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FILOSOFIA Prof.: Alexandre Sanches Cunha JEREMY BENTHAM (1748-1832) O jurista Jeremy Bentham: era economista e filósofo que chefiou um grupo de pensadores ingleses, entre os séculos XVIII e XIX, que ficou conhecido como grupo de radicais filosóficos ou “utilitaristas”. Seus componentes pregavam por reformas políticas e sociais, entre elas uma nova constituição para o país, que foi alcançado no ano da morte de Bentham “A primeira lei de natureza, para Bentham, consistiria em buscar o prazer e evitar a dor, sendo necessário para alcançar tal escopo que a felicidade pessoal fosse alcançada pela felicidade alheia. (...) A solução para encontrar a cooperação entre os homens, ele a aponta na e identificação de interesses, factível através da atividade legislativa do governo” – (grifo do professor) BENTHAM Bentham ⇒ Cálculo utilitário Stuart Mill (1806 – 1873) MILL ⇒ Cálculo utilitário Rudolf von Ihering O jurista alemão Rudolf von Ihering (1818-1892), professor catedrático de Direito Romano Segundo Rudolf von Ihering, “Direito” e “força” se confundem, tendo em vista que o Direito se torna vazio, quando desprovido de força. A LUTA PELO DIREITO Nesta obra von Ihering compara o curso da vida do direito como a duração de uma luta, onde cada um sendo contendor de seu direito deve defendê-lo. Para atingir o equilíbrio desejável e justo, com vistas à pacificação social. E é precisamente essa luta que se revela na base de toda a obra, sendo a própria essência do direito. “A finalidade do direito é a paz, a luta é o meio de consegui-la, enquanto o direito tiver de afastar o ataque causado pela injustiça e isso durará enquanto o mundo estiver com os olhos bem abertos, ele não será poupado. A vida do direito é a luta, a luta de governos, de classes, de indivíduos e a luta de povos”. Como se trata de uma tese sobre a ciência jurídica, "com o intuito de despertar nos espíritos a disposição moral que deve constituir a atuação firme e brava do anseio jurídico”. Para este professor: “somos sempre responsáveis pelo nosso direito. E ele sempre será originário da luta”. “... A abolição da escravidão, a eliminação dos servos, a livre disposição da propriedade territorial, a liberdade da indústria, a liberdade da consciência, não tem sido adquiridas sem uma luta das mais encarniçadas e que frequentemente tem durado vários séculos, e quase sempre banhadas em ondas de sangue.” Para Rudolph von Ihering o direito não é uma simples ideia, é uma força viva. Por isso a justiça sustenta numa das mãos a balança com que pesa o direito, enquanto na outra segura a espada por meio da qual o defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada a impotência do direito. Uma corroborou a outra, e o verdadeiro estado de direito só pode existir quando a justiça sabe segurar a espada com a mesma habilidade com que maneja a balança. (FGV/OAB/XXVI_Exame/2018) Em tempos de mudanças e reformas, é comum assistirmos a diferentes tipos de lutas sociais, especialmente visando à garantia de direitos e à conquista de novos direitos. Em A Luta pelo Direito, o jurista alemão Rudolf Von Ihering afirma que o fim do Direito é a paz, mas o meio de atingi-lo é a luta. Considerando essa afirmação e de acordo com o livro citado, assinale a opção que melhor caracteriza o pensamento jusfilosófico de Ihering. a) O Direito é sempre o produto do espírito do povo, que é passado de geração em geração. Por isso, quando se fala em Direito é preciso sempre olhar para a história. O Direito romano é a melhor expressão desse processo social- histórico. b) O Direito de uma sociedade é a expressão dos conflitos sociais dela e resulta de uma luta de pessoas e grupos pelos seus próprios direitos subjetivos. Por isso, o Direito é uma força viva, e não uma ideia. c) O Direito resulta exclusivamente da ação institucional do Estado. É no parlamento que são travadas as lutas políticas que definem os direitos subjetivos presentes no Direito Positivo de uma dada sociedade. d) O Direito é parte da infraestrutura da sociedade e resulta de um processo de luta de classes, no qual a classe dominante usa o Direito para manter o controle sobre os dominados. RESPOSTA b) O Direito de uma sociedade é a expressão dos conflitos sociais dela e resulta de uma luta de pessoas e grupos pelos seus próprios direitos subjetivos. Por isso, o Direito é uma força viva, e não uma ideia. Como destaca Jhering em sua obra “O Direito não é uma pura teoria, mas uma força viva” Na obra “A Luta Pelo Direito”, Von Ihering, critica Shakespeare com a cena forense de o “Mercador de Veneza”, A cena, em que o Rudolf Von Ihering critica é a cena em que Shylock foi ao tribunal exigir, que o título dele fosse válido, o juiz deu ganho de causa a ele, sobre que o autor do pedido, fosse tirar uma libra de carne do réu, que nesse caso é o Antonio. Mas aí é que está a crítica de Ihering, é que o juiz, usou de esperteza para poder ajudar o réu, porque ele falou ao judeu (Shylock) que ele poderia tirar a libra dele, mas não poderia derramar nenhuma gota de sangue. Por isso Ihering, afirma que o direito do Shylock foi agredido por essa “esperteza” do juiz. A LUTA PELO DIREITO O direito está intimamente ligado a honra, ao respeito, ao trabalho, essa é a ligação forte que tem, a pessoa e o direito, um não vive sem o outro, essa é uma parte do que trata o livro. IHERING mostra que temos que continuar usufruindo a nossa cidadania, porque senão acaba tudo o que foi dito sobre honra e outras coisas, destrói toda a razão de ser do direito, temos sempre que praticar a nossa cidadania. HEGEL (1770-1831) Hegel continuava a tradição do jusnaturalismo moderno iniciada por Hobbes, ao considerar o Estado como o momento positivo do desenvolvimento histórico da humanidade, ou seja, o Estado como sujeito da história universal, para além do qual não existe outra condição, senão a do estado de natureza. O ser humano é sujeito tanto do direito interno quanto do direito internacional. “tudo o que é real é racional, tudo o que é racional é real”. Racionalista e idealista acreditava que a realidade se insere na razão Nada existe fora do pensamento. Tudo o que é conhecido já é pensamento. Hegel construiu um sistema filosófico auto-suficiente, que tem como característica essencial o desenvolvimento de um método dialético que propõe estudar a realidade, para compreender e expressar a situação real do mundo. O Estado para Hegel é um todo ético organizado, isto é, o verdadeiro, porque é a unidade da vontade universal e da subjetiva. O Estado e a constituição são os representantes da liberdade concreta, efetiva. Esta ideia de liberdade, forma um papel fundamental no desenvolvimento do direito individual, e o homem, considerado como substância ética da sociedade civil, somente desenvolve todo seu dever em face da liberdade. Dialética Hegeliana Hegel criou um sistema chamado dialética, que é um processo espiral sobre o conhecimento, partindo da uma ideia base que é chamada de tese, contrariada por outra ideia, chamada de antítese e chegando a uma conclusão chamada de síntese, que passa a ser uma nova tese, por isso, espiral, algo que não tem fim, mas uma evolução de ideia. Método dialético A dialética se processa em três momentos: Primeiro seria a Tese, que corresponde uma ideia, um pensamento. Segundo seria a Antítese – um pensamento diferente da tese, uma ideia contrária. Terceiro seria a Síntese – uma conclusão da tese com a antítese, ou seja, após o debate de ideias chegaria a uma conclusão resumida, no entanto, essa síntese passa a ser uma nova tese para uma dialética. HEGEL em 1843, a Crítica da filosofia do direito de Hegel foi um divisor de águas na obra de Marx: marca a transição da chamada fase "juvenil" para a “fase adulta” e a consolidação dos pressupostos que irão orientar a produção do seu pensamento até suamaturidade. Alexandre Sanches Cunha @Cunhaadv profalexandrecunha