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TRABALHO DESENVOLVIMENTO II

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ANHANGUERA EDUCACIONAL
FAB
						
THARICK MATHEUS RIBEIRO BEZERRA
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO II
ESTUDO SOBRE A ADOLESCÊNCIA, MOMENTOS DE MUDANÇA - DROGAS E CONFLITO COM A LEI
BRASÍLIA
2024
1 ESTÍMULO, CONTROLE, CONFRONTO, PERTENCIMENTO E MUDANÇA
A adolescência, em sua natureza pluri-contextual e complexa, é um período de transição marcado por mudanças físicas e cognitivas. Nesse estágio, o jovem, variando entre não ser mais criança e não ser adulto, se vê perdido e precisando encontrar a si e seu meio em meio, enquanto também lida com a impulsividade e ansiedades sociais. Esse caminho para a auto-identificação gera conflitos com a família e desafios nos círculos sociais, tornando-o um tempo de confronto e turbulência. A complexidade dessa fase pode, sob influência da pressão social e problemas familiares, facilitar o envolvimento com drogas e conflitos com a lei.
“É um momento de diferenciação em que "naturalmente" afasta-se da família e adere ao seu grupo de iguais.” (MARQUES; CRUZ 2000)
Correlacionando ambos os contextos com o escopo das características deste período, podemos observar razões e emoções que convergem. Estudos mostram que adolescentes são especialmente sensíveis a emoções ligadas à exclusão social e maior reatividade emocional de incentivos ambientais. (BLAKEMORE apud Lamarca, 2021, p. 25). 
Durante a adolescência, o cérebro opera de maneira diferente, mais influenciado pela amígdala e hipotálamo do que pelo lobo frontal, responsável pela tomada de decisões. Esse período também é marcado por mudanças biopsicossociais significativas. Juntos, esses fatores aumentam a tendência para comportamentos de risco, como o uso de substâncias e conflitos com a lei, em uma busca por identidade e pertencimento a um grupo. Os adolescentes, movidos pela necessidade de se distanciar das regras familiares e explorar novos grupos sociais, podem se envolver em atividades que estimulam o sistema dopaminérgico, procurando recompensas imediatas e evitando a exclusão social, em um cérebro ainda em desenvolvimento e sem o pleno controle e capacidade de planejamento de um adulto.
Mantendo o indivíduo/adolescente dentro do escopo que o “acolhe” mais apropriadamente, envolvendo-se da turbulência que advém desta separação da coesão familiar, rebeldia, confrontamento e desconstrução -enquanto tenta construir-se-. 
Por fim, o adolescente, confronta tanto a si, quanto ao meio, às normas e por fim a própria percepção do que é sua realidade. Esquivando-se de sentir a frustração fruto da exclusão do meio que o compreende e resta, os outros adolescentes. Logo para aceitação manter esta identidade em formação, e seus semelhantes, tudo em meio a confrontante e turbulenta coesão/hierarquia familiar e até mesmo impulsividade, curiosidade/desbravamento e estímulo e falta da maturação cerebral da parte que é fornece a capacidade de planejamento do futuro, o adolescente de forma genérica envolve-se com drogas e confrontamento com a lei. 
2 REFERÊNCIAS
· MARQUES, Ana; CRUZ, Marcelo. O adolescente e o uso de Drogas. Scielo, 2000. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1516-44462000000600009>. Acesso em: 04 de abril de 2024.
· LAMARCA, Lívia. Desenvolvimento cerebral durante a adolescência e o impacto para os transtornos psiquiátricos e abuso de drogas: uma revisão de escopo. Repositório USP, 2021. Disponível em: <https://repositorio.usp.br/directbitstream/034222a9-3073-4293-a128-e81e9fd79d80/3066794.pdf>. Acesso em: 04 de abril de 2024.	
· CARDOSO, Marta. Dependência e adolescência: a recusa da diferença. Scielo, 2014. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1516-14982014000300006>. Acesso em: 04 de abril de 2024.	
· NARDI, Fernanda; DELL’AGLIO, Débora. Adolescentes em conflito com a lei: percepções sobre a família. Scielo, 2012. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-37722012000200006>. Acesso em: 04 de abril de 2024.	
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