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Unidade 4 - Transmissão veicular, design e fundamentos dos veículos elétricos

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E-Book	-	Apostila
Esse	arquivo	é	uma	versão	estática.	Para	melhor	experiência,	acesse	esse	conteúdo	pela	mídia	interativa.
Unidade	4	-	Transmissão	veicular,	design	e
fundamentos	dos	veículos	elétricos
E-Book	-	Apostila
E-Book	-	Apostila
2	-	44
Introdução	da	unidade
Caro(a)	 aluno(a),	 nesta	 unidade,	 iremos	 aprender	 sobre	 os	 sistemas	 de
transmissão	 automotiva.	 Abordaremos	 a	 função	 e	 a	 importância	 desse	 sistema
dentro	do	automóvel.	Quando	falamos	em	sistemas	de	transmissão,	não	podemos
deixar	 de	 falar	 sobre	um	dos	 componentes	mais	 conhecidos	de	um	automóvel:	 a
embreagem,	 que	 é	 responsável	 por	 ligar	 e	 transmitir	 o	 torque	 do	 motor	 para	 a
caixa	de	 transmissão.	Ao	 longo	da	unidade,	 serão	explicados	as	 características	e
os	 tipos	 de	 embreagens	 utilizadas	 nos	 veículos.	 Também	 será	 abordado	 o
diferencial	 e	 sua	 relação	 com	 o	 sistema	 de	 transmissão.	 Fechando	 a	 parte	 de
transmissão,	 será	estudado	o	conceito	de	 tração	automotiva	e	os	 tipos	de	 tração
que	um	automóvel	pode	possuir.	Ao	longo	da	unidade,	ainda	iremos	estudar	sobre
as	 baterias	 automotivas,	 que	 são	 de	 fundamental	 importância	 para	 fornecer
energia	para	os	veículos.	Por	fim,	iremos	estudar	sobre	a	infraestrutura	rodoviária
e	como	o	país	está	preparado	para	receber	os	automóveis.
Agora	que	você	 já	 sabe	o	que	virá	ao	 longo	da	unidade,	podemos	começar.	Bons
estudos!!!
Sistemas	de	transmissão
O	 sistema	 de	 transmissão	 possui	 a	 função	 de	 transmitir	 o	 torque	 disponível	 no
motor	 para	 todas	 as	 rodas,	 possibilitando	 o	 movimento	 do	 carro	 em	 diferentes
velocidades	 e	 satisfazendo	 os	 requisitos	 impostos	 ao	 veículo	 pela	 estrada,
condutor	e	ambiente.	Dessa	forma,	o	sistema	de	transmissão	fornece	as	forças	de
tração	 e	 impulsão	 necessárias	 para	 movimentar	 o	 veículo	 (NAUNHEIMER	et	 al.,
2014).
No	vídeo	abaixo,	vamos	adentrar	nessa	temática	sobre	o	sistema	de	transmissão.
Recurso	Externo
Recurso	é	melhor	visualizado	no	formato	interativo
A	partir	do	vídeo	assistido,	você	consegue	 identificar	quais	outros	conhecimentos
foram	adquiridos?
Dentro	do	veículo,	o	sistema	de	transmissão	desempenha	as	seguintes	funções:
(Clique	nas	setas	para	avançar	ou	retornar	o	conteúdo)
E-Book	-	Apostila
3	-	44
realizar	a	parada	do	veículo,	mesmo	quando	o	motor	estiver	em
funcionamento;
realizar	a	partida	quando	o	veículo	estiver	parado;
promover	o	movimento,	tanto	para	a	frente	quanto	para	trás
(marcha	à	ré);
junto	do	diferencial,	fazer	com	que	as	rodas	motrizes	girem	com
diferentes	rotações	quando	estiverem	em	curvas.
No	 sistema	 de	 transmissão,	 a	 embreagem	 possibilita	 a	 parada	 do	 veículo,	 o
arranque	 e	 a	 interrupção	 da	 transmissão	 de	 torque.	 Durante	 o	 arranque,	 a
embreagem	 sincroniza	 a	 diferença	 de	 rotação	 entre	 o	motor	 e	 a	 transmissão,	 da
mesma	 forma	como	quando	são	necessárias	 trocas	de	marchas,	 interrompendo	a
transmissão	de	torque	(BOSCH,	2018).	No	que	tange	os	sistemas	de	transmissão,
há	diversos	tipos	relativos	às	configurações	específicas,	como:	posição	do	motor	e
do	 eixo	 de	 tração.	 Abaixo,	 no	 Quadro	 1,	 são	 listados	 os	 principais	 sistemas	 de
transmissão	automotiva.
Transmissão Posição	do	motor Posição	do	eixo	de	tração
Padrão Frontal Traseiro
Tração	Dianteira Frontal,	transversal	ou	longitudinal Dianteiro
Tração	Traseira Traseira Traseiro
Tração	Total Frontal,	central	ou	traseira Traseiro	e	dianteiro
QUADRO	1	-	Principais	tipos	de	transmissão	automotiva
Fonte:	BOSCH,	2018.
Ainda	com	relação	aos	sistemas	de	transmissão,	também	podem	ser	classificados
de	 algumas	 outras	 formas,	 são	 elas:	 transmissão	 manual,	 automática,
automatizada	 e	 transmissão	 de	 dupla	 embreagem.	 Esses	 tipos	 de	 sistema	 serão
apresentados	nos	subtópicos	a	seguir.
Transmissão	manual
E-Book	-	Apostila
4	-	44
Dentro	de	um	sistema	de	transmissão	manual,	tanto	as	trocas	de	marcha	quanto	o
acionamento	 da	 embreagem	 são	 efetuados	 pelo	 condutor	 de	 forma	 manual
(NAUNHEIMER	et	al.,	2014).
Os	elementos	básicos	que	constituem	um	sistema	de
transmissão	manual	são:
embreagem;
caixa	de	mudanças	com	relação	de	transmissão	variável;
mecanismo	de	troca	de	marchas	com	alavanca	de	câmbio.
A	 seleção	 e	 troca	 de	 marchas	 é	 realizada	 por	 meio	 de	 articulações	 e	 cabos
tensores.	 A	 engrenagem	 ativa	 no	 eixo	 da	 caixa	 de	 mudanças	 é	 fixada	 por
acoplamentos	 de	 garra	 e	 anéis	 sincronizadores.	 A	 rotação	 dos	 elementos	 que
serão	engrenados,	por	sua	vez,	deve	ser	sincronizada	sempre	antes	de	se	efetuar
uma	troca	(BOSCH,	2018).	As	caixas	de	transmissão	para	veículos	 leves	possuem
cinco	ou	seis	marchas,	entretanto,	durante	as	décadas	de	1980	e	1990,	os	veículos
eram	 produzidos	 com	 caixas	 de	 transmissão	 de	 quatro	 marchas.	 Atualmente,
modelos	 com	 câmbio	 de	 quatro	 marchas	 não	 são	 mais	 utilizados.	 A	 seguir,	 na
Figura,	é	apresentado	um	sistema	de	transmissão	manual.
E-Book	-	Apostila
5	-	44
FIGURA	1	-	Modelo	de	um	sistema	de	transmissão	manual
Fonte:	BRAIN;	THREEWITT,	2018.
O	 processo	 é	 iniciado	 com	 o	 acionamento	 da	 embreagem,	 em	 que	 ocorre	 o
desacoplamento	 do	 anel	 sincronizado,	 permitindo	 a	 seleção	 da	 marcha	 por
intermédio	 da	 alavanca.	 Com	 a	 seleção	 da	 marcha	 e	 o	 acoplamento	 do	 anel
sincronizador	 na	 engrenagem	 referente	 à	 marcha	 escolhida,	 a	 embreagem	 deve
ser	liberada,	finalizando	a	operação.	Dessa	forma,	o	movimento	gerado	pelo	motor
pode	 ser	 transmitido	 por	meio	 dos	 pares	 de	 engrenagens	 e	 do	 eixo	 de	 saída.	No
processo	de	trocas	de	marcha,	o	processo	ocorre	de	forma	semelhante:	é	acionada
a	embreagem,	de	forma	a	desacoplar	o	anel	sincronizador,	e	selecionada	a	marcha
conforme	 a	 necessidade	 do	 veículo.	 Após	 a	 seleção	 da	 marcha,	 o	 anel
sincronizador	é	acoplado	no	par	de	engrenagens	da	marcha	solicitada.
Transmissão	automatizada
E-Book	-	Apostila
6	-	44
Nos	 sistemas	 de	 transmissão	 automatizada,	 ou,	 como	 conhecidas,
semiautomáticas,	 as	 trocas	 de	marcha	 realizadas	 pelo	 motorista	 são	 conduzidas
dentro	do	sistema	por	atuadores	hidráulicos	comandados	por	sistemas	eletrônicos.
Essas	 trocas	de	marcha	envolvem	o	acionamento	de	embreagem	e	a	 interrupção
de	 força	 de	 tração.	 Esses	 sistemas	 contribuem	 para	 o	 aumento	 na	 eficiência
durante	a	troca	de	marcha	e	para	a	economia	de	combustível	do	veículo	(BOSCH,
2018).	No	sistema	automatizado,	o	acionamento	da	embreagem	e	a	mudança	das
marchas	são	 realizadas	por	um	sistema	auxiliar,	que	pode	ser	elétrico,	hidráulico
ou	 pneumático.	 O	 sinal	 para	 essa	 troca	 é	 gerado	 por	 um	 controlador	 eletrônico
(NAUNHEIMER	et	 al.,	 2014).	 Em	 transmissões	 automatizadas,	 tanto	 a	 caixa	 de
câmbio	quanto	os	elementos	de	arranque	são	automatizados	com	a	possibilidade
de	 haver	 uma	 alavanca	 ou	 tecla	 para	 o	 controle	 das	 trocas	 de	 marcha	 pelo
motorista,	sobrepondo,	assim,	o	controle	automático.
Diferente	da	transmissão	manual,	a	transmissão	automatizada	não	necessita	que	o
condutor	 do	 veículo	 pise	 no	 pedal	 de	 embreagem	 para	 desacoplar	 o	 anel
sincronizador	e	efetuar	a	troca.	Dessa	forma,	a	condução	do	veículo	se	torna	mais
confortável,	 de	 forma	a	 cansar	menos	 a	 perna	 esquerda	do	 condutor	 (necessária
para	a	troca	de	marcha	no	modo	de	transmissão	manual).
No	vídeo	abaixo,	vamos	falar	sobre	a	transmissão	automática,	vamos	lá?
Recurso	Externo
Recurso	é	melhor	visualizado	no	formato	interativo
Com	 base	 no	 que	 você	 acabou	 de	 assistir,	 as	 fundamentações	 discutidas	 na
unidade	 fazem	 uma	 correlação	 melhor	 com	 o	 que	 até	 então	 havia	 sido
apresentado?	Pense	sobre	isso.
Na	Figura	abaixo,	é	apresentado	um	esquema	de	transmissão	automática.
E-Book	-	Apostila
7	-	44
FIGURA	1	-	Esquema	ilustrativo	de	uma	transmissão	automática
Fonte:	EEEP,	2015,	p.	9.
Na	prática,	 a	 transmissão	automática	 torna	a	 condução	muito	mais	 suave	para	 o
condutor,	 de	 forma	que	 ele	 não	 precise	 passar	 a	marcha	 durante	 a	 conduçãodo
veículo,	somente	nos	casos	em	que	é	necessário	 tirar	o	carro	do	 lugar,	engatar	a
marcha	 à	 ré,	 colocar	 o	 carro	 em	 ponto	 morto	 ou	 estacionar.	 Nos	 veículos	 com
transmissão	automática,	normalmente,	vêm	escritos	os	seguintes	símbolos:
(Clique	nos	(•)	para	visualizar	o	conteúdo)
Recurso	Externo
Recurso	é	melhor	visualizado	no	formato	interativo
E-Book	-	Apostila
8	-	44
No	modo	de	condução,	indicado	pela	letra	D,	o	sistema	de	transmissão	fará	todo	o
trabalho,	fazendo	as	trocas	de	marchas	automaticamente.
Transmissão	de	dupla	embreagem
De	 forma	 a	 combinar	 as	 vantagens	 das	 transmissões	manuais	 e	 automáticas,	 foi
desenvolvido	 o	 sistema	 de	 transmissão	 de	 dupla	 embreagem.	 Ele	 apresenta	 alto
nível	 de	 eficiência	 das	 transmissões	 manuais,	 com	 uma	 relação	 de	 transmissão
livremente	 selecionável	 em	 amplas	 gamas,	 além	de	 esportividade	 e	 dinâmica	 de
condução.	 Além	 disso,	 apresenta	 as	 características	 dos	 câmbios	 automáticos,
como	facilidade	de	manipulação	e	conforto.	O	princípio	desse	modelo	é	baseado	na
ideia	 de	 duas	 subcaixas	 independentes,	 cada	 uma	 conectada	 ao	 volante	 motor
através	da	embreagem,	como	observado	na	Figura	abaixo.
FIGURA	1	-	Esquema	de	transmissão	por	dupla	embreagem
Fonte:	NAUNHEIMER	et	al.,	2014,	p.	173.
Uma	 caixa	 contém	 as	 engrenagens	 referentes	 às
E-Book	-	Apostila
9	-	44
Uma	 caixa	 contém	 as	 engrenagens	 referentes	 às
marchas	 ímpares	 (1ª,	 3ª,	 5ª,	 dentre	 outras)	 e	 a
outra,	as	engrenagens	 referentes	às	marchas	pares
(2ª,	4ª,	6ª,	dentre	outras)	e	a	marcha	à	ré.
Embreagem
É	 impossível	 falar	 de	 sistemas	 de	 transmissão	 automotiva	 sem	 falar	 das
embreagens.	A	embreagem	é	utilizada	dentro	do	sistema	de	transmissão	para	que
a	troca	de	marchas	ocorra	com	o	mínimo	de	esforço	e	ruído.
Segundo	a	definição	da	NBR	6050	(1995),	"um	sistema	de	embreagem	tem
a	 função	 principal	 de	 acoplar	 e	 desacoplar	 a	 transmissão	 de	 torque	 do
motor	para	a	caixa	de	velocidades".
Quando	a	embreagem	está	acoplada,	tem-se	a	transmissão	de	torque	contínua	do
motor.	Quando	se	deseja	realizar	a	mudança	de	marcha,	a	transmissão	de	torque	é
interrompida,	 acionando,	momentaneamente,	 o	 pedal	 da	 embreagem.	Ao	acoplar
novamente	a	embreagem,	é	esperado	que	tal	acoplamento	ocorra	de	forma	suave,
sem	 ruídos	 ou	 trepidações	 (GREGORI,	 2016).	 A	 seguir,	 na	 Figura,	 é	 ilustrado	 um
sistema	 da	 embreagem	 automotiva,	 que,	 basicamente,	 é	 constituído	 por	 platô,
disco	e	rolamento	de	acionamento.
E-Book	-	Apostila
10	-	44
FIGURA	1	-	Conjunto	de	peças	de	uma	embreagem:	da	esquerda	para	a	direita
estão	o	disco,	o	platô	e	o	rolamento	de	acionamento
Fonte:	CONTAGEM,	2022.
É	possível	observar,	na	Figura,	que	o	revestimento,	também	chamado	de	material
de	fricção,	é	fixado	no	disco	por	meio	de	rebites.	O	platô	é	aparafusado	no	volante
do	motor,	enquanto	que	o	disco	está	engrenado	na	árvore	da	transmissão.	Assim,
o	acoplamento	e	o	desacoplamento	entre	o	motor	e	a	 transmissão	são	realizados
por	meio	do	mancal	da	embreagem.	Se	o	mancal	estiver	acionado,	a	embreagem
estará	 desacoplada	 e,	 consequentemente,	 não	 haverá	 transmissão	 de	 torque.
Contudo,	 se	 o	 mancal	 estiver	 desacionado,	 a	 embreagem	 estará	 acoplada	 e,
portanto,	haverá	transmissão	do	torque	(WELLER,	2018).
E-Book	-	Apostila
11	-	44
A	 Figura	 abaixo	 ilustra	 a	 embreagem	 nas	 condições	 de	 acoplamento	 e
desacoplamento,	 na	 qual	 pode-se	 notar	 que	 as	 duas	 situações	 são	 diferenciadas
pela	posição	da	placa	de	pressão.	Quando	a	embreagem	estiver	acoplada,	a	placa
estará	sobre	o	disco,	aplicando	força	proveniente	da	mola-membrana	e,	quando	a
embreagem	estiver	desacoplada,	a	placa	de	pressão	estará	recuada	axialmente	e
sem	aplicação	de	força	sobre	o	disco.
FIGURA	1	-	Condições	da	embreagem:	(A)	Acoplada;	(B)	Desacoplada
Fonte:	PERESTRELO,	2013,	p.	21.
As	embreagens	são	classificadas	de	acordo	com	seu	modo	de	funcionamento.	Elas
podem	ser	secas	ou	úmidas.	As	embreagens	úmidas	trabalham	banhadas	em	óleo
e	 são	 usadas	 para	 aplicações	 de	 alto	 torque,	 uma	 vez	 que	 operam	em	 situações
com	maior	quantidade	de	calor	e	energia.	Assim,	o	óleo	auxilia	no	arrefecimento
do	câmbio.	No	entanto	essa	configuração	traz	maiores	perdas	mecânicas	devido	à
necessidade	do	óleo	ser	bombeado	por	meio	da	caixa	para	atingir	as	engrenagens
e	 arrefecê-las.	 Já	 as	 embreagens	 secas	 são	mais	 eficientes	 devido	 ao	 volume	 de
óleo	 reduzido	 no	 sistema,	 pois	 operam	 em	 faixas	 de	 torques	 menores	 (WELLER,
2018).
E-Book	-	Apostila
12	-	44
Embreagem	com	disco	seco
Em	 embreagens	 de	 disco	 seco,	 o	 torque	 do	motor	 é	 transmitido	 pelo	 volante	 do
motor,	 conjunto	platô	e	disco	de	embreagem	ao	eixo	de	entrada	da	 transmissão.
Durante	o	engate,	diferentes	velocidades	entre	o	conjunto	do	platô	e	do	disco	de
embreagem	causam	fricção	deslizante,	gerando	calor	e	desgaste	(NAUNHEIMER	et
al.,	 2014).	 Com	 relação	 aos	 revestimentos	 em	 discos	 de	 embreagem	 a	 seco,	 há
algumas	 características	 a	 serem	 abordadas.	 Clique	 nas	 sanfonas	 e	 confira	 quais
são	elas:
Características
revestimentos	orgânicos	são,	por	questão	de	conforto,	utilizados,
principalmente,	 no	 setor	 automobilístico.	 Consistem	 em	 fios
(principalmente,	de	 fibra	de	vidro,	aramida	e	celulose,	com	latão
ou	 fio	 de	 cobre)	 incorporados	 em	 resinas,	 borrachas	 e
enchimentos;
o	 disco	 de	 revestimento	 orgânico	 é,	 normalmente,	 rebitado	 à
mola	pelo	segmento	do	disco	de	embreagem;
revestimentos	 de	 sintetização	metálica	 (cerâmica)	 são	 utilizadas
para	 cargas	 pesadas,	 especialmente	 para	 tratores	 ou	 máquinas
de	 escavação.	 O	 material	 de	 revestimento	 é	 sintetizado
diretamente	 no	 flange	 ou	 rebitado	 a	 elas.	 Utilizado	 mais	 em
veículos	específicos	ou	de	competição;
os	 revestimentos	 de	 carbono,	 que	 são	 um	 subgrupo	 de
revestimentos	orgânicos,	nele,	as	fibras	de	carbono	são	inseridas
nos	 revestimentos	 para	 aumentar	 a	 rigidez	 e	 a	 resistência	 à
temperatura.	 Devido	 ao	 seu	 alto	 custo	 e	 reduzido	 conforto	 de
deslocamento,	 normalmente,	 é	 utilizado	 em	 carros	 de
competição.
Embreagem	banhada	a	óleo
As	 embreagens	 banhadas	 a	 óleo,	 ou	 embreagens	 úmidas,	 possuem	 elevada
capacidade	 térmica,	 pois	 o	 óleo	 dissipa	 o	 calor	 proveniente	 do	 atrito.	 A	 Figura	 a
seguir	 apresenta	 um	 esquema	 de	 embreagem	 úmida.	 Por	 mais	 que	 essas
embreagens	suportem	mais	o	calor,	 suas	perdas	por	arrasto	na	posição	acoplada
são	maiores	que	as	das	embreagens	secas	(BOSCH,	2018).
E-Book	-	Apostila
13	-	44
FIGURA	1	-	Esquema	de	embreagem	úmida
Fonte:	NAUNHEIMER	et	al.,	2014,	p.	345.
As	embreagens	úmidas	são	mais	utilizadas	em	caixas	de	transmissão	de	variação
contínua.	 O	 uso	 em	 caixas	 de	 câmbio	 sincronizadas	 é	 problemático	 devido	 à
elevada	 sobrecarga	 de	 sincronização	 por	 causa	 da	 viscosidade	 do	 óleo	 (BOSCH,
2018).	Embreagens	duplas	úmidas	podem	ser	acionadas	de	forma	eletromecânica
e	 eletrohidráulica.	 A	 unidade	 hidráulica	 necessária	 para	 acionar	 e	 resfriar	 a
embreagem	consiste	em	uma	bomba	para	fornecer	o	fluxo	de	óleo	de	resfriamento
e	para	acionar	a	embreagem,	bem	como	um	bloco	de	válvula	para	controle.
Dentre	as	vantagens	que	as	embreagens	úmidas	apresentam,	algumas	são	listadas
abaixo:
E-Book	-	Apostila
14	-	44
A	embreagem	é	um	componente	que	se	desgasta	com	o	avanço	da	quilometragem.
Dessa	forma,	para	que	a	embreagem	do	carro	dure	o	seu	máximo,	alguns	cuidados
devem	ser	tomados	com	o	veículo,	tais	como:
Caro(a)	aluno(a),	ao	longo	deste	tópico,	você	pôde	aprender	sobre	os	sistemas	de
transmissão,	 seus	 tipos	 mais	 conhecidos	 (manual,	 automático,	 automatizado	 ou
semiautomático	e	de	dupla	embreagem),	as	 suas	 funcionalidades	e	as	diferenças
de	cada	um	desses	tipos	de	transmissão.
menor	momento	de	inércia	dependendo	do	tipo	de	sistema	de
amortecimento;
requisito	de	espaço	de	instalação	menor;
alta	relação	potência/peso;
grande	capacidade	de	torque;
altacapacidade	de	calor;
alta	durabilidade	com	baixo	desgaste;
boa	controlabilidade.
evite	engrenar	o	carro	com	a	embreagem	enquanto	ele	estiver
parado;
durante	a	condução,	não	descanse	o	pé	no	pedal	da	embreagem;
durante	a	troca	de	marchas,	pise	bem	no	pedal	da	embreagem
para	evitar	que	a	marcha	"arranhe";
respeite	a	troca	de	marchas,	evitando	altas	velocidades	com
baixas	marchas.
E-Book	-	Apostila
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REFLITA
Respeite	 esses	 fatores	 durante	 a	 condução	 para
que	a	sua	embreagem	e	o	sistema	de	transmissão
permaneçam	 sempre	 em	 excelente	 estado	 de
conservação,	pois	preservar	o	veículo	 também	 faz
parte	 da	 segurança	 no	 trânsito,	 dessa	 forma,
podemos	evitar	diversos	acidentes.
Ainda	 neste	 tópico,	 foi	 mostrado	 o	 conceito	 de	 "embreagem",	 componente
fundamental	 do	 carro	 que	 liga	 o	 motor	 ao	 sistema	 de	 transmissão,	 no	 qual	 foi
mostrado	o	seu	funcionamento	e	importância	dentro	do	automóvel.
Diferencial
E-Book	-	Apostila
16	-	44
Em	 um	 automóvel	 com	 eixos	 transversais,	 ao	 fazer	 uma	 curva	 mais	 ou	 menos
acentuada,	 deve-se	 levar	 em	 consideração	 que	 as	 rodas	 que	 realizam	 o	 trajeto
externo	da	curva	percorrem	uma	distância	maior	do	que	as	 rodas	que	 realizam	o
trajeto	 interno.	No	entanto,	quando	as	rodas	são	 ligadas	ao	motor	através	de	um
eixo	sólido,	elas	não	podem	girar	separadamente.	Do	surgimento	desse	problema,
os	engenheiros	criaram	um	dispositivo	mecânico	que	 liga	as	 rodas	ao	motor	 sem
que	 o	 veículo	 derrape	 ou	 patine	 nas	 curvas	 (COSTA,	 2019).	 O	 diferencial	 é	 um
componente	que	realiza	a	ligação	das	rodas	ao	motor.	É	localizado,	normalmente,
no	 eixo	 traseiro	 (podendo	 aparecer	 no	 eixo	 dianteiro	 em	 veículos	 com	 tração
dianteira	 ou	 4x4)	 e	 possui	 a	 função	 de	 distribuir	 o	 torque	 do	 motor	 de	 forma
igualitária	às	 rodas,	por	meio	dos	semieixos	de	 transmissão.	Essa	distribuição	do
torque	 permite	 que	 as	 rodas	 traseiras	 girem	 em	 velocidades	 diferentes,
promovendo	 melhor	 dirigibilidade	 e	 segurança	 durante	 curvas,	 sem	 que	 o
automóvel	deslize	(COSTA,	2019).
Filetcher	 (1983)	 retrata	 que,	 embora	 a	 criação	 do	 diferencial	 seja	 atribuída	 ao
inventor	Onésiphore	Pecqueur	em	1827,	sua	aplicação	em	um	veículo	a	combustão
ocorreu	 somente	 no	 início	 dos	 anos	 1900.	 De	 forma	 a	minimizar	 o	 problema	 de
excesso	de	esforço	na	roda	ligada	ao	motor,	foi	 feita	a	conexão	de	duas	rodas	no
mesmo	 sentido	 ao	 motor	 através	 de	 um	 eixo	 sólido,	 porém	 com	 um	 dispositivo
mecânico	no	meio	do	eixo	chamado	diferencial.	O	diferencial	permite,	por	igual,	a
distribuição	 do	 torque	 gerado	 pelo	motor,	 fazendo	 com	 que	 as	 rodas	 rotacionem
em	velocidades	diferentes	na	realização	das	curvas	(CROLLA,	2009).	A	partir	dessa
ideia,	 em	 meados	 de	 1900,	 uma	 companhia	 agrícola	 britânica	 desenvolveu	 um
trator	 com	 um	 dispositivo	 mecânico	 que	 permitia	 que	 as	 esteiras	 rolassem	 com
velocidades	 diferentes	 no	 momento	 das	 curvas.	 Esse	 trator	 foi	 patenteado	 em
1905	 pela	 Hornsby	 in	 Grantham	 como	 Hornsby	 Tractors	 para	 atender	 as
necessidades	 do	 exército	 britânico	 na	 época	 (FILETCHER,	 1983).	 Após	 a	 Primeira
Guerra	 Mundial,	 os	 sistemas	 de	 diferencial	 começaram	 a	 ser	 aplicados	 em	 larga
escala	em	automóveis.
O	 diferencial	 desempenha	 dois	 papéis	 importantes	 no	 veículo:	 encaminhar	 a
potência	 do	 motor	 para	 as	 rodas	 motoras,	 fazendo	 com	 que	 elas	 girem	 com
diferentes	 rotações;	 pelo	 fato	 de	 o	 diferencial	 ser	 um	 jogo	 de	 engrenagens	 que
permite	 rotações	 diferentes	 em	 cada	 semieixo,	 o	 diferencial	 também	 possui	 o
papel	de	controlar	a	velocidade	da	transmissão,	podendo	reduzir	a	sua	velocidade
angular	antes	que	o	torque	chegue	nas	rodas	(GAWANDE	et	al.,	2013).
A	seguir,	clicando	nas	setas,	serão	discutidos	com	mais	detalhes	os	principais	tipos
de	diferenciais	presentes	no	veículo,	que	são:
diferencial	aberto;
diferencial	bloqueável;
E-Book	-	Apostila
17	-	44
diferencial	de	deslizamento	limitado;
diferencial	Torsen.
Diferencial	aberto
O	diferencial	aberto	é	o	mais	comum	dos	tipos	de	diferencial,	estando	presente	na
maioria	dos	carros	convencionais	de	passeio	com	tração	em	duas	 rodas.	Nele,	as
engrenagens	solares	direita	e	esquerda	estão	diretamente	ligadas	às	extremidades
dos	semieixos	direito	e	esquerdo,	 respectivamente,	que	giram	 livremente	através
de	 rolamentos	 localizados	 entre	 os	 semieixos	 e	 o	 braço,	 conforme	 mostrado	 na
Figura	abaixo.	A	coroa	recebe	potência	do	pinhão	e	a	transfere	para	a	carcaça,	que
gira	todo	o	sistema	(GREWAL,	2011).
FIGURA	1	-	Esquema	de	diferencial	aberto
Fonte:	GREWAL,	2011.
E-Book	-	Apostila
18	-	44
As	engrenagens	planetárias	possuem	seu	eixo	 fixado	à	carcaça.	Ao	se	segurarem
pelo	braço,	sem	nenhuma	potência	aplicada	ao	pinhão,	a	engrenagem	solar	direita
irá	 girar.	 O	 movimento,	 assim,	 é	 transmitido	 para	 as	 engrenagens	 planetárias
fazendo	 com	 que	 a	 solar	 esquerda	 rotacione	 o	 semieixo	 esquerdo	 no	 sentido
invertido	(GREWAL,	2011).	Pelo	fato	de	as	engrenagens	planetárias	serem	ligadas
umas	às	outras,	quando	o	braço	gira,	elas,	obrigatoriamente,	rotacionam	junto	ao
braço.	Caso	as	 resistências	nas	 rodas	 sejam	 iguais,	 por	exemplo,	quando	o	 carro
estiver	 andando	 em	 linha	 reta,	 as	 engrenagens	 planetárias	 irão	 girar	 em	 relação
ao	 seu	 eixo,	mantendo-se	 fixas	 axialmente.	Dessa	 forma,	 os	 semieixos	 irão	 girar
na	mesma	velocidade	(SOBRAL,	2015).
Quando	 um	 dos	 semieixos	 é	 fixado	 e	 o	 pinhão	 continuar	 transmitindo	 potência
para	 o	 diferencial,	 a	 carcaça	 irá	 continuar	 girando,	 porém	 as	 engrenagens
planetárias	não	poderão	fazer	com	que	os	semieixos	girem	com	velocidades	iguais.
Pelo	 fato	 de	 um	 dos	 semieixos	 estar	 fixo,	 o	 outro	 semieixo,	 que	 está	 livre,	 irá
rotacionar	 com	 o	 dobro	 da	 velocidade	 da	 coroa.	 O	 diferencial	 aberto	 é	 bastante
utilizado	nos	veículos	de	passeio	em	geral,	devido	a	uma	característica	que	o	torna
atrativo	 para	 utilização	 em	 geral,	 que	 é	 a	 simplicidade	 de	 projeto.	 O	 diferencial
aberto	 é	 constituído	 simplesmente	 de	 um	 jogo	 de	 engrenagens.	 Dessa	 forma,	 o
projeto	 apresenta	 um	 baixo	 custo	 de	 fabricação,	 aliado	 a	 um	 baixo	 custo	 de
manutenção,	 juntamento	com	ótimo	desempenho	em	percursos,	 tanto	de	estrada
quanto	em	cidade.
Diferencial	bloqueável
Esse	 tipo	 de	 diferencial	 apresenta	 uma	 estrutura	 semelhante	 à	 que	 vemos	 nos
diferenciais	abertos,	todavia	esse	tipo	de	diferencial	é	projetado	para	ligar	dois	ou
mais	componentes	do	diferencial.	Esses	componentes	são	ligados	por	acopladores
com	 dentes	 do	 tipo	dog,	 que	 possibilitam	 o	 bloqueio.	 O	 diferencial	 bloqueável
possui	uma	excelente	aplicabilidade	em	superfícies	de	difícil	condução,	 tais	como
lama,	 areia,	 gelo,	 dentre	 outras.	 Por	 se	 adaptarem	 bem	 a	 superfícies	 e	 terrenos
irregulares,	são	projetados	para	uso	em	veículos	de	competição,	como	os	veículos
de	rally,	mas	também	podem	ser	usados	em	veículos	pesados,	tais	como	tratores	e
caminhões.	A	seguir,	na	Figura,	é	ilustrado	um	esquema	de	diferencial	bloqueável.
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FIGURA	1	-	Esquema	de	diferencial	bloqueável
Fonte:	HEISLER,	2002,	p.	250.
Dentro	 da	 classe	 dos	 diferenciais	 bloqueáveis,	 há	 os	 diferenciais	 de	 atuação
automática.	 Esse	 tipo	 de	 diferencial	 possui	 uma	 característica	 específica:	 são
capazes	 de	 bloquear	 e	 desbloquear	 sem	 intervenção	 do	 piloto.	 Diferenciais
bloqueáveis	de	atuação	automática	garantem	que	a	potência	seja	transmitida	para
todas	as	rodas,	sendo	desbloqueado	somente	quando	uma	roda	precisa	girar	com
velocidade	 diferente	 da	 outra	 durante	 uma	 curva.	 Quando	 o	 diferencial	 estiver
bloqueado,	 as	 rodas	 não	 irão	 girar	 com	 velocidade	 menor	 que	 a	 da	 carcaça
(HEISLER,	 2002).	 Diferente	 de	 outros	 modelos	 de	 diferencial,	 o	 diferencial
bloqueável	 pode	 provocar	 um	desgaste	 prematuro	 dos	 pneus.	 Isso	 ocorredevido
ao	 fato	 desse	 diferencial	 trabalhar	 de	 maneira	 mais	 agressiva,	 por	 conta	 do
encaixe	 em	 movimento	 do	 acoplador.	 Quando	 ele	 se	 encontra	 na	 dianteira	 do
veículo,	 inclusive,	 pode	 afetar	 a	 dirigibilidade	 do	 carro.	Outro	 fator	 que	 pode	 ser
considerado	 como	 desvantagem	 é	 a	 possibilidade	 de	 transmitir	 torques	 muito
elevados	aos	semieixos,	em	que	é	possível	que	até	100%	do	torque	do	diferencial
bloqueável	seja	transmitido	para	somente	uma	roda.
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Para	 que	 diferenciais	 bloqueáveis	 sejam	 utilizados	 corretamente	 em	 veículos,	 é
necessário	 que	 seja	 realizado	 um	 projeto	 em	 que	 algumas	 especificações,	 como
tamanho	 de	 pneu	 e	 peso	 do	 veículo,	 recebam	 atenção	 especial	 para	 que	 esse
diferencial	 seja	 aproveitado	 ao	 máximo	 e	 que	 a	 vida	 útil	 do	 automóvel	 seja
aproveitada.
Diferencial	de	deslizamento	limitado
Os	diferenciais	de	deslizamento	 limitado	 foram	desenvolvidos	de	 forma	a	mitigar
um	problema	dos	diferenciais	abertos,	que	é	transmitir	a	potência	para	uma	roda
que	não	está	sujeita	a	nenhum	tipo	de	 resistência	e	direcioná-la	para	outra	 roda.
Quando	 o	 veículo	 percorre	 uma	 trajetória	 em	 linha	 reta,	 o	 diferencial	 de
deslizamento	 limitado	 envia	 a	 mesma	 potência	 para	 todas	 as	 rodas,	 porém,
quando	uma	roda	gira	pela	falta	de	resistência	oferecida	sobre	ela,	esse	diferencial
entregará	 o	 torque	 para	 a	 roda	 que	 estiver	 sofrendo	 resistência.	 Diferentemente
do	 diferencial	 bloqueável	 automático,	 o	 diferencial	 de	 deslizamento	 limitado	 não
entrega	todo	o	torque	para	apenas	um	dos	semieixos	quando	necessário.	Esse	tipo
de	diferencial	possui	uma	estrutura	parecida	com	a	estrutura	do	diferencial	aberto,
porém	possui	um	dispositivo	que	aplica	um	torque	resistivo	entre	um	semieixo	e	a
carcaça,	ou	entre	os	dois	semieixos.
Diferencial	Torsen
O	 diferencial	 Torsen	 (Torque	 —	 Sensing)	 funciona	 de	 maneira	 parecida	 com	 o
diferencial	de	deslizamento	limitado,	contudo	não	tem	a	necessidade	de	utilização
de	embreagens	ou	resistência	a	fluidos.	O	diferencial	Torsen	é	capaz	disso	devido
à	adição	de	engrenagem	helicoidal	ao	sistema	tradicional	de	um	diferencial	aberto.
A	 adição	 de	 engrenagens	 helicoidais	 atuando	 em	 cada	 semieixo	 fornece	 a
resistência	 necessária	 para	 a	 transferência	 de	 torque.	 Isso	 ocorre	 devido	 a	 uma
malha	 formada	pela	conexão	de	engrenagens	helicoidais	com	engrenagens	 retas.
Essa	malha	 transfere	 imediatamente	 o	 torque,	 tornando	 o	 diferencial	 sensível	 às
mudanças	nas	condições	da	estrada.
Enquanto	um	diferencial	 aberto	precisa	dividir	 o	 torque	 sempre	na	 relação	50/50
para	 cada	 roda,	 o	 diferencial	 Torsen	 consegue	 transmitir	 uma	 fração	 de	 torque
maior	 para	 uma	 roda.	 Esse	 fator	 elimina	 a	 limitação	 de	 potência	 que	 os
diferenciais	 abertos	 possuem,	 pois	 a	 quantidade	 de	 torque	 disponível	 não	 está
sendo	limitada	pela	quantidade	de	tração	nas	duas	rodas.	A	engrenagem	helicoidal
desse	diferencial	pode	ser	usinada	de	 forma	a	se	obter	uma	 relação	diferente	de
resistência	 ao	 acelerar	 e	 desacelerar	 da	 mesma	 forma	 que	 um	 diferencial	 de
deslizamento	limitado.	Essa	adaptação	pode	ser	feita	de	maneira	simples,	somente
usinando	a	engrenagem,	dispensando	o	uso	de	componentes	eletrônicos.
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SAIBA	MAIS
Aprenda	mais	 sobre	o	 funcionamento	do	diferencial	automotivo,	 copiando
e	 colando	 o	link	 a	 seguir	 em	 seu	 navegador:
https://blog.nakata.com.br/componentes-do-diferencial/.
Prezado(a)	 aluno(a),	 neste	 tópico,	 foi	 apresentado	 o	 conceito	 de	 diferencial
automotivo.	 Vimos	 que	 esse	 sistema	 de	 engrenagens	 possui	 uma	 grande
importância	dentro	do	sistema	de	transmissão,	que	é	transmitir	o	torque	do	motor
para	as	rodas,	de	forma	que	elas	possam	girar	de	maneira	uniforme	em	trajetos	de
linha	 reta,	 ou	 girar	 com	 diferentes	 rotações	 quando	 o	 veículo	 estiver	 em	 uma
curva.	 Dentro	 do	 tópico,	 foram	 descritas	 as	 características	 e	 particularidade	 de
cada	um	dos	tipos	de	diferenciais	apresentados.
Tração
Para	 que	 o	 torque	 seja	 convertido	 em	 rotação	 nas	 rodas,	 todos	 os	 tipos	 de
transportes	 motorizados	 necessitam	 de	 um	 sistema	 de	 transmissão.	 As
transmissões	 são	 distintas	 e	 variam	 de	 acordo	 com	 sua	 função	 e	 uso,	 conforme
mostrado	 no	 tópico	 anterior.	 A	 seguir,	 na	 Figura	 abaixo,	 é	 apresentado	 um
fluxograma	geral	dos	tipos	de	transmissão	para	os	transportes	terrestres,	aéreo	e
marítimo.
https://blog.nakata.com.br/componentes-do-diferencial/
E-Book	-	Apostila
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FIGURA	1	-	Fluxograma	indicando	o	tipo	de	transmissão	para	os	veículos	aéreos,
terrestres	e	marítimos
Fonte:	LECHNER;	NAUNHEIMER,	1999,	p.	50.
Sabemos	que	a	função	de	uma	transmissão	veicular	é	adaptar	a	tração	disponível
do	 motor	 para	 o	 veículo.	 A	 transmissão	 possui	 um	 papel	 fundamental	 na
confiabilidade,	 consumo	 de	 combustível,	 facilidade	 no	 uso	 do	 veículo	 e
desempenho	 (LECHNER;	 NAUNHEIMER,	 1999).	 Com	 relação	 à	 transmissão	 de
torque	 para	 as	 rodas	 do	 veículo,	 é	 possível	 classificá-las	 em	 tração	 4x2,	 4x4	 e
AWD.	O	termo	tração	é	usado	na	engenharia	automotiva	para	indicar	a	quantidade
de	 rodas	 do	 veículo	 que	 irá	 receber	 o	 torque	 oriundo	 da	 transmissão.	 Alguns
veículos	 não	possuem	a	 opção	 de	 transferir	 o	 torque	 para	 todas	 as	 rodas,	 sendo
restrito	apenas	às	rodas	que	se	ligam	ao	eixo	de	saída	da	transmissão.
E-Book	-	Apostila
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No	 caso	 dos	 veículos	 que	 permitem	 a	 tração	 em	 todas	 as	 rodas,	 é	 necessário	 a
utilização	 de	 um	 conjunto	 de	 engrenagens	 para	 transferência	 de	 movimento	 da
transmissão	 primária	 para	 a	 secundária.	 A	 transmissão	 primária	 recebe	 o
movimento	 proveniente	 da	 caixa	 de	marcha	 em	 que	 está	 diretamente	 acoplada.
Por	meio	de	engrenagens	ou	 corrente,	 realizam	a	 transferência	de	movimento.	A
transmissão	 primária	 é	 responsável	 pelo	 acionamento	 da	 tração,	 seja
mecanicamente	ou	eletronicamente.	Além	disso,	é	necessário	um	eixo	cardan	para
que	 essa	 transferência	 de	 torque	 chegue	 à	 transmissão	 secundária,	 que	 está
localizada	no	eixo	distinto	da	tração	primária.
A	seguir,	serão	descritos	os	tipos	de	tração	utilizados	nos	automóveis.
Tração	4x2
O	 termo	 "tração	4x2"	 é	utilizado	 referindo-se	a	um	veículo	 com	quatro	 rodas	em
que	a	tração	ocorre	em	somente	duas	delas.	O	primeiro	valor	é	o	número	de	rodas,
e	o	segundo	é	o	número	de	rodas	motorizadas.	Com	um	4x2,	a	potência	do	motor	é
transmitida	 a	 apenas	 duas	 rodas,	 podendo	 ser	 o	 par	 de	 rodas	 dianteiras	 (tração
dianteira)	ou	o	par	traseiro	(tração	traseira)	(CROLLA,	2009).	A	seguir,	na	Figura,	é
mostrado	um	esquema	com	um	sistema	de	tração	4x2.
FIGURA	1	-	Esquema	de	um	automóvel	com	tração	4x2
Fonte:	LECHNER;	NAUNHEIMER,	1999,	p.	144.
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A	maioria	dos	veículos	de	passeio	utiliza	um	sistema	de	tração	4x2	devido	ao	seu
baixo	peso	e	simplicidade	de	projeto.	Tração	na	estrada	é,	geralmente,	suficiente
para	que	a	força	motriz	possa	ser	transmitida	com	confiança	através	de	duas	rodas
(LECHNER;	NAUNHEIMER,	1999).
Tração	4x4
O	 termo	 "tração	 4x4"	 é	 utilizado	 quando	 as	 quatro	 rodas	 do	 veículo	 possuem
capacidade	 de	 tracionar.	 Conforme	 o	 modelo	 do	 veículo,	 a	 tração	 pode	 ser
acionada	de	 forma	manual	 ou	 automática.	 Veículos	 com	 tração	4x4	possuem	um
sistema	de	transmissão	que	faz	com	que	as	quatro	rodas	possam	receber	o	torque
do	motor	 de	maneira	 simultânea.	 A	 tração	 nas	 quatro	 rodas,	 geralmente,	 leva	 o
senso	comum	a	associar	veículos	para	 fora	de	estradas	e	utilitários	esportivos.	A
tração	permite	melhor	controle	do	que	veículos	de	passeio	comuns	em	condições
de	pistas	com	diferentes	superfícies.	Esse	tipo	de	tração	é	um	recurso	valioso	em
competições,	como	as	de	rally	(WEIHERMANN,	2015;	MEDEIROS,	2018).
(Clique	na	imagem	para	interagir	com	o	conteúdo)
E-Book	-	Apostila25	-	44
Fonte:	LECHNER;	NAUNHEIMER,	1999,	p.	144.
Tração	integral
O	sistema	de	tração	integral	(AWD	—	All	Wheel	Drive)	funciona	da	seguinte	forma:
o	veículo	traciona	nas	quatro	rodas	em	todas	as	circunstâncias	e	condições	de	uso.
Esse	 tipo	 de	 veículo	 possui	 um	 sistema	 de	 circuitos	 eletrônicos	 e	 sensores	 que
determina	 quanta	 potência	 será	 direcionada	 para	 cada	 eixo.	 O	 sistema	 AWD	 é
semelhante	 ao	 usado	 nos	 eixos	 de	 carros	 de	 alto	 desempenho,	 porém	apresenta
como	diferencial	um	melhor	desempenho,	garantido	pela	potência	distribuída	entre
os	eixos	de	maneira	ideal	para	cada	situação.
Os	 veículos	 com	 tração	 AWD	 possuem	 as	 seguintes	 vantagens	 em	 relação	 a
veículos	 com	 tração	 4x4	 ou	 4x2:	 maior	 aderência	 nas	 pistas,	 resultando	 em	 um
melhor	 controle	 da	 direção,	 além	 de	 garantir	 um	 modo	 de	 condução	 mais
esportivo.	 Por	 desvantagens,	 os	 veículos	 com	 tração	 AWD	 apresentam	 um	 alto
consumo	de	combustível,	são	mais	pesados,	além	de	não	poderem	ser	usados	em
todos	os	tipos	de	terreno	(MEDEIROS,	2018).
Eixo	cardan
Para	que	o	torque	seja	transmitido	para	as	rodas,	é	necessária	a	utilização	de	um
eixo	de	 transmissão.	A	 função	básica	do	eixo	de	 transmissão,	 também	conhecido
como	eixo	cardan,	é	transmitir	a	energia	gerada	pelo	motor	para	o	eixo	diferencial.
Em	terrenos	irregulares,	o	eixo	traseiro	oscila	muito,	e	a	força	transmitida	precisa
continuar	chegando	às	rodas	sem	perda	de	potência.
A	tração	nas	quatro	rodas	é	atribuída	a	veículos	que	possuem	uma	caixa	de
transferência	entre	os	eixos	dianteiro	e	 traseiro.	 Isso	significa	que	 tanto	a
parte	da	frente	quanto	a	parte	de	trás	do	veículo	não	podem	girar	as	rodas
com	 diferentes	 rotações.	 A	 tração	 4x4	 permite	 a	 transferência	 do	 torque
máximo	para	 o	 eixo	 com	maior	 tração.	O	 sistema	permite	 que	 as	 rodas	 a
rotacionem	em	diferentes	velocidades,	contudo	mantendo	a	capacidade	de
transferência	de	torque	de	uma	roda	em	caso	de	perda	de	tração	(CROLLA,
2009).
E-Book	-	Apostila
26	-	44
O	eixo	cardan	possui	aparência	semelhante	a	um	tubo	comprido	interligado
e	 apoiado	 em	 um	 suporte.	 Normalmente,	 o	 eixo	 cardan	 é	 utilizado	 em
veículos	grandes	 (ônibus	e	caminhões),	em	que	os	mancais	 são	presos	às
longarinas	do	chassi	desses	veículos.
Nas	extremidades	desse	tubo,	há	conexões	chamadas	de	juntas	universais,	em	que
estão	as	cruzetas.	As	cruzetas	fazem	com	que	o	eixo	cardan	transmita	a	força	do
motor	para	o	diferencial	em	diferentes	ângulos.	O	eixo	cardan	 também	necessita
ter	 a	 capacidade	 de	 se	 encolher	 e	 expandir,	 conforme	 a	 oscilação	 do	 diferencial
(WEIHERMANN,	 2015).	 A	 seguir,	 na	 Figura,	 é	 mostrado	 um	 esquema	 do
funcionamento	de	um	eixo	cardan.
FIGURA	1	-	Eixo	cardan
Fonte:	WEIHERMANN,	2015.
E-Book	-	Apostila
27	-	44
Neste	momento	do	estudo,	foram	apresentados	os	conceitos	de	tração	automotiva,
em	que	os	principais	 tipos	de	 tração	 foram	descritos	 com	detalhes.	Os	principais
tipos	 de	 tração	 são	 a	 tração	 dianteira,	 conhecida	 como	4x2,	 a	 tração	 nas	 quatro
rodas,	 conhecida	 como	 4x4,	 e	 a	 tração	 integral,	 conhecida	 como	AWD.	 Vimos	 as
características,	 vantagens,	 desvantagens	 e	 aplicações	 de	 cada	 um	 desses
sistemas	 de	 tração.	 Vimos	 também	 sobre	 o	 eixo	 cardan	 dentro	 do	 sistema	 de
transmissão	 e	 tração,	 essa	 peça	 que	 possui	 grande	 importância	 na	 hora	 de
transmitir	o	torque	para	o	diferencial.	Ao	longo	deste	tópico,	todas	as	informações
foram	descritas	de	 forma	clara	para	que	você,	aluno(a),	possa	compreender	bem
todo	o	conteúdo	apresentado.
Baterias
As	baterias	automotivas	 são	dispositivos	capazes	de	 transformar	energia	química
em	energia	elétrica	e	vice-versa.	Nos	veículos,	as	baterias	armazenam	energia	sob
a	forma	química	e	a	convertem	na	forma	elétrica	para	o	uso	quando	necessário.	O
processo	de	conversão	entre	os	dois	tipos	de	energia	é	reversível,	permitindo	que
as	 baterias	 sejam	 recarregadas	 diversas	 vezes.	 A	 peça	 responsável	 pela	 recarga
da	 bateria	 é	 o	 alternador,	 que	 gera	 energia	 elétrica	 por	meio	 da	 rotação	 do	 seu
eixo	(CNT,	2022).
Um	 automóvel	 pode	 utilizar	 um	 ou	 mais	 tipos	 de	 baterias,	 por	 exemplo,	 os
sistemas	 de	 abertura	 sem	 chave,	 que	 permitem	 o	 destravamento	 das	 portas	 a
distância	 por	 meio	 de	 um	 clique	 em	 um	 botão	 na	 chave/chaveiro	 do	 carro	 e
utilizam	uma	bateria	de	lítio	em	formato	de	botão.	Esse	tipo	de	bateria	também	é
utilizado	para	 funções	de	memória,	 por	exemplo,	 do	 relógio.	Veículos	dotados	de
sensores	 de	 pressão	 dos	 pneus	 utilizam	 baterias	 de	 lítio,	 enquanto	 luzes	 de
emergência,	presentes	em	alguns	modelos,	utilizam	pilhas	comuns	(CNT,	2022).
Uma	 bateria	 automotiva	 consiste	 em	 uma	 caixa,	 normalmente	 construída	 em
polipropileno,	que	possui,	em	seu	interior,	blocos	de	placas	de	formato	retangular
com	 duas	 polaridades,	 fabricadas	 em	 chumbo,	 montadas	 com	 separadores
constituídos	 de	 material	 isolante	 entre	 elas.	 Essas	 placas	 são	 mergulhadas	 em
uma	 solução	 eletrolítica	 que	 conduz	 corrente	 elétrica	 conhecida	 como	 fluido	 de
bateria,	que	é	composta	de	ácido	sulfúrico	diluído	em	água	destilada.	Devido	à	sua
composição	 interna,	 as	 baterias	 automotivas	 também	 são	 denominadas	 de
baterias	 chumbo-ácido.	 Na	 Figura	 a	 seguir,	 é	 apresentada	 a	 estrutura	 de	 uma
bateria	automotiva.
E-Book	-	Apostila
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FIGURA	1	-	Estrutura	de	uma	bateria	automotiva
Fonte:	CNT,	2022,	p.	9.
Em	 veículos	 convencionais	 (com	 motor	 a	 combustão),	 as	 baterias	 são	 utilizadas
para	fornecer	energia	para	todos	os	componentes	elétricos	do	veículo,	como	faróis,
rádio,	 painel,	 dentre	 outros,	 sendo	 recarregada	 pelo	 alternador	 quando	 o	 carro
está	 ligado.	 Contudo,	 em	 veículos	 híbridos	 ou	 puramente	 elétricos,	 as	 baterias
apresentam	 funções	mais	 avançadas,	 como	 fornecer	 a	 energia	 necessária	 para	 o
deslocamento	do	automóvel.
Nos	 veículos	 híbridos,	 as	 baterias	 fornecem	 a	 energia	 necessária	 para	 o
deslocamento	 em	 baixas	 velocidades	 (normalmente,	 até	 40	 km/h).	 Quando
ultrapassada	 essa	 velocidade,	 o	 motor	 a	 combustão	 é	 acionado,	 reduzindo	 a
quantidade	 de	 energia	 que	 a	 bateria	 irá	 continuar	 liberando,	 ou	 simplesmente
passando	 o	 comando	 para	 outras	 baterias	 fornecerem	 energia	 para	 os	 sistemas
auxiliares.	 Esses	 veículos	 contam	com	um	 sistema	de	 frenagem	de	 regenerativa,
que	transforma	a	energia	cinética	gerada	durante	a	frenagem	em	energia	elétrica,
recarregando	 a	 bateria	 dos	 veículos	 híbridos	 e	 elétricos	 (CASTRO,	 2013;	 CNT,
2022).
E-Book	-	Apostila
29	-	44
Nos	 carros	 elétricos,	 as	 baterias	 desempenham	 toda	 a	 função	 realizada	 em
veículos	 convencionais	 pelos	 motores	 a	 combustão.	 A	 bateria,	 recarregável,
armazena	 a	 energia	 elétrica	 que	 será	 utilizada	 para	 fazer	 o	 veículo	 funcionar.
Esses	veículos	contam	com	um	inversor,	que	converte	a	corrente	elétrica	contínua
em	corrente	alternada,	que	é	levada	até	o	motor	de	indução.	A	eletricidade,	assim,
aciona	os	mecanismos	do	motor,	 o	que	 faz	 com	que	as	 rodas	girem	e	o	 carro	 se
mova.
A	 seguir,	 no	Quadro,	 é	mostrada	 uma	 relação	 das	 funções	 da	 bateria	 nos	 carros
convencionais,	híbridos	e	elétricos.
Tipo	de
veículo
Combustão Híbrido Elétrico
Aplicação
ignição;
alimentação	dos
sistemas	elétricos;
sistema	start-stop.
sistema	start-
stop;
frenagem
regenerativa;
assistência	na
aceleração;
propulsão
elétrica.
sistema	start-
stop;
frenagem
regenerativa;
assistência	na
aceleração;
propulsão
elétrica.
	
QUADRO	2	-	Aplicações	das	baterias	nos	automóveis
Fonte:	FERREIRA;	PEDROSA,	2010;	GUSMÃO,	2011	[Adaptado].
Como	observado	no	quadro	acima,	a	bateria	é	utilizada	na	geração	de	energia	dos
sistemas	 eletrônicos	 dos	 veículos	 modernos,	 como	 o	 sistema	 start-stop.	 Já	 nos
veículos	 híbridos	 e	 elétricos,	 a	 bateria	 funciona	 como	 o	 "coração"	 do	 veículo,
atuando	 de	 forma	 essencialno	 funcionamento	 da	 propulsão,	 frenagem
regenerativa,	painéis	eletrônicos,	dentre	diversos	outros	componentes.
E-Book	-	Apostila
30	-	44
DICA
Leia	 o	 capítulo	 5	 (páginas	 79	 a	 90)	 do	 livro
"Veículos	 elétricos	 e	 híbridos",	 de	 Tom	 Denton
(2016).	 O	 capítulo	 aborda	 sobre	 as	 baterias
utilizadas	 nos	 veículos	 mais	 modernos,	 com	 foco
nos	veículos	híbridos	e	elétricos.
Para	 conferir	 a	 leitura,	 copie	 o	link	 em	 seu
navegador	e	acesse	a	biblioteca	virtual:
https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicaca
o/169966.
https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/169966
E-Book	-	Apostila
31	-	44
Caro(a)	 aluno(a),	 ao	 longo	 deste	 tópico	 foi	 apresentado	 o	 conceito	 de	 baterias
automotivas.	Como	você	pôde	estudar,	as	baterias	possuem	a	função	de	fornecer	a
energia	 necessária	 para	 o	 funcionamento	 de	 todos	 os	 componentes	 elétricos	 do
veículo.	Além	disso,	vimos	que	há	baterias	para	veículos	mais	modernos,	como	os
híbridos	 ou	 os	 totalmente	 elétricos,	 em	 que	 as	 baterias	 irão	 desempenhar	 um
papel	 ainda	 maior,	 que	 é	 gerar	 a	 energia	 necessária	 para	 fazer	 o	 veículo	 se
movimentar.	 Agora	 que	 você	 conheceu	 um	 pouco	 do	 tema	 de	 baterias
automotivas,	vamos	encerrar	com	o	tópico	de	infraestrutura	rodoviária.
Infraestrutura	rodoviária
Um	sistema	de	transportes	abrangente	e	eficiente	é	um	dos	fatores	cruciais	para	o
desenvolvimento	 e	 sucesso	 dos	 países.	 Em	 territórios	 de	 dimensão	 continental,
como	 o	 Brasil,	 hoje	 o	 sistema	 de	 estradas	 assume	 grande	 importância	 como
catalisador	 econômico	 e	 também	 como	 fator	 de	 coesão	 nacional,	 fomentando	 as
trocas	 comerciais,	 culturais	 e	 sociais,	 assim	 como	 a	 mobilidade	 de	 pessoas	 e
capital.	 Com	 o	 desenvolvimento	 tecnológico	 e	 por	 força	 das	 necessidades
econômicas	 e	 militares	 das	 nações,	 durante	 o	 século	 XX,	 assistiu-se	 ao
desenvolvimento	 maciço	 das	 redes	 de	 autoestradas.	 A	 pioneira	 foi	 a	 Alemanha,
ainda	antes	da	Segunda	Guerra	Mundial,	 seguida	pelos	EUA	no	pós-guerra	e	pelo
resto	 do	 mundo	 nas	 décadas	 seguintes.	 Isso	 aumentou	 não	 só	 a	 coesão	 dos
espaços	 políticos	 e	 econômicos	 como	 também	 incrementou	 a	 eficiência	 das
economias,	com	a	abertura	de	novos	mercados,	redução	dos	tempos	de	viagem	e
uma	 melhor	 alocação	 dos	 recursos	 humanos,	 técnicos	 e	 financeiros	 (MARTINS;
LOURENÇO;	OLIVER,	2016).
Há	 diversos	 benefícios	 socioeconômicos	 diretos	 e	 indiretos	 decorrentes	 do
investimento	 em	 autoestradas,	 tais	 como	 a	 redução	 de	 congestionamentos	 e
acidentes.	 Algumas	 dessas	 vantagens	 são	 observadas	 em	 curto	 prazo,	 como	 o
efeito	econômico	direto	do	próprio	 investimento,	com	a	geração	de	empregos	e	o
desenvolvimento	 de	 indústrias	 e	 serviços	 de	 apoio	 à	 construção,	 operação	 e
manutenção	 da	 infraestrutura	 rodoviária.	 Outros	 benefícios	 são	 perceptíveis	 a
longo	 prazo,	 como	 os	 ganhos	 de	 produtividade	 e	 eficiência,	 a	 abertura	 de	 novos
mercados	 e	 o	 desenvolvimento	 urbano	 e	 imobiliário.	 Tomando	 como	 exemplo	 os
Estados	Unidos	e	a	União	Europeia,	é	possível	acrescentar	benefícios	estratégicos,
como	o	fortalecimento	da	coesão	dos	territórios	e	defesa	das	nações.
(Passe	o	mouse	no	(+)	e	confira	o	conteúdo	abaixo)
E-Book	-	Apostila
32	-	44
No	Brasil,	 a	 infraestrutura	 rodoviária	está	aquém	do	desejável,	possuindo	apenas
uma	 fração	 do	 observado	 em	 outros	 países	 e	 regiões	 de	 dimensão	 continental,
como	os	Estados	Unidos,	a	União	Europeia	e	a	China.	Para	comparação,	no	Brasil,
havia	 pouco	 mais	 de	 um	 quilômetro	 de	 autoestrada	 por	 cada	 mil	 quilômetros
quadrados	de	 território,	 enquanto	que	na	China	essa	proporção	 chegava	a	quase
nove	 quilômetros	 e,	 na	 União	 Europeia,	 mais	 de	 dezesseis	 quilômetros	 de
autoestrada	por	cada	mil	quilômetros	quadrados	de	área.	Os	Estados	Unidos,	com
dimensão	 territorial	 e	 densidade	 populacional	 semelhantes	 ao	 Brasil,	 contavam
com	cerca	de	cem	mil	quilômetros	de	autoestradas,	resultando	numa	densidade	de
vias	oito	vezes	maior	(MARTINS;	LOURENÇO;	OLIVER,	2016).
Ao	 longo	 dos	 anos,	 faltaram	 investimentos	 na	 ampliação	 da	 malha	 rodoviária
brasileira,	 mas	 não	 podemos	 falar	 só	 de	 estradas,	 os	 centros	 urbanos	 também
contam	 com	 uma	 péssima	 infraestrutura	 para	 receber	 os	 veículos	 em	 geral.	 O
aumento	no	número	de	 vendas	de	automóveis	 aliado	à	 falta	 de	planejamento	de
infraestrutura	 para	 receber	 esses	 veículos	 resultam	 em	uma	 série	 de	 problemas,
como	grandes	congestionamentos,	aumento	da	poluição	e	desgaste	acelerado	das
pistas.	 No	 que	 isso	 resulta	 para	 o	 motorista	 e	 seu	 veículo?	 Em	 geral,	 esses
problemas	acarretam	para	o	motorista	em	mais	tempo	preso	no	trânsito,	podendo
gastar	 horas	 para	 percorrer	 um	 trajeto	 relativamente	 curto.	 Além	 disso,	 com	 a
deterioração	 das	 pistas,	 pode	 ocorrer	 o	 desgaste	 e	 a	 quebra	 acelerados	 de
diversos	 componentes	 do	 automóvel,	 como	 pneus,	 suspensão,	 direção,	 dentre
diversos	outros	componentes	(MARTINS;	LOURENÇO;	OLIVER,	2016).
Ao	 visualizar	 esses	 problemas,	 as	 montadoras	 já	 consolidadas	 no	 país	 tentam
trazer	veículos	com	componentes	mais	resistentes,	para	resistir	por	mais	tempo	às
más	condições	das	pistas	brasileiras,	todavia	esse	"upgrade"	resulta	em	um	maior
custo	 de	 produção,	 resultando	 em	 veículos	mais	 caros.	 Para	 que	 isso	melhore	 a
médio	e	longo	prazo,	é	necessário	um	forte	planejamento	urbano	e	rodoviário	por
parte	dos	órgãos	competentes,	para	que	ocorra	uma	expansão	da	malha	rodoviária
brasileira	a	fim	de	reduzir	esses	problemas.
Considerações	finais
Ao	 longo	 das	 últimas	 décadas,	 têm	 sido	 realizados	 inúmeros	 estudos
que	 tentam	quantificar	 o	 impacto	 econômico	 e	 social	 do	 investimento
em	autoestradas.	Os	números	variam	conforme	a	geografia	e	a	época,
mas	 todos	 apontam	 que	 o	 investimento	 em	 autoestradas	 está
fortemente	 correlacionado	 com	 o	 desenvolvimento	 econômico	 e	 a
redução	dos	tempos	de	viagem	e	da	sinistralidade.
E-Book	-	Apostila
33	-	44
Nesta	unidade,	você	teve	a	oportunidade	de:
conhecer	o	sistema	de	transmissão	e	sua	importância	no
deslocamento	do	veículo;
entender	sobre	as	embreagens	e	diferenciais,	elementos
importantes	no	sistema	de	transmissão;
aprender	sobre	as	baterias	automotivas;
compreender	o	conceito	de	infraestrutura	rodoviária	e	sua
importância	para	o	cenário	nacional.
Nesta	 unidade,	 estudamos	 sobre	 o	 sistema	 de	 transmissão	 automotiva,	 parte	 do
veículo	 crucial	 para	 o	 seu	 deslocamento.	 Também	 foi	 possível	 entender	 sobre	 o
funcionamento	 do	 sistema	 de	 transmissão	 automotiva,	 tais	 como	 as	 suas
variações,	as	características	de	cada	uma	delas	e	no	que	influenciam	na	forma	de
condução	e	manutenção.
Seguindo	 a	 temática	 de	 sistemas	 de	 transmissão,	 foi	 abordado	 ao	 longo	 da
unidade	 sobre	 uma	 das	 principais,	 se	 não	 a	 principal	 peça	 do	 sistema	 de
transmissão:	 a	 embreagem.	 Vimos	 a	 importância	 do	 uso	 de	 embreagens	 na
transmissão	do	torque	do	motor	para	o	eixo	de	transmissão	e	a	troca	de	marchas.
Aprendemos	 que	 determinados	 sistemas	 de	 transmissão	 podem	 utilizar
embreagens	secas	ou	banhadas	em	óleo,	no	qual	a	aplicação	de	cada	uma	delas
vai	depender	das	características	do	projeto	da	transmissão.
Fechando	 o	 estudo	 dos	 sistemas	 de	 transmissão,	 estudamos	 sobre	 o	 diferencial.
Esse	conjunto	de	engrenagens,	 cuja	 invenção	é	mais	antiga	do	que	os	motores	a
combustão,	 se	 tornou	 de	 extrema	 importância	 nos	 veículos	 devido	 à	 distribuição
do	 torque	 nos	 semieixos,	 fazendo	 com	 que	 as	 rodas	 do	 automóvel	 possam	 girar
com	diferentes	rotações.	Após	o	fim	do	sistema	de	transmissão,	foi	apresentado	o
conceito	das	baterias	veiculares.	Esse	componente,	por	mais	simples	que	pareça,
desempenha	 funções	 fundamentais	 no	 automóvel:	 a	 principal	 fonte	 de	 energia
elétrica	 dos	 veículos,	 que	 permite	 que	 o	 motor	 do	 veículoseja	 ligado,	 além	 do
fornecimento	de	energia	para	praticamente	todos	os	componentes	do	automóvel,	o
torna	 um	dos	 componentes	mais	 importantes.	 Por	 fim,	 encerrando	 a	 unidade,	 foi
abordado	o	tema	de	infraestrutura	urbana.
E-Book	-	Apostila
34	-	44
Agora	que	finalizamos	este	conteúdo,	vamos	testar	seus	conhecimentos
com	o	quiz	a	seguir.
QUIZ
Durante	o	deslocamento	de	um
veículo,	há	situações	em	que	é
necessário	que	as	rodas	rotacionem
em	velocidades	diferentes.	Dessa
forma,	um	componente	do	automóvel
é	responsável	por	transferir	o	torque
das	rodas	motoras	para	as	movidas.
Qual	o	nome	do	componente	que
desempenha	essa	função?
Resposta	Incorreta:
Alternativa	incorreta,	pois,	para	que	as	rodas	girem
com	diferentes	velocidades	durante	uma	curva,	é
necessário	o	uso	de	um	eixo	diferencial,	que	é	um
jogo	de	engrenagens	que	transmite	o	torque	do	motor
direto	para	os	semieixos	das	rodas.
Radiador.a
E-Book	-	Apostila
35	-	44
Resposta	Incorreta:
Alternativa	incorreta,	pois,	para	que	as	rodas	girem
com	diferentes	velocidades	durante	uma	curva,	é
necessário	o	uso	de	um	eixo	diferencial,	que	é	um
jogo	de	engrenagens	que	transmite	o	torque	do	motor
direto	para	os	semieixos	das	rodas.
Resposta	Incorreta:
Alternativa	incorreta,	pois,	para	que	as	rodas	girem
com	diferentes	velocidades	durante	uma	curva,	é
necessário	o	uso	de	um	eixo	diferencial,	que	é	um
jogo	de	engrenagens	que	transmite	o	torque	do	motor
direto	para	os	semieixos	das	rodas.
Resposta	Correta:
Alternativa	correta,	pois	o	eixo	diferencial	é	o
componente	que	distribui	a	rotação	nas	rodas,
transferindo	o	torque	oriundo	do	motor	e	sistema	de
transmissão	direto	aos	semieixos.
Embreagem.b
Platô.c
Diferencial.d
Engrenagem	planetária.e
E-Book	-	Apostila
36	-	44
Resposta	Incorreta:
Alternativa	incorreta,	pois,	para	que	as	rodas	girem
com	diferentes	velocidades	durante	uma	curva,	é
necessário	o	uso	de	um	eixo	diferencial,	que	é	um
jogo	de	engrenagens	que	transmite	o	torque	do	motor
direto	para	os	semieixos	das	rodas.
O	termo	"tração"	é	utilizado	na
tecnologia	veicular,	pois	é	derivado	do
termo	puxar.	A	tração	automotiva	é
definida	como	a	energia	usada	pelo
motor	para	fazer	com	que	essa
energia	seja	maior	do	que	o	peso	do
carro	e	do	que	o	atrito	do	veículo	com
a	superfície,	fazendo	o	veículo	se
movimentar.	Há	alguns	tipos	de	tração
automotiva,	entretanto	qual	das
opções	abaixo	é	a	mais	utilizada	nos
veículos	de	passeio?
Tração	4x4.a
E-Book	-	Apostila
37	-	44
Resposta	Incorreta:
Alternativa	incorreta,	pois	o	tipo	de	tração	mais
comum	na	grande	maioria	dos	veículos	de	passeio
é	a	tração	4x2.	Nesse	caso,	a	tração	está	presente	em
duas	das	quatro	rodas	do	veículo.
Resposta	Correta:
Alternativa	correta,	pois	a	tração	4x2	é	a	mais
utilizada	nos	veículos	de	passeio.	Os	veículos	com
tração	4x2	apresentam	tração	em	somente	duas	das
quatro	rodas	do	veículo,	sendo	elas	somente
dianteiras	ou	somente	traseiras.
Resposta	Incorreta:
Alternativa	incorreta,	pois	o	tipo	de	tração	mais
comum	na	grande	maioria	dos	veículos	de	passeio
é	a	tração	4x2.	Nesse	caso,	a	tração	está	presente	em
duas	das	quatro	rodas	do	veículo.
Tração	4x2.b
Tração	AWD.c
Tração	2x2.d
E-Book	-	Apostila
38	-	44
Resposta	Incorreta:
Alternativa	incorreta,	pois	o	tipo	de	tração	mais
comum	na	grande	maioria	dos	veículos	de	passeio
é	a	tração	4x2.	Nesse	caso,	a	tração	está	presente	em
duas	das	quatro	rodas	do	veículo.
Resposta	Incorreta:
Alternativa	incorreta,	pois	o	tipo	de	tração	mais
comum	na	grande	maioria	dos	veículos	de	passeio
é	a	tração	4x2.	Nesse	caso,	a	tração	está	presente	em
duas	das	quatro	rodas	do	veículo.
As	baterias	automotivas	são	usadas
em	diversos	componentes	dos
automóveis,	tanto	movidos	por
motores	a	combustão	quanto	híbridos
e	elétricos.	Dessa	forma,	em	qual	dos
itens	abaixo	a	bateria	do	automóvel
NÃO	gera	energia?
Tração	10x4.e
Sistema	start-stop.a
E-Book	-	Apostila
39	-	44
Resposta	Incorreta:
Alternativa	incorreta,	pois	as	baterias	automotivas
geram	energia	elétrica	para	ligar	os	principais
componentes	dos	carros:	painel	de	instrumentos,
rádio,	sensores	elétrônicos,	dentre	outros	sensores,
além	de	auxiliar	no	processo	de	ignição	do	veículo.
Resposta	Incorreta:
Alternativa	incorreta,	pois	as	baterias	automotivas
geram	energia	elétrica	para	ligar	os	principais
componentes	dos	carros:	painel	de	instrumentos,
rádio,	sensores	elétrônicos,	dentre	outros	sensores,
além	de	auxiliar	no	processo	de	ignição	do	veículo.
Resposta	Correta:
Alternativa	correta,	pois	componentes	como	a	luz	de
salão	do	veículo	não	utilizam	a	energia	proveniente	de
baterias	automotivas,	visto	que	utilizam	pilhas	ou
minibaterias	como	fonte	de	energia.
Rádio.b
Luz	de	salão	do	veículo.c
Painel	de	instrumentos.d
E-Book	-	Apostila
40	-	44
Resposta	Incorreta:
Alternativa	incorreta,	pois	as	baterias	automotivas
geram	energia	elétrica	para	ligar	os	principais
componentes	dos	carros:	painel	de	instrumentos,
rádio,	sensores	elétrônicos,	dentre	outros	sensores,
além	de	auxiliar	no	processo	de	ignição	do	veículo.
Resposta	Incorreta:
Alternativa	incorreta,	pois	as	baterias	automotivas
geram	energia	elétrica	para	ligar	os	principais
componentes	dos	carros:	painel	de	instrumentos,
rádio,	sensores	elétrônicos,	dentre	outros	sensores,
além	de	auxiliar	no	processo	de	ignição	do	veículo.
Conclusão	da	disciplina
Caro(a)	 aluno(a),	 ao	 longo	 desta	 unidade,	 você	 viu	 conteúdos	 sobre	 os	 diversos
sistemas	 que	 constituem	 um	 automóvel.	 Para	 uma	 melhor	 compreensão,	 é
necessário	o	desenvolvimento	do	conceito	de	"dinâmica	veicular",	que	é	o	estudo
necessário	 para	 entender	 o	 movimento	 realizado	 pelos	 automóveis.	 Desde	 o
desenvolvimento	do	primeiro	automóvel,	no	século	XIX,	diversas	tecnologias	foram
desenvolvidas	 a	 fim	 de	 melhorar	 as	 suas	 características,	 desde	 o	 aumento	 da
velocidade	máxima	até	a	resistencia	de	chassis	no	momento	de	uma	colisão.
Faróis.e
E-Book	-	Apostila
41	-	44
Nos	dias	atuais,	os	automóveis	apresentam	diversas	tecnologias	que,	há	cem	anos
atrás,	 pareciam	 simplesmente	 inimagináveis.	 Veículos	 antigos	 não	 possuíam
sistemas	 eletrônicos	 de	 freios,	 injeção	 eletrônica	 ou	 simplesmente	 um	 rádio.	 A
tecnologia	 veicular	 acompanhou	 o	 avanço	 tecnológico	 da	 sociedade,	 de	 forma	 a
integrar	 dentro	 dos	 projetos	 automotivos	 o	 que	 há	 de	mais	 moderno.	 Com	 base
nesses	 conceitos,	 a	 ementa	 da	 disciplina	 foi	 dividida	 nos	 diversos	 subsistemas
automotivos:	 freios,	 motor,	 chassi,	 transmissão,	 dentre	 diversos	 outros
componentes,	 que	 você	 foi	 capaz	 de	 investigar	 cada	 característica	 desses
subsistemas.
Dentro	da	disciplina,	 foi	visto	o	conceito	de	direção	e	geometria	veicular,	que,	no
estudo	da	 tecnologia	veicular,	 pode	 ser	um	conceito	pouco	 lembrado,	mas	que	é
de	 fundamental	 importância	 para	 o	 controle	 e	 estabilidade	 do	 veículo.	 Sistemas
importantes,	 como	 o	 de	 chassi	 e	 carroceria,	 também	 foram	 estudados,	 em	 que
foram	 mostradas	 as	 características,	 a	 relação	 com	 a	 resistência	 dos	 veículos	 a
diferentes	 tipos	 de	 esforços	mecânicos	 e	 a	 distribuição	desses	 esforços	 por	meio
do	"esqueleto"	do	automóvel.
Vimos,	 ao	 longo	 da	 unidade,	 o	 "coração"	 do	 automóvel:	 os	 motores	 e	 sua	 vital
importância	 dentro	 do	 veículo.	 No	macrossistema	 dos	motores,	 vimos,	 com	mais
detalhes,	 subsistemas,	 como	 lubrificação,	 arrefecimento,	 além	 dos	 tipos	 de
motores,	tais	como	o	motor	com	ciclo	Otto,	que	já	conhecemos	e	vemos	na	grande
maioria	 dos	 automóveis,	 além	 dos	motores	Wankel,	 que	 possuem	 características
de	 funcionamento	 diferenciadas.	 Tivemos	 a	 chance	 de	 estudar	 os	 sistemas	 de
freios	 e	 sua	 importância	 durante	 a	 frenagem	 do	 veículo.	 Além	 disso,	 vimos	 a
aplicação	dos	sistemas	de	transmissão	e	seus	principais	componentes.
Além	 do	 estudo	 dos	 componentes	 que	 fazem	 parte	 do	 automóvel,	 estudamos	 a
ergonomia	 e	 a	 segurança	 veicular,	 que	 são	 conceitos	 fundamentais	 na	 hora	 do
projeto	 do	 automóvel.O	 projeto	 de	 desenvolvimento	 dos	 veículos	 deve	 levar	 em
consideração	 a	 ergonomia	 e	 a	 segurança	 veicular	 para	 que	 os	 passageiros	 e	 o
condutor	do	veículo	possam	viajar	com	conforto.	Por	 fim,	você	pôde	aprender	um
pouco	sobre	a	infraestrutura	das	rodovias	brasileiras,	sua	importância	e	influência
na	economia	do	país	e	conservação	dos	automóveis.
Esperamos	 que	 você	 tenha	 aprendido,	 ao	 longo	 dos	 estudos,	 todos	 os	 conceitos
envolvidos	 na	 tecnologia	 veicular.	 Nota-se	 que	 o	 projeto	 automotivo	 é	 algo
complexo	e	que	envolve	diversas	variáveis,	por	isso,	é	importante	que	você	tenha
desenvolvido	 todas	 as	 competências	 necessárias	 para	 a	 compreensão,
desenvolvimento	e	aplicação	dos	conhecimentos	obtidos	nesta	unidade.
Esperamos	que	esta	disciplina	tenha	contribuído	para	a	sua	formação	profissional
e	que	possa	servir	de	ponto	de	partida	para	aumentar	seu	conhecimento.
Referências
E-Book	-	Apostila
42	-	44
ABNT	–	ASSOCIAÇÃO	BRASILEIRA	DE	NORMAS	TÉCNICAS.	NBR	6050	–	Embreagem.
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