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Direito Civil: Prescrição e Prova

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DIREITO CIVIL
Prescrição, Decadência e Prova
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais 
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de 
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às 
penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
231212592604
ANTÔNIO ALEX
Doutorando em Direito pelo UniCEUB; mestre pela UnB; bacharel em Direito e 
Engenharia Elétrica pela UnB. Possui licenciatura em Física; pós-graduação em 
Direito Notarial e Registral, Direito Processual Civil e Gestão Pública. Atua como 
advogado voluntário no Núcleo Cível de Tribunais Superiores da Defensoria Pública 
do DF. Servidor público federal aprovado em vários concursos públicos.
 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Marcelly - 70093803680, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Direito Civil
Prescrição, Decadência e Prova
Antônio Alex
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Prescrição, Decadência e Prova. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1. Prescrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2. Disposições Legais sobre a Prescrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.1. Art. 190 do CC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.2. Art. 191 do CC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.3. Art. 192 do CC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.4. Art. 193 do CC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.5. Art. 195 do CC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.6. Art. 196 do CC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3. Causas que Impedem ou Suspendem a Prescrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.1. Art. 197 do CC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.2. Art. 198 do CC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.3. Art. 199 do CC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.4. Art. 200 do CC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.5. Art. 201 do CC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
4. Causas que Interrompem a Prescrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4.1. Pessoas Legitimadas a Promover a Interrupção da Prescrição . . . . . . . . . . . 23
5. Os Prazos de Prescrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
5.1. Regra de Transição dos Prazos de Prescrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
5.2. Prescrição contra a Fazenda Pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
6. Decadência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
6.1. Disposições Legais sobre a Decadência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
6.2. Alguns Prazos Decadenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
7. Diferença entre Prescrição e Decadência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
8. Prova do Fato Jurídico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
 
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Prescrição, Decadência e Prova
Antônio Alex
resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
Gabarito Comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131
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Direito Civil
Prescrição, Decadência e Prova
Antônio Alex
APreSeNtAÇÃoAPreSeNtAÇÃo
Olá, querido(a) aluno(a), tudo bem?
Sou o professor Antônio Alex Pinheiro.
Inicialmente, gostaria de lhe dizer que é com grande satisfação que aceitei o desafio 
de elaborar aulas para sua preparação para seu exame. A minha aprovação nesse exame 
corresponde a uma das maiores alegrias da minha vida, sendo que tenho certeza que 
brevemente você vivenciará essa experiência incrível, que vai transformar sua vida.
Vou me apresentar rapidamente, principalmente para que você entenda a lógica de 
organização do curso. Sou graduado em Engenharia Elétrica e Direito pela UnB, com Mestrado 
também pela UnB, com doutorado em Direito pelo CEUB, cursando atualmente o pós-
doutorado em Direito pelo CEUB. Possuo pós-graduação em Direito Processual Civil e em 
Direito Notarial. Também finalizei o curso de graduação de licenciatura em Física.
Minha experiência com concursos públicos começou no ano de 2003 e continua até então, 
nessa trajetória fui aprovado nos concursos públicos da Caixa Econômica Federal, Polícia 
Rodoviária Federal, Polícia Federal, Curso de Oficial da PMDF, professor da Secretaria de 
Educação do Distrito Federal, professor do Instituto Federal de Brasília e Anatel. Atualmente 
ocupo o cargo de Especialista em Regulação na Anatel. Recentemente logrei êxito na aprovação 
para o cargo de Notário e Registrador dos Tribunais de Justiça do Ceará, do Amazonas, do 
Paraná e de Santa Catarina, quando aprofundei meus estudos relacionados ao Direito Civil. 
No concurso para o cargo de Notário ou Registrador, o conteúdo de Direito Civil tem um 
peso extremamente importante nas três fases: prova objetiva, prova discursiva e prova oral.
Desde 2015, exerço também a advocacia voluntária pela Defensoria Pública do DF na 
área de Direito Civil. Atualmente estou lotado no núcleo de Defensoria Pública do DF junto 
aos Tribunais Superiores, atividade que me trouxe grande aprendizado na área de DireitoCivil. Como fruto de minhas pesquisas, recentemente também publiquei livros na área de 
Direito Civil. Inclusive, nos anos de 2021 e 2022, recebi uma premiação da Confederação 
Nacional dos Notários e Registradores como um autor de obras jurídicas referência para a 
preparação desses profissionais.
O nosso curso de Direito Civil foi elaborado sabendo que, diante da vida corrida, o aluno 
não dispõe de muito tempo disponível para seu estudo, com cada aula estrategicamente 
pensada e elaborada com os principais conceitos relacionados com o respectivo assunto 
para facilitar o entendimento e a fixação do conteúdo. Além do mais, tendo em vista a forte 
cobrança de lei seca em questões de Direito Civil, para economizar seu tempo, sempre farei 
menção aos artigos correspondentes ao conteúdo estudado, então não pule a leitura da lei 
seca. Assim, além de você entender o conceito estudado, saberá como o assunto é disposto 
na respectiva redação da lei, para não errar.
 
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Direito Civil
Prescrição, Decadência e Prova
Antônio Alex
Procurei esgotar questões que já caíram em provas anteriores do exame da ordem 
da OAB, sempre que possível, complementando com questões de concursos quando 
necessário. Ainda, ao final da aula, apresento uma lista de exercícios dos últimos anos 
que permitam a fixação do conteúdo estudado. Por fim, os esquemas e resumos trazem 
os principais pontos estudados em cada aula, em que recomendo que sejam estudados 
entre os intervalos das aulas para facilitar a fixação do conteúdo e também na última 
semana antes da prova. Minha intenção é fazer com que você seja aprovado, bem como 
possa exercer com segurança sua profissão.
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. O seu feedback da 
aula é muito importante para que eu possa melhorar o material, não se esqueça de avaliar 
ou me enviar uma mensagem pelas redes sociais. Por favor: material obrigatório! Então, 
fica ligado no curso GRAN. Estou esperando as dúvidas no Fórum do aluno!
Muito bem-vindo ao nosso curso, vamos ao trabalho e à sua aprovação!!!!
“Nenhum obstáculo é tão grande se sua vontade de vencer for maior.”
Forte abraço e bons estudos!
Antônio Alex Pinheiro
@prof._antonio_alex
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Prescrição, Decadência e Prova
Antônio Alex
PRESCRIÇÃO, DECADÊNCIA E PROVAPRESCRIÇÃO, DECADÊNCIA E PROVA
1. PreS1. PreSCriÇÃoCriÇÃo
Na aula de hoje estudaremos a influência do tempo na aquisição e extinção de direito. 
Quando uma pessoa possui um direito, ela não pode esperar indefinidamente para cobrar 
o exercício do seu direito, ou seja, existem prazos determinados por lei para essa cobrança.
A partir deste contexto incidem o instituto da Prescrição e o da Decadência, que são 
necessários para trazer segurança e estabilidade às relações jurídicas. A Prescrição é a 
extinção da Pretensão:
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, 
nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.
E o que vem a ser Pretensão?
A Pretensão é o poder que o credor tem de constranger o devedor a cumprir com 
a obrigação.
EXEMPLO
“A” viola um direito de “B”, ou seja, não pagou a dívida na data combinada. A partir daí nasce 
a pretensão, ou seja, dentro de certo prazo estabelecido pela lei, “B” poderá ajuizar uma ação 
de cobrança contra “A” e requerer que o juiz coercitivamente obrigue “A” a pagar a dívida com 
“B”. O juiz só obrigará coercitivamente “A” a pagar a dívida com “B”, se a ação estiver ajuizada 
dentro do prazo estabelecido pela lei. Caso a ação seja ajuizada fora do prazo estabelecido, 
ou seja, fora do prazo de prescrição, o juiz julgará improcedente o pedido de “B”.
001. 001. (Q1014714/VUNESP/AGENTE DE TESOURARIA I/PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO 
CAMPO-SP/2018) Os institutos da decadência e da prescrição estão relacionados
a) à extinção dos direitos pela influência do tempo.
b) à capacidade para o exercício dos atos da vida civil.
c) aos direitos da personalidade.
d) à possibilidade de anulação ou declaração de nulidade dos negócios jurídicos.
e) à sucessão de bens e direitos.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art205
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/prefeitura-de-sao-bernardo-do-campo-sp
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/prefeitura-de-sao-bernardo-do-campo-sp
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Direito Civil
Prescrição, Decadência e Prova
Antônio Alex
Os institutos da prescrição e da decadência (que será aprofundado mais à frente) estão 
relacionados com o tempo, mais precisamente sobre a extinção de determinados direitos 
em face do decurso do tempo.
Letra a.
A partir do exemplo anterior, podemos nos aprofundar no assunto:
A prescrição extingue a pretensão, e não o direito de ação.
Ou seja, mesmo já tendo decorrido o prazo prescricional, a pessoa pode ajuizar sua ação, 
isso porque é possível exercer o direito à ação em qualquer momento – o problema é que 
se já houver decorrido o prazo prescricional, a ação será julgada improcedente.
002. 002. (CEBRASPE/CESPE/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-RS/2019) A perda 
da ação atribuída a determinado direito em razão do seu não uso durante determinado 
período de tempo é o instituto da
a) interrupção.
b) prescrição.
c) nulidade.
d) decadência.
e) suspensão.
A prescrição é a perda da pretensão pelo decurso do tempo, isto é, do direito de exigir um 
direito material violado, como decorre do art. 189 do CC:
Artigo 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, 
nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.
Por isso, diz-se que a prescrição fulmina a exigibilidade do direito. Não é, portanto, a perda 
da ação, até porque nada impede que o titular do direito proponha a ação, a qual, no 
entanto, será extinta com resolução de mérito pela prescrição, nos termos do art. 487, II, 
do CPC: Artigo 487 do CC. Haverá resolução de mérito quando o juiz: II – decidir, de ofício 
ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição.
Letra b.
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https://www.tecconcursos.com.br/bancas/cebraspe
https://www.tecconcursos.com.br/concursos/auditorfiscal-da-receita-estadual-sefaz-rs-2019
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Direito Civil
Prescrição, Decadência e Prova
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A prescrição possui alguns requisitos:
REQUISITOS DA 
PRESCRIÇÃO
Violado o direito, nasce 
a Pretensão
A inércia do titular
O decurso do tempo 
fixado em lei
A Prescrição pode ser classificada em:
• Prescrição Aquisitiva: está regulamenta na Parte Específica do Código Civil, dentro 
do livro do Direito das Coisas. Neste caso, o prazo de prescrição corre e a pessoa que 
possui a posse do bem, por certo prazo, adquire a propriedade desse por meio do 
instituto dausucapião, enquanto a outra pessoa vai perder a propriedade do bem. 
Entretanto esse assunto será estudado em aula específica.
• Prescrição Extintiva: está regulamentada na Parte Geral do Código Civil, e se refere 
aos prazos de extinção da pretensão.
• Prescrição Intercorrente: ocorre quando o autor de processo já iniciado permanece 
inerte, de forma continuada e ininterrupta, durante o tempo suficiente para perder 
a pretensão, previsto no parágrafo único do art. 202:
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, 
ou do último ato do processo para a interromper.
2. DiSPoSiÇÕeS leGAiS SoBre A PreSCriÇÃo2. DiSPoSiÇÕeS leGAiS SoBre A PreSCriÇÃo
2.1. Art. 190 Do CC2.1. Art. 190 Do CC
O art. 190 do CC possui a seguinte redação:
Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão
O referido artigo foi inserido na redação do Código Civil para não deixar dúvidas de 
que a prescrição também ocorre nas chamadas matérias de defesa, ou de exceção, assim 
também conhecidas. Assim, se houve a prescrição da pretensão, o direito com pretensão 
prescrita não pode ser utilizado perpetuamente a título de matéria de defesa.
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Prescrição, Decadência e Prova
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EXEMPLO
“A” entra com ação contra “B” cobrando uma dívida, mas “A” tinha outra dívida com “B”. 
Assim, na sua defesa (Contestação), “B” pode requerer a compensação da dívida com “A”, 
mas somente se não houver ocorrido a prescrição.
A EXCEÇÃO PRESCREVE NO MESMO PRAZO QUE A PRETENSÃO.
2.2. Art. 191 Do CC2.2. Art. 191 Do CC
O art. 191 do CC possui a seguinte redação:
Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem 
prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume 
de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.
Tendo em vista o referido artigo, as partes não podem renunciar previamente a prescrição, 
porque se trata de uma matéria de ordem pública e tornaria a obrigação imprescritível. 
Desta forma, a renúncia da prescrição só pode ocorrer depois que a prescrição se consumar, 
podendo ocorrer de forma expressa ou tácita e desde que não ocorra prejuízo de terceiro.
EXEMPLO
“A” vai celebrar um contrato escrito de empréstimo de dinheiro com “B”. Conforme o Inciso 
I, do § 5º, do art. 206 do CC, o prazo de prescrição é de 5 (cinco) anos, ou seja, caso “A” não 
pague, “B” poderá cobrar a dívida no prazo de até 5 (cinco) anos.
Entretanto, antes de assinar o contrato, “B” propôs a “A” que o mesmo renunciasse a prescrição, 
ou seja, que “B” poderia cobrar a dívida quando quisesse de “A”, não mais no prazo de até 5 
(cinco) anos. O art. 191 veda essa disposição, não podendo haver renuncia prévia da prescrição.
Agora, imagine que “A” tenha celebrado o contrato de empréstimo de dinheiro com “B”. Após 
o prazo de 6 (seis) anos, “A” não pagou “B”, ou seja, houve a consumação da prescrição porque 
se passaram mais 5 (cinco) anos. Mesmo assim, “B” cobrou “A”, sendo que “A” poderia alegar a 
prescrição da dívida e não pagar “B”. Porém “A” resolveu pagar “B”, porque “B” era seu grande 
amigo e não gostaria de perder sua amizade. Assim, “A” renunciou à possibilidade de alegação 
da prescrição e pagou “B”, mesmo com a dívida prescrita, mas só poderia fazer sem prejuízos 
de terceiros, ou seja, caso “A” tivesse dívidas com outras pessoas, com o pagamento a “B” 
tornando-o insolvente, não poderia renunciar à prescrição após sua consumação, porque 
causaria prejuízos a terceiros.
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Direito Civil
Prescrição, Decadência e Prova
Antônio Alex
REQUISITOS DA 
RENÚNCIA DA 
PRESCRIÇÃO
Prescrição já 
consumada
Expressa ou 
Tácita
Não prejudique 
terceiros
2.3. Art. 192 Do CC2.3. Art. 192 Do CC
O art. 192 do CC possui a seguinte redação:
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.
Diante do referido artigo, não se admite qualquer alteração nos prazos de prescrição por 
vontade das partes. Os prazos de prescrição são os estabelecidos nos artigos 205 e 206 do CC.
003. 003. (Q1197427/CESPE/AUDITOR DE FINANÇAS E CONTROLE DE ARRECADAÇÃO DA FAZENDA 
ESTADUAL/SEFAZ AL/2020) Com base no Código Civil, julgue os itens a seguir.
As partes podem alterar, por acordo, os prazos de prescrição, inclusive mediante renúncia 
expressa ou tácita.
A questão deve ser resolvida conforme as disposições do art. 192 do CC:
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.
Errado.
2.4. Art. 193 Do CC2.4. Art. 193 Do CC
O art. 193 do CC possui a seguinte redação:
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem 
aproveita.
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Prescrição, Decadência e Prova
Antônio Alex
A Prescrição pode ser arguida em qualquer fase ou estado do processo, em primeira ou 
em segunda instância. Pode ser alegada em qualquer fase do processo de conhecimento, 
mesmo que o réu tenha deixado de alegá-la na contestação, o que não significa renúncia 
tácita a falta de alegação na primeira oportunidade.
Cabe ressaltar que se a prescrição não foi alegada na primeira ou segunda instância, 
não é possível a interposição de Recurso Especial ao STJ ou Recurso Extraordinário ao STF 
por falta do devido prequestionamento.
2.5. Art. 195 Do CC2.5. Art. 195 Do CC
O art. 195 do CC possui a seguinte redação:
Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes 
ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.
Trata-se de uma disposição legal para proteger os relativamente incapazes e as pessoas 
jurídicas, caso seus assistentes ou representantes tenham comportamento culposo na defesa 
de seus interesses permitindo que ocorra a prescrição ou não aleguem oportunamente.
 Obs.: ATENTE-SE: O ARTIGO NÃO INCLUI OS ABSOLUTAMENTE INCAPAZES.
2.6. Art. 196 Do CC2.6. Art. 196 Do CC
O art. 196 do CC possui a seguinte redação:
Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.
Cabe ressaltar na redação do artigo acima o uso do verbo CONTINUAR, ou seja, desta 
forma, uma vez iniciado o prazo prescricional contra alguém, caso essa pessoa faleça, o 
prazo de prescrição contra seu sucessor não reiniciará, o herdeiro disporá apenas do prazo 
faltante para exercer a pretensão. A regra se aplica para o prazo contra, mas também para 
o prazo a favor do sucessor.
3. CAUSAS QUe iMPeDeM oU SUSPeNDeM A PreSCriÇÃo3. CAUSAS QUe iMPeDeM oU SUSPeNDeM A PreSCriÇÃo
As causas que impedem ou suspendem a prescrição foram agrupadas numa única seção 
do Código Civil.
As mesmas causas ora impedem, ora suspendem a prescrição, dependendo do momento 
em que surgem. Assim, se o prazo ainda não começou a fluir, a causa ou obstáculo impede 
que ele comece. Se, por outro lado, o obstáculo surge após o prazo ter se iniciado, teremos 
a suspensão.
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A partir das causas de impedimento ou suspensão, respectivamente, o prazo de prescrição 
não começará a correr ou ficará paralisado por certo tempo, retomando sua contagem após 
o fim da causa de suspensão.
Entretanto, cabe ressaltar que esses 2 (dois) institutos não podem ser confundidos com a 
INTERRUPÇÃO, que são causas que provocam o reinicio da contagem do prazo de prescrição, 
descartando qualquer prazo já decorrido. Assim, na interrupção, que será estudada adiante, 
o período já decorrido é inutilizado e o prazo volta a correr novamente por inteiro.
IMPEDIMENTO: impede o início da contagem do prazo de prescrição, ou seja, a contagem 
sequer se inicia. Após o fim da causa de impedimento, o prazo de prescrição irá correr 
por completo;
SUSPENSÃO: suspende a contagem do prazo de prescrição, após fim da causa de 
suspensão, o prazo será retomado aproveitando-se o prazo já decorrido antes da suspensão.
INTERRUPÇÃO: ocorrendo uma causa de interrupção, a contagem do prazo é reiniciada, 
descartando qualquer prazo já decorrido, a contagem começa do início.
3.1. Art. 197 Do CC3.1. Art. 197 Do CC
O art. 197 do CC possui a seguinte redação:
Art. 197. Não corre a prescrição:
I – entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
II – entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
III – entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.
A justificativa para impedir ou suspender a prescrição nos casos mencionados está na 
condição, situação ou consideração legal de certas pessoas. Desta forma, o motivo para os 
casos em questão é a confiança, amizade e os laços de afeição entre as partes.
Além do mais, cabe esclarecer que o Inciso I do art. 197 pode ser aplicado por extensão 
à ao companheiro no caso da união estável.
Por fim, deve ser ressaltado que se trata de um rol taxativo, não podendo ser estendido 
para outros grupos.
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004. 004. (IBADE/ADVOGADO/PREF. S LUZIA D’OESTE/20 HORAS/2020) Assinale a alternativa que 
contempla corretamente algumas hipóteses: em que NÃO corre a prescrição, conforme o 
artigo 197 do Código Civil.
a) Entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; entre os ascendentes e 
descendentes, durante o poder familiar; contra os relativamente incapazes.
b) Entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; entre os ascendentes e 
descendentes, durante o poder familiar; contra os absolutamente incapazes.
c) Entre os cônjuges, depois da dissolução da sociedade conjugal; entre os ascendentes e 
descendentes, durante a suspensão do poder familiar; contra os absolutamente incapazes.
d) Entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; entre os ascendentes e 
descendentes, depois da extinção do poder familiar; contra os absolutamente incapazes.
e) Entre os cônjuges, depois da dissolução da sociedade conjugal; entre os ascendentes e 
descendentes, durante a suspensão do poder familiar; contra os relativamente incapazes.
A primeira parte da assertiva tem fundamento no art. 197, I e II do CC:
Não corre a prescrição:
I – entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
II – entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
A última parte da assertiva tem fundamento no art. 198, I, do CC:
Também não corre a prescrição:
I – contra os incapazes de que trata o art. 3º;
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores 
de 16 (dezesseis) anos.
Letra b.
3.2. Art. 198 Do CC3.2. Art. 198 Do CC
O art. 198 do CC possui a seguinte redação:
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I – contra os incapazes de que trata o art. 3º;
II – contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
III – contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
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O referido artigo tem como objetivo proteger as pessoas que não se encontram em 
situações especiais ou não podem ser diligentes na defesa de seus interesses.
O inciso I refere-se aos absolutamente incapazes:
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores 
de 16 (dezesseis) anos.
Desta forma, não corre a prescrição contra os menores de 16 (anos), iniciando-se a 
prescrição somente quando a pessoa completar 16 (anos) de idade. Também não corre 
a prescrição contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos 
Municípios (repare: inclui as 3 esferas), bem como contra aqueles que estiverem servindo 
as Forças Armadas, que abrange o Exército, a Marinha e Aeronáutica, em tempo de guerra.
Segue um resumo de impedimento ou suspensão da prescrição quanto às pessoas:
IMPEDIMENTO OU 
SUSPENSÃO DA PRESCRIÇÃO
(PESSOAS)
Cônjuges na constância de 
sociedade conjugal
Ascendentes e Descendentes 
durante o Poder Familiar
Tutela e Curatela
ABSOLUTAMENTE Incapazes
Ausentes do País em serviço 
público
Servindo as Forças Armadas, 
em tempo de guerra
005. 005. (INSTITUTO IBDO/PROCURADOR MUNICIPAL/PREF. IGUABA GDE/2021) Em consonância 
com o Código Civil Brasileiro não ocorre a prescrição nos seguintes casos, EXCETO.
a) Entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal.
b) Contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios.
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c) Entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar.
d) Contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, a qualquer tempo.
a) Certa. Conforme Artigo 197 do CC. Não corre a prescrição: I – entre os cônjuges, na 
constância da sociedade conjugal;
b) Certa. Conforme Artigo 198 do CC. Também não corre a prescrição: II – contra os ausentes 
do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios.
c) Certa. Conforme Artigo 197 do CC. Não corre a prescrição: II – entre ascendentes e 
descendentes, durante o poder familiar.
d) Errada. Conforme Artigo 198 do CC. Também não corre a prescrição: III – contra os que 
se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
Letra d.
006. 006. (FGV/NACIONAL UNIFICADO (OAB)/XXXIX EXAME/2023) Luan, conduzindo seu automóvel 
em velocidade acima da permitida, colidiu violentamente contra o veículo em que estavam 
Felipe, com10 anos de idade, e seus pais, Paulo, com 45 anos de idade, e Juliana, com 38 
anos. Em razão do acidente, Felipe sofreu ferimentos graves, só recebendo alta hospitalar 
após seis meses. Paulo e Juliana faleceram no acidente. Pedro, tio de Felipe, foi nomeado 
seu tutor, função que exerceu até a maioridade de Felipe. Ao completar 18 anos de idade, 
Felipe ajuizou ação indenizatória em face de Luan, buscando reparação pelos danos morais 
sofridos em razão do acidente, bem como o ressarcimento de despesas médicas. A respeito 
do caso acima narrado, assinale a afirmativa correta.
a) A pretensão ressarcitória de Felipe não está prescrita, eis que exercida no prazo quinquenal, 
cujo termo inicial é a data em que Felipe alcançou a maioridade civil.
b) A pretensão de Felipe não está prescrita, pois o termo inicial do prazo trienal é a data 
em que Felipe completou 16 anos.
c) Luan e Felipe poderão convencionar que o prazo prescricional aplicável à pretensão de 
Luan é de dez anos.
d) É vedado a Luan renunciar à eventual prescrição que lhe beneficie.
a) Errada. Vide comentários da alternativa “B”.
b) Certa. A pretensão de Felipe não está prescrita, pois o termo inicial do prazo trienal é a 
data em que Felipe completou 16 anos, lembrando que, nos termos do art. 198.
Também não corre a prescrição:
I – contra os incapazes de que trata o art. 3º.
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O inciso I refere-se aos absolutamente incapazes:
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores 
de 16 (dezesseis) anos. E por fim, a pretensão da reparação civil ocorre em três anos, conforme 
artigo 206, §3º.
c) Errada. Vide comentários da alternativa “B”.
d) Errada. Vide comentários da alternativa “B”.
Letra b.
3.3. Art. 199 Do CC3.3. Art. 199 Do CC
O art. 199 do CC possui a seguinte redação:
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:
I – pendendo condição suspensiva;
II – não estando vencido o prazo;
III – pendendo ação de evicção.
Nas duas primeiras situações, o direito ainda não se tornou exigível, desta forma, 
ainda não pode se falar em prescrição. O terceiro caso refere-se à evicção, que consiste 
na proposição de uma ação por um terceiro para retomar a propriedade ou posse de certo 
bem que fora alienado, por causa preexistente à sua alienação, assim, proposta a evicção, 
fica suspensa a prescrição até o seu desfecho.
3.4. Art. 200 Do CC3.4. Art. 200 Do CC
O art. 200 do CC possui a seguinte redação:
Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá 
a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.
O referido artigo criou uma nova forma de suspensão da prescrição, distinta das 
mencionadas nos artigos 197 e 199, assim, quando ação for originada de fato que também 
deverá ser apurado na esfera criminal, a prescrição ficará suspensa até que a sentença 
criminal definitiva seja proferida.
007. 007. (FCC/JUIZ ESTADUAL/TJ GO/2021/57º) Quando o direito à indenização fundada na 
responsabilidade civil extracontratual originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, 
o prazo prescricional
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a) será idêntico àquele estabelecido para a pena mínima do crime cometido pelo autor 
do dano.
b) considerar-se-á suspenso apenas se a sentença proferida no juízo criminal for condenatória.
c) é interrompido com o recebimento da denúncia ou da queixa crime e volta a fluir 
integralmente com a sentença transitada em julgado, absolutória ou condenatória.
d) será considerado também esgotado, se o juízo criminal considerar extinta a punibilidade 
pela prescrição.
e) começa a fluir com o trânsito em julgado da sentença no processo criminal.
Conforme Artigo 200 do CC. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no 
juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.
Com base nisso, o STJ fixou entendimento de que o termo inicial do prazo prescricional da 
reparação civil em caso de ajuizamento de ação penal é o trânsito em julgado da sentença 
criminal (e não a data do evento danoso):
JURISPRUDÊNCIA
RECURSO ESPECIAL – ALÍNEA “A” – RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO – AÇÃO 
INDENIZATÓRIA – PRESCRIÇÃO – TERMO INICIAL – TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA 
CRIMINAL – ART. 1º DO DL N. 20.910/32. O prazo prescricional da ação de indenização 
proposta contra pessoa jurídica de direito público é de cinco anos (art. 1º do Decreto n. 
20.910/32). O termo inicial do quinquênio, na hipótese de ajuizamento de ação penal, 
será o trânsito em julgado da sentença nesta ação, e não a data do evento danoso, 
já que seu resultado poderá interferir na reparação civil do dano, caso constatada a 
inexistência do fato ou a negativa de sua autoria. Recurso conhecido e provido. (REsp 
351.867/SP, Rel. Ministro FRANCISCO PEÇANHA MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado 
em 06/12/2005, DJ 13/02/2006, p. 721).
Letra e.
3.5. Art. 201 Do CC3.5. Art. 201 Do CC
O art. 201 do CC possui a seguinte redação:
Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros 
se a obrigação for indivisível.
Conforme as disposições do referido artigo, a prescrição só ficará suspensa no caso de 
solidariedade entre credores, prevista em lei ou contrato, se a obrigação for indivisível.
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Para exemplificar, imagine a existência de um devedor que possui uma dívida com 3 
(três) credores, sendo um dos credores absolutamente incapaz. Vimos no item 1.3.2, que 
não corre a prescrição contra o absolutamente incapaz. Para esse exemplo, se a dívida for 
de dinheiro (obrigação divisível), a prescrição não correrá para o credor absolutamente 
incapaz, ficando suspensa para ele, enquanto a prescrição não ficará suspensa para os 
outros dois credores, portanto correndo o prazo de prescrição para os 2 (dois) credores.
Por outro lado, imagine que a dívida ao invés de pagamento de dinheiro seja de entrega 
de um cavalo específico, ou seja, agora se trata de uma obrigação indivisível, sendo que 
para essa situação, a prescrição ficará suspensa para os 3 (três) credores, isso porque 
trata-se de uma obrigação indivisível. Assim, o prazo de prescrição para que os 3 (três) 
credores cobrassem a entrega do cavalo específico só começaria a correr quando o credor 
absolutamente incapaz completasse 16 (dezesseis) anos.
Segue um resumo de impedimento e suspensão da prescrição quanto às situações:
IMPEDIMENTO OU 
SUSPENSÃO DA 
PRESCRIÇÃO
(SITUAÇÕES)
Pendente de condição 
suspensiva
Prazo não vencido
Pendente ação de Evicção
Fato apurado em juízo 
criminal
Credores solidários comobrigação indivisível
4. CAUSAS QUe iNterroMPeM A PreSCriÇÃo4. CAUSAS QUe iNterroMPeM A PreSCriÇÃo
Inicialmente cabe ressaltar que na interrupção da prescrição o prazo volta a correr por 
inteiro, enquanto na suspensão da prescrição o prazo volta a fluir somente pelo restante.
As hipóteses de interrupção da prescrição estão no art. 202 do CC:
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
I – por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover 
no prazo e na forma da lei processual;
II – por protesto, nas condições do inciso antecedente;
III – por protesto cambial;
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IV – pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;
V – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
VI – por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito 
pelo devedor.
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, 
ou do último ato do processo para a interromper.
008. 008. (Q1179435/IBFC/ADVOGADO/MGS/2019) O Código Civil de 2002 aborda causas de 
interrupção da prescrição. Sobre este assunto, analise as afirmativas abaixo e dê valores 
Verdadeiro (V) ou Falso (F).
(  ) � A interrupção da prescrição, somente poderá ocorrer uma vez.
(  ) � É causa de interrupção da prescrição, a pendência de ação de evicção.
(  ) � É causa de interrupção da prescrição, o protesto cambial.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) V, V, V
b) V, F, V
c) V, F, F
d) F, F, V
I – Certa. Conforme art. 202 do CC: A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer 
uma vez, dar-se-á
II – Errada. Conforme art. 199 do CC: Não corre igualmente a prescrição: III – pendendo ação 
de evicção. É causa de impedimento ou suspensão da prescrição
III – Certa. Conforme art. 202 do CC. A interrupção da prescrição, que somente poderá 
ocorrer uma vez, dar-se-á: III – por protesto cambial.
Letra b.
O primeiro ponto interessante sobre as disposições do referido artigo é que a prescrição 
PODE SER INTERROMPIDA UMA ÚNICA VEZ. Além do mais, cabe ressaltar que as hipóteses 
de interrupção da prescrição constituem, em regra, comportamentos ativos dos credores 
para constituir em mora os devedores.
A primeira hipótese de interrupção ocorre com o despacho do juiz, mesmo incompetente, 
que ordenar a citação, desde que esta seja promovida pelo interessado, no prazo e na forma 
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da lei processual. O efeito da interrupção da prescrição ocorre com a chamada citação 
válida, ou seja, com efetiva citação do réu, que retroagirá à data da propositura da ação.
A segunda hipótese refere-se ao chamado protesto judicial, que não se confunde com 
o protesto cambial ou protesto de títulos de crédito, previsto no Inciso III, do artigo 202. O 
protesto judicial, previsto nos artigos 726 a 729 do CPC, ocorre quando, por algum motivo, 
não puder ser proposta a ação judicial, a pessoa recorre à via judicial para efetuar o protesto, 
com a finalidade de prevenir ou preservar direitos.
No inciso III, há previsão do protesto cambial, ou seja, protesto de títulos de crédito, que 
consiste em ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento 
de obrigação originada em títulos e outros documentos da dívida, realizado nos Cartórios 
de Protesto.
No inciso IV, há previsão da hipótese de apresentação de título de crédito em juízo de 
inventário ou em concurso de credores, ou seja, promovida a habilitação do credor em 
inventário, autos de falência ou de insolvência civil, demonstra um comportamento ativo 
do credor capaz de promover a interrupção da prescrição.
Já no inciso V, temos a previsão de qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, 
que importe reconhecimento do direito pelo devedor. Trata-se de uma generalização que 
inclui toda manifestação ativa do credor, citando, por exemplo, a propositura de medidas 
cautelares, notificações, interpelações, até mesmo a propositura de ação Pauliana no caso 
de fraude contra credores.
Por fim, no Inciso VI, há a hipótese de qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, 
que importe reconhecimento do direito pelo devedor. Trata-se da única hipótese em 
que não constitui comportamento ativo do credor, porque se refere a comportamento 
ativo do devedor, ou seja, o devedor pratica atos de reconhecimento da dívida, incluindo-
se pagamentos parciais da dívida, pedidos de prorrogação de prazo para pagamento, 
parcelamentos e pagamentos de juros.
Por fim, deve ser ressaltado que existem outras previsões de interrupção da prescrição 
previstas em leis especiais.
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INTERRUPÇÃO DA 
PRESCRIÇÃO
Despacho do juiz, mesmo 
incompetente, que ordenar a citação
Protesto Judicial
Protesto Cambial
Apresentação de Título de Crédito em 
juízo de inventário ou concurso de 
credores
Qualquer ato judicial que constitua em 
mora o devedor
Ato inequívoco, ainda que 
extrajudicial, de reconhecimento da 
dívida pelo devedor
009. 009. (FUNDATEC/PROCURADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL/2021/15º) NÃO é causa 
interruptiva da prescrição:
a) O despacho de juiz incompetente que ordena a citação.
b) O protesto cambial.
c) O reconhecimento inequívoco do devedor judicial ou extrajudicialmente.
d) A constituição em mora do devedor por ato extrajudicial.
e) O protesto judicial determinado por juiz, ainda que incompetente.
As causas de interrupção da prescrição estão no art. 202 do CC:
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
I – por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a 
promover no prazo e na forma da lei processual;
II – por protesto, nas condições do inciso antecedente;
III – por protesto cambial;
IV – pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;
V – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
VI – por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do 
direito pelo devedor.
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A letra “D” não faz parte do rol do art. 202 CC. Ainda fica a dica:
• Reconhecimento do direito pelo devedor: judicial ou extrajudicial interrompe a prescrição;
• Ato que constitui em mora o devedor: Apenas judicial interrompe a prescrição.
Letrad.
4.1. PeSSoAS leGitiMADAS A ProMover A iNterrUPÇÃo DA PreSCriÇÃo4.1. PeSSoAS leGitiMADAS A ProMover A iNterrUPÇÃo DA PreSCriÇÃo
Segundo o art. 203, a prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado:
Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.
Desta forma, o próprio titular do direito, assim como quem legalmente o represente, 
ou ainda, o terceiro que tenha legítimo interesse (herdeiros, credores ou fiadores) podem 
promover a interrupção da prescrição.
Cabe ressaltar que, em regra, os efeitos da prescrição são pessoais, ou seja, a interrupção 
da prescrição por um credor não aproveita aos outros, bem como, a interrupção operada 
contra o codevedor ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados:
Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.
Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhantemente, 
a interrupção operada contra o codevedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados.
§ 1º A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção 
efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros.
§ 2º A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os outros 
herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis.
§ 3º A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador.
Conforme afirmado, em regra, os efeitos da prescrição são pessoais, não se estendendo 
para outras pessoas, entretanto as exceções dessa pessoalidade estão previstas nos 
parágrafos § 1º, § 2º e § 3º do art. 204 do CC.
A primeira exceção está no § 1º do art. 204, a interrupção por um dos credores solidários 
(no caso de solidariedade ativa) aproveita aos outros, assim como a interrupção operada 
contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros (solidariedade passiva, em 
que cada devedor responde pela dívida inteira).
A segunda exceção prevista no § 2º do art. 204, prevendo que a interrupção operada 
contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os outros herdeiros ou devedores 
(o prazo para estes continuará a contar), a não ser quando se trate de obrigações e direitos 
indivisíveis. Neste caso, todos os herdeiros ou devedores solidários sofrem os efeitos da 
interrupção da prescrição, passando a correr contra todos eles o novo prazo prescricional.
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Por fim, a terceira exceção está prevista no § 3º do art. 204, a fiança é um contrato 
acessório, desta forma ela deve seguir o destino do contrato principal, ou seja, se a interrupção 
for promovida apenas contra o principal devedor (afiançado), o prazo se restabelece também 
contra o fiador, ficando assim prejudicado. O fiador é arrastado para a mesma arena adversa 
onde se encontra o devedor principal da obrigação, atingido pela causa de interrupção da 
prescrição. Portanto, devedor e fiador são, simultaneamente, atingidos pelos efeitos da 
interrupção da prescrição.
Por outro lado, o contrário não é verdadeiro, a interrupção operada contra o fiador não 
prejudica o devedor, pois o principal não acompanha o destino do acessório.
010. 010. (Q1222852/VUNESP/ADVOGADO/HC UFU/2020) Assinale a alternativa correta a respeito 
da prescrição.
a) Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros 
se a obrigação for indivisível.
b) A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros, mas a interrupção 
efetuada contra o devedor solidário não envolve seus herdeiros.
c) A interrupção produzida contra o principal devedor não prejudica o fiador.
d) Não corre a prescrição pendendo condição resolutiva.
e) Qualquer ato extrajudicial que constitua em mora o devedor interrompe a prescrição.
a) Certa. Conforme art. 201 do CC, suspensa a prescrição em favor de um dos credores 
solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível.
b) Errada. Conforme art. 204, § 1º do CC, a interrupção por um dos credores solidários 
aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve 
os demais e seus herdeiros.
c) Errada. Conforme art. 204, § 3º do CC, a interrupção produzida contra o principal devedor 
prejudica o fiador.
d) Errada. Conforme art. 199 do CC, não corre igualmente a prescrição: I – pendendo 
condição suspensiva.
e) Errada. Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-
se-á: V – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; VI – por qualquer ato 
inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.
Letra a.
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5. oS PrAZoS De PreSCriÇÃo5. oS PrAZoS De PreSCriÇÃo
Os prazos de prescrição estão enumerados nos artigos 205 e 206 do Código Civil:
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
Art. 206. Prescreve:
§ 1º Em um ano:
I – a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio 
estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;
II – a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo:
a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para 
responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este 
indeniza, com a anuência do segurador;
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão;
III – a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, 
pela percepção de emolumentos, custas e honorários;
IV – a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do 
capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembleia que aprovar o laudo;
V – a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado 
o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade.
§ 2º Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que 
se vencerem.
§ 3º Em três anos:
I – a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;
II – a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias;
III – a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em 
períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela;
IV – a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;
V – a pretensão de reparação civil;
VI – a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo 
da data em que foi deliberada a distribuição;
VII – a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, 
contado o prazo:
a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima;
b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao 
exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembleia geral que dela 
deva tomar conhecimento;
c) para os liquidantes, da primeira assembleia semestral posterior à violação;
VIII – a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas 
asdisposições de lei especial;
IX – a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro 
de responsabilidade civil obrigatório.
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§ 4º Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.
§ 5º Em cinco anos:
I – a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;
II – a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores 
pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos 
contratos ou mandato;
III – a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.
Para facilitar o entendimento desses prazos, elaboramos a seguinte tabela:
Prazo Situação
10 anos (art. 205) Prazo Geral (Quando não houver previsão de outro prazo em lei)
2 anos (art. 206, § 2º ) A pretensão para haver prestações alimentares
4 anos (art. 206, § 4º ) A prestação de contas na Tutela
5 anos (art. 206, § 5º )
Dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particulares
Honorários: profissionais liberais, procuradores judiciais, curadores e professores
Vencedor para cobrar do vencido as despesas em juízo
1 ano (art. 206, § 1º )
Hospedeiros ou fornecedores de víveres
Segurado x Segurados (Vice-versa)
Pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros 
e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;
Pretensão contra Peritos na avaliação da S.A.
Credores não pagos na liquidação da sociedade
3 anos (art. 206, § 3º ) As demais situações
 Obs.: Cabe ressaltar que no Código Civil todos os prazos de prescrição estão dispostos 
somente nos artigos 205 e 206, assim os demais prazos serão decadenciais.
011. 011. (CEBRASPE/CESPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE-RJ/CONTROLE EXTERNO/
DIREITO/2021) De acordo com a jurisprudência do STJ acerca da responsabilidade civil, 
julgue o item subsequente.
Ação de responsabilidade civil decorrente de inadimplemento contratual ou extracontratual 
sujeita-se, em regra, ao prazo prescricional trienal.
Na hipótese de responsabilidade civil extracontratual, aplica-se o prazo previsto no artigo 
206 do CC. Prescreve: § 3º Em três anos: V – a pretensão de reparação civil. Já para a 
responsabilidade civil contratual (ou negocial), que é uma decorrência de inadimplemento 
de um contrato, aplica-se o prazo de prescrição geral decenal previsto no do art. 205 do 
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CC: Artigo 205 do CC. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado 
prazo menor.
Errado.
012. 012. (FGV/NACIONAL UNIFICADO (OAB)/XXXIV EXAME/2022) Jorge foi atropelado por Vitor, 
em 02/02/2016. Em razão desse evento, Jorge sofreu danos morais, materiais e estéticos, 
os quais surgiram e foram percebidos por ele imediatamente após o acidente. Tempos 
depois, em 31/01/2021, Jorge procurou você, como advogado(a), e disse que pretendia 
ajuizar uma ação de reparação contra Vitor.
Sobre a hipótese apresentada, você deverá informar para Jorge que
a) o prazo prescricional da pretensão de reparação civil extracontratual é de 10 (dez) anos.
b) a pretensão está prescrita, tendo em vista o prazo de 3 (três) anos ao qual se vincula a 
pretensão de reparação civil extracontratual.
c) a pretensão está prestes a ser fulminada pela prescrição, uma vez que a pretensão de 
reparação civil extracontratual prescreve em 5 (cinco) anos.
d) houve prescrição apenas da pretensão de demandar a seguradora da qual Vitor é segurado, 
mas que permanece viável a pretensão de reparação civil extracontratual, por seu prazo 
de 10 (dez) anos.
a) Errada. Conforme entendimento firmado pelo STJ no julgamento do EREsp n. 1.280.825/
RJ (Rel.: Min. Nancy Andrighi, Órgão Julgador: 2ª Seção, j. em 27.6.2018), o prazo decenal 
do art. 205 do CC é aplicável às pretensões de reparação civil CONTRATUAL.
b) Certa. Considerando que o acidente ocorreu em 2.2.2016 e não havendo informações, 
no enunciado, acerca de causa impeditiva, suspensiva ou interruptiva do decurso do prazo 
prescrição, temos que a pretensão de Jorge está fulminada pela prescrição, pois já decorreram 
mais de 3 (três) anos do fato, consoante art. 206, § 3º, V, CC: Art. 206. Prescreve: [...] § 3º 
Em três anos: [...] V – a pretensão de reparação civil;
c) Errada. Cuida-se de pretensão submetida ao prazo prescricional de 3 (três) anos (art. 
206, § 3º, V, CC), inclusive já consumada.
d) Errada. Cuida-se de pretensão submetida ao prazo prescricional de 3 (três) anos (art. 
206, § 3º, V, CC). Registre-se que, em relação ao seguro, importante ter em mente o art. 
206, § 1º,II, CC: Art. 206. Prescreve:
§ 1º Em um ano: I – a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a 
consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos; 
II – a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo: 
a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado 
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para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que 
a este indeniza, com a anuência do segurador; b) quanto aos demais seguros, da ciência do 
fato gerador da pretensão;
Letra b.
013. 013. (NC UFPR/FUNPAR/PROFISSIONAL NÍVEL UNIVERSITÁRIO JR/ITAIPU)/DIREITO/2019) 
Acerca da prescrição, assinale a alternativa correta.
a) Prescreve em três anos a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados 
a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos.
b) Prescreve em três anos a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos.
c) Prescreve em quatro anos a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu 
em juízo.
d) Prescreve em cinco anos a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos 
de má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição.
e) A prescrição é contada em dobro entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal.
a) Errada. Nos termos do art. 206, do CC. Prescreve: § 1º Em um ano: I – a pretensão dos 
hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, 
para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos.
b) Certa. Conforme Artigo 206 do CC. Prescreve: § 3º Em três anos: I – a pretensão relativa 
a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos.
c) Errada. Conforme art. 206 do CC Prescreve: § 5º Em cinco anos: III – a pretensão do 
vencedor para haverdo vencido o que despendeu em juízo.
d) Errada. Conforme art. 206 do CC Prescreve: § 3º Em três anos VI – a pretensão de 
restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que 
foi deliberada a distribuição.
e) Errada. Conforme art. 197 do CC Não corre a prescrição: I – entre os cônjuges, na constância 
da sociedade conjugal.
Letra b.
014. 014. (FGV/JUIZ ESTADUAL/TJ MS/2023) Marcos nunca soube quem era seu pai. Entretanto, 
a mãe, antes de falecer, decidiu lhe revelar o nome. Ao sabê-lo, descobriu que o apontado 
homem teria morrido há alguns anos, em 10/07/2006. Havia sido um homem muito rico e 
teria deixado uma volumosa herança. Como havia muitos bens a partilhar e discussão entre 
os herdeiros conhecidos à época, o inventário arrastou-se por muitos anos, tendo transitado 
em julgado em 10/05/2015. Em 07/06/2015, Marcos ajuíza demanda de investigação de 
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paternidade a fim de provar sua condição de filho. Foi julgada procedente e transitou em 
julgado em 07/12/2017. Em 12/12/2022, Marcos propõe ação de petição de herança.
Segundo a jurisprudência, a ação de petição de herança:
a) está prescrita, já que o prazo para ajuizá-la é de dez anos, contado a partir da abertura 
da sucessão;
b) não está prescrita, já que o prazo para ajuizá-la é de dez anos, contado a partir do trânsito 
em julgado da demanda de investigação de paternidade;
c) está prescrita, já que o prazo para ajuizá-la é de cinco anos, contado da abertura da 
sucessão;
d) está prescrita, já que o prazo para ajuizá-la é de cinco anos, contado a partir do trânsito 
em julgado da demanda de investigação de paternidade;
e) não está prescrita, já que, assim como a ação de investigação de paternidade, é imprescritível.
A ação de petição de herança sujeita-se a prazo prescricional, de acordo com a Súmula n. 
149 do Supremo Tribunal Federal: “É imprescritível a ação de investigação de paternidade, 
mas não o é a de petição de herança”.
De acordo com o Superior Tribunal de Justiça o termo inicial da prescrição do direito de 
propor a ação de petição de herança é a abertura da sucessão. Assim decidiu em processo 
que tramita sob segredo de justiça (Informativo 757):
O prazo prescricional para propor ação de petição de herança conta-se da abertura da sucessão.
Portanto, aberta a sucessão, o herdeiro, independentemente do reconhecimento oficial de tal 
condição, poderá imediatamente postular seus direitos hereditários nas vias ordinárias, cabendo-
lhe as seguintes opções: (i) propor ação de investigação de paternidade cumulada com petição 
de herança; (ii) propor concomitantemente, mas em processos distintos, ação de investigação de 
paternidade e ação de petição de herança. Em tal caso, ambas poderão tramitar simultaneamente, 
ou se poderá suspender a petição de herança até o julgamento da investigatória; (iii) propor ação 
de petição de herança, na qual deverão ser discutidas, na esfera das causas de pedir, a efetiva 
paternidade do falecido e a violação do direito hereditário. Tal opção, na prática, revela causas 
de pedir e pedidos semelhantes aos deduzidos no item “i”.
Na hipótese da questão a ação de petição de herança está prescrita, já que o prazo para ajuizá-
la é de dez anos porque não existe prazo menor fixado (art. 205, Código Civil), contado a partir 
da abertura da sucessão, ocorrida em 10/07/2006, com a morte do autor da herança, e a 
ação de petição de herança só foi proposta em 12/12/2022 (houve o transcurso de 16 anos).
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
A ação de petição de herança está disciplinada nos arts. 1.824 a 1.828 do Código Civil. 
Estabelece o art. 1.824:
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Art. 1.824. O herdeiro pode, em ação de petição de herança, demandar o reconhecimento de 
seu direito sucessório, para obter a restituição da herança, ou de parte dela, contra quem, na 
qualidade de herdeiro, ou mesmo sem título, a possua.
Por fim, ressalto que a questão está imprecisa por não informar a idade Marcos, isso porque 
não corre prescrição contra os absolutamente incapazes. Assim, infere-se que Marcos já 
não era absolutamente incapaz, ou seja, já tinha mais de 16 anos, quando do falecimento 
de seu pai.
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I – contra os incapazes de que trata o art. 3º;
Letra a.
5.1. reGrA De trANSiÇÃo DoS PrAZoS De PreSCriÇÃo5.1. reGrA De trANSiÇÃo DoS PrAZoS De PreSCriÇÃo
Ainda com relação aos prazos de prescrição, o Código Civil atual que entrou em vigência 
em janeiro de 2003 estabeleceu, em seu art. 2.028, regra de transição de prescrição para 
situações jurídicas que aconteceram na vigência do antigo Código Civil de 1.916, mas que 
o prazo invadiu a vigência do novo Código Civil:
Art. 2.028. Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este Código, e se, na data 
de sua entrada em vigor, já houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na 
lei revogada.
EXEMPLO
Imagine uma ação de reparação de danos que na vigência do Código Civil de 1.916 tinha prazo 
de prescrição de 20 (vinte) anos. Se na contagem do prazo de prescrição até janeiro de 2003 
tivesse decorrido 12 (doze) anos, ou seja, mais da metade do prazo de prescrição de 20 (vinte) 
anos, aplica-se o prazo da lei antiga, desta forma, seriam necessários mais 8 (oito) anos a 
partir do novo Código Civil para se consumar a prescrição.
Se na mesma situação, em vez de 12(doze) anos tivesse decorrido 8 (oito) anos até janeiro de 
2.003, ou seja, prazo menor que a metade de 20 (vinte) anos, aplica-se o prazo de prescrição 
estabelecido no novo Código Civil de 2003, de 03 (três) anos, conforme art. 206, § 3º, V a 
partir da entrada em vigor do Código Civil de 2002, ou seja, 3 (três) anos a partir de janeiro 
de 2003, consumando-se a prescrição em janeiro de 2006. Portanto, para esse caso o termo 
inicial de contagem do prazo de prescrição é a entrada em vigor do novo Código Civil de 2002, 
ou seja, janeiro de 2003.
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5.2. PreSCriÇÃo CoNtrA A FAZeNDA PÚBliCA5.2. PreSCriÇÃo CoNtrA A FAZeNDA PÚBliCA
Com relação aos prazos de prescrição contra a Fazenda Pública, ou seja, contra a União, 
Estados ou Municípios, prevalece o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, que a 
prescrição é quinquenal, uma vez que é regida pelo Decreto n. 20.910/32, norma especial 
que prevalece sobre lei geral:
Art. 1º As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer 
direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza, 
prescrevem em cinco anos contados da data do atoou fato do qual se originarem.
O STJ tem entendimento jurisprudencial no sentido de que o prazo prescricional da 
Fazenda Pública deve ser o mesmo prazo previsto no Decreto n. 20.910/32, em razão do 
princípio da isonomia. Ou seja, no caso de ações da Fazenda Pública cobrando indenização 
de particulares deve ser aplicado o mesmo prazo de prescrição de 5 (cinco) anos previsto 
no Decreto n. 20.910/32.
Também deve ser ressaltada a existência da Lei n. 9.494/1997, que disciplina a tutela 
antecipada em face da Fazenda Pública, trazendo em seu art. 1º-C a previsão de prescrição 
quinquenal em face das pessoas jurídicas de direito público e de pessoas jurídicas de direito 
privado prestadoras de serviços públicos:
Art. 1º-C. Prescreverá em cinco anos o direito de obter indenização dos danos causados por 
agentes de pessoas jurídicas de direito público e de pessoas jurídicas de direito privado prestadoras 
de serviços públicos.
015. 015. (Q1554017/CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/3º SIMULADO/
TJDFT/2019) Segundo a Jurisprudência dominante, no que se refere ao prazo prescricional 
do particular contra o Estado, sendo pessoa jurídica de direito público ou pessoa de direito 
privado prestadora de serviço público, o prazo será de 3 anos.
Quanto ao prazo prescricional do particular contra o Estado, sendo pessoa jurídica de direito 
público ou pessoa de direito privado prestadora de serviço público, o prazo será de cinco anos, 
de acordo com o Decreto n. 20.910/1932, e nos termos do art. 1º-C da Lei n. 9.494/1997. 
Nesse sentido, o STJ já se pronunciou pacificando seu entendimento, afastando a aplicação 
do art. 206 do Código Civil (prazo de três anos), por se tratar de norma que rege apenas 
as relações entre os particulares. (AgRgREsp n. 1.149.621/PR, Relator Ministro Benedito 
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Prescrição, Decadência e Prova
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Gonçalves, DJe 18/05/2010). Embargos de divergência rejeitados. (EREsp n. 1.081.885/
RR, Rel. Ministro Hamilton Carvalhido, Primeira Seção, julg. 13/12/2010, DJe 1º/02/2011).
Errado.
6. DeCADÊNCiA6. DeCADÊNCiA
Decadência consiste na perda do direito potestativo pela inércia do seu titular no período 
determinado em lei. Desta forma, a Decadência tem como objeto os direitos potestativos de 
qualquer espécie, disponíveis ou indisponíveis, que são direitos que conferem ao respectivo 
titular o poder de influenciar ou determinar mudanças na esfera jurídica de terceiro, por 
ato unilateral, sem que exista qualquer dever correspondente, apenas uma sujeição.
Direitos Potestativos são direitos em que o agente pode influenciar na esfera jurídica 
de terceiro, de forma unilateral, quer ele queira ou não, como no caso de anular um negócio 
jurídico. Os Direitos Potestativos se diferem dos Direitos Subjetivos, pois os Direitos Subjetivos 
são relações bilaterais de sujeitos nas relações jurídicas.
Os Direitos Potestativos são direitos sem pretensão, sendo insuscetíveis de violação, 
isso porque a eles não se opõe um dever, mas uma sujeição de alguém. O direito de anular 
um negócio jurídico não pode ser violado pela parte a quem a anulação prejudica, pois essa 
parte pode apenas se sujeitar às consequências da anulação decretada pelo juiz.
Além do mais, quando se pede para anular um negócio jurídico, não está sendo pedida 
a condenação de ninguém por violação de direito, mas apenas exercendo um direito pela 
via judicial. Entretanto há prazo para exercer o direito decadencial, que não são os prazos 
dos artigos 205 ou 206, são prazos que se encontram em outros artigos do Código Civil.
Na decadência, o prazo começa a fluir no momento em que o direito nasce, ou seja, no 
instante em que o agente adquire o direito já começa a contar o prazo de decadência. Por 
outro lado, o prazo de prescrição só começa a partir da violação do direito.
A Decadência pode resultar da lei (decadência legal), do testamento e do contrato 
(decadência convencional), já a prescrição resulta somente da lei.
A principal distinção entre os prazos de prescrição e de decadência adotados pelo Código 
Civil vigente é que os prazos prescricionais são taxativamente discriminados nos artigos 205 
e 206 do CC, enquanto os prazos decadenciais estão espalhados pelas outras partes do CC.
6.1. DiSPoSiÇÕeS leGAiS SoBre A DeCADÊNCiA6.1. DiSPoSiÇÕeS leGAiS SoBre A DeCADÊNCiA
6.1.1. Art. 207 Do CC
O art. 207 do CC prescreve:
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que 
impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.
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Assim, a regra geral é que os prazos de decadência são peremptórios, ou seja, não estão 
sujeitos a impedimento, suspensão ou interrupção. Entretanto o termo, salvo disposição 
legal em contrário, indica que a regra não é absoluta, prevendo a existência de disposições 
expressas ao contrário.
6.1.2. Art. 208 Do CC
O art. 208 do CC prescreve:
Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I.
Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes 
ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I – contra os incapazes de que trata o art. 3º;
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores 
de 16 (dezesseis) anos.
O artigo 208 do CC abre uma exceção com relação ao artigo 207 do CC, não admitindo 
a fluência de prazo decadencial contra os absolutamente incapazes, bem como, permite 
que os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas responsabilizem seus assistentes ou 
representantes que derem causa à decadência, ou não a alegarem oportunamente.
016. 016. (FGV/AUDITOR TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/TCE/AM/MINISTÉRIO PÚBLICO DE 
CONTAS/2021) Em 15 de janeiro de 2020, André completou 12 anos de idade. Enquanto 
passeava com seu pai para celebrar a ocasião, André foi atingido por um cinzeiro caído de 
um edifício particular.
André pode pretender a reparação civil dos danos sofridos até:
a) 15 de janeiro de 2023;
b) 15 de janeiro de 2024;
c) 15 de janeiro de 2026;
d) 15 de janeiro de 2027;
e) 15 de janeiro de 2029.
Como André tinha 12 anos de idade ao tempo do fato, em 15 de janeiro de 2020, não corria 
a prescrição contra ele, nos termos do art. 198, I, do CC: Art. 198. Também não corre a 
prescrição: I – contra os incapazes de que trata o art. 3º. Lembrando que nos termos do 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art195
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