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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO CAMPUS BURITICUPU DEPARTAMENTO DE ENSINO SUPERIOR E TECNOLÓGICO CURSO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA ONACLAN SANTOS DA COSTA A IMPORTÂNCIA DE TABALHAR GRÁFICOS E TABELAS NO ENSINO FUNDAMENTAL 6º ANO: na Unidade Integrada Profª Valdeana Almeida dos Reis, no Município de Buriticupu-MA. BURITICUPU 2018 ONACLAN SANTOS DA COSTA A IMPORTÂNCIA DE TABALHAR GRÁFICOS E TABELAS NO ENSINO FUNDAMENTAL 6º ANO: na Unidade Integrada Profª Valdeana Almeida dos Reis, no Município de Buriticupu-MA. Monografia apresentada ao curso de Licenciatura em Matemática no Instituto Federal do Maranhão – IFMA, para obtenção do Titulo de Graduação de Licenciatura em Matemática. Orientador (a): Msc. Adão Nascimento dos Passos BURITICUPU 2018 ONACLAN SANTOS DA COSTA A IMPORTÂNCIA DE TABALHAR GRÁFICOS E TABELAS NO ENSINO FUNDAMENTAL 6º ANO: na Unidade Integrada Profª Valdeana Almeida dos Reis, no Município de Buriticupu-MA. Monografia apresentada ao curso de Licenciatura em Matemática no Instituto Federal do Maranhão – IFMA, para obtenção do Titulo de Graduação de Licenciatura em Matemática. Aprovado em: ____/____/2018 Nota: _______ BANCA EXAMINADORA Msc. Adão Nascimento dos Passos (Orientador) Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão – Campus Açailândia 2º Examinador Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão – Campus Buriticupu 3º Examinador Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão – Campus Buriticupu O abandono da Matemática traz dano a todo conhecimento, pois aquele que a ignora não pode conhecer as outras ciências ou as coisas do mundo. Roger Bacon Dedico este trabalho primeiramente à Deus que me protege sempre, guia os meus passos e aos meus familiares, especialmente aos meus pais e professores que sempre deram o melhor de si e acreditaram em meu potencial os quais me apoiaram nos momentos mais difíceis. AGRADECIMENTOS É com muita satisfação que agradeço ao meu bom Deus, por todas as bênçãos concedidas durante toda a minha vida, por estar sempre presente comigo nesta grande jornada. Aos meus pais, Manoel Andrade da Costa (in memoriam) e Antonia Santos da Costa meus sinceros agradecimentos por todos os momentos que me incentivaram a lutar pelos meus ideais, a conquistar sonhos e objetivos que almejo alcançar. A meu esposo, Eliezio Pereira Torres, que sempre esteve ao meu lado me dando apoio em todos os momentos da minha vida. Aos meus filhos Flávia da Costa Alcântara, Marcos Vinicius da Costa Alcântara, Antony Gabriel da Costa Torres e Fernando Emanuel da Costa Torres que são o motivo para que eu siga em frente sempre. Aos filhos de meu esposo: Anthonio Moisés de Sousa Torres, Matheus de Sousa Torres, Ana Carol de Sousa Torres e Marcos Felipe de Sousa Torres, que também fazem parte da minha vida. Também agradeço aos meus irmãos, que sempre estiveram ao meu lado dando – me forças e incentivando – me a chegar ao término desta jornada sendo vitoriosa. Aos professores, em nome do professor Adão Nascimento dos Passos. Aos amigos e colegas de faculdade que me auxiliaram no decorrer do curso e sempre me estenderam uma mão amiga. Muito, muito obrigada! RESUMO O presente trabalho aborda o ensino e a aprendizagem da estatística, através da coleta de dados para se obter informações e realizar uma análise para interpretação de tabelas e gráficos expostos nos dias atuais. Utiliza dados interdisciplinares para a apropriação e ampliação de conhecimentos, dos conceitos e procedimentos tantos estatísticos como matemáticos. Conduz a formulação de ideias e conclusões tendo em vista a formação intelectual do educando a partir de sua realidade. O trabalho apresentado traz uma singular reflexão que objetiva valorizar o ensino de estatística, destacando a análise e a interpretação de gráficos e tabelas, enfatizando a necessidade de ações pedagógicas para efetivá-la, bem como demonstrando que a Matemática se faz presente em nosso cotidiano. Esta pesquisa tem como objeto de estudo, as dificuldades de aprendizagem no ensino fundamental, objetivando analisar essas dificuldades, detectar os fatores e causas para as mesmas. O presente trabalho propõe reflexão sobre a necessidade de abordagem pedagógica para o ensino e a aprendizagem de gráficos. Uma vez que o reconhecimento da importância deste assuntos nos currículos escolares dos vários níveis de ensino, supõe e exige um melhor aprofundamento dos diversos processos envolvidos na interpretação dos gráficos. Bem como se discutirá o ponto de vista teórico do gráfico como um mediador das ações sócio-cognitivas humanas, sendo descrita alguns estudos que investigaram atividade de compreensão de gráficos. Palavras-chave: Ensino-aprendizagem. Ensino de Estatística. Dificuldades. Matemática. Salvino Realce Salvino Nota fazer uma revisão, no trabalho inteiro, de gramática e erros de digitação. há alguns erros de concordância durante todo o texto ABSTRACT The present work deals with the teaching and learning of statistics through the collection of data to obtain information and perform an analysis for the interpretation of tables and graphs exposed in the present day. It uses interdisciplinary data for the appropriation and expansion of knowledge, concepts and procedures as many statistics as mathematics. It leads to the formulation of ideas and conclusions in view of the intellectual formation of the pupil from their reality. The present work brings a unique reflection that aims to value the teaching of statistics, highlighting the analysis and interpretation of charts and tables, emphasizing the need for pedagogical actions to make it effective, as well as demonstrating that mathematics is present in our daily life. This study aims to study the learning difficulties in elementary school, aiming to analyze these difficulties, to detect the factors and causes for them. The present work proposes reflection on the need for a pedagogical approach to teaching and learning graphics. Since the recognition of the importance of these subjects in the school curricula of the various levels of education supposes and demands a better understanding of the different processes involved in the interpretation of the graphs. As well as discussing the theoretical point of view of the graph as a mediator of human socio-cognitive actions, and describing some studies that investigated graph comprehension activity. Keywords: Teaching-learning. Teaching Statistics. Difficulties. Mathematics. LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS D.A – Dificuldade de Aprendizagem EMEB – Escola Municipal de Educação Básica Donald Savazoni IBGE – Instituto Brasileiro Geografia e Estatística MEC – Ministério da Educação PCN’s – Parâmetros Curriculares Nacionais PNLD – Programa Nacional do Livro Didático SEF – Secretaria da Educação Fundamental UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Evolução do número de alunos da escola..............................................................13 Gráfico 2 – Distribuição de meninas e meninos por classe......................................................35Gráfico 3 – Preferências por Modalidade Esportivas...............................................................36 Gráfico 4 – Aniversariantes dos 6º anos da escola Santa Maria...............................................37 Gráfico 5 – Gráficos De Linhas (Variação de temperatura média de Buriticupu – MA) ........42 Gráfico 6 – Gráficos De Barras.................................................................................................43 Gráfico 7 – Utilização de espaços contemplados por árvores pela população local.................44 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Tabela simples.........................................................................................................14 Tabela 2 – Tabela de dupla entrada..........................................................................................15 Tabela 3 – Distribuição de Meninas e Meninos em classes do 6º ano......................................35 Tabela 4 – Aniversariantes dos 6º anos da escola Santa Maria................................................36 Tabela 5 – Porcentagem sobre total de casos de correlações entre opiniões e sentimentos partidário conforme magnitude e significância estatísticas das correlações (1990, 1997,2002 e 2007) ........................................................................................................................................39 Tabela 6 – Distribuição da porcentagem de profissionais e estudantes quanto à dificuldade na interpretação de escores testes psicológicos.............................................................................39 Tabela 7 – Ordenação das regiões segundo a porcentagem de crianças frequentando creche ou pré-escola e a posição quanto à duração média da jornada na Educação Infantil.....................40 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 12 2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................ 13 3 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 21 3.1 Objetivo geral .................................................................................................................... 21 3.2 Objetivos específicos ......................................................................................................... 21 4 A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE ESTATÍTICA ...................................................... 22 5 O PROBLEMA DA DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM ....................................... 27 3.1 Dificuldade no ensino-aprendizagem da Matemática ................................................... 27 6 A FUNÇÃO DO LIVRO DIDÁTICO DE MATEMÁTICA ........................................... 29 6.1 A importância do livro didático de Matemática ............................................................ 31 7 METODOLOGIA ................................................................................................................ 33 7. 1 Procedimentos metodológicos ......................................................................................... 33 8 RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................................... 35 8.1 Motivação .......................................................................................................................... 35 8.2 Coleta e organização de dados ......................................................................................... 36 8.3 Trabalho com tabelas ....................................................................................................... 37 8.4 O que são gráficos ............................................................................................................. 40 8.5 Tipos de gráficos ............................................................................................................... 41 8.6 Trabalhando porcentagens em gráficos ......................................................................... 43 9 CONCLUSÃO......................................................................................................................45 REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 47 12 1 INTRODUÇÃO É crescente a importância atribuída à Educação Estatística na formação de qualquer cidadão, haja vista que todos estão expostos às informações estatísticas diversas, cotidianamente veiculadas pelos diferentes meios de comunicação. Consequentemente, falhas e erros de interpretação poderiam ser explicados como falta de compreensão ou de conhecimento da correta maneira de ler um gráfico ou uma tabela. A Matemática, como ciência, desempenha um papel fundamental no mundo científico e na sociedade, por isso está cada vez mais presente na vida das pessoas. Os vários tipos de representação gráfica constituem uma ferramenta importante, pois facilitam a análise e a interpretação de um conjunto de dados. Os gráficos e tabelas estão presentes em diversos meios de comunicação (jornais, revistas, internet) e estão ligados aos mais variados assuntos do nosso cotidiano. Sua importância está ligada à facilidade e rapidez com que podemos interpretar as informações. Os dados coletados e distribuídos em planilhas podem ser organizados em gráficos e tabelas, sendo apresentados de uma forma mais clara e objetiva. Várias instituições financeiras espalhadas pelo mundo (Bovespa, BM & F, Down Jones, Nasdaq, Bolsa de Nova York, Frankfurt, Hong-Kong, etc.) fazem uso dos gráficos e tabelas para mostrar a seus investidores os lucros, os prejuízos, as melhores aplicações, os índices de mercado, variação do Dólar e do Euro (moedas de trocas internacionais), valorização e desvalorização de ações, dividendos, variação das taxas de inflação de países e etc. O recurso gráfico possibilita aos meios de comunicação a elaboração de inúmeras ilustrações, tornando a leitura mais agradável. 13 2 JUSTIFICATIVA Propondo trabalhar com temas que aproximassem o conteúdo trabalhado à realidade do aluno, e tendo em vista a expansão do uso de gráficos como fonte de informação e comunicação, delimitando como tema a análise de livros didáticos do Ensino Fundamental. Para a construção dos gráficos é necessário obter informações, coletar dados e organizá-los, e assim construir os gráficos de acordo com as informações coletadas. Existem diferentes tipos de representações gráficas que dão suporte a leitura e interpretação de dados coletados com diferentes informações do dia a dia. Sabemos como é frequente em situaçoes do dia-a dia as informações serem apresentadas por meio de tabelas ou gráficos, e como precisamos fazer previsões ou tomar decisões que dependem de uma interpretação precisa dos dados apresentados. Fernanda Salla (2018) expõe um exemplo claro, imagine o seguinte: na sala dos professores da escola, há um cartaz com a frase “Em 2007, eram 734 estudantes matriculados; em 2008, 753; em 2009, 777; em 2010, 794; e, em 2011, 819”. Se você acha que esses números não contribuem para mostrar com clareza o histórico da instituição nem para destacar o percurso crescente de matrículas, tem toda razão. Há uma maneira mais clara e eficiente de apresentar esses dados: um gráfico (Gráfico 1). Gráfico 1 – Evolução do número de alunos da escola Fonte: SALLA (2018). Esse exemplo revela claramente que para cada informação que se quer comunicar há uma linguagem mais adequada, aí se incluem textos, gráficos e tabelas. “Eles são usados para facilitar a leitura do conteúdo, já que apresentam as informaçõesde maneira mais visual”, explica Cleusa Capelossi Reis, formadora de Matemática da Secretaria Municipal de Educação de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo (SALLA, 2018). 14 Logo no início do Ensino Fundamental, as crianças precisam aprender a ler e interpretar esses tipos de recursos com o qual elas se deparam no dia a dia. Além disso, esse é um conteúdo importante da Matemática que vai acompanhá-las durante toda a escolaridade no estudo de diversas disciplinas. Para isso é preciso conhecer a existência de vários tipos de gráficos (como os de barras, de setor e de linhas, entre outros) e tabelas (simples e de dupla entrada). O uso de cada um deles depende da natureza das informações. É importante que os alunos sejam apresentados a todos eles e estimulados a interpretá-los. “Aqui tem mais quantidade porque esta torre (barra) é maior que a outra” e “a pizza está dividida em três partes. Então são três coisas representadas” são falas comuns e que revelam o quanto a turma já sabe a respeito. Na Escola Municipal de Educação Básica Donald Savazoni (EMEB) na capital paulista, afirma Cláudia de Oliveira pediu que os estudantes do 6º ano pesquisassem gráficos e tabelas em diversos portadores de texto, como os jornais, e analisou o material com eles. Além dos diferentes visuais, ela trabalhou elementos imprescindíveis, como o título (que indica o que está sendo representado), a fonte (que revela a origem das informações) e, no caso dos gráficos, especificamente, a legenda (que decodifica as cores, por exemplo). De que assunto trata o gráfico? Quantos dados são apresentados? Como eles aparecem? Esses são questionamentos pertinentes para fazer aos alunos. Então essas intervenções, apoiadas em exemplos, são uma forma de encaminhar a turma a notar que há certas regularidades que permitem a interpretação independentemente do conteúdo. Por exemplo: num gráfico de barras verticais, é a altura que mostra a variação de quantidade e não a largura das barras. No caso dos eixos, presentes no gráfico de barras e no de linhas, os intervalos entre as marcações são sempre do mesmo tamanho. Isso serve para garantir a proporcionalidade das informações apresentadas Tabela 1. Tabela 1 – Tabela simples PRODUTO PREÇO Chocolate em barra R$ 0,50 Maçã R$ 1,00 Banana R$ 0,70 Biscoito R$ 3,00 Pão de queijo R$ 1,50 Pão com geleia R$ 1,20 Granola R$ 2,50 Suco de laranja R$ 1,75 Fonte: SALLA (2018). 15 A tabela simples é usada para apresentar a relação entre uma e outra (como produto e preço). É formada por duas colunas e lida horizontalmente. Tabela 2 – Tabela de dupla entrada Fonte: SALLA (2018). A tabela acima é útil para mostrar dois ou mais tipos de dado (como altura e peso) sobre um item (nome). Deve ser lida na vertical e na horizontal simultaneamente para que as linhas e as colunas sejam relacionadas. Quanto às tabelas, há diversas formas de usá-las para organizar as informações. Elas podem aparecer em ordem crescente ou decrescente, no caso de números, ou em ordem alfabética, quando são compostas de nomes, por exemplo. Ao selecionar o material para trabalhar em sala, lembre-se de atentar para a complexidade de cada um. “Quanto mais informações reunirem, mais complicados são. Para essa faixa etária, melhor usar material com poucos dados, dando preferência aos números absolutos”, explica Leika Watabe, assessora técnica educacional da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Escolher temas e assuntos que fazem parte do universo da garotada também é importante. Para as crianças do 6º ano, Cláudia organizou um estudo do tempo de vida de uma série de animais e organizou os dados em uma tabela e um gráfico de barras. Na tabela, elas tinham de identificar o assunto tratado e verificar as informações sobre os bichos, relacionando os dados. Depois, compararam no gráfico as diferenças entre a expectativa de vida de cada um deles. Por fim, a educadora propôs alguns problemas para que todos calculassem a diferença de idade entre dois animais. Os alunos confrontaram os resultados com o gráfico e concluíram que os valores eram proporcionais ao intervalo entre as barras que representavam os bichos. Pode-se observar a importância dos gráficos e tabelas na significação do estudo e da aprendizagem, explorando os conteúdos de várias disciplinas, que estão presente nos livros didáticos e por ele extrair informações que servirão de suporte na busca pela compreensão do texto a ser trabalhado, desde que o material não seja simplesmente exposto em um cartaz na NOME ALTURA* PESO** Andre 1,10 35 João 1,05 28,5 Marcos 1,10 33,5 Paulo 1,12 34,5 Raquel 1,20 40 Renan 1,30 31 Sandro 1,10 32 * Em metros ** Em quilos 16 sala. Trabalhar a interpretação é fundamental. Somente com essa estratégia em jogo, o grupo vai criar familiaridade com esse tipo de representação, se apropriar dele com segurança e seguir em frente, construindo seus próprios gráficos e tabelas. Diante disso, é perfeitamente justificado o estudo dos temas do bloco tratamento da Informação, já nas series iniciais do Ensino Fundamental e principalmente nas séries finais. Esse bloco de conteudos é composto de noções de Estatística descritiva, de combinatória e de probabilidade. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental – PCN’s (BRASIL, 1997), no que se refere à estatística descritiva, o aluno deve construir procedimentos para coletar dados, bem como interpretar informações apresentadas em tabelas ou gráficos. Em relação a combinatória, os PCN’s indicam que o objetivo é levar o aluno a usar suas proprias estrategias para identificar possiveis maneiras de combinar elementos de coleções e de contabilizá-las usando o princípio multiplicativo da contagem. Quando se assiste a telejornais e é realizada a leitura de jornais, revistas e outros materiais fornecidos pela mídia observam-se vários tipos de gráficos e tabelas, bem como a grande variedade de informações que apresentam. Também é possível verificar sua utilidade e importância pois tais instrumentos estatísticos facilitam e agilizam a interpretação das informações que veiculam, posto que, por meio de suas ilustrações, possibilitam aos meios de comunicação despertar a curiosidade dos leitores e ouvintes. Nas últimas décadas, a Educação Estatística expandiu-se, deixando de ser um campo de estudos utilizado somente por especialistas e técnicos e que se restringia a universidades e centros de pesquisas. Ampliou-se gradativamente para um momento muito mais abrangente, perpassando desde o Ensino Fundamental, Médio e Superior até a capacitação de pesquisadores e profissionais de áreas diversas do conhecimento (CAZORLA e OLIVEIRA, 2010). Nesse sentido, no Brasil, após a década de 90, estudiosos e pesquisadores estatísticos começaram a dispensar maior atenção e cuidado com o ensino de estatística, buscando significar socialmente tal conhecimento (ARAUJO, 2008). Muitas vezes, os alunos apresentam certa dificuldade de interpretação de gráficos, tabelas, de comparações e interpretações dos dados apresentados. No entanto os meios de comunicação utilizam a linguagem matemática, linguagem essa que a maioria dos educando não conseguem fazer a conexão das informações divulgadas com a Matemática. É importante que os mesmos comparem, leiam e interpretem gráficos e tabelas de maneira significativa e 17 realizem cálculos de porcentagem em diversas situações de seu cotidiano, visto que, estão cada vez mais presentes em todos os tipos de mídia e em diversas atividades diárias dos estudantes. É essencial que a escola proporcione ao estudante, desde o Ensino Fundamental, a formação de conceitos que o auxiliem no exercício de sua cidadania. Porém, devemos oportunizar aos alunos situações que desenvolvam a capacidade de coletar, ler, interpretar e comparar dados, obtendoconclusões, que colaborem em sua formação como cidadão atuante na sociedade. Sabemos que uma das grandes demandas sociais de nossos dias se relacionam ao pensamento estatístico e probabilístico. As informações apresentadas nos meios de comunicação, em qualquer campo de conhecimento (científico, político ou social), apresentam grande quantidade de dados. Ter capacidade de ler e interpretar os dados apresentados de maneira organizada é, hoje, fundamental para que se possam compreender os fatos, bem como construir uma opinião, fazer previsões ou tomar decisões. De acordo com a Resolução da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) de 11 de novembro de 1997, que apoiou a instituição do ano de 2000 como o Ano Mundial da Matemática, ressalta-se a importância dessa ciência, destacando que o entendimento de sua linguagem e conceitos são universais e que contribuem para a cooperação internacional; que esta ciência guarda uma profunda relação com a cultura dos povos; que ela desempenha, nos dias atuais, um papel primordial na sociedade devido as suas múltiplas aplicações em vários campos de saberes, contribuindo para o desenvolvimento das ciências, da tecnologia, das comunicações, da economia. A Matemática, como ciência, desempenha um papel fundamental no mundo científico e na sociedade, por isso está cada vez mais presente na vida das pessoas. A necessidade e, principalmente, a dificuldade que os alunos têm de entender, compreender e descrever dados em gráficos e tabelas, foram os motivos que inspiraram a escolha desse tema. É de grande valor, a importância que se têm em trabalhar gráficos e tabelas buscando informações para coletar dados onde possa se tabular e depois graficar os dados obtidos, tambem é importante dar um título a tabela e ao gráfico, através destes pode-se entender e compreender com rapidez as informações necessárias para a pesquisa realizada. As tabelas e gráficos devem ser inseridos no texto como figura e com a seguinte formatação centralizados na página a fonte de letra na tabela deve ser no mínimo de tamanho 10 pt e no máximo de 12 pt, divida a tabela em duas ou mais, se não couber na página. Para títulos, utilize o estilo: Tabela seguida do título da tabela/gráfico (centralizado e negrito). 18 A fonte dos dados deve ser indicada, alinhando o texto descritivo com a margem esquerda da Tabela/Gráfico. Procure evitar grades laterais nas células das tabelas. Tabelas são utilizadas para apresentação de dados numéricos, principalmente quando compreendem valores comparativos. Os dados em pequenas quantidades, eventuais ou repetitivos, não precisam ser apresentados em forma de tabelas ou gráficos. Recomenda-se que as tabelas sejam preparadas de maneira que o leitor possa compreendê-las, sem que seja necessário recorrer ao texto. Desta forma, suas informações devem ser simples e objetivas. Elas devem ser inseridas o mais próximo possível do texto a que se referem, para que tenha sentido normal de leitura e padronizadas conforme o Instituto Brasileiro Geografia e Estatística (IBGE). O tamanho da letra utilizado nas tabelas é, preferencialmente, igual ao do texto, podendo ser diminuído até o limite que não prejudique a leitura. Não se deve utilizar letra de tamanho maior que o texto. A identificação da fonte da qual foram extraídos os dados utilizados na construção das tabelas deve vir no rodapé, precedido da palavra "Fonte". A fonte das legendas deve ser tamanho 10. Quando a figura for representada apenas por gráficos, a denominação pode ser feita somente pela palavra “gráfico”. Estes representam dinamicamente os dados das tabelas, sendo mais eficientes na sinalização de tendências. Deve-se optar por uma forma ou outra de representação dos dados, isto é, não utilizar tabela e gráfico para uma mesma informação. Um gráfico bem construído pode substituir, de forma simples, rápida e atraente, dados de difícil compreensão na forma tabular. Existem diferentes tipos de gráfico (barras, lineares, de círculos, entre outros) e sua utilização não está relacionada ao tipo de informação a ser ilustrada. Sugere-se o uso de: Gráficos de linhas - para dados crescentes e decrescentes: as linhas unindo os pontos enfatizam o movimento; gráficos de círculos - usados para dados proporcionais; gráficos de barras - para estudos temporais; dados comparativos de diferentes variáveis. Na sociedade em que vivemos a informação faz parte do cotidiano da maioria das crianças, que observam, nos meios de comunicação em geral, uma grande quantidade de dados apresentado de variadas formas. Sendo assim é importante que as crianças, desde os primeiros anos de vida escolar, desenvolvam habilidades ligadas à estatísticas, tais como coletar, organizar e descrever dados, de forma a saber interpretá-los e com base neles tomar decisões ou fazer inferências. Tudo que está a volta de uma criança faz parte da vida de cada um, são informações que precisam ser coletada, entendida e compreendida de maneira fácil e 19 rápida, ou seja, é no início da escolaridade que estudantes devem ter os primeiros contato com informações que sejam exibidas através de tabelas e gráficos, isso deve ser feito o quanto antes pois é nesta fase que o cognitivo do aluno é despertado de forma que os conhecimentos irão ter significado reais na aprendizagem e nas informações contidas e vivenciadas no decorrer da vida escolar do aluno. Além dessa visão de ensino apresentada pelo PCN’s, Lopes e Moran (1998) consideram importante destacar os argumentos necessários que têm sido evidenciados nas recentes pesquisas sobre o ensino da Estatística (que é o ensino da estatística ligado ao da probabilidade) na Escola Básica, como os destacados por Cardeñoso e Azcárate (1995 apud. LOPES e MORAN, 1999, p. 46) justificando a inclusão desse tema: “Seu interesse para a resolução de problemas relacionados com o mundo real e com outras matérias do currículo”.- Sua influência na tomada de decisões das pessoas quando dispõem somente de dados afetados pela incerteza. Seu domínio facilita a análise crítica da informação recebida através, por exemplo, dos meios de comunicação. “Sua compreensão proporciona uma filosofia do azar de grande repercussão para a compreensão do mundo atual.” Entendemos que é importante analisar as informações coletadas em coleções de livros didáticos, jornais, revistas recomendadas e as avaliações para o desenvolvimento de textos e o tratamento da informação, onde possam contribuir para um desenvolvimento do raciocínio estatístico claro e objetivo do conhecimento que se quer repassar não deixando informações soltas, mas primando por fontes de informações referenciadas e atualizadas. Esses conhecimentos trazem inúmeros benefícios de aprendizado aos alunos que estão em busca de uma pesquisa de dados para que conclua o processo de identificar dados para tabular e depois graficar as informações obtidas. Para Garfild e Gal (1999 apud CARVALHO, 2005, p 37): O raciocínio estatístico pode ser definido como sendo o modo como as pessoas raciocinam com as ideias estatísticas, conseguindo assim dar um significado a informação estatística. O que envolve fazer interpretações com base em conjuntos de dados, representações de dados ou resumos de dados. Muitos dos raciocínios estatísticos combinam dados e acaso o que leva a ter de ser capaz de fazer interpretações estatísticas e inferências. Através de muitas informações existente no mundo atual, e com a ajuda do raciocínio lógico pode-se observar maneiras de como se deve coletar dados, apenas com uma leitura fica fácil de interpretar informações contida em textos, revistas, jornais e até mesmo na televisão. Além dos pressupostos anteriores, justifica-se, tambem, que através de informações consegue-se obter resultado sob os seguintes argumentos: a leitura na matemática possibilita20 criação, e recriação, dedicação na resolução de situações problemas para uma aprendizagem significativa. A finalidade é fazer com que o aluno utilize essa aprendizagem na sua vivência como uma experiência apoiada em ação, descoberta, reflexão, comunicação e principalmente desenvolvimento global. Assim, o ensino de matemática deve apresentar-se como um informativo das questões sociais, seja mundial, nacional, e/ ou regionais. Para que se desenvolva um pensamento mais amplo a respeito do que fazer e como fazer, o agir social do indivíduo buscando sempre novas informações e perspectiva de criar conhecimento prático de fácil compreensão através de dados organizados e de interpretação simples e prática. 21 3 OBJETIVOS 3.1 Objetivo geral Construir procedimentos para coletar, organizar dados, compreendendo os gráficos e tabelas como forma eficiente de comunicação e análise de informações. 3.2 Objetivos específicos Utilizar informações relacionadas ao gráficos bem como sua construção geométrica. Ler e interpretar gráficos e tabelas. Ler e construir tabelas com a frequência em porcentagem. Relacionar dados de uma tabela com determinação de um gráfico de barras. 22 4 A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE ESTATÍTICA Observa-se que a estatística está relacionada a diversas atividades que o ser humano realiza, mas muitas vezes desconhecidas por ele, principalmente no seu trabalho e na escola. Nesse sentido, seu ensino, na escola, torna-se indispensável aos alunos, pois estes precisam relacionar acontecimentos de sua vida com conteudo escolares, para que haja um ensino significativo, de qualidade e que seja utilizado em situações futuras. Segundo Conceição (apud OSTRONOFF, 2008 p. 24) “a escola ainda está se preocupando com aspectos técnicos da Matemática e pouco com os aspectos da reflexão, do planejamento, da busca de estratégias”. E também com relação a estatística que “ a escola precisa contemplar isso de maneira mais sistemática, mais diversificada e mais reflexiva por que não é só uma habilidade técnica, exige também uma reflexão, certa malícia, em certa relação a dados quantitativos”. Portanto, os educadores, devem trabalhar os conteudos e as atividades escolares com metodologias diferenciadas, de modo a propórcionar ao aluno a capacidade de realizar reflexões, interpretações e observações sobre a sua utilização conduzindo a uma aprendizagem contextualizada e significativa que seja utilizada em seu cotidiano. De acordo com Lopes (1998, p.19), “não basta ao cidadão entender as porcentagens expostas em índices estatísticos como o crescimento populacional, taxas de inflação, desemprego,(…) é preciso analisar/ relacionar criticamente os dados apresentados, questionando/ ponderando até mesmo sua veracidade. Assim como não é suficiente ao aluno desenvolver a capacidade de organizar e representar uma coleção de dados, faz-se necessário interpretar e comparar esses dados para tirar conclusões” Coletar dados é um procedimento fundamental em nossas vidas, constantemente fazem-se pesquisas de preços para adquirir bens, produtos e serviços, mas muitas vezes não se percebe que essas informações já foram trabalhadas nas aulas de Matemática, pois os conteudos não foram contextualizado com as situações de vida do educando. O mesmo acontece com os noticiários, propagandas e programas de televisão: as pessoas recebem informações de dados numéricos na forma de gráficos e tabelas, mas também não fazem relações e interpretações para observar se esses dados são realmente reais. Diariamente, estamos diante de inúmeras informações veiculadas na mídia, nas quais se encontram frases como “a renda per capita do Brasil foi de” ou “foram registrados, em média, x acidentes por dia ,” entre outras. O conceito de média, contextualizado em diversas situações, tem sido um conteudo estatístico presente no cotidiano das pessoas em 23 geral e, principalmente, dos estudantes. Além disso, apesar de todas as críticas que se pode fazer sobre o uso da média aritmética nas medidas de avaliação dos alunos, essa é uma prática que ainda leva os alunos a terem contato com o cálculo de média constantemente no cotidiano escolar. Apesar de sua constante utilização, o conhecimento da média aritmética ainda esta baseado no domínio do seu algoritimo de cálculo. Estudos (MAGINA et al., 2008; STRAUSS e BICHLER, 1988) mostraram que a maior parte dos sujeitos (alunos) conhece o algoritimo do cálculo da média aritmética, porém, apresenta dificuldades na utilização de algumas de suas propriedades, como tambem na interpretação do valor encontrado para a média. Diversos estudos em torno do tratamento têm focado na análise das representações dos dados. Analisa-se como o aluno interpreta gráfico e / ou tabela e organiza os dados em tabelas, dentre outras habilidades estatísticas correlatas à representação de dados. As próprias orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997) focam a necessidade do entendimento e do uso das representações do campo denominado Tratamento da Informação e justificam sua exploração. Com relação à Estatística, a finalidade é fazer com que o aluno venha construir procedimentos para coletar, organizar, comunicar dados, utilizando tabelas, gráficos e representações que aparecem frequentemente em seu dia a dia. Alem disso, calcular algumas medidas estatísticas como média, mediana e moda com o objetivo de fornecer novos elementos para interpretar dados estatísticos (BRASIL,1997, p. 52). Atualmente, as notícias são transmitidas pelos mais diversos meios de comunicação, como televisão, jornais impressos, rádio, revistas e internet. Com o surgimento de novas tecnologias, as noticias passaram a ser transmitidas mais rapidamente, e algumas ocorrem quase que instantaneamente. Existem várias maneiras de se coletar informações, esses dados podem ser apresentados em gráficos, tabelas e infográficos etc., que fornecem recursos úteis e que possibilitam conclusões acerca do que está sendo pesquisado ou investigado, com isso se torna de fácil localização para se obter resultados desejados e auxiliam na leitura e na interpretação. Em todas as áreas do conhecimento encontramos informações, que estão representadas em forma de dados, organizados em gráficos e tabelas. Para esse tipo de conhecimento é preciso saber fazer a leitura e a interpretação dos diferentes temas abordados, ou seja, é de fundamental importância que os alunos sejam instigados a aprenderem estes tipos de conhecimento para lhe proporcionar um entendimento melhor da realidade e formular um senso crítico apurado em sua vivência pois as informações serão facilmente absorvidas e a forma de analisar deixará o aluno crítico e consciente das 24 informações interpretadas e analisadas, sendo assim saberá ter argumentos quando for defender um ponto de vista ter uma opinião consistente sabendo que pode e deve falar sua opinião com segurança e ciente que é embasamento adquirido do aprendizado que se fez do auxílio da análise e interpretação de gráficos e tabelas. Nos últimos anos, o ensino de Matemática tem passado por um processo de reestruturação, baseado em reflexões sobre o desempenho dos alunos brasileiros em avaliações externas à escola. Essas avaliações mostram que nossos alunos apresentam problemas em usar corretamente a linguagem matemática, incluindo cálculos aritméticos, em particular multiplicação e divisão. Apontam, ainda, um baixo conhecimento em Geometria e muita dificudade em lidar com problemas que envolvam gráficos e tabelas. Os Parâmetros Curriculares Nacionais para a área da Matemática estão pautadas por princípio decorrentes de estudos, pesquisas, práticas e debates desenvolvidos nos últimos anos, cujo o objetivo principal é o de adequar o trabalho escolara uma nova realidade, marcada pela crescente presença dessa área do conhecimento em diversos campos da atividade humana. A Matemática torna-se um importante instrumento para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem da mesma, possibilitando assim entender conceitos a partir de sua criação, levando em consideração todas suas alterações no decorrer da história, facilitando desse modo a compreensão para os alunos, bem como despertando sua curiosidade e principalmente interesse para futuras pesquisas e estudos acadêmicos. a. A Matemática é importante na medida em que a sociedade necessita e se utiliza, cada vez mais de conhecimentos científicos e recursos tecnológicos, que por sua vez são essenciais para a inserção das pessoas como cidadãos no mundo do trabalho, da cultura e das relações sociais. b. A Matemática pode e deve estar ao alcance de todos e a garantia de sua aprendizagem deve ser meta prioritária do trabalho docente: c. A atividade matemática escolar não é “olhar para coisas prontas e definitivas” mas a construção e a apropriação de um conhecimento pelo o aluno, que se servirá dele para compreender e transformar sua realidade; d. O ensino de matemática deve garantir o desenvolvimento de capacidades como: observação, estabelecimento de relações, comunicação (diferentes linguagens), argumentação e validação de processo e o estímulo às formas de raciocínio com intuição, indução, dedução, analogia, estimativa; o ensino aprendizagem tem como ponto de partida a resolução de problemas. 25 De acordo com os PCN’s o ensino de Matemática tem de desenvolver nos alunos a capacidade de estruturação de pensamento que desempenhe um papel importante na formação para que sejam capazes de perceber e resolver situações problemas em seu cotidiano. Com o objetivo de alterar esse quadro, o Ministério da Educação, considerando os PCN’s, propõem: As necessidades cotidianas fazem com que os alunos desenvolvam uma inteligência essencialmente prática, que permite reconhecer problemas, buscar e selecionar informações, tomar decisões e, portanto, desenvolver uma ampla capacidade para lidar com a atividade matemática. Quando essa capacidade é potencializada pela escola, a aprendizagem apresenta melhor resultado (BRASIL, 1997, p. 29). Também de acordo com os PCN’s, entre as finalidades do ensino de Matemática está encorajar os alunos a: a. Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característico da Matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas; b. Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos do ponto de vista de relações entre eles, empregando para isso o conhecimento matemático (aritmético, geométrico, métrico, estatístico, combinatório e probabilístico); c. Selecionar, organizar e produzir informações relevantes para interpretá-las e avaliá-las criticamente. d. O conhecimento matemático se desenvolve como estratégia para que o ser humano atue na sociedade e na natureza; assim, as atividades devem ser significativas para a criança antes mesmo de adquirir o aspecto de ferramenta com seus algoritmos. No âmbito escolar, a matemática é vista como uma linguagem capaz de traduzir a realidade e estabelecer suas diferenças. Para que possa obter um resultado de aprendizagem mais significativo no campo matemático, estudo de gráficos e tabelas, o aluno deve usar seus conhecimentos para transformar o mundo a sua volta, buscar informações visualizadas em meios de comunicação, para que seja realmente um indivíduo atuante na sociedade em que vive. 26 A matemática desenvolve no aluno capacidades intelectuais, estrutura o pensamento e agiliza o raciocínio, mostrando, conseguindo assim um bom desempenho nas outras disciplinas curriculares. É de fundamental importância que o docente explique o quanto a matemática faz parte da vida dos alunos, muito antes deles terem ingresso na escola. 27 5 O PROBLEMA DA DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM Os problemas relacionados à dificuldade de aprendizagem escolar dos alunos, é uma situação preocupante para os professores que atuam no ensino Fundamental. Para Antunes (2008) essas dificuldades podem ser percebidas nas crianças que não tem um bom rendimento escolar em uma ou mais áreas, mostrando problemas na: expressão oral, compreensão oral, expressão com ortografia apropriada, desenvoltura básica de leitura, compreensão da leitura, cálculo matemático. Dificuldade de Aprendizagem (D.A) é um problema que está relacionado a uma série de fatores e podem se manifestar de diversas formas como: transtornos, dificuldades significativas na compreensão e uso da escrita, na forma de falar, ler, escrever, raciocinar e desenvolver habilidades matemáticas. 3.1 Dificuldade no ensino-aprendizagem da Matemática Os docentes de Matemática têm passado por situações angustiantes quando se referem às questões de aprendizagem, por uma área que trata da complexidade dos números, os problemas de ensino-aprendizagem nesta área são gritantes tanto nas aulas teóricas quanto nas aulas práticas. No presente momento a Matemática é uma disciplina que faz parte dos componentes curriculares da educação básica, a qual contribui significativamente para a formação dos alunos. Embora seja uma disciplina obrigatória são grandes os problemas vividos nesta relação professor-aluno e aulas de Matemática, os mesmos apresentam-se com falta de atenção, comportamentos desajustados, falta de compromisso com o processo de aprendizagem, falta de afetividade, muitas vezes, estes problemas decorrem da postura do professor, dificultando a lógica do raciocínio e acarretando um desinteresse por parte dos alunos na participação das aulas de Matemática. A partir da problemática observada no ensino da disciplina de matemática, a didática de gráficos e tabelas, visa reduzir a falta de interesse dos alunos e contribuir significativamente no processo de ensino-aprendizagem nas turmas de 6º anos, para isso a postura do professor é de orientador e facilitador, visando transformar o ambiente onde se encontram em um lugar favorável ao aprendizado dos educandos. Na primeira parte, há uma apresentação conceitual sobre estatística, leitura e compreensão de gráficos, planejadas por meio de pesquisa sobre o assunto. Na segunda, os grupos apresentam suas discussões e 28 debatem-no em sala envolvendo os demais colegas. E por último o professor analisa as discussões e sugere um teste, para avaliar o desempenho de cada um. Comece a aula tendo um bom diálogo com os alunos sobre o estudo de estatística, tire dúvidas assim que surgirem, pergunte a classe como esse ramo da Matemática está presente no dia-a-dia de todos. Ouça as reflexões da turma e depois cite exemplos, fale também da importância que essa ciência tem para a política e economia. Sugira, então, que os estudantes, aprimore seu entendimento sobre estatística. Solicite a classe que formem grupos e, sorteie alguns temas para pesquisa, cada grupo será responsável por um dos assuntos em destaque para que realizem essa atividade, são eles: (temas). a. O que é estatística? b. Para que serve? c. Como e Onde é utilizada? d. Quais os tipos de gráficos que existem? e. Como eles são usados em diferentes situações (pesquisa eleitorais e apresentação dos dados ao censo) etc. f. Como analisar e interpretar dados presentes em gráficos? 29 6 A FUNÇÃO DO LIVRO DIDÁTICO DE MATEMÁTICA O livro didático é um grande aliado do trabalho do professor. Uma de suas principais funções deve ser a de representar uma fonte de referência do conhecimento matemático organizado, sistematizado e historicamente produzido, tanto para alunosquanto para professores. Outra função é possibilitar ao trabalho docente uma organização didática baseada em determinadas concepções de aprendizagem. As funções mais importantes do livro didático na relação com o aluno, tomando, como base, Gérard e Roegiers (1993) são: Favorecer a aquisição de conhecimentos socialmente relevantes; Propiciar o desenvolvimento de competência cognitiva, que contribuíram para aumentar a autonomia; Consolidar, ampliar, aprofundar, e integrar os conhecimentos adquiridos; Auxiliar na auto avaliação da aprendizagem; Contribuir para a formação social, cultural, desenvolver a capacidade de convivência e de exercício da cidadania. No que diz respeito ao professor, o livro didático desempenha, entre outras, as importantes funções de: Auxiliar no planejamento e na gestão das aulas, seja pelas as atividades, exercícios e trabalhos propostos; Favorecer aquisição dos conhecimentos, assumindo o papel de texto de referência; Favorecer a formação didático-pedagógica; Auxiliar na avaliação da aprendizagem do aluno: Segundo Arruda e Morette (2002), a legitimação desse recurso, vem desde a época de Comenius com sua Didática Magna, onde era proposto um único livro como referência ao aluno. Desse modo, este recurso começa a padronizar a educação da época. Dessa forma, nele passa a ocorrer a reprodução do conhecimento científico de modo simplificado, transformando-se, com o passar dos tempos, em um recurso para o currículo escolar. O recurso para o currículo, acabou virando o currículo que, de fato, é o que a editora nos oferece em seus pacotes didáticos: livro texto do aluno, caderno de atividades, suplementos de atividades experimentais e o manual do professor, com os objetivos gerais, e programa anual, os objetivos específicos, as estratégias e até mesmo instrumento de avaliação (MONGILNIK, 1996, p.57). 30 O livro didático destina-se a dois leitores: o professor e o aluno, em que o professor é o transmissor e/ou mediador dos conteúdos que estão nesses livros, e o aluno é o receptor de tais conteúdos. É através desses livros que o aluno vai aprender, construir e alterar significados em relação a um padrão social, que a própria escola estabeleceu como projeto de educação, quando da adoção desse livro didático para utilização na escola. Porém, a adoção e a utilização do livro didático na escola, sempre são abordadas com categorizações em torno de sua estrutura, que, a princípio, partem para uma análise de sua qualidade. Em 1985 o governo federal cria o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) através do decreto 91.542 de 19 de agosto de 1985, como objetivo de distribuir livros escolares a todos os aluno matriculados nas escolas públicas de ensino fundamental do país, sendo estes livros, até 1996, escolhidos de modo técnico administrativo com os representantes do governo, até que a Secretaria da Educação Fundamental (SEF), decide avaliar os livros a serem adquiridos para a distribuição, e para isto, compõe equipes de avaliação. O PNLD, que tem por objetivo oferecer a alunos e professores de escolas públicas do ensino fundamental, de forma universal e gratuita, livros didáticos e dicionários de Língua Portuguesa de qualidade, para apoio ao processo de ensino-aprendizagem. A Secretaria de Educação Básica coordena o processo de avaliação pedagógica sistemática das obras inscritas no PNLD, esse processo é realizado em parceria com Universidade Pública de diversas regiões de todo o país, que se responsabilizam pela avaliação de livros didáticos nas seguintes áreas: Alfabetização, Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História, Geografia e Dicionário da Língua Portuguesa. Ao final de cada processo, é elaborado o Guia de Livros Didáticos. Nele são apresentados os princípios, os critérios, as resenhas das obras aprovadas e as fichas de avaliação que nortearam a avaliação dos livros. O guia é enviado às escolas como instrumento de apoio aos professores no momento da escolha dos livros didáticos, ele pode ser utilizado por todos os professores de qualquer rede de ensino, pois fica disponível na página do Ministério da Educação (MEC), para qualquer pessoa consultar. Embora exista uma tendência por parte dos professores e, às vezes pela própria cobrança de pais e responsáveis, de que todas as atividades sejam realizadas, ressaltamos que o livro didático não deve ser seguido pelo professor como uma regra, sem uma análise crítica de sua proposta. 31 O professor deve ser reconhecido como o regente de sua ação pedagógica, podendo selecionar e elaborar atividades que sejam adequada à realidade e às necessidades de seus alunos proporcionando, desse modo, a aprendizagem deles. 6.1 A importância do livro didático de Matemática A importância que o livro didático de Matemática tem, é que ele nos fornece informações sobre vários conteúdos, através dele aprendemos alguns dos conceitos matemáticos, ele nos permite tirar dúvidas em determinado problema a ser resolvido, possibilita aos alunos buscar por informações e respostas dos conteúdos para assim possam adquirir conhecimentos e saberes matemáticos e descobrir novos caminhos e curiosidades relacionados a Matemática. É notável que, além do domínio de certos assuntos e estratégias, eles precisam adquirir maior autonomia para estudar e mobilizar seus conhecimentos para aprender conteúdos novos. cada coleção de livros tem conteúdo interessante de ser trabalhado e pesquisado como por exemplo, Tratamento da Informação, sempre buscando novos métodos de coletar, organizar e tabular dados para que com essas informações possam desenvolver os gráficos estatísticos, propiciando conhecimentos básicos para um aprendizado significativo. Os materiais didáticos auxiliares do professor, quando utilizados adequadamente, ajudam na compreensão dos conceitos e dos procedimentos matemáticos. O livro didático vem se constituindo ao longo da história da educação escolar, como importante recurso, se não o mais importante recurso utilizado por professores e alunos. Assim, torna-se importante como os professores desenvolvem os conteúdos matemáticos abordados no mesmo em suas práticas de sala de aula. O uso de livros didáticos de Matemática é tema frequente nos trabalhos em Educação Matemática. Por ser o livro didático, um dos mais importantes componentes do cotidiano escolar em todos os níveis de ensino, acredita-se que sua análise pode contribuir para o processo de ensino e aprendizagem. Os docentes usam o livro como instrumento principal que norteia o conteúdo a ser administrado, a sequência desses assuntos, as atividades de aprendizagem e avaliação para o ensino. A utilização do livro didático pelo o professor como material didático, ao lado do currículo, dos programas e outros materiais, institui-se historicamente como um dos instrumentos para o ensino. 32 Por isso, é importante que o professor disponha de uma diversidade de livros de qualidade, e que se adeque as realidades sociais e regionais do Brasil. Dante (1996) apresenta várias razões para justificar a importância do livro didático. […] – em geral só a aula do professor não consegue fornecer todos os elementos necessários para a aprendizagem do aluno, uma parte deles como problemas, atividades e exercícios pode ser coberta recorrendo-se ao livro didático. professor têm muitos alunos, afazeres e atividades extracurriculares que o impedem de planejar e escrever textos, problemas interessantes e questões desafiadoras, sem a ajuda do livro didático; a matemática é essencialmente sequencial, um assunto depende do outro, e o livro didático fornece uma ajuda útil para essa abordagem. para professores com formação insuficiente em matemática, um livro didático correto e com enfoque adequado pode ajudar a suprir essa deficiência; muitas escolas são limitadas emrecursos como bibliotecas, materiais pedagógicos, equipamentos de duplicação, vídeos, computadores, de modo que o livro didático constitui o básico, senão o único recurso didático do professor. a aprendizagem da matemática depende do domínio de conceitos e habilidades. O aluno pode melhorar esse domínio resolvendo problemas, executando as atividades e os exercícios sugeridos pelos livros didáticos; o livro didático de matemática é tão necessário quanto um dicionário ou uma enciclopédia, pois ele contém definições, propriedades, tabelas e explicações cujas referências são frequentemente feitas pelo professor (DANTE, 1996. p 52- 53). Os livros didáticos são de suma importância no processo de ensino- aprendizagem, pois tem um papel fundamental na resolução de problemas, na busca por informações coletadas através de dados presentes nos textos, autores e editores procuram cada vez mais melhorar a qualidade dos livros nos diferentes aspectos que ele tem. Para Machado (1996), no mercado existem livros didáticos de má qualidade e de boa qualidade; alguns livros de qualidade indiscutível deixaram de circular porque professores não adotam: por outro lado, diversas comissões de avaliação de livros didáticos em diferentes ocasiões, afirmam que muitos livros didáticos utilizados apresentariam erros teóricos, isto é, seriam de má qualidade. Daí a necessidade de uma boa análise, por parte dos professores, na hora de escolher o livro didático. 33 7 METODOLOGIA 7. 1 Procedimentos metodológicos Trabalhar o conteúdo com significado, levando o aluno a sentir que é importante saber o que está sendo ensinado, com isso é importante ter em mãos temas que seja atrativo para que o aluno venha relacionar-se com os demais alunos e possam aprimorar conhecimento e evolução nos trabalhos apresentados. Aplicando estratégias que possa contribuir para o estudo e desenvolvimento de cada um. Assim sendo, dividir a aula em momentos para facilitar o entendimento e aprendizado dos mesmos. 1º) momento: pedir aos alunos que tragam para a aula, recortes que contenham tabelas e gráficos de barras ou outros, colocando-os em uma roda de conversa e utilizando o quadro, demonstrar que tabelas e gráficos apresentam informações de forma clara por meio de recursos gráficos, o que ajuda na leitura e interpretação. Os educandos devem ler com atenção os gráficos e identificar de modo correto os dados, exigido pelo docente, e estabelecer as relações entre as informações solicitadas. A medida em que é realizada a leitura pode aparecer ideias que permitam tirar outras conclusões. Deverão observar que a leitura das informações é realizada de acordo com o comprimento da barra, sendo horizontal ou vertical. Após cada um relata sobre seu gráfico. 2º) momento: com a sala efetuar uma coleta de dados utilizando assunto que faz parte do dia-a-dia deles como (música preferida, brincadeira, time de futebol, idade e disciplina que mais gosta etc.), elaborar uma tabela exibindo os dados recebidos e depois desenvolver o gráfico de barras relatando as pesquisa. Recurso: jornal, revista, cartolina, tesoura, lápis de cor, papel cartão, pesquisa (coleta de dados) Software, Excel e Internet. O que o aluno poderá aprender com esta aula Com esta aula, o aluno, por meio da linguagem matemática, aprende a importância de compreender e interpretar o significado de tabelas e gráficos. Este é um conhecimento muito importante, pois diariamente nos veículos de informação e comunicação (jornais, revista etc.) há tabelas e gráficos como suporte para o entendimento de reportagens. Em termos cognitivos serão trabalhados os seguintes aspectos: Interpretação de textos matemáticos por meio do contato com gráficos e tabelas; Salvino Realce Salvino Nota corrigir a concordância na frase Salvino Realce Salvino Realce Salvino Realce 34 Leitura e interpretação de textos; Aula interativa; Aula colaborativa e cooperativa. 35 8 RESULTADOS E DISCUSSÕES 8.1 Motivação Para dar início o professor organizou os alunos em duplas e mostrou aos alunos respectivamente Gráfico 2 e Tabela 3, citados abaixo. O gráfico 2 de barras abaixo indica a distribuição de meninos e meninas em três classes de 6º ano: A, B e C. Gráfico 2 – Distribuição de meninas e meninos por classe Fonte: DANTES (1996). Copie a tabela em seu caderno e complete-a com as informações do gráfico. Depois responda as questões propostas. Tabela 3 – Distribuição de Meninas e Meninos em classes do 6º ano ALUNOS 6º A 6º B 6º C Meninos 10 15 14 Meninas 14 13 14 Total 24 28 28 Fonte: AUTORA (2018). Questões: a) No 6ºano A, há mais meninos ou meninas? Quanto a mais? b) Em qual classe há mais meninos? c) Em que classe o número de meninos e meninas é o mesmo? d) Qual é o número total de alunos de 6º ano? Salvino Nota enriquecer os resultados e discussões. é o ponto alto do trabalho, deve ser tratado com a maior importância. detalhar toda a pesquisa e expor o dados . Salvino Nota descrever inicialemnte sua pesquisa, organizar as informações; apresentar os resultados da pesquisa como um todo e não apenas uma caso investigado; discutir os resultados obtidos diante das observações feitas. Salvino Nota o que foi feito na pesquisa? foram apresentados gráficos e tabelas a um grupo de alunos para que fizessem sua interpretação? foram feitos questionamentos para que investigassem e interpretassem os gráficos e tabelas, para a posteriori responder algum questionário? e antes foi feita uma apresentação dos principais conceitos relacionados à estatística? se sim, tudo isso deve ser descrito no resultados. depois, deves-se comentar detalhadamente cada um dos resultados, isso é a discussão. 36 Podendo formular outras questões referentes ao gráfico e à tabela desta atividade. Como por exemplo: a) Qual é o número total de meninas no 6º ano? b) Há mais meninos no 6º A ou no 6º C? Gráfico 3 – Preferências por Modalidade Esportivas Fonte: YAHOO, (2018). 8.2 Coleta e organização de dados Creuza, é uma aluna do 6º ano da escola Santa Maria, realizou uma pesquisa coletando dados sobre o mês de aniversário de cada colega. Ana você nasceu em que mês? Nasci em março. Para cada colega, observe, as anotações feitas por ela. Depois dos dados da pesquisa coletados, o registro pode ser feito de várias maneiras. O registro que Creuza fez é o que chamamos de tabulação dos dados coletados. Uma vez coletados os dados, eles podem ser organizados em uma tabela, em um gráfico ou nos dois. Observe a tabela 4 elaborada por Creuza e traduzida em números. Tabela 4 – Aniversariantes dos 6º anos da escola Santa Maria Meses do ano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Nº de alunos 15 20 28 30 12 24 13 26 18 30 29 15 Fonte: AUTORA (2018). 37 Esta tabela tem duas linhas: uma delas indica os meses do ano, e a outra, o número de alunos dos 6º anos que nasceram em cada um desses meses. Agora observe os mesmos dados representado em um gráfico Gráfico 4 – Aniversariantes dos 6º anos da escola Santa Maria Fonte: AUTORA (2018). Observação: o professor poderá recortar tabelas de jornais e revistas que abordem assuntos diversos com outros tipos de tabelas e gráficos, utilizados na mídia por exemplo, para que os alunos tomem ciência da existência e uso desses outros modelos. 8.3 Trabalho com tabelas As tabelas são elaboradas com o intuito de mostrar dados numéricos, especialmente quando se trata de valores que são comparados. A tabela é um método estático sistemático de apresentar os dados em colunas verticais ou horizontais, obedecendo a classificação dos objetos ou material da pesquisa. Com a elaboração da lista de tabela o leitor tem uma maior compreensão e interpretaçãorápida de dados. A lista é a ordenação dos elementos ilustrativos ou explicativos que foram inseridos no trabalho. As tabelas são realmente a conjunção entre o pensamento abstrato e a nossa necessidade de visualização, mas elas têm um “poder” forte que é a capacidade de nos dar Salvino Nota daqui em diante não temos mais resultados e discussões, e sim um trecho de referencial teórico, de forma que deveria estar no referencial teórico do trabalho Salvino Realce 38 muita informação em pouco espaço. Algumas características de organização textual devem ser levadas em consideração. Vejamos algumas: Quando são apresentadas intercaladas no texto, devem estar próximas e logo após o trecho em que são citadas Podem ser apresentada em anexo ao texto quando o volume de tabelas for grande; Devem ser alinhadas preferencialmente às margens laterais do texto e, quando pequenas, devem ser centralizadas; Devem ser disposta de maneira a evitar que sua leitura tenha sentido diferente do normal; Não devem apresentar a maior parte das células sem informação da qual se trata. São utilizadas para apresentação de dados numéricos, principalmente quando compreendem valores comparativos. Os dados em pequenas quantidades, eventuais ou repetitivos, não precisam ser apresentados em forma de tabelas ou gráficos. Recomenda-se que as tabelas sejam preparadas de maneira que o leitor possa compreendê-las, sem que seja necessário recorrer ao texto. Desta forma, suas informações devem ser simples e objetivas. Uma tabela estatística possui como elementos essenciais: Título, Números, Cabeçalhos, Colunas indicadora e Casas. Além disso, existem os elementos complementares que também podem ser acrescidos, como Notas e Fontes. Vejamos para que serve e como se caracteriza cada um deles: Título: informa o conteúdo do corpo da tabela, maneira completa, concisa e indicando a natureza do fato estudado; respeitando a seguinte ordem na sua apresentação: o que (natureza do estudo), como (variáveis escolhidas para análise do fato), onde (local representado) e quando (época abordado) é que os fatos foram observados; É colocado na parte superior da tabela, grafado com letras minúsculas, respeitando as regras gramaticais do idioma, com espaçamento simples entre as linhas. Número: o Usado para identificar a tabela no texto ou em anexo; o Segue a ordem numérica sequencial em que a tabela aparece no texto; o Sua menção é obrigatória; 39 o É indicado em algarismo arábicos; o É precedida da palavra “Tabela”, ambos grafados em negritos. Exemplos: Tabela 5 – Porcentagem sobre total de casos de correlações entre opiniões e sentimentos partidário conforme magnitude e significância estatísticas das correlações (1990, 1997,2002 e 2007). Fonte: CARREIRÃO (2007). Tabela 6 – Distribuição da porcentagem de profissionais e estudantes quanto à dificuldade na interpretação de escores testes psicológicos. Fonte: VENDRAMINI e LOPES (2008). Cabeçalho: A primeira linha da tabela indica o conteúdo das colunas. 40 o Coluna indicadora: A primeira coluna da esquerda especifica o conteúdo das linhas. o Corpo: é o conjunto de linhas e colunas que contêm as séries verticais e horizontais de informação; o Fonte: é o indicativo no rodapé da entidade responsável pelos dados numéricos fornecidos ou a referência ao documento do qual foi extraída a tabela. Exemplo: Fonte: Dados obtidos do sistema SIGAA Biblioteca,2013. Fonte: Pesquisa industrial. Rio de Janeiro: IBGE, v. 28,n.2 ,2009, p.35. Fonte: IPARDES,2014. Fonte: Vieira, 2010. Recomendações gerais para tabelas Recomenda-se que uma tabela seja elaborada de forma a ser apresentada em uma única página. Tabela 7 – Ordenação das regiões segundo a porcentagem de crianças frequentando creche ou pré-escola e a posição quanto à duração média da jornada na Educação Infantil Fonte: IBGE (2010). Uma tabela deve ter nota específica, inscrita no seu rodapé, logo após a nota geral (quando esta existir). Sempre que houver a necessidade de esclarecer algum elemento específico. 8.4 O que são gráficos Em estatística, gráfico é a tentativa de se expressar visualmente estatísticas simplificadas, matemáticas ou não de algum (uns), dado (os) ou valor (es) obtido (s), assim, 41 facilitando a compreensão. Gráficos são recursos visuais muitos utilizados para facilitar a leitura e a compreensão de informações sobre fenômenos e processos naturais, sociais e econômicos. Quando a figura for representada somente por gráficos, a denominação pode ser feita somente pela palavra “gráficos”. Estes representam dinamicamente os dados da tabela, sendo mais eficientes na sinalização de tendências. Deve se optar por uma forma ou outra de representação dos dados, isto é, não utilizar tabela e gráfico para uma mesma informação. Um gráfico bem construído pode substituir de forma simples, rápida e atraente, dados de difícil compreensão na forma tabular. Os gráficos constituem uma forma de apresentar dados estatísticos. A intenção é a de proporcionar aos leitores em geral a compreensão e a veracidade dos fatos. De acordo com a característica da informação precisam escolher o gráfico correto. Os gráficos se mostram como uma ferramenta cultural que pode aumentar a capacidade humana de tratamento de informação quantitativas e de estabelecimento de relações entre as mesmas. A apresentação gráfica é recorrente aliado a coordenação de informações quantitativas dispostos em dois eixos perpendiculares, um horizontal (chamado eixo dos x e/ou abcissa) e o outro vertical (eixo dos y e/ou ordenada). O gráfico é uma representação com forma geométrica construída de maneira exata precisa a partir de informações numéricas obtidas através de pesquisas organizadas em uma tabela. Existem vários tipos de gráficos, e os mais utilizados são: os de linhas, os de barras e os circulares 8.5 Tipos de gráficos A escolha do tipo de gráfico (lineares, de barras, círculos, entre outros) está relacionada ao tipo de informação a ser ilustrada. Sugere-se o uso de: Gráficos de linhas: para dados crescente e decrescente; as linhas unindo pontos enfatizam o movimento; Gráficos de círculos: usados para dados proporcionais; Gráficos de barras: para estudos temporais; dados comparativos de diferentes variáveis. Convencionalmente, os gráficos podem ser classificados de acordo com a técnica empregada para se estabelecer a relação entre os valores quantitativos. O modo mais utilizado 42 está ligado ao gráfico linear, onde a partir da relação entre os elementos de cada eixo são definidos pontos que são unidos por segmento de reta (BIANCHINI,1993). Os gráficos de linhas são compostos por dois eixos, um vertical e outro horizontal, e por uma linha que mostra a evolução de um fenômeno ou processo, isto é, o seu crescimento ou diminuição no decorrer de determinado período. Gráfico 5 – Gráficos De Linhas (Variação de temperatura média de Buriticupu – MA). Fonte: RODRIGUES, et al. (2017). Existem também os chamados gráficos de barras que confrontam quantidades por meios de imagens que se assemelham a barras cuja a largura geralmente é constante e não tem nenhuma relação com as quantidades, enquanto que, a altura ou comprimento em função da magnitude dos valores exibidos. O Gráfico de barras é composto por dois eixos, um vertical e o outro horizontal. No eixo horizontal são atribuídas as colunas que apresentam a variação de um fenômeno ou de um processo de acordo com sua intensidade. Essa intensidade é indicada pelo eixo vertical. As barras devem sempre possuir a mesma largura e a distância entre elas deve ser constante. Os gráficosde barras são úteis para mostrar alterações de dados em um período de tempo ou para ilustrar comparações entre itens. 43 Gráfico 6 – Gráficos De Barras Fonte: AUTORA (2018). Um outro tipo refere-se aos gráficos de setores ou sectograma, representado por um círculo cuja área é dividida em regiões equivalentes a determinadas quantidades. Os gráficos de setor (ou pizza) são representados por círculos devidamente dividido, de acordo com os dados dos fenômenos ou do processo a ser representado. Os valores são expressos em números ou em porcentagens. De um modo geral a natureza dos dados numéricos apresentados pelos gráficos podem ser representativos de quantidades absolutas (e.g. valores monetários) ou valores relativos, como é o caso dos gráficos de porcentagens. 8.6 Trabalhando porcentagens em gráficos Atualmente a Matemática dispõe de ferramentas tecnológicas no intuito de dinamizar os cálculos e as representações gráficas. Quanto aos gráficos pode-se utilizar programas específicos na sua construção, o Excel e o Calc são ferramentas muito utilizadas nesse sentido, mas as representações gráficas também podem ser produzidas artesanal. A seguir será apresentado um exemplo de como um gráfico de setor ou pizza, como muitos o chamam. 44 Para representar os dados em um gráfico de setor é preciso que os valores estejam em porcentagem, para isso será definido a frequência relativa dos dados obtidos. Gráfico 7 – Utilização de espaços contemplados por árvores pela população local Fonte: RODRIGUES, et al. (2017). 45 9 CONCLUSÃO O estudo de Matemática faz parte da evolução humana, por isso o docente deve escolher a formação do conhecimento pelo fazer e pensar do aluno. O papel do professor é de colaborador, instigador, formador e incentivador da aprendizagem. Para cada assunto, há estratégia adequada e, se o aluno não conseguiu alcançar um aproveitamento convincente, então mudar a estratégia é ideal para garantir uma aprendizagem significativa. O ensino de estatística é, fundamental para proporcionar o desenvolvimento realista da prática pedagógica diante da evolução dos saberes produzidos, devido ser uma maneira capaz de se trabalhar a interdisciplinaridade, as interpretações em dados reais de forma a analisar conforme o texto, de acordo com a realidade dos alunos, buscando torna-la significativa, ultrapassando algumas das dificuldades e esclarecimento de cálculos matemáticos. É interessante que o professor ao trabalhar com a disciplina de Matemática, não se isole, mas busque com sabedoria aplicar seus conteúdos relacionando-os com outras disciplinas, notando assim, que a interdisciplinaridade é um dos meios pelo qual pode-se atualizar e pesquisar novas metodologias de ensino. O avanço sócio histórico dos gráficos esteve associado a dificuldade das pessoas tratarem informações quantitativas. Nesta definição, os mesmos tornaram-se poderosos sistemas de representação que possibilitam sistematizar dados, permitindo a compreensão do todo e não apenas de aspectos isolados das informações tratadas. No argumento da mídia impressa os gráficos são aspectos de diversas notícias. Constituindo-se em mais uma justificativa. No ponto de vista, são utilizados diversos recursos tecnológicos que interferem de alguma forma no modelo de apresentação do gráfico, com vista a indagar os leitores sobre determinados aspectos das informações. Entretanto, conforme foi apresentado, diversas pesquisas apontam para a conclusão de que a atividade de interpretação de gráficos não se constitui na apreensão automática das informações expressas pelos mesmos. Ao contrário, esta atividade envolve tantos processos cognitivos diretamente relacionados a conhecimentos matemáticos, como as experiências previas das pessoas (CARRAHER, et al. 1995). A importância do entendimento de gráficos no mundo atual tem sido bastante reconhecido, tal conteúdo está previsto pelos Parâmetros Curriculares Nacionais de 1997, como assunto teórico para primeiros ciclos do ensino fundamental. Ou seja, acredita-se no Salvino Nota não deve haver citação na conclusão. apenas o desfecho de sua pesquisa e os aspectos relevantes que as mesma fornecer. por exemplo, se chegar á conclusão que o ensino aprendizagem de gráficos e tabelas nesta turma de 6º ano em questão não estão a contento (isso se evidenciado nos resultados da pesquisa) deve-se apresentar possíveis formas de se atacar e minimizar a problemática. Salvino Nota não é momento para apresentar novas informações ao texto. deve sempre se referir ao que foi tratado anteriormente. 46 interesse de se iniciar estudos correspondente a esta área desde o início do estudo formal de matemática. O fato de gráficos possibilitarem a representação de dados de diversos assuntos aumenta a importância de tais sistemas de exposição, uma vez que não se relacionam apenas com conteúdos da matemática, mas de fato proporcionam tratamento de informações de várias outras áreas do conhecimento. A importância do gráfico enquanto recurso matemático de tratamento de informações solicita uma melhor pesquisa de investigações sobre a efetivação de processos de ensino e de aprendizagem desta atividade cognitiva. Sobretudo no que se refere a qualidade do contexto escolar, que redimensiona os assuntos a partir dos objetivos compartilhados pelas pessoas envolto naquele cenário. E neste sentido, o atual trabalho deve ser considerado como uma etapa inicial criação de outras investigações sobre a interpretação de gráficos enquanto atividade social e conteúdo de ensino. Outro aspecto importante para essa integração é a presença da internet nos laboratórios de informática, a estrutura física e o número de computadores de acordo com o número de alunos. Assim, os educando poderão obter resultados positivos, o docente poderá modificar sua prática pedagógica, com o uso dessa nova tecnologia como recurso que oportuniza uma variedade de dados estatísticos em conteúdos atualizados, estimulando a interdisciplinaridade e provocando a aquisição de conhecimentos importantes na formação à cidadania. 47 REFERÊNCIAS ANTUNES, Celso. Professores e professoras: reflexões sobre a aula e prática pedagógica diversas. 2.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. ARAUJO, G. E. O tratamento da informação nas séries iniciais uma proposta de formação de professores para o ensino de gráficos e tabelas. 2008. 178. f. Dissertação – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis (SC). ARRUDA, J. P,; MORETTI, M T. Cidadania e matemática: um olhar sobre os livros didáticos para as séries iniciais do ensino fundamental. Revista Contra pontos. Itajaí, v.2, n.6 p. 423-438, 2002. BIANCHINI, E. Matemática. V. 1-4, 3. ed. ver. e aum. São Paulo: Moderna. 1993. BRASIL. 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