PROJETO MARCELO PRONTO

Prévia do material em texto

(
MARCELO PEREIRA SANTOS
) (
Si
stema de Ensino A DISTÂNCIA 
conectado
LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
) (
PROJETO DE ENSINO
EM MATEMÁTICA
) (
Medina
2021
)
 (
MARCELO
 pereira santos
)
 (
PROJETO DE ENSINO
EM matemática
)
 (
Projeto
 
de Ensino 
apresentado à Unopar, como requisito parcial 
à conclusão
 do Curso d
e
 Matemática
.
Docente supervisor
: 
Prof.ª
 
Talita Paiva Correa
)
 (
Medina
20
2
1
)
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico1 – Praticantes de Esportes 	14
Gráfico 2- índices de Violência 	15 
Gráfico 3- Taxa de Analfabetismo 	16
LISTA DE TABELAS
 Tabela 1- Países Asiáticos com Alto Crescimento PIB 	16
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	6
1	TEMA DO PROJETO	7
2	JUSTIFICATIVA	7
3	PARTICIPANTES	9
4	OBJETIVOS	9
5	PROBLEMATIZAÇÃO	9
6	REFERENCIAL TEÓRICO	11
7	METODOLOGIA	15
8	CRONOGRAMA DO PROJETO	22
9	RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS	22
10	AVALIAÇÃO	22
CONSIDERAÇÕES FINAIS	23
REFERÊNCIA	24
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como temática a construção de um Projeto de Ensino em Matemática, direcionado a Educação Básica contemplando a docência e a pesquisa, buscando novas táticas de ensino que motivem os alunos e despertem o gosto pela matemática e seus conteúdos, este projeto está direcionado para os alunos do 8º ano do ensino fundamental II. O ensino da matemática é de fundamental importância aos indivíduos, pois direciona e insere no meio social tornando-o um ser participante na comunidade e também na vida escolar. A falta de interesse dos alunos pela disciplina de matemática gera a ausência da participação nos conteúdos propostos e a desmotivação em sala de aula, sabendo que o ensino da matemática é essencial, necessário e de muita importância para a vida humana. Além disto, observou que, muitos professores utilizam uma técnica ainda tradicional, isso favorece para o desinteresse em sala de aula. Pois os alunos estão interligados a nova era digital e o professor precisa a se adaptar a essa nova era para despertar o interesse. Com isso, além de desenvolver a compreensão dos números, a matemática possibilita ao aluno a interpretação, conhecimento e raciocínio, fortalecendo a nossa capacidade intelectual, instigando o nosso ser crítico, oferecendo bases para a argumentação e a formação de um ser crítico reflexivo. 
Diante disto observou-se a necessidade de construção de um projeto de ensino direcionado a matemática e o estudo da estatística e da tecnologia da informação, para incentivar os alunos e motiva-los a se dedicar ao ensino da matemática. Também foi desenvolvida uma Trajetória Hipotética de Aprendizagem onde será desenvolvido com a turma do 8º ano do Ensino Fundamental na disciplina de matemática, o conteúdo que será abordado será estatística. A THA utilizará das tecnologias digitais juntamente com o conteúdo de estatística para auxiliar no desenvolvimento da aula, tornando ela dinâmica, criativa e que traga conhecimento para os alunos. Assim este projeto tem como objetivo central apresentar uma proposta pedagógica voltada ao incentivo e motivação do aluno para a interpretação e análise de dados estatísticos baseados em gráficos e tabelas para que assim desenvolvam o senso reflexivo e argumentativo.
TEMA DO PROJETO 
O tema escolhido para a proposta do Projeto de Ensino em Matemática é a “Estatística e a Tecnologia da Informação no Ensino Fundamental”. Este projeto está vinculado ao ensino e a aprendizagem de Matemática direcionada a turma do 8º ano do ensino fundamental II, tendo como proposta inicial incentivar os alunos a se dedicarem ainda mais pela interpretação e análise de dados, uma vez relacionada ao uso das tecnologias, com o intuito de aprimorar a análise dos dados e despertar o interesse dos alunos. Deste modo, acredita-se que o tratamento da informação tem um papel essencial na formação de cidadãos, uma vez que possibilita realizar uma análise de fatos complexos, pois a partir da exploração de gráficos e tabelas, relativos a temas diversos, apresentados em jornais, revistas, televisão, internet, celulares e outros, desenvolve-se a capacidade de interpretação e compreensão dos dados numéricos, auxilia no desenvolvimento de habilidades e competências para uma leitura crítica de gráficos e tabelas, que são fornecidos por estes meios de comunicação, e que estão no cotidiano dos alunos. Acredita-se ainda que através da utilização da tecnologia o professor poderá diversificar, incrementar e inovar a forma de trabalho utilizando métodos e técnicas pedagógicos, indispensáveis no preparo do cidadão para atuar na sociedade contemporânea. Assim com a utilização dos meios tecnológicos será possível a coleta e análise das informações, despertando e motivando os alunos a se interagirem na aula. 
JUSTIFICATIVA
A disciplina de matemática acaba se tornando uma tormenta para muitos alunos, por não gostarem dos conteúdos devido aos cálculos, expressões, operações dentre outros e assim se sentem desmotivados, acabam não se importando deixando-a de lado. Muitos alunos ainda não conhecem os muitos fatores que o estudo da matemática pode favorecer para o ensino aprendizagem e também contribuir para a sua formação tanto profissional quanto para seu dia a dia, tornando- o um cidadão crítico e reflexivo. 
Neste sentido, Ávila (1995), justificando o do ensino da matemática, enfatizada que “a razão mais importante para justificar o ensino da Matemática é o relevante papel que essa disciplina desempenha na construção de todo o edifício do conhecimento humano.” (RPM 27 , p.4 )
A estatística ajuda a planejar a obtenção de dados, a interpretar e a analisar os dados obtidos e a apresentar os resultados de maneira a facilitar a sua tomada de decisões, nas diferentes áreas do conhecimento humano. Ela não se resume apenas números e a gráficos, é uma ferramenta que auxilia nas respostas aos questionamentos/porquês viabilizando uma descrição clara e objetiva de fenômenos da natureza. O estudo da estatística auxilia no desenvolvimento de habilidades, dentre elas podemos destacar a organização e o senso crítico (SCHNEIDER E ANDREIS, 2013). 
Na disciplina de matemática, especialmente no conteúdo de estatística com a utilização do estudo de tabelas e gráficos, sugere o uso das tecnologias, uma vez já sendo adotado pelos alunos, mas que ainda não fazem um uso sistemático do meio digital, a tecnologia aprimora o ensino e desperta o interesse por parte dos alunos, que através da internet, programas de computador dentre outros meios digitais podem pesquisar, analisar e interpretar. Com tudo, o estudo da estatística ligada ao meio tecnológico pode favorecer ao aluno um amplo conhecimento de dados, interpretação de leituras baseadas em gráficos e tabelas, assim desenvolvendo o conhecimento tornando um ser argumentativo e crítico reflexivo, contribuindo ainda para o seu meio social e sua rotina cotidiana. 
No ambiente educacional, segundo TAJRA (2001, p. 61):
O uso da informática, de forma positiva dentro de um ambiente educacional, irá variar de acordo com a proposta. [...] Em função da gama de ferramentas disponíveis nos softwares, os alunos, além de ficarem mais motivados, também tornam-se mais criativos. [...] A curiosidade é outro elemento bastante aguçado com a informática, visto que é ilimitado o que se pode aprender e pesquisar com os softwares e sites da internet disponíveis. [...] Alunos com dificuldades de concentração tornam-se mais concentrados. [...] Esses ambientes favorecem uma nova socialização que, às vezes, não conseguimos nos ambientes tradicionais. [...] Estímulo a uma forma de comunicação voltada para a realidade atual de globalização.
Com isso obseva- se a necessidade de implantação desse projeto de ensino uma vez que, um aluno desenvolverá as habilidades necessárias para o seu desenvolvimento intelectual e também será de grande valia para o desenvolvimento de análises críticas e argumentativas. Isso implica em dizer que não basta o aluno entender de cálculos ou porcentagem, de gráficos e tabelas, precisamossim, que o aluno seja capaz de interpretar e analisar criticamente tudo que rodeia (SCHNEIDER E ANDREIS, 2013). 
. 
PARTICIPANTES
O projeto terá como público alvo os alunos do 8º ano da Educação Básica do Ensino Fundamental II. 
OBJETIVOS
Geral:
Apresentar uma proposta pedagógica voltada ao incentivo e motivação do aluno para a interpretação e análise de dados estatísticos baseados em gráficos e tabelas para que assim desenvolvam o senso reflexivo e argumentativo. 
Específicos:
· Coletar informações a partir da análise e interpretações gráficas;
· Construir gráficos e tabelas com base em informações contidas em textos jornalísticos, científicos, pesquisas ou outros;
· Resolver atividades relacionadas a gráficos e tabelas utilizando a pesquisa como norteadora das atividades.
PROBLEMATIZAÇÃO
O projeto desenvolvido baseado na docência e em pesquisas cujo tema é “Estatística e a Tecnologia da Informação no Ensino Fundamental” desenvolvido para alunos do 8º ano do Ensino Fundamental II tem como problematização a falta de interesse dos alunos pela disciplina de matemática, ocasionando a ausência da participação nos conteúdos propostos e a desmotivação em sala de aula, sabendo que o ensino da matemática é essencial, necessário e de muita importância para a vida humana. Além de desenvolver a compreensão dos números, a matemática possibilita ao aluno a interpretação, conhecimento e raciocínio, fortalecendo a nossa capacidade intelectual, instigando o nosso ser crítico, oferecendo bases para a argumentação e a formação de um ser crítico reflexivo. 
Sabemos que existem alguns fatores que acabam propiciando a desmotivação pela disciplina, esses fatores acabam gerando uma problemática devido ao seu uso de maneira inconsciente, problemas esses que afetam a escola, a família e principalmente o aluno.	A má utilização dos meios tecnológicos é um dos fatores que geram a desmotivação dos alunos uma vez que, o uso exagerado de celulares, sites de relacionamentos como: facebook, instagram, twitter, o uso de videogames, computadores, televisão afetam e dispersam a atenção, ainda há a falta de incentivo e também alguns métodos adotados pelos professores que não despertam o interesse dos alunos, são instrumentos que estão afastando e fazendo com que os alunos perdem o interesse e o estímulo pela matemática, acarretando assim várias dificuldades que são notáveis como: queda do desempenho do aluno, dificuldade nas resoluções de expressões, dificuldade de interpretações numérica, falta de raciocínio e interpretações simples, dificuldade de análise de dados dentre outros. 
Para muitos alunos a disciplina de matemática se tornou algo “chato”, coisas desnecessárias para sala de aula, muitas vezes quando o professor chega em sala de aula já percebe a desmotivação, alguns ficam vibrados nos celulares, outros sentem dificuldades em operações numéricas e ficam tímidos com os outros colegas, alguns ficam com piadinhas, em fim é de fato que, o ensino da matemática e seus conteúdos curriculares desagradam uma boa parte dos alunos, é algo que não é tratado como prioridade pelos alunos em sala de aula, exceto aqueles que realmente se importam e se preocupam com a aprendizagem e veem no ensino algo incentivador. 
Devido a atual conjuntura foi pensado em um projeto que buscasse o interesse dos alunos pelo ensino da matemática com ênfase na estatística, baseado em uma proposta pedagógica de ensino em sala de aula para proporcionar uma melhora no desenvolvimento ensino aprendizagem, adotando a utilização das mídias para despertar a atenção e promover um conhecimento acerca da análise e interpretação de dados estatísticos relacionados a gráficos e tabelas que contribuirão para uma formação profissional, que também é de necessidade da rotina diária. 
REFERENCIAL TEÓRICO 
	A Trajetória Hipotética de Aprendizagem pode ser entendida como um planejamento bem detalhado que o professor utiliza para orientar seu trabalho em sala de aula. 
O termo Trajetória Hipotética de Aprendizagem foi utilizado por Martim Simon (1995) para se referir tanto:
"[...] à previsão do professor como para a trajetória que possibilitará a aprendizagem. É hipotética, porque a verdadeira trajetória de aprendizagem não é cognoscível de antecedência. Isso caracteriza uma expectativa. A aprendizagem individual dos estudantes ocorre de forma idiossincrática, embora muitas vezes em trajetos semelhantes" (SIMON, 1995, p. 135).
Simon (1995) ainda destaca que, uma Trajetória Hipotética de Aprendizagem baseada no construtivismo. Para o autor o construtivismo indica caminhos que auxiliam na compreensão de como ocorre a aprendizagem, favorecendo uma aprendizagem significativa.
Segundo Traldi Jr e Rosembaum (2010, p. 374)
"A trajetória se refere aos caminhos que os alunos devem seguir para a construção dos conhecimentos pretendidos. [...] o termo “hipotético” compreende duas perspectivas: a que entende que o professor tem acesso apenas às hipóteses dos conhecimentos dos alunos, isto é, não consegue acessar diretamente o conhecimento dos aprendizes e a outra perspectiva, para fazer referência ao prognóstico, à expectativa do professor, a respeito de como a aprendizagem será processada pelos alunos".
A Trajetória Hipotética de Aprendizagem (THA) é composta por três componentes essenciais: O objetivo de ensino com direções definidas, as atividades do ensino e o processo hipotético de aprendizagem e as possibilidades de modificações da THA, sendo que as possibilidades de mudança são necessárias, uma vez que cada turma tem suas características, contudo é quase impossível seguir fielmente uma trajetória hipotética.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) identificam que a constatação da importância da disciplina de matemática apoia-se no fato de que a mesma desempenha papel decisivo, pois permite resolver problemas da vida cotidiana, tem muitas aplicações no mundo do trabalho e funciona como instrumento essencial para a construção de conhecimentos em outras áreas curriculares. Do mesmo modo, interfere fortemente na formação de capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento e na agilização do raciocínio dedutivo do aluno. (BRASIL, 1997, p.12).
Ainda, a PCN de Matemática apontam a introdução da orientação estatística, aliada à probabilística no âmbito da escolarização básica. Para tanto, elegem um dos blocos de conteúdos denominado de Tratamento da Informação. Integram este bloco noções de estatística, de probabilidade e de combinatória. 
O tratamento da informação é uma das áreas da matemática que tem sido valorizada nas atuais propostas curriculares de diferentes países e do Brasil. Isso se justifica pelo saber ler e interpretar diferentes textos em diferentes linguagens, analisar e interpretar informações, fatos e ideias, ter a capacidade de organizar informações, saber estabelecer relações, questionar, selecionar, mobilizar informações, são algumas habilidades básicas para o exercício da cidadania e da vida escolar (BUSIN, ORO, 2012).
Diante disto a estatística, é um dos conteúdos inseridos no bloco tratamento da informação que poderá auxiliar os alunos através da leitura e a interpretação de gráficos e tabelas de textos informativos presentes na mídia e a construção de gráficos. É uma estratégia muito interessante para permitir que os alunos se apropriem destes textos, pois acabam participando de todo o processo de coleta de informações e têm que optar pela melhor forma de comunicar suas conclusões, ainda é possível que os alunos utilizem o computador para a construção de gráficos, que extremamente importante escolherem adequadamente o tipo de gráfico e as informações que devem constar nele para que possam comunicar o que se deseja. (DINIZ, 2011).
Durante muito tempo, a estatística vinda do latim Status cujo significado é “estado” foi considerada como a ciência dos negócios do Estado. (GIOVANNI, 2002, p. 72).
Ainda, segundo LEVIN (1977, p.12), “Estatística é um conjunto de técnicas para a tomada de decisões que auxiliam os pesquisadores na tarefa de fazereminferências de amostras para populações e, a partir daí, nos testes das hipóteses levantadas sobre a natureza da realidade”.
No ambiente educacional sugere-se que no estudo da estatística, o aluno além de voltar-se para a reflexão e o questionamento, relacione o aprendizado ao meio de sua vivência, podendo assim tirar proveito para aperfeiçoamento pessoal. Pela estatística, através da pesquisa e da análise dos dados organizados novos campos de investigação e de estudo são abertos (LOPES, COSTA, 2008).
Não é só na disciplina de matemática que a interpretação de dados se faz necessária, em qualquer disciplina ou área de ensino, seja no Ensino Fundamental ou Ensino Médio, as tabelas e os gráficos se apresentam como instrumento de análise e interpretação de fatos do cotidiano, sendo necessário que o professor e o aluno discutam dados e avaliem o que está sendo apresentado e ao mesmo tempo tenham condições de fazer uma leitura crítica do tema proposto(LOPES, COSTA, 2008).
Segundo a Diretrizes Curriculares de Matemática (2008, p.15):
“Os conceitos estatísticos devem servir de aporte aos conceitos de outros conteúdos específicos, com os quais sejam estabelecidos vínculos para quantificar, qualificar, selecionar, analisar e contextualizar informações, de maneira que sejam incorporadas às experiências do cotidiano. Ao final do Ensino Fundamental é importante o aluno conhecer fundamentos básicos da matemática que permitam ler e interpretar tabelas e gráficos, conhecer dados estatísticos...”.
 
Diante do exposto é visto o quanto é essencial o estudo e o aprimoramento da disciplina e também dos conteúdos, desta forma para incentivar os alunos e motiva-los o professor poderá adotar estratégias de ensino para possibilitar que os alunos sintam-se motivados para o conhecimento e a aprendizagem da estatística. Existem alguns meios para despertar a atenção dos alunos dentro da sala de aula , entre esses meios o professor pode apresentar tabelas e gráficos de maneira diferenciada através dos meios de comunicação jornais escritos, televisivos, revistas, panfletos, e livros de forma variada, colorida e atraente. Outro meio é através da utilização das mídias digitais uma vez que, os alunos já se interagem e se relacionam, e através de pesquisas na internet e a utilização de programas de computador, que forma uma excelente estratégia para o ensino. 
Destaca-se que, segundo DEMO (2000, p.97), as atividades de pesquisa compõem um processo de aprendizagem participativo/ construtivo que o professor de matemática dispõe e que quando explorado de forma criativa, torna o aluno capaz de se inserir e participar da comunidade onde vive, fazendo-a objeto de seus estudos.
THIOLLENT (1992, p.66) enfatiza:
“As pesquisas em educação, comunicação e organização, acompanham as ações de educar, comunicar e organizar. [...] As ações investigadas envolvem produção e circulações de informações, elucidação e tomadas de decisões, e outros aspectos supondo uma capacidade de aprendizagem dos participantes. [...] Em alguns casos, a aprendizagem é sistematicamente organizada por meio de seminários ou de grupo de estudos complementares e também pela divulgação de material didático”. 
Assim, com o advento das novas tecnologias, o professor é favorecido para que assuma uma postura mais atual, de facilitador do processo de aprendizagem, devendo estar aberto às mudanças para se aventurar em métodos e técnicas mais atualizadas e que despertem o interesse dos adolescentes pela disciplina, pelo aprendizado (BUSIN, ORO, 2012). 
No ambiente educacional, segundo TAJRA (2001, p. 61):
O uso da informática, de forma positiva dentro de um ambiente educacional, irá variar de acordo com a proposta. [...] Em função da gama de ferramentas disponíveis nos softwares, os alunos, além de ficarem mais motivados, também tornam-se mais criativos. [...] A curiosidade é outro elemento bastante aguçado com a informática, visto que é ilimitado o que se pode aprender e pesquisar com os softwares e sites da internet disponíveis. [...] Alunos com dificuldades de concentração tornam-se mais concentrados. [...] Esses ambientes favorecem uma nova socialização que, às vezes, não conseguimos nos ambientes tradicionais. [...] Estímulo a uma forma de comunicação voltada para a realidade atual de globalização.
As pesquisas na internet realizadas para fins educacionais são facilitadas por sites desenvolvidos especialmente para esta finalidade, onde os profissionais que os desenvolvem disponibilizam informações relacionadas aos conteúdos escolares, contendo informações segura, evitando assim informações duvidosas, já que as páginas são previamente analisadas por educadores (BUSIN, ORO, 2012).
Fazendo sua contribuição TAJRA (2002, p.33) enfatiza que:
 “A internet é uma porta aberta para novos contatos e localização de informações de diversas origens. Nesse momento é que percebemos o quanto é importante a utilização de um moderador/educador no processo da utilização da internet, principalmente quando diz respeito à pesquisa escolar”.
Contudo, ainda à alguns professores que possuem uma resistência na adoção de novas mudanças, exitam em mudar a metodologia em suas aulas, ainda optam pelo tradicionalismo mesmo tendo ciência que as práticas adotadas não são tão eficazes e que não despertam o interesse dos alunos, uma vez que estes estão sempre buscando algo novo, criativo para se interagirem. 
Para Demasi (1999, p. 230) “Todas as atividades do homem, sutil, mas inevitavelmente, têm relação como a tecnologia da informação a própria condição humana. Todavia, não é fácil se adaptar. Nascerá por isso uma nova burocracia da informação. Ainda segundo o autor: “Poderá surgir uma nova forma de analfabetismo, que atravessará a sociedade verticalmente e incluirá todos os que não conseguirem se adaptar a estas tecnologias”.
METODOLOGIA
A trajetória hipotética de aprendizagem será aplicada para a turma do 8º ano do Ensino Fundamental II na disciplina de matemática, o conteúdo abordado será estatística. A THA utilizará das tecnologias digitais, especificamente o laboratório de informática. Diante o desenvolvimento dos meios tecnológicos é de suma importância o professor se adaptar e incluir em suas aulas os meios digitais, por serem uma ferramenta para o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos e por despertar o interesse. Na matemática a tecnologia permite uma compreensão do ensino deforma inovadora, chamando atenção dos alunos, e desmistificando que a matemática é difícil de ser aprendida. 
O processo metodológico para a construção da THA acontecerá a partir de três etapas, sendo a primeira etapa o planejamento, as atividades serão pesquisadas através de revisão bibliográfica referente a pesquisas sobre ensino e aprendizagem de dados estatísticos numéricos e análise das propostas didáticas de ensino apresentadas em livros didáticos e outros materiais didáticos. 
A segunda etapa é da construção da trajetória hipotética de aprendizagem, se dará por meio da definição dos objetivos de aprendizagem, indicação de hipóteses sobre aprendizagem dos alunos e escolha das tarefas, assim a partir de pesquisas os alunos poderão refletir sobre o estudo da estatística, a observação e análise de gráficos (barras, linhas e setores) e tabelas, para depois construírem os seus próprios dados estatísticos. A terceira e ultima etapa será voltada para a avaliação de desempenho dos alunos e do professor. 
1º Etapa Trajetória Hipotética de Aprendizagem 
Estatística e a Tecnologia da Informação no Ensino Fundamental
Para ampliar o estudo sobre a estatística e como trabalhar com o uso das tecnologias no ensino fundamental foi realizada uma pesquisa através de artigos relacionados como “A Tecnologia da Informação e a Estatística no Ensino Fundamental” escrito por Maristela Albani Dala Costa e Maria Regina Carvalho Maciera Lopes ( 2008), onde resalvam a estatística como percussora do ensino da matemática e auxilia as pessoas a interpretar e analisar as informações através de tabelas e gráficos, que ao agrupar dados,facilitam a visualização dos conteúdos pesquisados. Também foi realizadas leituras de acordo o material disponibilizado em um deles a “Trajetórias Hipotéticas de Aprendizagem sobre funções exponenciais” escrito por Alexandra Gorrete Angiolin ( 2009), onde foi apresentado um modelo de THA sobre funções exponenciais. Acompanhando a era tecnológica possibilitando que o aluno possa compreender ainda melhor e aperfeiçoar seu ensino. Também foi extraído de livros como “Novo Praticando Matemática - 8 Série Autor: Andrini, Alvaro - Vasconcellos, Maria José|Marca: Editora do Brasil, onde estabelece conceitos estatísticos e atividades relacionadas ao conteúdo. 
2º Etapa Trajetória Hipotética de Aprendizagem 
Estatística e a Tecnologia da Informação no Ensino Fundamental
As propostas de atividades iniciaram a partir da explicação sobre o conteúdo, havendo leituras e discussão das informações, em seguida será apresentada com o auxilio do data show publicações que aparecem nos jornais e revistas, assuntos que tratam de esportes, economia, política, moradia, violência, saúde, educação, entre outros, geralmente apresentados na língua materna e por meio de diferentes representações gráficas como, por exemplo, tabelas, gráficos (barras, linhas e setores). 
Atividade 01 (01 aula)
Objetivos:
· Analisar o conceito de estatística e identificar a importância no contexto social. 
· Identificar por meio da leitura de textos jornalísticos, termos e expressões relacionadas à matemática.
· Analisar os gráficos e tabelas interpretando os seus dados. 
Professor -- Bom dia alunos hoje iniciaremos a aula de maneira diferente, estamos nesse espaço e com a ajuda do data show iremos conversar e analisar sobre a estatística, vocês já ouviram falar em estatística ou em dados estatísticos? 
Aluno-- Não, 
--Já ouvir falar, mas não sei o que é.
Professor--Bom então vamos ao conceito de estatística “É o ramo da matemática que trata da coleta de informações, de interpretações e da apresentação de dados numéricos, vejamos a estatística ela é representada através de gráficos e tabelas vejamos”. 
Gráfico1 – Praticantes de Esportes
Fonte: da pesquisa (2019)
Professor-- Esté é um gráfico de barras que representa a participação da população no esporte dividida por regiões. Vamos analisar! 
Aluno-- Professor o que são esses quadradinhos embaixo do gráfico? 
Professor-- É chamado de legenda, é através dela que identificamos e analisamos as barras. Exemplo: A cor azul escuro indica que o Brasil está com cerca de 63,2% de indivíduos que praticam esporte. 
Gráfico 2- índices de Violência 
Fonte: pesquisa (2020)
Professor-- Este outro gráfico é chama de setor ou pizza. 
Alunos-- Risos, porque pizza? 
Professor—Devido ao seu formato. Este gráfico representa os tipos de violência, algo que acontece em nossa sociedade e não podemos calar diante disso, se alguém sofrer algum tipo de violência ou saber de outra pessoa que está sofrendo denuncie.
Gráfico 3- Taxa de Analfabetismo
Fonte: pesquisa (2010)
Professor-- Este é o gráfico de linhas, ele indica a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade no Brasil, analisando ele identificamos que a taxa de analfabetismo vem caindo, em 1940 56% da população brasileira era analfabeta e em 2010 a taxa diminuiu para apenas 9,6%.
Tabela 1- Países Asiáticos com Alto Crescimento PIB
Professor-- Isto é uma tabela, ela representa as taxas médias de crescimento do PIB nos países asiáticos. Agora após a análise dos gráficos e da tabela vamos a resolução de algumas perguntas. 
01. O que você entendeu sobre a estatística? 
02. Analise os gráficos e descreva o que cada um representa, incluindo os dados fornecidos neles. 
03. Sobre a tabela, analise-a e descreva o que ela apresenta. 
Atividade 02 (02 aulas)
Objetivos: 
· Coletar dados, classificar dados, organizar os dados em tabelas, estabelecer
relações/comparações.
Professor-- Hoje vamos estudar sobre os dados estatísticos baseados em população, amostra e variáveis quantitativas e qualitativas. “A população na pesquisa é um conjunto completo de elementos que possuem um parâmetro comum. Uma amostra é sempre um grupo menor ou um subconjunto dentro de uma população”, Exemplo: A população de Medina é um dado completo pois estou falando da população em si, já se eu falar dos torcedores do time do cruzeiro da cidade de Medina já é uma amostragem, certo? 
Alunos—Risos, certo!
Professor—Agora vamos para as variáveis quantitativas e qualitativas. Dados quantitativos visam coletar fatos concretos: números. Dados qualitativos coletam informações que não buscam apenas medir um tema, mas descrevê-lo, usando impressões, opiniões e pontos de vista.
Professor-- Vamos aos exercícios!
De acordo com o que já conversamos a respeito dos tópicos acima, vamos fazer
uma pesquisa. Ou até mesmo escrever mais sobre o que será feito.
1) Qual é o total de alunos presentes na sua sala de aula? Como você classificaria sua sala de aula: população ou amostra?
2) Destes, quantos são do sexo masculino? Quantos do sexo feminino?
Nosso interesse nesse momento é a característica sexo, tal característica é
conhecida como variável. As variáveis podem ser qualitativas ou quantitativas.
3) Como você classifica à variável feminino?
4) Como você representaria estes valores utilizando porcentagem?
5) Poderíamos dizer que esta pesquisa que realizamos na sala de aula representa todos os alunos desta escola?
6) Complete a tabela abaixo com as informações obtidas com sua pesquisa.
	Sexo 
	Quantidade
	Porcentagem%
	Feminino 
	
	
	Masculino 
	
	
	Total
	
	
Atividade 03 (02 aulas)
Objetivos:
· Analisar e construir os diferentes tipos de gráficos e tabelas. 
Professor-- Alunos hoje iremos realizar um trabalho diferente, vamos dividir a sala em 4 grupos e iremos para a sala de informática, lá cada grupo irá pesquisar sobre um tipo de gráfico e através da pesquisa vocês irão representa-lo. 
Assim os alunos na sala de informática pesquisam sobre os tipos de gráficos de barra, linhas e setores e a tabela em diversos sites e vão analisando os dados para escolher apenas um para representa-lo. Após a escolha cada grupo começa a desenvolver o trabalho de representação. 
Professor-- Alunos estou com cartolinas, pincéis, colas, folhas color 7, tesouras e agora cada um em seu grupo desenvolverá seu trabalho, após ao término vocês irão apresentar para toda a turma.
3º Etapa Trajetória Hipotética de Aprendizagem 
Avaliação (01 aula)
A avaliação acontece de modo grupal, a partir da participação dos alunos no desenvolvimento dos trabalhos, será avaliada a representação dos gráficos e da tabela juntamente com a apresentação do grupo. 
CRONOGRAMA DO PROJETO
CRONOGRAMA PARA AS ATIVIDADES
	Etapas do Planejamento
	Período 
	Planejamento
	01 aula
	Execução
	06 aulas 
	Avaliação
	01 aula 
RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
Para realização do projeto é necessário um trabalho interdisciplinar com todos os professores da escola. Uma vez que o ensino da matemática não se agrega somente a professores da disciplina, mas em todos aqueles responsáveis pelo ensino aprendizagem dos alunos, assim os recursos materiais a serem utilizados são: computadores, notebooks, cartolinas, cola, tesouras, data show, pincéis, fitas adesivas entre outros.
AVALIAÇÃO
A avaliação dos alunos acontecerá através de trabalhos realizados em cartazes com a representação gráfica das imagens pesquisadas. Serão também avaliados a partir da participação nas aulas, de modo que resolvam as atividades propostas e procurem participar na resolução das mesmas. Todo o processo de pesquisa é de modo grupal e o interesse deverão contemplar a avaliação, também será avaliado o desenvolvimento dos trabalhos a representação dos gráficos e da tabela juntamente com a apresentação do grupo. Assim após as apresentações os cartazes com as imagens dos gráficos e da tabela serão expostos na escola para apreciação de todos. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos que, o ensino da matemática é de suma importância e necessidadehumana, pois ela visa o conhecimento numérico, o raciocínio e a compreensão e interpretação de dados, sendo esse indispensável ao cotidiano humano. Assim vemos na estatística um conteúdo que diversifica e aprimora o conhecimento, através de seus dados possibilita uma melhor compreensão sobre levantamentos de informações relacionadas a diversos assuntos que podem ser trabalhados em sala de aula, o estudo da estatística também auxilia no desenvolvimento de habilidades, dentre elas podemos destacar a organização e o senso crítico. Ainda com o auxílio dos meios tecnológicos que viabilizam a atenção e o interesse dos alunos, de uma maneira lúdica e criativa que todos participam. Com isso o projeto contribui para uma formação e a promoção do conhecimento voltada para o ensino da matemática utilizando a estatística e o uso das tecnologias para incentivo e aprimoramento da aprendizagem sendo essa de suma importância para o aluno, uma vez que será também utilizada em seu dia a dia. Com tudo a THA favoreceu muito para a construção e planejamento das aulas, uma vendo sendo uma ferramenta essencial do professor. 
9
REFERÊNCIA
Andrini, Alvaro - Vasconcellos, Maria José|Marca: Editora do Brasil
ANGIOLIN, A. G. Trajetórias Hipotéticas de Aprendizagem sobre funções exponenciais. 2009. 196 f. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2009. Disponível em:< https://tede2.pucsp.br/bitstream/handle/11384/1/Alexandra%20Garrote%20Angiolin.pdf>. Acesso em: 09 nov. 2020.
BUSIN, S, Adriano;ORO, T,Neuza. Tratamento da Informação: conhecimento de estatística de alunos da oitava série do ensino fundamental do município de lagoa vermelha. Disponível em http://anaisjem.upf.br/download/de-265-busin.PDF. Acesso em : 08, Nov, 2020.
BRASIL Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1997
COSTA, D,A,Mairstela; LOPES, M,C,R,Maria. A Tecnologia da Informação e a Estatística no Ensino Fundamental. Disponível em http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2454-8.pdf Acesso em : 08 nov, 2020.
DE MASI, Domenico (organizador). A sociedade pós-industrial. 2ª edição - São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 1999.
DEMO, Pedro. Desafios Modernos da Educação. 10ª edição: Editora VOZES,Petrópolis, 2000. 
DINIZ. Maria Ignez Matemática e Leitura: Um pouco da gramática relativa ao Tratamento da Informação. Disponível em: . Acesso em 07 nov, 2020.
GIOVANNI, José Rui; Giovanni Jr. José Rui, Matemática pensar e descobrir: o + novo. São Paulo: FTD, 2002
LEVIN. Jack, Estatística aplicada a ciências humanas. Tradução de Sérgio Francisco Costa. 2.ed. São Paulo: Harbra, 1978.
LOPES, Luis Roberto Guerreiro. SOFTWARE LIVRE. Revista UniABCmExatas/Universidade do Grande ABC. v.1, n.3, p. 20-23. 2007.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da Pesquisa-ação. 5ª edição - São Paulo:Editora Autores Associados, 1992.
SCHNEIDER. C, Juliana; ANDREIS, F, Rosemari. 2013. Disponível em < http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2014/04/juliana_schneider.pdf> Acesso em 10 nov, 2020. 
SIMON, Martin A. Reconstruindo a Pedagogia da Matemática de uma Perspectiv Construtivista. Fundação de Ciências Naturais. Washington, 1993.
SIMON, M. A. Reconstructing mathematics pedagogy from a constructivist perspective. Journal for Research in Mathematics Education, vol. 26, n. 2, pp. 114-145. 1995.
TAJRA, Sanmya Feitosa. Internet na educação/o professor na Era Digital. 1. ed. São Paulo: Érica, 2002.
TRALDI JR, Armando; ROSENBAUM, Luciane Santos. Uma trajetória hipotética de aprendizagem sobre funções trigonométricas numa perspectiva construtivista. Educação Matemática Pesquisa, v. 12, n. 2, 2010.