e equipamentos 
especializados como pincéis, flanelas macias e aspiradores de pó. Lembre-se que a água e a umidade são 
grandes inimigos dos documentos e colaboram para a proliferação de fungos e infestação de agentes 
biológicos indesejáveis. 
Dessa forma, a higienização de arquivos e bibliotecas é considerada uma técnica de conservação 
preventiva clássica porém, cada objeto deve ser individualmente avaliado antes de se iniciar o processo. 
Suportes altamente frágeis, papéis de textura porosa ou fragilizados pelo ataque de fungos, papel 
japonês ou molhado, possivelmente não devem sofrer intervenções pois podem apresentar resultado piores 
do que a não remoção da sujidade. 
HIGIENIZAÇÃO DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO 
Materiais arquivísticos muitas vezes têm suportes frágeis devido ao alto índice de acidez de papéis 
de baixa qualidade. Más condições de armazenamento, assim como o excesso de manuseio também 
contribuem para agravar o quadro. 
Esses tipos de documentos precisam ser tratados com muito cuidado de acordo com o cenário que 
temos explorado, sejam eles manuscritos (cuidados especiais com as tintas empregadas que podem estar 
soltas ou em "estado de pó"), ou de grande formato (desenhos de arquitetura, posters ou mapas). 
LIMPEZA DO ESPAÇO FÍSICO 
As limpezas dos ambientes arquivísticos envolvem dois grandes alvos: 
Pisos - devem ser limpos com aspirador de pó e nunca com água, solventes ou ceras. 
Estantes e Móveis - também é indicado o uso de aspiradores de pó. Para a sujidade incrustrada é 
admitida solução de água + álcool a 50% com aplicação de pano seco na sequência. Produtos químicos não 
devem ser utilizados. 
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Quanto aos móveis, os de metal esmaltado sempre devem ser os preferidos. Por outro lado, madeira 
não revestida e fórmica devem ser evitadas. 
Pequenos Reparos 
 Embora possa parecer que são intervenções de restauro, pequenos reparos são admitidos para 
interromper processos de deterioração documental, por isso são vistos como técnicas de conservação. 
 Como sempre, devem ficar a cargo de especialistas, que utilizarão material de qualidade arquivística 
e técnicas sempre reversíveis. 
 Os materiais usados para execução de pequenos reparos em documentos de biblioteca e de arquivo 
se resumem a adesivos e papéis especiais. 
Acondicionamento 
O procedimento de acondicionamento tem como grande objetivo a proteção dos documentos que 
se encontram em condição fragilizada ou mesmo a proteção daqueles já tratados e recuperados, para que 
agora encontrem-se em situação mais segura. 
Os acondicionamentos mais usados em arquivos são caixas (geralmente de papelão), envelopes, 
pastas (geralmente de papel) e porta-fólios. 
Mais uma vez, antes de se executar o processo de acondicionamento, deve-se avaliar a estrutura e 
condição física do documento, o tipo de suporte e as condições de uso, manuseio e armazenamento a que 
serão submetidos o documento, para aí sim decidir quanto ao acondicionamento. 
Qualquer tipo de acondicionamento escolhido nunca deve ser menor que o documento que será 
custodiado pois isso certamente prejudicará o suporte (dobras, vincos, etc.). 
Armazenamento 
O armazenamento é mesmo a guarda do documento, ou seja, a sua acomodação em estantes, 
arquivos e armários, estando ele acondicionado ou não. 
Como já dito, os móveis mais indicados são os de metal esmaltado, assim como madeira e fórmica 
devem ser evitadas. 
Importante lembrar que luz e armazenamento também são potenciais inimigos. A utilização da 
iluminação deve ser bem planejada para não prejudicar a conservação dos documentos. 
 
 
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Atenção: o documento não precisa estaracondicionado para ser armazenado. Os processos 
são independentes! 
Principais Operações de Conservação 
Para a professora e arquivista Marilena Leite Paes (1997), são as seguintes as principais operações de 
conservação: Desinfestação, Limpeza, Alisamento e Restauração ou Reparo (esta etapa veremos no item 
posterior: Restauração). 
DESINFESTAÇÃO 
O mais eficiente meio de combate aos insetos é a chamada Fumigação, embora hoje não seja mais 
amplamente recomendada em função dos danos que seus componentes químicos podem causar aos 
documentos. 
Consiste em introduzir documentos em uma câmara a vácuo, na qual é aplicado o produto químico 
escolhido ao longo de 48-72h. Em seguida os documentos são retirados. Com o procedimento, todos os 
insetos são destruídos, independentemente da fase de desenvolvimento. 
Caso não se possua a câmara apropriada, o procedimento pode ser executado na própria área de 
armazenagem. 
LIMPEZA 
Deve ser executada logo após a fumigação. 
Na falta de instalações e/ou equipamentos especiais, deve-se usar pano macio, escovas e aspirador 
de pó. 
ALISAMENTO 
É isso mesmo que você deve estar imaginando. Neste processo submete-se o documento a ação do 
ar com forte presença de umidade, até que ele fique "molhado", em uma câmara de umidificação. 
Em seguida o documento é passado a ferro, folha a folha, em máquinas elétricas, com o objetivo de 
recuperar a sua forma original. 
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(QUADRIX/CRESS 8 - DF/Agente Administrativo/2021) Não basta manter os documentos arquivados: eles 
devem se manter íntegros ao longo do tempo e seu acesso deve ser controlado. Enquanto alguns 
documentos podem ser mantidos em seu formato original, nos dias de hoje, muitos são copiados 
digitalmente, microfilmados ou transcritos para mídias que facilitem a preservação, a conservação e o 
acesso quase que imediato. Mesmo assim, sempre haverá a necessidade de se ter técnicas de preservação, 
conservação e restauração adaptadas às novas mídias. A conservação busca estender a vida útil do 
documento, procurando mantê-lo o mais próximo possível do estado físico em que foi criado, ou seja, tem 
como objetivo controlar as causas de degradação de documentos para que eles durem o máximo de tempo 
possível. O conjunto de técnicas responsáveis por eliminar microrganismos, como fungos e bactérias, de 
documentos e de espaços de guarda é denominado 
a) Desinfestação. 
b) Desinfecção. 
c) Higienização ou Limpeza. 
d) Alisamento. 
e) Restauração. 
Comentário: 
Cuidado para não cair nessa tradicional pegadinha das bancas! O processo voltado a eliminação de 
microrganismos é a desinfecção e não a desinfetação, usada para aniquilar os insetos! Fique atento! 
A alternativa B é a correta e é o gabarito da questão. 
 
(QUADRIX/CFO/Técnico de Arquivo/2020) O alisamento é o método de combate aos insetos mais 
eficiente. 
a) Certo 
b) Errado 
Comentário: 
A afirmativa está ERRADA. 
O método de combate aos insetos tido como mais eficiente pela doutrina é a fumigação. 
O alisamento, de acordo com a Professora Marilena Leite Paes "Consiste em colocar os documentos em 
bandejas de aço inoxidável, expondo-o à ação do ar com forte porcentagem de umidade (90 a 95%), durante 
uma hora, em uma câmara de umidificação. Em seguida, são passados a ferro, folha por folha, de preferência 
em máquinas elétricas." 
 
(CVV UFC/UFC/Técnico Assistente em Administração/2018) 
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A técnica de conservação que se baseia na retirada de objetos de metal, de poeira e de outros resíduos, 
com a utilização de aspiradores de pó, uma escova ou pincel macio, ou pó de borracha, é definida como: 
a) Higienização. 
b) Restauração. 
c) Encapsulação. 
d) Desinfestação. 
e) Laminação. 
Comentário: 
A alternativa A é a correta e é o gabarito da questão. 
Vimos ao longo da aula que o processo de higienização deve ser conduzido com muito cuidado e sempre de 
acordo com a avaliação prévia do documento alvo. Tal avaliação pode, inclusive, indicar que é melhor não 
efetuar o procedimento de conservação pelo risco que pode representar à integridade do documento. 
Dito isso, ao optar-se pelo procedimento, ele deverá sempre utilizar materiais apropriados e de qualidade 
arquivística, assim como deve sempre manter o caráter reversível (lembre-se do princípio da 
Reversibilidade). 
Entre os materiais temos muitas vezes o aspirador de pó (água deve ser evitada na enorme maioria das 
vezes), escovas e pincéis macios e especiais e mesmo o pó de borracha. 
Vale lembrar que, antes do procedimento para a eliminação da poeira superficial e outros resíduos, objetos 
de metal devem ser retirados (não deveriam nem ter sido empregados nos documentos pelo efeito da 
oxidação). 
A alternativa B fala em restauração, que veremos na sequência. Mas o enunciado traz operação de 
conservação de documentos e não de restauração. 
A letra C traz a encapsulação, mais uma técnica de restauração que veremos adiante. 
Na alternativa D o examinador lista a desinfestação que, embora seja sim uma técnica de conservação, diz 
respeito a fumigação de documentos e não sua limpeza superficial. 
Por último, na letra E é trazido o conceito de laminação, mais uma técnica de restauração e não de 
conservação. 
 
(CEBRASPE/PGE-PE/Assistente de Procuradoria/2019) A respeito dos processos de acondicionamento, 
armazenamento e manutenção de documentos de arquivos, julgue o item subsequente. 
O processo de embalar documentos em pastas ou caixas é denominado acondicionamento; a colocação 
dessas pastas ou caixas em um mobiliário é denominada armazenamento. 
a) Certo 
b) Errado 
Comentário: 
A afirmativa está CORRETA. 
As definições estão corretas. Ambas as atividades são operações de conservação de documentos. 
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Enquanto as formas de acondicionamento mais utilizadas para arquivos e documentos são as suas 
colocações em caixas (geralmente de papelão), envelopes, pastas (geralmente de papel) e porta-fólios, a 
colocação destes materiais acondicionados nos respectivos mobiliários nos quais ficarão custodiados é 
exatamente a operação de armazenamento. 
 
Fique atento apenas para o fato de que os arquivos e documentos podem ser armazenados mesmo que não 
tenham sido previamente acondicionados. Um não é um requisito para o outro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Restauração de Documentos 
Assim como fizemos ao estudar Conservação, vamos primeiro começar com as definições de 
Restauração. 
Aqueles conflitos que vimos a respeito das definições de Preservação e Conservação vindas de fontes 
diferentes, não são tão flagrantes ao falarmos de Restauração. 
Tanto o Manual do Arquivo Público de São Paulo (Norma Cassares) como o DBTA possuem definições 
parecidas para o termo. Vejamos: 
 
Para o Manual de SP, Restauração é um “conjunto de medidas que objetivam a 
estabilização ou a reversão de danos físicos ou químicos adquiridos pelo documento ao 
longo do tempo e do uso, intervindo de modo a não comprometer sua integridade e seu 
caráter histórico.” 
 
Já para o DBTA, Restauração é definida como o “conjunto de procedimentos específicos 
para recuperação e reforço de documentos deteriorados e danificados.” 
Para a professora e arquivista Marilena Leite Paes, o método ideal de restauração é aquele que 
"aumenta a resistência do papel ao envelhecimento natural e às agressões externas do meio ambiente sem 
que advenha prejuízo quanto à legibilidade e flexibilidade, e sem queaumente o volume e o peso". 
Note que na opinião de Leite Paes, novamente aparece a relação custo-benefício de medidas de 
intervenção no documento, ou seja, caso a ação cause perda de legibilidade ou de flexibilidade, 
aparentemente não deve ser levada adiante e, a iniciativa, não é considerada uma boa técnica de 
restauração. 
 
Aparece ainda a preocupação com a alteração das características originais do documento, como seu 
volume e peso, o que ainda não tínhamos visto e que as vezes é cobrado pelas bancas. 
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(GUALIMP/Pref. Mun. Conceição de Macabú-RJ/Arquivista/2020) O professor Carlos, de arquivologia da 
Universidade Beta, escreveu o seguinte trecho na lousa: 
 
“Trata-se de um conjunto de medidas que objetivam a estabilização ou a reversão de danos físicos ou 
químicos adquiridos pelo documento ao longo do tempo e do uso, intervindo de modo a não comprometer 
sua integridade e seu caráter histórico.” 
Após escrever o trecho, o professor perguntou aos alunos se algum deles saberia dizer o que o trecho diz 
respeito. O aluno João Ricardo levantou o braço e respondeu certamente se tratar de: 
a) Restauração 
b) Conservação 
c) Preservação 
d) Destruição 
Comentário: 
A alternativa A é a correta e é o gabarito da questão. Temos mais uma vez a definição literal de Restauração, 
utilizada pela Professora Norma Cassares em "Como fazer conservação preventiva em arquivos e 
bibliotecas". 
As principais técnicas de restauração para efeitos de prova são as seguintes: 
Banho de Gelatina 
 Neste procedimento o documento é mergulhado em gelatina ou cola, com o intuito de aumentar sua 
resistência, ao mesmo tempo não prejudicando sua visibilidade (a gelatina é transparente) e flexibilidade. 
 Atenção, pois, documentos que passam por essa intervenção passam a atrair mais os insetos em 
função do material utilizado ao longo do processo. 
 
(QUADRIX/CRESS-18-SE/Assistente Administrativo/2021) Entre os métodos de restauração, o banho de 
gelatina pode ser aplicado nos documentos para aumentar sua durabilidade. 
a) Certo 
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b) Errado 
Comentário: 
A afirmativa está CORRETA. 
O banho de gelatina segundo a Professora Marilena Leite Paes "“consiste em mergulhar o documento em 
banho de gelatina ou cola, o que aumenta a sua resistência, não prejudica a visibilidade e a flexibilidade e 
proporciona a passagem dos raios ultravioletas e infravermelhos. Os documentos, porém, tratados por este 
processo, que é manual, tornam-se suscetíveis ao ataque dos insetos e dos fungos, além de exigir habilidade 
do executor. ” 
 
(QUADRIX/CFO/Técnico de Arquivo/2020) O banho de gelatina é um dos processos de migração. 
a) Certo 
b) Errado 
Comentário: 
A afirmativa está ERRADA. 
Como vimos o banho de gelatina é um processo de restauração e não de migração. 
 
Tecido 
 Outra técnica que amplia a possibilidade de ataques de insetos pois é realizada com o uso de folhas 
muito finas de tecido e pasta de amido. Todo esse material é aplicado no objeto restaurado. 
 O objetivo do esforço é aumentar a resistência e a durabilidade do papel. 
Silking 
 Esse método também utiliza tecidos na restauração porém, desta vez, apenas crepeline ou musseline 
de seda, ambos de grande durabilidade e, mais uma vez, utiliza-se adesivo a base de amido. 
 É um processo de difícil execução e de alto custo, assim como afeta tanto a legibilidade como a 
flexibilidade do documento (em baixa escala). 
 Além disso, o exame pelos raios ultravioletas e infravermelhos também são pouco prejudicados. 
Laminação 
 Método no qual o documento é envolvido em suas duas faces com uma folha de papel de seda e 
outra de acetato de celulose, passando em seguida por prensa hidráulica. Em função desse procedimento é 
também conhecida por laminação mecanizada. 
 O acetato adere ao documento e amplia sua durabilidade, além de torná-lo imune à ação de fungos 
e pragas. 
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 Neste procedimento o tamanho (volume) do documento diminui, enquanto seu peso, dobra, o que 
altera sua configuração original. 
 A aplicação é rápida e a matéria prima é de fácil obtenção. É considerado hoje um dos métodos ideais 
de restauração. 
Laminação Manual 
 Utiliza os mesmos materiais do procedimento mecanizado, porém substitui o calor e a pressão da 
prensa pelo uso da acetona, que transforma o acetato em camada semi-plástica ao entrar em contato com 
ele. 
 É também conhecida por laminação com solvente. 
Encapsulação 
 É considerada uma das técnicas mais modernas de restauração e consiste na aplicação de duas 
lâminas de poliéster (na frente e atrás) que envolvem o documento e, em seguida, são fixadas em suas 
margens externas por fita adesiva, deixando o documento "solto" dentro do bolsão criado. 
 Importante notar que a afixação da fita adesiva deve preservar espaço de 3mm entre documento e 
margem, evitando danos ao documento e facilitando o procedimento no momento de sua reversão. 
 
(FEPESE/MP-TCE-SC/Técnico em Atividades Administrativas/2014) Assinale a alternativa que indica 
corretamente o método de restauração de documentos que utiliza tecido de grande durabilidade, porém 
devido ao uso de adesivo à base de amido, afeta suas qualidades permanentes. Tanto a legibilidade quanto 
a flexibilidade, a reprodução e o exame pelos raios ultravioletas e infravermelhos são pouco prejudicados. 
É, no entanto, um processo de difícil execução e cuja matéria- prima é de alto custo. 
a) Silking 
b) Laminação 
c) Banho de gelatina 
d) Encapsulação 
e) Amidístico 
Comentário: 
A alternativa A é a correta e é o gabarito da questão. 
O Silking é o método que aplica tecidos específicos (crepeline e musseline de seda) aos documentos, com o 
objetivo de aumentar sua durabilidade. 
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Afeta tanto a legibilidade quanto a flexibilidade do documento, assim como a reprodução dos raios 
ultravioletas e infravermelhos e é considerado um método de alto custo em função das matérias primas 
utilizadas. 
A laminação na alternativa B é o método no qual o documento é envolvido em suas duas faces com uma 
folha de papel de seda e outra de acetato de celulose, passando em seguida por prensa hidráulica. Em função 
desse procedimento é também conhecida por laminação mecanizada. 
Na alternativa C o examinador traz o banho de gelatina. Relembrando: neste procedimento o documento é 
mergulhado em gelatina ou cola, com o intuito de aumentar sua resistência, ao mesmo tempo não 
prejudicando sua visibilidade (a gelatina é transparente) e flexibilidade. 
Letra D fala em encapsulação. Vimos que a encapsulação é considerada uma das técnicas mais modernas de 
restauração e consiste na aplicação de duas lâminas de poliéster (na frente e atrás) que envolvem o 
documento e, em seguida, são fixadas em suas margens externas por fita adesiva, deixando o documento 
"solto" dentro do bolsão criado. 
Por fim, na alternativa E a banca traz o conceito de "amidístico" atualmente não mais utilizado entre as 
técnicas de restauração. 
 
(CEBRASPE/CGM João Pessoa-PB/Técnico Municipal de Controle Interno/2018) Com relação às tipologias 
documentais e aos suportes físicos em arquivologia, julgue o item subsequente. 
O banho de gelatina é uma das técnicas de restauração que promove o aumento da resistência do papel. 
a) Certo 
b) Errado 
Comentário: 
A afirmativa está CORRETA. 
Veja o que vimos na aula sobre o banho de gelatina como técnica de restauração de documentos: 
No banho de gelatina o documentoé mergulhado em gelatina ou cola, com o intuito de aumentar sua 
resistência, ao mesmo tempo não prejudicando sua visibilidade (a gelatina é transparente) e flexibilidade. 
Atenção, pois, documentos que passam por essa intervenção passam a atrair mais os insetos em função do 
material utilizado. 
 
 
 
 
 
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Construções de Arquivos 
Edifício 
Um arquivo precisa atingir objetivos que às vezes são conflitantes e exigem intenso planejamento e 
reflexão para que se obtenha o melhor resultado no que diz respeito à escolha da localização, o projeto e 
acolhimento das atividades que virá a exercer. 
Prédios arquivísticos devem prever a existência de três áreas: uma área reservada ao trabalho 
técnico e aos depósitos, totalmente vedada ao público; outra área administrativa, parcialmente vedada ao 
público e, por fim, uma área pública. 
Mais adiante abordaremos mais detalhes em cada uma delas. 
Localização 
 A escolha da localização é crítica. Deve levar em conta e ao mesmo tempo as condições ambientais 
e climáticas, as condições de acesso e de comunicação. 
 Dessa forma, o terreno deve sempre ser seco, livre de riscos de inundações e de infestações de 
térmitas e/ou insetos. Em geral, e de acordo com o Conarq, deve evitar as seguintes condições: 
• proximidade com o mar, zonas pantanosas, rios ou locais sujeitos a inundações; 
• terrenos e subsolos úmidos; 
• regiões de fortes ventos e tempestades; 
• regiões de ventos salinos e com resíduos arenosos; 
• proximidade com indústrias que liberam poluentes; 
• proximidade com usinas químicas, elétricas e nucleares; 
• proximidade com linhas de alta tensão; 
• proximidade com entrepostos de materiais inflamáveis e explosivos; 
• terminais de tráfego aéreo e terrestre; e 
• áreas de intenso tráfego sujeitas à trepidação, ruído e poluição. 
Funções 
Voltando ao tema das áreas que o prédio arquivo deverá endereçar temos uma área reservada aos 
depósitos, totalmente vedada ao público; outra área técnica-administrativa, parcialmente vedada ao público 
e, por fim, uma área pública. Cada uma delas deve ter condições e requisitos específicos. Vejamos: 
DEPÓSITOS 
Depósitos devem responder por 60% da área disponível e devem permanecer isolados das demais 
áreas do edifício. Nunca devem ultrapassar o limite de 200m2/depósito. Quando a construção possuir 
andares, eles devem ficar nos mais baixos, protegidos de goteiras e problemas com telhados e forros, mas 
nunca em subsolos em função dos níveis de umidade e riscos de infiltração e infestações. 
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Deve receber atenção especial em relação as condições ambientais, levando-se em conta 
especialmente a natureza e o suporte físico dos documentos. 
No caso do armazenamento de outros suportes como fotografias, filmes, discos, registros eletrônicos, 
fitas de áudio e videomagnéticas são necessárias condições especiais de armazenamento, o que pode 
interferir nos requisitos arquitetônicos relativos à termo estabilidade, luminosidade e estática. 
 
 
(CEBRASPE/PGDF/Técnico Jurídico Administrativo/2021) No armazenamento de documentos de arquivo, 
deve ser promovida no ambiente ventilação natural ou artificial. 
a) Certo 
b) Errado 
Comentário: 
A afirmativa está CORRETA. 
É uma recomendação trazida pelo Conarq em sua publicação "Recomendações para a Produção e o 
Armazenamento de Documentos de Arquivo". Confira a seguir: "promover a ventilação dos ambientes de 
forma natural ou artificial com soluções de baixo custo, inclusive com a disposição adequada do mobiliário, 
de forma a facilitar o fluxo do ar; 
 
ÁREAS DE TRABALHO 
As áreas de trabalhos técnicos (processamento técnico) e administrativos devem receber 15% da 
área total disponível, de preferência nos andares superiores e com maior iluminação que a área de depósito. 
Devem incluir, sempre que possível: 
• gabinetes do diretor e assistentes; 
• administração e recursos humanos; 
• salas de reunião e auditórios; 
• recepção, seleção, triagem, higienização e desinfestação de documentos; 
• tratamento técnico; 
• conservação, encadernação, fotografia e microfilmagem; 
• almoxarifado; 
• serviços de manutenção, limpeza e segurança; e 
• lavatórios. 
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ÁREAS PÚBLICAS 
Área pública: 25% da área da construção, também de preferência nos andares mais altos, iluminados 
e silenciosos do edifício, importante para as atividades de pesquisa e consulta. 
Deve dispor das seguintes instalações: 
• hall de entrada, balcão de informação, protocolo, salas de consulta (com aproximadamente 
5m2 por consulente), instrumentos de pesquisa e biblioteca de apoio; 
• sala de serviços de reprografia para atendimento ao público; 
• auditório e atividades educativas; 
• salões de exposições; 
• lanchonete ou cafeteria; e 
• lavatórios. 
RECEPÇÃO 
A área de recepção de documentos deve se localizar no andar térreo e o acesso ao público deve se 
dar por local independente. Deve ainda possuir entrada especial para veículos de carga. 
6.4 - Materiais e equipamentos 
 A escolha de materiais e equipamentos que respeitem rigorosas especificações arquivísticas e de 
segurança é fundamental para a preservação e conservação dos arquivos e documentos. 
 Paredes e fachadas (aberturas/janelas na fachada devem ser em volume máximo de 20% de toda a 
área) devem ser repelentes à água e pensadas como isolantes térmicos. Vidros não são recomendados por 
não protegerem de variações climáticas e madeira apenas com tratamento preventivo contra insetos. 
 Coberturas devem ser inclinadas, de material térmico isolante e impermeabilizadas. 
 
 Em resumo, os materiais em geral devem ser escolhidos pela sua durabilidade, e capacidade de 
isolamento do calor e umidade. 
 Preferência geral recai sobre pedra, tijolo e aço. 
Condições ambientais 
 Conseguir atingir e manter as condições ideais de temperatura e umidade são fundamentais para 
qualquer plano de conservação e preservação de arquivos. 
Estas são as principais recomendações do Conarq sobre o tema: 
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• A faixa segura de umidade relativa é entre 45% e 55%, com variação diária de +/- 5%. 
• A temperatura deve também estar relacionada com a umidade relativa. 
• A temperatura ideal para documentos é 20º C, com variação diária de +/- 1º C. 
• A estabilidade da temperatura e da UR é especialmente importante, e as mudanças bruscas ou 
constantes são muito danosas. 
 Como já vimos, para conseguir equacionar essas demandas, especialmente em países de clima 
tropical, é necessária a instalação de sistema de climatização. Quando não for possível, a instalação de 
umidificadores, desumidificadores, exaustores e ventiladores pode gerar bons resultados. 
Segurança 
 Desde o projeto arquitetônico deve haver contínua preocupação em relação à incêndios e 
inundações. Grandes espaços abertos e escadas ornamentais podem propagar rapidamente as chamas e 
devem ser evitados, assim como tubulações de água não podem percorrer os depósitos de documentos. 
Materiais em geral devem ser todos incombustíveis. 
 Já em relação a medidas contra roubo e vandalismo, as entradas do prédio (que deve ter sistema de 
alarme) devem ser iluminadas e visíveis. Internamente, área de depósito e de acesso público devem ser 
absolutamente independentes. 
 
 
(NC-UFPR/COREN-PR/Arquivologista/2018) 
Na construção de edifício para arquivo, com vários serviços, a área destinada aos depósitos deve ser em 
torno de 60% da área construída, e esses depósitos devem estarseparados entre si do restante do prédio 
por paredes, pisos e portas especiais. Nesse cenário, a área máxima para cada depósito é de: 
a) 150 m². 
b) 200 m². 
c) 250 m². 
d) 300 m². 
e) 350 m². 
Comentário: 
Questão mais objetiva que essa, impossível... Isso é bom pois, sabendo a resposta, você não gasta mais do 
que 30 segundos nela. 
Veja o que o Conarq fala a respeito das áreas de depósitos de documentos: 
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"Depósitos devem responder por 60% da área disponível e isolado das demais áreas do edifício. Nunca 
devem ultrapassar o limite de 200m2/depósito". 
A alternativa B é a correta e é o gabarito da questão. 
 
(CEBRASPE/PF/Arquivista/2004) Considerando que se deve construir ou adaptar um espaço físico capaz 
de atender à guarda de acervos arquivísticos de caráter permanente, julgue o item seguinte, tendo em 
vista a preservação e o acesso aos acervos. 
Na construção de prédio para arquivo é recomendada a construção subterrânea, tendo em vista o peso do 
acervo. 
a) Certo 
b) Errado 
Comentário: 
A afirmativa está ERRADA. 
Vimos em aula que áreas de depósito nunca devem ser subterrâneas. 
Depósitos devem responder por 60% da área disponível e devem permanecer isolados das demais áreas do 
edifício. Quando a construção possuir andares, eles devem ficar nos mais baixos, protegidos de goteiras e 
problemas com telhados e forros, mas nunca em subsolos em função dos níveis de umidade e riscos de 
infiltração e infestações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Terminologia Arquivística Aplicada 
 
Bem, estamos chegando ao final de mais uma aula. 
A partir daqui vamos discutir temas diretamente ligados à Terminologia Arquivística. 
Como também já é de costume, vamos trazer definições do DBTA, pois é sempre comum termos ao 
menos uma pergunta de Terminologia Arquivística nas provas de Arquivologia. 
Essa aula especialmente tem muita nomenclatura nova e definições importantes, trazendo ainda 
mais valor ao estudo da terminologia correta. 
Vamos aos termos! 
ACONDICIONAMENTO 
Embalagem ou guarda de documentos visando à sua preservação e acesso. 
A atividade de acondicionamento é a técnica de conservação que tem como grande objetivo a 
proteção de documentos. Os métodos mais utilizados são as caixas de papelão, envelopes, pastas 
de papel e porta-fólios. 
 
ARMAZENAMENTO 
Guarda de documentos em depósito. 
O armazenamento é a técnica de conservação "irmã" do acondicionamento. Geralmente 
acontecem na sequência. Nada mais é do que a acomodação do documento no local onde será 
custodiado (armário, prateleira, etc.). 
 
Cuidado pois o documento não precisa estar acondicionado para ser armazenado. Os processos 
são independentes! 
 
 
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CÂMARA DE SEGURANÇA 
 
Local próprio para armazenamento dotado de condições especiais visando restringir o acesso e 
garantir a máxima segurança contra furtos e sinistros. Também chamado caixa-forte, câmara forte 
ou cofre-forte. 
Local especial de armazenamento, relacionado portanto às técnicas de conservação. 
 
CLIMATIZAÇÃO 
 
Processo de adequar, por meio de equipamentos, a temperatura e a umidade relativa do ar a 
parâmetros favoráveis à preservação dos documentos. 
A temperatura e a umidade relativa do ar são fundamentais para os processos de preservação e 
conservação dos documentos. 
A climatização é instrumento chave para manter ambos os índices em níveis estáveis e propícios 
à atividade arquivística, minimizando os riscos de infestação de insetos ou proliferação de fungos. 
 
CONSERVAÇÃO 
 
Promoção da preservação e da restauração dos documentos. 
 
 
Lembre-se que para o DBTA, ao contrário das definições adotadas pelo Arquivo Público de São 
Paulo (Norma Cassares), a Conservação "engloba" as atividades de preservação e restauração de 
documentos. Preste sempre atenção ao contexto da pergunta e busque a fonte do examinador 
antes de responder. Na dúvida, ambas as definições estão corretas! 
 
CONSULTA 
 
Busca direta ou indireta de informações. 
Nas construções de prédios-arquivo, um total de 25% da área disponível deve ser alocado para 
áreas públicas que devem, de preferência, ser localizados nos andares mais altos, iluminados e 
silenciosos do edifício, o que é importante para as atividades de pesquisa e consulta. 
CONTROLE AMBIENTAL 
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Conjunto de procedimentos para criação e manutenção de ambiente de armazenamento propício à 
preservação, compreendendo controle de temperatura, da umidade relativa, da qualidade do ar, da 
luminosidade, bem como prevenção de infestação biológica, procedimentos de manutenção, 
segurança e proteção contra fogo e danos por água. 
Iniciativa crítica nos processos de preservação e conservação de arquivos e documentos pois já 
vimos que o controle das condições de temperatura e umidade são de suma importância para 
minimizar os riscos de infestações ou proliferação de agentes biológicos. 
Luminosidade e cuidados contra fogo e inundações também estão nessa agenda, que deve ser 
rigorosamente seguida pelo administrador do arquivo na busca de um ambiente seguro e propício 
à atividade arquivística. 
 
DEPÓSITO 
 
Local de guarda de documentos. 
Importante lembrar que os Depósitos devem responder por 60% da área disponível e devem 
permanecer isolados das demais áreas do edifício. Nunca deve ultrapassar o limite de 
200m2/depósito. Quando a construção possuir andares, eles devem ficar nos mais baixos, 
protegidos de goteiras e problemas com telhados e forros, mas nunca em subsolos em função dos 
níveis de umidade e riscos de infiltração e infestações. 
 
DESACIDIFICAÇÃO 
 
Processo pelo qual o valor do pH do papel é elevado a um mínimo de 7, com vistas à sua 
preservação. 
 
Não estudamos essa técnica em função da pouca incidência em prova mas, como consta no DBTA, 
bom você conhecer! Elevando o pH até 7 o papel perde o caráter ácido e passa a categoria de 
neutro, tornando-se quimicamente inerte. 
 
 
 
 
 
 
DESINFECÇÃO 
 
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Processo de destruição ou inibição da atividade de microrganismos. 
Atividade típica do processo de preservação de documentos. Fique atento pois o termo aplica-se 
especificamente aos "microrganismos". Veja a diferença em relação ao termo a seguir. 
 
 
 
DESINFESTAÇÃO 
 
Processo de destruição ou inibição da atividade de insetos. 
Note que agora, como estamos falando de insetos, o termo correto a ser utilizado é desinfestação 
e não desinfecção. 
 
DESUMIDIFICAÇÃO 
 
Redução da umidade relativa do ar em áreas determinadas, por meio de processos mecânicos 
ou químicos. 
Técnica típica de controle para a manutenção das condições ambientais propícias à atividade 
arquivística. Lembre-se sempre que a água e a umidade são inimigos dos documentos e arquivos. 
 
EMENDA 
 
Junção, por colagem ou fusão, de pedaços de um mesmo suporte. 
Uma das alternativas entre as técnicas de restauração documental. 
 
ENCADERNAÇÃO 
 
Fixação de folhas, entre capas, por costura ou cola, com vistas a mantê-las numa ordem 
determinada ordem e a assegurar a sua proteção. 
Agora temos uma técnica de acondicionamento. Também conhecida por Cartonagem. 
 
ENCAPSULAÇÃO 
 
Processo de preservação no qual o documento é protegido entre folhas de poliéster transparente, 
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cujas bordas são seladas. 
Vimos que é considerada uma das técnicas mais modernas de restauração e consiste na aplicação 
de duas lâminas de poliéster (na frente e atrás) que envolvem o documento e, em seguida, são 
fixadas em suas margens externas por fita adesiva, deixando o documento "solto" dentro do 
bolsão criado. 
 
ENCOLAGEM 
 
Aplicação interna ou superficial de substância adesiva em papel ou cartão. 
A encolagem é mais uma técnica de preservação, conservação e restauração de documentos. Não 
a vimos durante a aula porém ela está presente no DBTA e é cobrada em provas. Importante 
conhecer. 
 
FUMIGAÇÃO 
 
Exposição de documentos a vapores químicos, geralmente em câmaras especiais, a vácuo ou 
não, para destruição de insetos, fungos e outros microrganismos. 
Técnica de conservação utilizada ao longo do processo de desinfestação, porém hoje não é mais 
altamente recomendada em função do prejuízo causado pelos elementos químicos envolvidos no 
processo. 
 
GESTÃO DO DEPÓSITO 
 
Administração do depósito no tocante à utilização do espaço, localização e movimentação do 
acervo, armazenamento, climatização, higiene e segurança. 
Ações do administrador responsável com o objetivo de propiciar as melhores condições para o 
armazenamento, preservação e conservação dos documentos. 
 
HIGIENIZAÇÃO 
 
Retirada, por meio de técnicas apropriadas, de poeira e outros resíduos, com vistas à preservação 
dos documentos. 
Vimos ao longo da aula que é uma técnica clássica de conservação de documentos. 
 
LAMINAÇÃO 
 
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Processo de restauração que consiste no reforço de documentos deteriorados ou frágeis, colocando-
os entre folhas de papel de baixa gramatura, fixadas por adesivo natural, semissintético ou sintético, 
por meio de diferentes técnicas, manuais ou mecânicas. 
A laminação é a técnica de restauro na qual o documento é envolvido em suas duas faces com 
uma folha de papel de seda e outra de acetato de celulose, passando em seguida por prensa 
hidráulica. Em função desse procedimento é também conhecida por laminação mecanizada. 
 
PAPEL NEUTRO 
 
Papel de pH neutro ou ligeiramente alcalino, de degradação mais difícil. 
 
Note que a qualidade do papel é fundamental para a preservação do documento. Papéis de pH 
alcalino (pH>7) têm maior durabilidade, assim como os de pH neutro (pH = 7, são quimicamente 
inertes), ao contrário do papel ácido (pH<7) que tende a se degradar mais rapidamente que os 
alcalinos. 
 
 
PATRIMÔNIO ARQUIVÍSTICO 
Conjunto dos arquivos de valor permanente, públicos ou privados, existentes no âmbito de uma 
nação, de um estado ou de um município. 
 
Documentos que se enquadram nesse contexto são os maiores alvos das ações de Preservação, 
Conservação e Restauração justamente por apresentarem valor secundário (permanente) e se 
encontrarem em estado de custódia definitiva. 
 
 
PLANO DE ARMAZENAMENTO 
 
Esquema das áreas de depósito de um arquivo, por meio do qual se indica a disposição das estantes 
e outros equipamentos de armazenamento, bem como a utilização atual ou futura do espaço 
disponível. Também chamado plano de ocupação de depósitos. 
 
O plano de armazenamento complementa as ações de conservação que estudamos, como 
acondicionamento e o próprio armazenamento. O plano organiza as ações nessa área buscando 
eficiência e adaptação aos requisitos técnicos e arquivísticos. 
 
 
 
PLANO DE EMERGÊNCIA 
 
Parte de plano de proteção civil aplicada aos arquivos, que estabelece medidas preventivas e de 
emergência em caso de sinistros. Também chamada plano de controle de desastre ou plano de 
desastre. 
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O plano de emergência faz parte das ações de prevenção que o administrador deve implementar 
com o objetivo de minimizar os riscos relativos à incêndios, inundações e outras catástrofes 
relacionadas. 
 
 
PRESERVAÇÃO 
 
Prevenção da deterioração e danos em documentos, por meio de adequado controle ambiental 
e/ou tratamento físico e/ou químico. 
 
 
 
Veja que a definição do DBTA restringe a Preservação ao controle ambiental e tratamentos físicos 
e químicos impostos aos documentos, ao contrário da definição de Norma Cassares (Arquivo 
Público de São Paulo) que assume que Preservação engloba todas as atividades de Conservação 
e de Restauração de documentos. 
 
 
PROCESSAMENTO TÉCNICO 
 
Expressão utilizada para indicar as atividades de identificação, classificação, arranjo, descrição e 
conservação de arquivos. Também chamado processamento arquivístico, tratamento arquivístico ou 
tratamento técnico. 
 
Essas são as atividades que são realizadas na área tida como responsável pelo trabalho técnico e 
administrativo. 
 
 
PROTEÇÃO LEGAL DOS ARQUIVOS 
 
Medidas legais e regulamentares visando resguardar arquivos de perdas, danos, extravios, 
exportações, eliminações indiscriminadas e cessões ilícitas. 
 
Aqui não estamos falando exatamente de Preservação, Conservação ou Restauração de 
documentos, mas são iniciativas que também visam proteger os acervos sob outra dimensão. 
 
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QUALIDADE ARQUIVÍSTICA 
 
Propriedades físico-químicas dos suportes que permitem a conservação indefinida dos documentos, 
observadas as condições adequadas de acondicionamento, armazenamento e climatização. 
 
Termo bastante utilizado ao longo da aula e cobrado em prova, que se refere a materiais que 
possuem as propriedades necessárias para o emprego seguro nas atividades de Preservação, 
Conservação e Restauração de documentos. 
 
 
REINTEGRAÇÃO 
 
Processo de restauração, manual ou mecânico, em que se usa uma suspensão de fibras para 
reparar documentos danificados por perda de suporte. Também chamado obturação. 
 
Também conhecido por obturação, é mais um processo de restauração, ao lado do banho de 
gelatina, tecido, silking, as laminações e a encapsulação. 
 
 
REQUISIÇÃO DE CONSULTA 
 
Formulário destinado à solicitação de documentos para consulta. 
 
Instrumento utilizado pelos usuários ao acessarem as áreas públicas do arquivo com o interesse 
de solicitar a consulta de determinados documentos do acervo. 
 
 
RESTAURAÇÃO 
 
Conjunto de procedimentos específicos para recuperação e reforço de documentos deteriorados 
e danificados. 
 
 
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A definição do DBTA concentra-se na recuperação e no reforço dos documentos. 
Apenas a título de comparação, veja a definição de Norma Cassares: é um conjunto de medidas 
que objetivam a estabilização ou a reversão de danos físicos ou químicos adquiridos pelo 
documento ao longo do tempo e do uso, intervindo de modo a não comprometer sua integridade 
e seu caráter histórico. 
 
 
SALA DE CONSULTA 
 
Área de um arquivo destinada à consulta. Também chamada sala de leitura ou sala de pesquisa. 
 
É parte daquela área que deve corresponder a 25% da área total do arquivo e que deve localizar-
se em andares mais altos (silêncio) e mais naturalmente iluminados que as áreas de depósito. 
 
 
SECAGEM À VÁCUO 
 
Tratamento de documentos molhados mediante gradual retirada de ar e elevação de temperatura. 
 
Mais um procedimento de conservação de documentos. 
 
 
SECAGEM POR CONGELAMENTO 
 
Tratamento de documentos molhados por congelamento e subsequente secagem mediante 
vácuo e gradual elevação de temperatura. Também chamado liofilização ou secagem a frio. 
 
Também é um procedimento de conservação de documentos. Conhecida por liofilização ou 
secagem a frio. 
 
 
 
 
 
 
 
SUPORTE 
 
Material no qual são

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