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1 Princípios Constitucionais do Direito Penal

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RESUMO 
DIREITO PENAL 
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PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL 
PRÍNCÍPIO DA LEGALIDADE 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; 
 
Legalidade = Reserva legal + Anterioridade da lei penal. 
 
RESERVA LEGAL 
SOMENTE LEI (EM SENTIDO ESTRITO) pode definir condutas criminosas e estabelecer 
penas. As leis devem ter conteúdo preciso. 
Medidas Provisórias, Decretos, e demais diplomas legislativos não podem estabelecer 
condutas criminosas nem cominar sanções. 
O STF Admite que medida provisória pode tratar de material penal, desde que favoreça o 
réu. 
Analogia pode ser feita quando for beneficiar o réu, sendo proibida a analogia in 
malam partem. 
 
 
Normas penais em branco: dependem de outra norma pra que sua aplicação seja 
possível. Ex: O artigo que depende de definição de drogas, que é definida em portaria da Anvisa. 
 Homogênea: editada pelo mesmo órgão que produziu a norma penal em branco. 
 Heterogênea: editada por órgão diverso 
 
Obsd: Código penal e Lei das Contravenções foram editados como decreto-lei, mas foram 
recepcionados pela CF. 
 
 
 
ANTERIORIDADE DA LEI PENAL 
Somente haverá crime e pena se a lei que prevê o crime for anterior ao fato. 
 
A Doutrina e a Jurisprudência entendem que estes princípios são aplicáveis, também, às 
MEDIDAS DE SEGURANÇA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jhonatan Souza e Silva - jhonatansouza172@gmail.com - CPF: 057.811.251-59
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DEMAIS PRINCÍPIOS 
Taxatividade 
A lei deve ser certa e não deve ser criminalizada uma situação 
vaga. 
Ofensividade 
Para haver crime deve haver ofensa (crime de dano) ou exposição 
a risco (crimes de perigo) ao bem jurídico tutelado (patrimônio, 
vida, etc.). 
Princípio da Alteridade 
Para haver crime, o dano ou o perigo de dano deve ser dirigido a 
terceira pessoa. 
 
Não há crime praticado contra si próprio. 
Insignificância/Bagatela 
Causa de exclusão da Tipicidade Material  A conduta não ofende 
de forma relevante o bem jurídico. A conduta não é 
materialmente típica. 
 
Requisitos (Pelo STF e STJ): 
 Mínima Ofensividade da conduta do agente 
 Nenhuma periculosidade social da ação 
 Reduzidíssimo grau de reprovabilidade do 
comportamento 
 Inexpressividade da lesão jurídica provocada (em 
regra, até 10% do salário mínimo). 
 
Súmula 589 do STJ: É inaplicável o princípio da insignificância 
nos crimes ou contravenções penais praticados contra a mulher 
no âmbito das relações domésticas. 
 
Súmula 599 do STJ: O princípio da insignificância é inaplicável 
aos crimes contra a Administração Pública. 
 
Exceção: tributários federais e de descaminho, se o valor máximo 
do tributo suprimido for de até 20 mil reais. 
Intervenção Mínima 
A intervenção do Direito Penal seja mínima. 
Se divide em: Fragmentariedade e Subsidiariedade 
Fragmentariedade 
O Direito Penal só deve tutelar os bens jurídicos mais importantes 
e os ataques mais intoleráveis a esses bens. 
Subsidiariedade 
Só é para aplicar o Direito Penal quando os demais ramos do 
direito não servirem para resolver o conflito e/ou punir a conduta. 
Responsabilidade Penal 
Pessoal/Individual/ 
Intranscedência da 
pena/personalidade 
Apenas quem comete a infração penal é que poderá ser alvo de 
uma pena. 
 
Art. 5º, XLV da CF: nenhuma pena passará da pessoa do 
condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a 
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, 
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite 
do valor do patrimônio transferido; 
Materialização do 
Fato/Exteriorização do 
Fato 
Para haver punição, deve haver uma conduta (ação ou 
omissão). 
 
Regra  Atos preparatórios não são puníveis. 
Exceção  São puníveis se eles constituírem crimes autônomos 
por si só. 
Jhonatan Souza e Silva - jhonatansouza172@gmail.com - CPF: 057.811.251-59
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Responsabilidade Penal 
Subjetiva 
Necessário que haja demonstração de “dolo” ou “culpa” (quando 
esta for prevista) 
Adequação Social 
Condutas que poderiam configurar crimes podem não ser punidas 
por se inserirem no âmbito de normalidade de uma determinada 
sociedade. 
 
A adequação social exclui a tipicidade. 
Proporcionalidade 
São proibidos os excessos (garantismo negativo) e também a 
proteção deficiente (garantismo positivo). 
Excepcionalidade 
Alguém só pode ser punido a título de “culpa” quando a 
modalidade culposa for prevista em lei. 
 
CP: Art. 18, Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, 
ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão 
quando o pratica dolosamente. 
vedação ao bis in idem 
Ninguém pode ser processado ou punido duas vezes pelo mesmo 
fato (mesma conduta). 
Individualização da 
Pena 
Eventual condenação deve ser proferida observando-se as 
peculiaridades do caso concreto de cada indivíduo. 
 
 
CF: Art. 5º, XLVI - a lei regulará a individualização da pena e 
adotará, entre outras, as seguintes 
 
Individualização da pena ≠ Intranscedência da pena 
 
Jhonatan Souza e Silva - jhonatansouza172@gmail.com - CPF: 057.811.251-59
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