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E-Book - Apostila Esse arquivo é uma versão estática. Para melhor experiência, acesse esse conteúdo pela mídia interativa. Unidade 4 - Transmissão veicular, design e fundamentos dos veículos elétricos E-Book - Apostila E-Book - Apostila 2 - 44 Introdução da unidade Caro(a) aluno(a), nesta unidade, iremos aprender sobre os sistemas de transmissão automotiva. Abordaremos a função e a importância desse sistema dentro do automóvel. Quando falamos em sistemas de transmissão, não podemos deixar de falar sobre um dos componentes mais conhecidos de um automóvel: a embreagem, que é responsável por ligar e transmitir o torque do motor para a caixa de transmissão. Ao longo da unidade, serão explicados as características e os tipos de embreagens utilizadas nos veículos. Também será abordado o diferencial e sua relação com o sistema de transmissão. Fechando a parte de transmissão, será estudado o conceito de tração automotiva e os tipos de tração que um automóvel pode possuir. Ao longo da unidade, ainda iremos estudar sobre as baterias automotivas, que são de fundamental importância para fornecer energia para os veículos. Por fim, iremos estudar sobre a infraestrutura rodoviária e como o país está preparado para receber os automóveis. Agora que você já sabe o que virá ao longo da unidade, podemos começar. Bons estudos!!! Sistemas de transmissão O sistema de transmissão possui a função de transmitir o torque disponível no motor para todas as rodas, possibilitando o movimento do carro em diferentes velocidades e satisfazendo os requisitos impostos ao veículo pela estrada, condutor e ambiente. Dessa forma, o sistema de transmissão fornece as forças de tração e impulsão necessárias para movimentar o veículo (NAUNHEIMER et al., 2014). No vídeo abaixo, vamos adentrar nessa temática sobre o sistema de transmissão. Recurso Externo Recurso é melhor visualizado no formato interativo A partir do vídeo assistido, você consegue identificar quais outros conhecimentos foram adquiridos? Dentro do veículo, o sistema de transmissão desempenha as seguintes funções: (Clique nas setas para avançar ou retornar o conteúdo) E-Book - Apostila 3 - 44 realizar a parada do veículo, mesmo quando o motor estiver em funcionamento; realizar a partida quando o veículo estiver parado; promover o movimento, tanto para a frente quanto para trás (marcha à ré); junto do diferencial, fazer com que as rodas motrizes girem com diferentes rotações quando estiverem em curvas. No sistema de transmissão, a embreagem possibilita a parada do veículo, o arranque e a interrupção da transmissão de torque. Durante o arranque, a embreagem sincroniza a diferença de rotação entre o motor e a transmissão, da mesma forma como quando são necessárias trocas de marchas, interrompendo a transmissão de torque (BOSCH, 2018). No que tange os sistemas de transmissão, há diversos tipos relativos às configurações específicas, como: posição do motor e do eixo de tração. Abaixo, no Quadro 1, são listados os principais sistemas de transmissão automotiva. Transmissão Posição do motor Posição do eixo de tração Padrão Frontal Traseiro Tração Dianteira Frontal, transversal ou longitudinal Dianteiro Tração Traseira Traseira Traseiro Tração Total Frontal, central ou traseira Traseiro e dianteiro QUADRO 1 - Principais tipos de transmissão automotiva Fonte: BOSCH, 2018. Ainda com relação aos sistemas de transmissão, também podem ser classificados de algumas outras formas, são elas: transmissão manual, automática, automatizada e transmissão de dupla embreagem. Esses tipos de sistema serão apresentados nos subtópicos a seguir. Transmissão manual E-Book - Apostila 4 - 44 Dentro de um sistema de transmissão manual, tanto as trocas de marcha quanto o acionamento da embreagem são efetuados pelo condutor de forma manual (NAUNHEIMER et al., 2014). Os elementos básicos que constituem um sistema de transmissão manual são: embreagem; caixa de mudanças com relação de transmissão variável; mecanismo de troca de marchas com alavanca de câmbio. A seleção e troca de marchas é realizada por meio de articulações e cabos tensores. A engrenagem ativa no eixo da caixa de mudanças é fixada por acoplamentos de garra e anéis sincronizadores. A rotação dos elementos que serão engrenados, por sua vez, deve ser sincronizada sempre antes de se efetuar uma troca (BOSCH, 2018). As caixas de transmissão para veículos leves possuem cinco ou seis marchas, entretanto, durante as décadas de 1980 e 1990, os veículos eram produzidos com caixas de transmissão de quatro marchas. Atualmente, modelos com câmbio de quatro marchas não são mais utilizados. A seguir, na Figura, é apresentado um sistema de transmissão manual. E-Book - Apostila 5 - 44 FIGURA 1 - Modelo de um sistema de transmissão manual Fonte: BRAIN; THREEWITT, 2018. O processo é iniciado com o acionamento da embreagem, em que ocorre o desacoplamento do anel sincronizado, permitindo a seleção da marcha por intermédio da alavanca. Com a seleção da marcha e o acoplamento do anel sincronizador na engrenagem referente à marcha escolhida, a embreagem deve ser liberada, finalizando a operação. Dessa forma, o movimento gerado pelo motor pode ser transmitido por meio dos pares de engrenagens e do eixo de saída. No processo de trocas de marcha, o processo ocorre de forma semelhante: é acionada a embreagem, de forma a desacoplar o anel sincronizador, e selecionada a marcha conforme a necessidade do veículo. Após a seleção da marcha, o anel sincronizador é acoplado no par de engrenagens da marcha solicitada. Transmissão automatizada E-Book - Apostila 6 - 44 Nos sistemas de transmissão automatizada, ou, como conhecidas, semiautomáticas, as trocas de marcha realizadas pelo motorista são conduzidas dentro do sistema por atuadores hidráulicos comandados por sistemas eletrônicos. Essas trocas de marcha envolvem o acionamento de embreagem e a interrupção de força de tração. Esses sistemas contribuem para o aumento na eficiência durante a troca de marcha e para a economia de combustível do veículo (BOSCH, 2018). No sistema automatizado, o acionamento da embreagem e a mudança das marchas são realizadas por um sistema auxiliar, que pode ser elétrico, hidráulico ou pneumático. O sinal para essa troca é gerado por um controlador eletrônico (NAUNHEIMER et al., 2014). Em transmissões automatizadas, tanto a caixa de câmbio quanto os elementos de arranque são automatizados com a possibilidade de haver uma alavanca ou tecla para o controle das trocas de marcha pelo motorista, sobrepondo, assim, o controle automático. Diferente da transmissão manual, a transmissão automatizada não necessita que o condutor do veículo pise no pedal de embreagem para desacoplar o anel sincronizador e efetuar a troca. Dessa forma, a condução do veículo se torna mais confortável, de forma a cansar menos a perna esquerda do condutor (necessária para a troca de marcha no modo de transmissão manual). No vídeo abaixo, vamos falar sobre a transmissão automática, vamos lá? Recurso Externo Recurso é melhor visualizado no formato interativo Com base no que você acabou de assistir, as fundamentações discutidas na unidade fazem uma correlação melhor com o que até então havia sido apresentado? Pense sobre isso. Na Figura abaixo, é apresentado um esquema de transmissão automática. E-Book - Apostila 7 - 44 FIGURA 1 - Esquema ilustrativo de uma transmissão automática Fonte: EEEP, 2015, p. 9. Na prática, a transmissão automática torna a condução muito mais suave para o condutor, de forma que ele não precise passar a marcha durante a conduçãodo veículo, somente nos casos em que é necessário tirar o carro do lugar, engatar a marcha à ré, colocar o carro em ponto morto ou estacionar. Nos veículos com transmissão automática, normalmente, vêm escritos os seguintes símbolos: (Clique nos (•) para visualizar o conteúdo) Recurso Externo Recurso é melhor visualizado no formato interativo E-Book - Apostila 8 - 44 No modo de condução, indicado pela letra D, o sistema de transmissão fará todo o trabalho, fazendo as trocas de marchas automaticamente. Transmissão de dupla embreagem De forma a combinar as vantagens das transmissões manuais e automáticas, foi desenvolvido o sistema de transmissão de dupla embreagem. Ele apresenta alto nível de eficiência das transmissões manuais, com uma relação de transmissão livremente selecionável em amplas gamas, além de esportividade e dinâmica de condução. Além disso, apresenta as características dos câmbios automáticos, como facilidade de manipulação e conforto. O princípio desse modelo é baseado na ideia de duas subcaixas independentes, cada uma conectada ao volante motor através da embreagem, como observado na Figura abaixo. FIGURA 1 - Esquema de transmissão por dupla embreagem Fonte: NAUNHEIMER et al., 2014, p. 173. Uma caixa contém as engrenagens referentes às E-Book - Apostila 9 - 44 Uma caixa contém as engrenagens referentes às marchas ímpares (1ª, 3ª, 5ª, dentre outras) e a outra, as engrenagens referentes às marchas pares (2ª, 4ª, 6ª, dentre outras) e a marcha à ré. Embreagem É impossível falar de sistemas de transmissão automotiva sem falar das embreagens. A embreagem é utilizada dentro do sistema de transmissão para que a troca de marchas ocorra com o mínimo de esforço e ruído. Segundo a definição da NBR 6050 (1995), "um sistema de embreagem tem a função principal de acoplar e desacoplar a transmissão de torque do motor para a caixa de velocidades". Quando a embreagem está acoplada, tem-se a transmissão de torque contínua do motor. Quando se deseja realizar a mudança de marcha, a transmissão de torque é interrompida, acionando, momentaneamente, o pedal da embreagem. Ao acoplar novamente a embreagem, é esperado que tal acoplamento ocorra de forma suave, sem ruídos ou trepidações (GREGORI, 2016). A seguir, na Figura, é ilustrado um sistema da embreagem automotiva, que, basicamente, é constituído por platô, disco e rolamento de acionamento. E-Book - Apostila 10 - 44 FIGURA 1 - Conjunto de peças de uma embreagem: da esquerda para a direita estão o disco, o platô e o rolamento de acionamento Fonte: CONTAGEM, 2022. É possível observar, na Figura, que o revestimento, também chamado de material de fricção, é fixado no disco por meio de rebites. O platô é aparafusado no volante do motor, enquanto que o disco está engrenado na árvore da transmissão. Assim, o acoplamento e o desacoplamento entre o motor e a transmissão são realizados por meio do mancal da embreagem. Se o mancal estiver acionado, a embreagem estará desacoplada e, consequentemente, não haverá transmissão de torque. Contudo, se o mancal estiver desacionado, a embreagem estará acoplada e, portanto, haverá transmissão do torque (WELLER, 2018). E-Book - Apostila 11 - 44 A Figura abaixo ilustra a embreagem nas condições de acoplamento e desacoplamento, na qual pode-se notar que as duas situações são diferenciadas pela posição da placa de pressão. Quando a embreagem estiver acoplada, a placa estará sobre o disco, aplicando força proveniente da mola-membrana e, quando a embreagem estiver desacoplada, a placa de pressão estará recuada axialmente e sem aplicação de força sobre o disco. FIGURA 1 - Condições da embreagem: (A) Acoplada; (B) Desacoplada Fonte: PERESTRELO, 2013, p. 21. As embreagens são classificadas de acordo com seu modo de funcionamento. Elas podem ser secas ou úmidas. As embreagens úmidas trabalham banhadas em óleo e são usadas para aplicações de alto torque, uma vez que operam em situações com maior quantidade de calor e energia. Assim, o óleo auxilia no arrefecimento do câmbio. No entanto essa configuração traz maiores perdas mecânicas devido à necessidade do óleo ser bombeado por meio da caixa para atingir as engrenagens e arrefecê-las. Já as embreagens secas são mais eficientes devido ao volume de óleo reduzido no sistema, pois operam em faixas de torques menores (WELLER, 2018). E-Book - Apostila 12 - 44 Embreagem com disco seco Em embreagens de disco seco, o torque do motor é transmitido pelo volante do motor, conjunto platô e disco de embreagem ao eixo de entrada da transmissão. Durante o engate, diferentes velocidades entre o conjunto do platô e do disco de embreagem causam fricção deslizante, gerando calor e desgaste (NAUNHEIMER et al., 2014). Com relação aos revestimentos em discos de embreagem a seco, há algumas características a serem abordadas. Clique nas sanfonas e confira quais são elas: Características revestimentos orgânicos são, por questão de conforto, utilizados, principalmente, no setor automobilístico. Consistem em fios (principalmente, de fibra de vidro, aramida e celulose, com latão ou fio de cobre) incorporados em resinas, borrachas e enchimentos; o disco de revestimento orgânico é, normalmente, rebitado à mola pelo segmento do disco de embreagem; revestimentos de sintetização metálica (cerâmica) são utilizadas para cargas pesadas, especialmente para tratores ou máquinas de escavação. O material de revestimento é sintetizado diretamente no flange ou rebitado a elas. Utilizado mais em veículos específicos ou de competição; os revestimentos de carbono, que são um subgrupo de revestimentos orgânicos, nele, as fibras de carbono são inseridas nos revestimentos para aumentar a rigidez e a resistência à temperatura. Devido ao seu alto custo e reduzido conforto de deslocamento, normalmente, é utilizado em carros de competição. Embreagem banhada a óleo As embreagens banhadas a óleo, ou embreagens úmidas, possuem elevada capacidade térmica, pois o óleo dissipa o calor proveniente do atrito. A Figura a seguir apresenta um esquema de embreagem úmida. Por mais que essas embreagens suportem mais o calor, suas perdas por arrasto na posição acoplada são maiores que as das embreagens secas (BOSCH, 2018). E-Book - Apostila 13 - 44 FIGURA 1 - Esquema de embreagem úmida Fonte: NAUNHEIMER et al., 2014, p. 345. As embreagens úmidas são mais utilizadas em caixas de transmissão de variação contínua. O uso em caixas de câmbio sincronizadas é problemático devido à elevada sobrecarga de sincronização por causa da viscosidade do óleo (BOSCH, 2018). Embreagens duplas úmidas podem ser acionadas de forma eletromecânica e eletrohidráulica. A unidade hidráulica necessária para acionar e resfriar a embreagem consiste em uma bomba para fornecer o fluxo de óleo de resfriamento e para acionar a embreagem, bem como um bloco de válvula para controle. Dentre as vantagens que as embreagens úmidas apresentam, algumas são listadas abaixo: E-Book - Apostila 14 - 44 A embreagem é um componente que se desgasta com o avanço da quilometragem. Dessa forma, para que a embreagem do carro dure o seu máximo, alguns cuidados devem ser tomados com o veículo, tais como: Caro(a) aluno(a), ao longo deste tópico, você pôde aprender sobre os sistemas de transmissão, seus tipos mais conhecidos (manual, automático, automatizado ou semiautomático e de dupla embreagem), as suas funcionalidades e as diferenças de cada um desses tipos de transmissão. menor momento de inércia dependendo do tipo de sistema de amortecimento; requisito de espaço de instalação menor; alta relação potência/peso; grande capacidade de torque; altacapacidade de calor; alta durabilidade com baixo desgaste; boa controlabilidade. evite engrenar o carro com a embreagem enquanto ele estiver parado; durante a condução, não descanse o pé no pedal da embreagem; durante a troca de marchas, pise bem no pedal da embreagem para evitar que a marcha "arranhe"; respeite a troca de marchas, evitando altas velocidades com baixas marchas. E-Book - Apostila 15 - 44 REFLITA Respeite esses fatores durante a condução para que a sua embreagem e o sistema de transmissão permaneçam sempre em excelente estado de conservação, pois preservar o veículo também faz parte da segurança no trânsito, dessa forma, podemos evitar diversos acidentes. Ainda neste tópico, foi mostrado o conceito de "embreagem", componente fundamental do carro que liga o motor ao sistema de transmissão, no qual foi mostrado o seu funcionamento e importância dentro do automóvel. Diferencial E-Book - Apostila 16 - 44 Em um automóvel com eixos transversais, ao fazer uma curva mais ou menos acentuada, deve-se levar em consideração que as rodas que realizam o trajeto externo da curva percorrem uma distância maior do que as rodas que realizam o trajeto interno. No entanto, quando as rodas são ligadas ao motor através de um eixo sólido, elas não podem girar separadamente. Do surgimento desse problema, os engenheiros criaram um dispositivo mecânico que liga as rodas ao motor sem que o veículo derrape ou patine nas curvas (COSTA, 2019). O diferencial é um componente que realiza a ligação das rodas ao motor. É localizado, normalmente, no eixo traseiro (podendo aparecer no eixo dianteiro em veículos com tração dianteira ou 4x4) e possui a função de distribuir o torque do motor de forma igualitária às rodas, por meio dos semieixos de transmissão. Essa distribuição do torque permite que as rodas traseiras girem em velocidades diferentes, promovendo melhor dirigibilidade e segurança durante curvas, sem que o automóvel deslize (COSTA, 2019). Filetcher (1983) retrata que, embora a criação do diferencial seja atribuída ao inventor Onésiphore Pecqueur em 1827, sua aplicação em um veículo a combustão ocorreu somente no início dos anos 1900. De forma a minimizar o problema de excesso de esforço na roda ligada ao motor, foi feita a conexão de duas rodas no mesmo sentido ao motor através de um eixo sólido, porém com um dispositivo mecânico no meio do eixo chamado diferencial. O diferencial permite, por igual, a distribuição do torque gerado pelo motor, fazendo com que as rodas rotacionem em velocidades diferentes na realização das curvas (CROLLA, 2009). A partir dessa ideia, em meados de 1900, uma companhia agrícola britânica desenvolveu um trator com um dispositivo mecânico que permitia que as esteiras rolassem com velocidades diferentes no momento das curvas. Esse trator foi patenteado em 1905 pela Hornsby in Grantham como Hornsby Tractors para atender as necessidades do exército britânico na época (FILETCHER, 1983). Após a Primeira Guerra Mundial, os sistemas de diferencial começaram a ser aplicados em larga escala em automóveis. O diferencial desempenha dois papéis importantes no veículo: encaminhar a potência do motor para as rodas motoras, fazendo com que elas girem com diferentes rotações; pelo fato de o diferencial ser um jogo de engrenagens que permite rotações diferentes em cada semieixo, o diferencial também possui o papel de controlar a velocidade da transmissão, podendo reduzir a sua velocidade angular antes que o torque chegue nas rodas (GAWANDE et al., 2013). A seguir, clicando nas setas, serão discutidos com mais detalhes os principais tipos de diferenciais presentes no veículo, que são: diferencial aberto; diferencial bloqueável; E-Book - Apostila 17 - 44 diferencial de deslizamento limitado; diferencial Torsen. Diferencial aberto O diferencial aberto é o mais comum dos tipos de diferencial, estando presente na maioria dos carros convencionais de passeio com tração em duas rodas. Nele, as engrenagens solares direita e esquerda estão diretamente ligadas às extremidades dos semieixos direito e esquerdo, respectivamente, que giram livremente através de rolamentos localizados entre os semieixos e o braço, conforme mostrado na Figura abaixo. A coroa recebe potência do pinhão e a transfere para a carcaça, que gira todo o sistema (GREWAL, 2011). FIGURA 1 - Esquema de diferencial aberto Fonte: GREWAL, 2011. E-Book - Apostila 18 - 44 As engrenagens planetárias possuem seu eixo fixado à carcaça. Ao se segurarem pelo braço, sem nenhuma potência aplicada ao pinhão, a engrenagem solar direita irá girar. O movimento, assim, é transmitido para as engrenagens planetárias fazendo com que a solar esquerda rotacione o semieixo esquerdo no sentido invertido (GREWAL, 2011). Pelo fato de as engrenagens planetárias serem ligadas umas às outras, quando o braço gira, elas, obrigatoriamente, rotacionam junto ao braço. Caso as resistências nas rodas sejam iguais, por exemplo, quando o carro estiver andando em linha reta, as engrenagens planetárias irão girar em relação ao seu eixo, mantendo-se fixas axialmente. Dessa forma, os semieixos irão girar na mesma velocidade (SOBRAL, 2015). Quando um dos semieixos é fixado e o pinhão continuar transmitindo potência para o diferencial, a carcaça irá continuar girando, porém as engrenagens planetárias não poderão fazer com que os semieixos girem com velocidades iguais. Pelo fato de um dos semieixos estar fixo, o outro semieixo, que está livre, irá rotacionar com o dobro da velocidade da coroa. O diferencial aberto é bastante utilizado nos veículos de passeio em geral, devido a uma característica que o torna atrativo para utilização em geral, que é a simplicidade de projeto. O diferencial aberto é constituído simplesmente de um jogo de engrenagens. Dessa forma, o projeto apresenta um baixo custo de fabricação, aliado a um baixo custo de manutenção, juntamento com ótimo desempenho em percursos, tanto de estrada quanto em cidade. Diferencial bloqueável Esse tipo de diferencial apresenta uma estrutura semelhante à que vemos nos diferenciais abertos, todavia esse tipo de diferencial é projetado para ligar dois ou mais componentes do diferencial. Esses componentes são ligados por acopladores com dentes do tipo dog, que possibilitam o bloqueio. O diferencial bloqueável possui uma excelente aplicabilidade em superfícies de difícil condução, tais como lama, areia, gelo, dentre outras. Por se adaptarem bem a superfícies e terrenos irregulares, são projetados para uso em veículos de competição, como os veículos de rally, mas também podem ser usados em veículos pesados, tais como tratores e caminhões. A seguir, na Figura, é ilustrado um esquema de diferencial bloqueável. E-Book - Apostila 19 - 44 FIGURA 1 - Esquema de diferencial bloqueável Fonte: HEISLER, 2002, p. 250. Dentro da classe dos diferenciais bloqueáveis, há os diferenciais de atuação automática. Esse tipo de diferencial possui uma característica específica: são capazes de bloquear e desbloquear sem intervenção do piloto. Diferenciais bloqueáveis de atuação automática garantem que a potência seja transmitida para todas as rodas, sendo desbloqueado somente quando uma roda precisa girar com velocidade diferente da outra durante uma curva. Quando o diferencial estiver bloqueado, as rodas não irão girar com velocidade menor que a da carcaça (HEISLER, 2002). Diferente de outros modelos de diferencial, o diferencial bloqueável pode provocar um desgaste prematuro dos pneus. Isso ocorredevido ao fato desse diferencial trabalhar de maneira mais agressiva, por conta do encaixe em movimento do acoplador. Quando ele se encontra na dianteira do veículo, inclusive, pode afetar a dirigibilidade do carro. Outro fator que pode ser considerado como desvantagem é a possibilidade de transmitir torques muito elevados aos semieixos, em que é possível que até 100% do torque do diferencial bloqueável seja transmitido para somente uma roda. E-Book - Apostila 20 - 44 Para que diferenciais bloqueáveis sejam utilizados corretamente em veículos, é necessário que seja realizado um projeto em que algumas especificações, como tamanho de pneu e peso do veículo, recebam atenção especial para que esse diferencial seja aproveitado ao máximo e que a vida útil do automóvel seja aproveitada. Diferencial de deslizamento limitado Os diferenciais de deslizamento limitado foram desenvolvidos de forma a mitigar um problema dos diferenciais abertos, que é transmitir a potência para uma roda que não está sujeita a nenhum tipo de resistência e direcioná-la para outra roda. Quando o veículo percorre uma trajetória em linha reta, o diferencial de deslizamento limitado envia a mesma potência para todas as rodas, porém, quando uma roda gira pela falta de resistência oferecida sobre ela, esse diferencial entregará o torque para a roda que estiver sofrendo resistência. Diferentemente do diferencial bloqueável automático, o diferencial de deslizamento limitado não entrega todo o torque para apenas um dos semieixos quando necessário. Esse tipo de diferencial possui uma estrutura parecida com a estrutura do diferencial aberto, porém possui um dispositivo que aplica um torque resistivo entre um semieixo e a carcaça, ou entre os dois semieixos. Diferencial Torsen O diferencial Torsen (Torque — Sensing) funciona de maneira parecida com o diferencial de deslizamento limitado, contudo não tem a necessidade de utilização de embreagens ou resistência a fluidos. O diferencial Torsen é capaz disso devido à adição de engrenagem helicoidal ao sistema tradicional de um diferencial aberto. A adição de engrenagens helicoidais atuando em cada semieixo fornece a resistência necessária para a transferência de torque. Isso ocorre devido a uma malha formada pela conexão de engrenagens helicoidais com engrenagens retas. Essa malha transfere imediatamente o torque, tornando o diferencial sensível às mudanças nas condições da estrada. Enquanto um diferencial aberto precisa dividir o torque sempre na relação 50/50 para cada roda, o diferencial Torsen consegue transmitir uma fração de torque maior para uma roda. Esse fator elimina a limitação de potência que os diferenciais abertos possuem, pois a quantidade de torque disponível não está sendo limitada pela quantidade de tração nas duas rodas. A engrenagem helicoidal desse diferencial pode ser usinada de forma a se obter uma relação diferente de resistência ao acelerar e desacelerar da mesma forma que um diferencial de deslizamento limitado. Essa adaptação pode ser feita de maneira simples, somente usinando a engrenagem, dispensando o uso de componentes eletrônicos. E-Book - Apostila 21 - 44 SAIBA MAIS Aprenda mais sobre o funcionamento do diferencial automotivo, copiando e colando o link a seguir em seu navegador: https://blog.nakata.com.br/componentes-do-diferencial/. Prezado(a) aluno(a), neste tópico, foi apresentado o conceito de diferencial automotivo. Vimos que esse sistema de engrenagens possui uma grande importância dentro do sistema de transmissão, que é transmitir o torque do motor para as rodas, de forma que elas possam girar de maneira uniforme em trajetos de linha reta, ou girar com diferentes rotações quando o veículo estiver em uma curva. Dentro do tópico, foram descritas as características e particularidade de cada um dos tipos de diferenciais apresentados. Tração Para que o torque seja convertido em rotação nas rodas, todos os tipos de transportes motorizados necessitam de um sistema de transmissão. As transmissões são distintas e variam de acordo com sua função e uso, conforme mostrado no tópico anterior. A seguir, na Figura abaixo, é apresentado um fluxograma geral dos tipos de transmissão para os transportes terrestres, aéreo e marítimo. https://blog.nakata.com.br/componentes-do-diferencial/ E-Book - Apostila 22 - 44 FIGURA 1 - Fluxograma indicando o tipo de transmissão para os veículos aéreos, terrestres e marítimos Fonte: LECHNER; NAUNHEIMER, 1999, p. 50. Sabemos que a função de uma transmissão veicular é adaptar a tração disponível do motor para o veículo. A transmissão possui um papel fundamental na confiabilidade, consumo de combustível, facilidade no uso do veículo e desempenho (LECHNER; NAUNHEIMER, 1999). Com relação à transmissão de torque para as rodas do veículo, é possível classificá-las em tração 4x2, 4x4 e AWD. O termo tração é usado na engenharia automotiva para indicar a quantidade de rodas do veículo que irá receber o torque oriundo da transmissão. Alguns veículos não possuem a opção de transferir o torque para todas as rodas, sendo restrito apenas às rodas que se ligam ao eixo de saída da transmissão. E-Book - Apostila 23 - 44 No caso dos veículos que permitem a tração em todas as rodas, é necessário a utilização de um conjunto de engrenagens para transferência de movimento da transmissão primária para a secundária. A transmissão primária recebe o movimento proveniente da caixa de marcha em que está diretamente acoplada. Por meio de engrenagens ou corrente, realizam a transferência de movimento. A transmissão primária é responsável pelo acionamento da tração, seja mecanicamente ou eletronicamente. Além disso, é necessário um eixo cardan para que essa transferência de torque chegue à transmissão secundária, que está localizada no eixo distinto da tração primária. A seguir, serão descritos os tipos de tração utilizados nos automóveis. Tração 4x2 O termo "tração 4x2" é utilizado referindo-se a um veículo com quatro rodas em que a tração ocorre em somente duas delas. O primeiro valor é o número de rodas, e o segundo é o número de rodas motorizadas. Com um 4x2, a potência do motor é transmitida a apenas duas rodas, podendo ser o par de rodas dianteiras (tração dianteira) ou o par traseiro (tração traseira) (CROLLA, 2009). A seguir, na Figura, é mostrado um esquema com um sistema de tração 4x2. FIGURA 1 - Esquema de um automóvel com tração 4x2 Fonte: LECHNER; NAUNHEIMER, 1999, p. 144. E-Book - Apostila 24 - 44 A maioria dos veículos de passeio utiliza um sistema de tração 4x2 devido ao seu baixo peso e simplicidade de projeto. Tração na estrada é, geralmente, suficiente para que a força motriz possa ser transmitida com confiança através de duas rodas (LECHNER; NAUNHEIMER, 1999). Tração 4x4 O termo "tração 4x4" é utilizado quando as quatro rodas do veículo possuem capacidade de tracionar. Conforme o modelo do veículo, a tração pode ser acionada de forma manual ou automática. Veículos com tração 4x4 possuem um sistema de transmissão que faz com que as quatro rodas possam receber o torque do motor de maneira simultânea. A tração nas quatro rodas, geralmente, leva o senso comum a associar veículos para fora de estradas e utilitários esportivos. A tração permite melhor controle do que veículos de passeio comuns em condições de pistas com diferentes superfícies. Esse tipo de tração é um recurso valioso em competições, como as de rally (WEIHERMANN, 2015; MEDEIROS, 2018). (Clique na imagem para interagir com o conteúdo) E-Book - Apostila25 - 44 Fonte: LECHNER; NAUNHEIMER, 1999, p. 144. Tração integral O sistema de tração integral (AWD — All Wheel Drive) funciona da seguinte forma: o veículo traciona nas quatro rodas em todas as circunstâncias e condições de uso. Esse tipo de veículo possui um sistema de circuitos eletrônicos e sensores que determina quanta potência será direcionada para cada eixo. O sistema AWD é semelhante ao usado nos eixos de carros de alto desempenho, porém apresenta como diferencial um melhor desempenho, garantido pela potência distribuída entre os eixos de maneira ideal para cada situação. Os veículos com tração AWD possuem as seguintes vantagens em relação a veículos com tração 4x4 ou 4x2: maior aderência nas pistas, resultando em um melhor controle da direção, além de garantir um modo de condução mais esportivo. Por desvantagens, os veículos com tração AWD apresentam um alto consumo de combustível, são mais pesados, além de não poderem ser usados em todos os tipos de terreno (MEDEIROS, 2018). Eixo cardan Para que o torque seja transmitido para as rodas, é necessária a utilização de um eixo de transmissão. A função básica do eixo de transmissão, também conhecido como eixo cardan, é transmitir a energia gerada pelo motor para o eixo diferencial. Em terrenos irregulares, o eixo traseiro oscila muito, e a força transmitida precisa continuar chegando às rodas sem perda de potência. A tração nas quatro rodas é atribuída a veículos que possuem uma caixa de transferência entre os eixos dianteiro e traseiro. Isso significa que tanto a parte da frente quanto a parte de trás do veículo não podem girar as rodas com diferentes rotações. A tração 4x4 permite a transferência do torque máximo para o eixo com maior tração. O sistema permite que as rodas a rotacionem em diferentes velocidades, contudo mantendo a capacidade de transferência de torque de uma roda em caso de perda de tração (CROLLA, 2009). E-Book - Apostila 26 - 44 O eixo cardan possui aparência semelhante a um tubo comprido interligado e apoiado em um suporte. Normalmente, o eixo cardan é utilizado em veículos grandes (ônibus e caminhões), em que os mancais são presos às longarinas do chassi desses veículos. Nas extremidades desse tubo, há conexões chamadas de juntas universais, em que estão as cruzetas. As cruzetas fazem com que o eixo cardan transmita a força do motor para o diferencial em diferentes ângulos. O eixo cardan também necessita ter a capacidade de se encolher e expandir, conforme a oscilação do diferencial (WEIHERMANN, 2015). A seguir, na Figura, é mostrado um esquema do funcionamento de um eixo cardan. FIGURA 1 - Eixo cardan Fonte: WEIHERMANN, 2015. E-Book - Apostila 27 - 44 Neste momento do estudo, foram apresentados os conceitos de tração automotiva, em que os principais tipos de tração foram descritos com detalhes. Os principais tipos de tração são a tração dianteira, conhecida como 4x2, a tração nas quatro rodas, conhecida como 4x4, e a tração integral, conhecida como AWD. Vimos as características, vantagens, desvantagens e aplicações de cada um desses sistemas de tração. Vimos também sobre o eixo cardan dentro do sistema de transmissão e tração, essa peça que possui grande importância na hora de transmitir o torque para o diferencial. Ao longo deste tópico, todas as informações foram descritas de forma clara para que você, aluno(a), possa compreender bem todo o conteúdo apresentado. Baterias As baterias automotivas são dispositivos capazes de transformar energia química em energia elétrica e vice-versa. Nos veículos, as baterias armazenam energia sob a forma química e a convertem na forma elétrica para o uso quando necessário. O processo de conversão entre os dois tipos de energia é reversível, permitindo que as baterias sejam recarregadas diversas vezes. A peça responsável pela recarga da bateria é o alternador, que gera energia elétrica por meio da rotação do seu eixo (CNT, 2022). Um automóvel pode utilizar um ou mais tipos de baterias, por exemplo, os sistemas de abertura sem chave, que permitem o destravamento das portas a distância por meio de um clique em um botão na chave/chaveiro do carro e utilizam uma bateria de lítio em formato de botão. Esse tipo de bateria também é utilizado para funções de memória, por exemplo, do relógio. Veículos dotados de sensores de pressão dos pneus utilizam baterias de lítio, enquanto luzes de emergência, presentes em alguns modelos, utilizam pilhas comuns (CNT, 2022). Uma bateria automotiva consiste em uma caixa, normalmente construída em polipropileno, que possui, em seu interior, blocos de placas de formato retangular com duas polaridades, fabricadas em chumbo, montadas com separadores constituídos de material isolante entre elas. Essas placas são mergulhadas em uma solução eletrolítica que conduz corrente elétrica conhecida como fluido de bateria, que é composta de ácido sulfúrico diluído em água destilada. Devido à sua composição interna, as baterias automotivas também são denominadas de baterias chumbo-ácido. Na Figura a seguir, é apresentada a estrutura de uma bateria automotiva. E-Book - Apostila 28 - 44 FIGURA 1 - Estrutura de uma bateria automotiva Fonte: CNT, 2022, p. 9. Em veículos convencionais (com motor a combustão), as baterias são utilizadas para fornecer energia para todos os componentes elétricos do veículo, como faróis, rádio, painel, dentre outros, sendo recarregada pelo alternador quando o carro está ligado. Contudo, em veículos híbridos ou puramente elétricos, as baterias apresentam funções mais avançadas, como fornecer a energia necessária para o deslocamento do automóvel. Nos veículos híbridos, as baterias fornecem a energia necessária para o deslocamento em baixas velocidades (normalmente, até 40 km/h). Quando ultrapassada essa velocidade, o motor a combustão é acionado, reduzindo a quantidade de energia que a bateria irá continuar liberando, ou simplesmente passando o comando para outras baterias fornecerem energia para os sistemas auxiliares. Esses veículos contam com um sistema de frenagem de regenerativa, que transforma a energia cinética gerada durante a frenagem em energia elétrica, recarregando a bateria dos veículos híbridos e elétricos (CASTRO, 2013; CNT, 2022). E-Book - Apostila 29 - 44 Nos carros elétricos, as baterias desempenham toda a função realizada em veículos convencionais pelos motores a combustão. A bateria, recarregável, armazena a energia elétrica que será utilizada para fazer o veículo funcionar. Esses veículos contam com um inversor, que converte a corrente elétrica contínua em corrente alternada, que é levada até o motor de indução. A eletricidade, assim, aciona os mecanismos do motor, o que faz com que as rodas girem e o carro se mova. A seguir, no Quadro, é mostrada uma relação das funções da bateria nos carros convencionais, híbridos e elétricos. Tipo de veículo Combustão Híbrido Elétrico Aplicação ignição; alimentação dos sistemas elétricos; sistema start-stop. sistema start- stop; frenagem regenerativa; assistência na aceleração; propulsão elétrica. sistema start- stop; frenagem regenerativa; assistência na aceleração; propulsão elétrica. QUADRO 2 - Aplicações das baterias nos automóveis Fonte: FERREIRA; PEDROSA, 2010; GUSMÃO, 2011 [Adaptado]. Como observado no quadro acima, a bateria é utilizada na geração de energia dos sistemas eletrônicos dos veículos modernos, como o sistema start-stop. Já nos veículos híbridos e elétricos, a bateria funciona como o "coração" do veículo, atuando de forma essencialno funcionamento da propulsão, frenagem regenerativa, painéis eletrônicos, dentre diversos outros componentes. E-Book - Apostila 30 - 44 DICA Leia o capítulo 5 (páginas 79 a 90) do livro "Veículos elétricos e híbridos", de Tom Denton (2016). O capítulo aborda sobre as baterias utilizadas nos veículos mais modernos, com foco nos veículos híbridos e elétricos. Para conferir a leitura, copie o link em seu navegador e acesse a biblioteca virtual: https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicaca o/169966. https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/169966 E-Book - Apostila 31 - 44 Caro(a) aluno(a), ao longo deste tópico foi apresentado o conceito de baterias automotivas. Como você pôde estudar, as baterias possuem a função de fornecer a energia necessária para o funcionamento de todos os componentes elétricos do veículo. Além disso, vimos que há baterias para veículos mais modernos, como os híbridos ou os totalmente elétricos, em que as baterias irão desempenhar um papel ainda maior, que é gerar a energia necessária para fazer o veículo se movimentar. Agora que você conheceu um pouco do tema de baterias automotivas, vamos encerrar com o tópico de infraestrutura rodoviária. Infraestrutura rodoviária Um sistema de transportes abrangente e eficiente é um dos fatores cruciais para o desenvolvimento e sucesso dos países. Em territórios de dimensão continental, como o Brasil, hoje o sistema de estradas assume grande importância como catalisador econômico e também como fator de coesão nacional, fomentando as trocas comerciais, culturais e sociais, assim como a mobilidade de pessoas e capital. Com o desenvolvimento tecnológico e por força das necessidades econômicas e militares das nações, durante o século XX, assistiu-se ao desenvolvimento maciço das redes de autoestradas. A pioneira foi a Alemanha, ainda antes da Segunda Guerra Mundial, seguida pelos EUA no pós-guerra e pelo resto do mundo nas décadas seguintes. Isso aumentou não só a coesão dos espaços políticos e econômicos como também incrementou a eficiência das economias, com a abertura de novos mercados, redução dos tempos de viagem e uma melhor alocação dos recursos humanos, técnicos e financeiros (MARTINS; LOURENÇO; OLIVER, 2016). Há diversos benefícios socioeconômicos diretos e indiretos decorrentes do investimento em autoestradas, tais como a redução de congestionamentos e acidentes. Algumas dessas vantagens são observadas em curto prazo, como o efeito econômico direto do próprio investimento, com a geração de empregos e o desenvolvimento de indústrias e serviços de apoio à construção, operação e manutenção da infraestrutura rodoviária. Outros benefícios são perceptíveis a longo prazo, como os ganhos de produtividade e eficiência, a abertura de novos mercados e o desenvolvimento urbano e imobiliário. Tomando como exemplo os Estados Unidos e a União Europeia, é possível acrescentar benefícios estratégicos, como o fortalecimento da coesão dos territórios e defesa das nações. (Passe o mouse no (+) e confira o conteúdo abaixo) E-Book - Apostila 32 - 44 No Brasil, a infraestrutura rodoviária está aquém do desejável, possuindo apenas uma fração do observado em outros países e regiões de dimensão continental, como os Estados Unidos, a União Europeia e a China. Para comparação, no Brasil, havia pouco mais de um quilômetro de autoestrada por cada mil quilômetros quadrados de território, enquanto que na China essa proporção chegava a quase nove quilômetros e, na União Europeia, mais de dezesseis quilômetros de autoestrada por cada mil quilômetros quadrados de área. Os Estados Unidos, com dimensão territorial e densidade populacional semelhantes ao Brasil, contavam com cerca de cem mil quilômetros de autoestradas, resultando numa densidade de vias oito vezes maior (MARTINS; LOURENÇO; OLIVER, 2016). Ao longo dos anos, faltaram investimentos na ampliação da malha rodoviária brasileira, mas não podemos falar só de estradas, os centros urbanos também contam com uma péssima infraestrutura para receber os veículos em geral. O aumento no número de vendas de automóveis aliado à falta de planejamento de infraestrutura para receber esses veículos resultam em uma série de problemas, como grandes congestionamentos, aumento da poluição e desgaste acelerado das pistas. No que isso resulta para o motorista e seu veículo? Em geral, esses problemas acarretam para o motorista em mais tempo preso no trânsito, podendo gastar horas para percorrer um trajeto relativamente curto. Além disso, com a deterioração das pistas, pode ocorrer o desgaste e a quebra acelerados de diversos componentes do automóvel, como pneus, suspensão, direção, dentre diversos outros componentes (MARTINS; LOURENÇO; OLIVER, 2016). Ao visualizar esses problemas, as montadoras já consolidadas no país tentam trazer veículos com componentes mais resistentes, para resistir por mais tempo às más condições das pistas brasileiras, todavia esse "upgrade" resulta em um maior custo de produção, resultando em veículos mais caros. Para que isso melhore a médio e longo prazo, é necessário um forte planejamento urbano e rodoviário por parte dos órgãos competentes, para que ocorra uma expansão da malha rodoviária brasileira a fim de reduzir esses problemas. Considerações finais Ao longo das últimas décadas, têm sido realizados inúmeros estudos que tentam quantificar o impacto econômico e social do investimento em autoestradas. Os números variam conforme a geografia e a época, mas todos apontam que o investimento em autoestradas está fortemente correlacionado com o desenvolvimento econômico e a redução dos tempos de viagem e da sinistralidade. E-Book - Apostila 33 - 44 Nesta unidade, você teve a oportunidade de: conhecer o sistema de transmissão e sua importância no deslocamento do veículo; entender sobre as embreagens e diferenciais, elementos importantes no sistema de transmissão; aprender sobre as baterias automotivas; compreender o conceito de infraestrutura rodoviária e sua importância para o cenário nacional. Nesta unidade, estudamos sobre o sistema de transmissão automotiva, parte do veículo crucial para o seu deslocamento. Também foi possível entender sobre o funcionamento do sistema de transmissão automotiva, tais como as suas variações, as características de cada uma delas e no que influenciam na forma de condução e manutenção. Seguindo a temática de sistemas de transmissão, foi abordado ao longo da unidade sobre uma das principais, se não a principal peça do sistema de transmissão: a embreagem. Vimos a importância do uso de embreagens na transmissão do torque do motor para o eixo de transmissão e a troca de marchas. Aprendemos que determinados sistemas de transmissão podem utilizar embreagens secas ou banhadas em óleo, no qual a aplicação de cada uma delas vai depender das características do projeto da transmissão. Fechando o estudo dos sistemas de transmissão, estudamos sobre o diferencial. Esse conjunto de engrenagens, cuja invenção é mais antiga do que os motores a combustão, se tornou de extrema importância nos veículos devido à distribuição do torque nos semieixos, fazendo com que as rodas do automóvel possam girar com diferentes rotações. Após o fim do sistema de transmissão, foi apresentado o conceito das baterias veiculares. Esse componente, por mais simples que pareça, desempenha funções fundamentais no automóvel: a principal fonte de energia elétrica dos veículos, que permite que o motor do veículoseja ligado, além do fornecimento de energia para praticamente todos os componentes do automóvel, o torna um dos componentes mais importantes. Por fim, encerrando a unidade, foi abordado o tema de infraestrutura urbana. E-Book - Apostila 34 - 44 Agora que finalizamos este conteúdo, vamos testar seus conhecimentos com o quiz a seguir. QUIZ Durante o deslocamento de um veículo, há situações em que é necessário que as rodas rotacionem em velocidades diferentes. Dessa forma, um componente do automóvel é responsável por transferir o torque das rodas motoras para as movidas. Qual o nome do componente que desempenha essa função? Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois, para que as rodas girem com diferentes velocidades durante uma curva, é necessário o uso de um eixo diferencial, que é um jogo de engrenagens que transmite o torque do motor direto para os semieixos das rodas. Radiador.a E-Book - Apostila 35 - 44 Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois, para que as rodas girem com diferentes velocidades durante uma curva, é necessário o uso de um eixo diferencial, que é um jogo de engrenagens que transmite o torque do motor direto para os semieixos das rodas. Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois, para que as rodas girem com diferentes velocidades durante uma curva, é necessário o uso de um eixo diferencial, que é um jogo de engrenagens que transmite o torque do motor direto para os semieixos das rodas. Resposta Correta: Alternativa correta, pois o eixo diferencial é o componente que distribui a rotação nas rodas, transferindo o torque oriundo do motor e sistema de transmissão direto aos semieixos. Embreagem.b Platô.c Diferencial.d Engrenagem planetária.e E-Book - Apostila 36 - 44 Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois, para que as rodas girem com diferentes velocidades durante uma curva, é necessário o uso de um eixo diferencial, que é um jogo de engrenagens que transmite o torque do motor direto para os semieixos das rodas. O termo "tração" é utilizado na tecnologia veicular, pois é derivado do termo puxar. A tração automotiva é definida como a energia usada pelo motor para fazer com que essa energia seja maior do que o peso do carro e do que o atrito do veículo com a superfície, fazendo o veículo se movimentar. Há alguns tipos de tração automotiva, entretanto qual das opções abaixo é a mais utilizada nos veículos de passeio? Tração 4x4.a E-Book - Apostila 37 - 44 Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois o tipo de tração mais comum na grande maioria dos veículos de passeio é a tração 4x2. Nesse caso, a tração está presente em duas das quatro rodas do veículo. Resposta Correta: Alternativa correta, pois a tração 4x2 é a mais utilizada nos veículos de passeio. Os veículos com tração 4x2 apresentam tração em somente duas das quatro rodas do veículo, sendo elas somente dianteiras ou somente traseiras. Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois o tipo de tração mais comum na grande maioria dos veículos de passeio é a tração 4x2. Nesse caso, a tração está presente em duas das quatro rodas do veículo. Tração 4x2.b Tração AWD.c Tração 2x2.d E-Book - Apostila 38 - 44 Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois o tipo de tração mais comum na grande maioria dos veículos de passeio é a tração 4x2. Nesse caso, a tração está presente em duas das quatro rodas do veículo. Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois o tipo de tração mais comum na grande maioria dos veículos de passeio é a tração 4x2. Nesse caso, a tração está presente em duas das quatro rodas do veículo. As baterias automotivas são usadas em diversos componentes dos automóveis, tanto movidos por motores a combustão quanto híbridos e elétricos. Dessa forma, em qual dos itens abaixo a bateria do automóvel NÃO gera energia? Tração 10x4.e Sistema start-stop.a E-Book - Apostila 39 - 44 Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois as baterias automotivas geram energia elétrica para ligar os principais componentes dos carros: painel de instrumentos, rádio, sensores elétrônicos, dentre outros sensores, além de auxiliar no processo de ignição do veículo. Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois as baterias automotivas geram energia elétrica para ligar os principais componentes dos carros: painel de instrumentos, rádio, sensores elétrônicos, dentre outros sensores, além de auxiliar no processo de ignição do veículo. Resposta Correta: Alternativa correta, pois componentes como a luz de salão do veículo não utilizam a energia proveniente de baterias automotivas, visto que utilizam pilhas ou minibaterias como fonte de energia. Rádio.b Luz de salão do veículo.c Painel de instrumentos.d E-Book - Apostila 40 - 44 Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois as baterias automotivas geram energia elétrica para ligar os principais componentes dos carros: painel de instrumentos, rádio, sensores elétrônicos, dentre outros sensores, além de auxiliar no processo de ignição do veículo. Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois as baterias automotivas geram energia elétrica para ligar os principais componentes dos carros: painel de instrumentos, rádio, sensores elétrônicos, dentre outros sensores, além de auxiliar no processo de ignição do veículo. Conclusão da disciplina Caro(a) aluno(a), ao longo desta unidade, você viu conteúdos sobre os diversos sistemas que constituem um automóvel. Para uma melhor compreensão, é necessário o desenvolvimento do conceito de "dinâmica veicular", que é o estudo necessário para entender o movimento realizado pelos automóveis. Desde o desenvolvimento do primeiro automóvel, no século XIX, diversas tecnologias foram desenvolvidas a fim de melhorar as suas características, desde o aumento da velocidade máxima até a resistencia de chassis no momento de uma colisão. Faróis.e E-Book - Apostila 41 - 44 Nos dias atuais, os automóveis apresentam diversas tecnologias que, há cem anos atrás, pareciam simplesmente inimagináveis. Veículos antigos não possuíam sistemas eletrônicos de freios, injeção eletrônica ou simplesmente um rádio. A tecnologia veicular acompanhou o avanço tecnológico da sociedade, de forma a integrar dentro dos projetos automotivos o que há de mais moderno. Com base nesses conceitos, a ementa da disciplina foi dividida nos diversos subsistemas automotivos: freios, motor, chassi, transmissão, dentre diversos outros componentes, que você foi capaz de investigar cada característica desses subsistemas. Dentro da disciplina, foi visto o conceito de direção e geometria veicular, que, no estudo da tecnologia veicular, pode ser um conceito pouco lembrado, mas que é de fundamental importância para o controle e estabilidade do veículo. Sistemas importantes, como o de chassi e carroceria, também foram estudados, em que foram mostradas as características, a relação com a resistência dos veículos a diferentes tipos de esforços mecânicos e a distribuição desses esforços por meio do "esqueleto" do automóvel. Vimos, ao longo da unidade, o "coração" do automóvel: os motores e sua vital importância dentro do veículo. No macrossistema dos motores, vimos, com mais detalhes, subsistemas, como lubrificação, arrefecimento, além dos tipos de motores, tais como o motor com ciclo Otto, que já conhecemos e vemos na grande maioria dos automóveis, além dos motores Wankel, que possuem características de funcionamento diferenciadas. Tivemos a chance de estudar os sistemas de freios e sua importância durante a frenagem do veículo. Além disso, vimos a aplicação dos sistemas de transmissão e seus principais componentes. Além do estudo dos componentes que fazem parte do automóvel, estudamos a ergonomia e a segurança veicular, que são conceitos fundamentais na hora do projeto do automóvel.O projeto de desenvolvimento dos veículos deve levar em consideração a ergonomia e a segurança veicular para que os passageiros e o condutor do veículo possam viajar com conforto. Por fim, você pôde aprender um pouco sobre a infraestrutura das rodovias brasileiras, sua importância e influência na economia do país e conservação dos automóveis. Esperamos que você tenha aprendido, ao longo dos estudos, todos os conceitos envolvidos na tecnologia veicular. Nota-se que o projeto automotivo é algo complexo e que envolve diversas variáveis, por isso, é importante que você tenha desenvolvido todas as competências necessárias para a compreensão, desenvolvimento e aplicação dos conhecimentos obtidos nesta unidade. Esperamos que esta disciplina tenha contribuído para a sua formação profissional e que possa servir de ponto de partida para aumentar seu conhecimento. Referências E-Book - Apostila 42 - 44 ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6050 – Embreagem. Rio de Janeiro: ABNT, 1995. BOSCH, R. Automotive handbook. 10. ed. Nova Jersey: John Wiley and Sons Ltd, 2018. BRAIN, M.; THREEWITT, C. How manual transmissions work. HowStuffWorks, 2018. Disponível em: https://auto.howstuffworks.com/transmission.htm. Acesso em: 14 abr. 2022. CASTRO, B. H. R. Baterias automotivas: panorama da indústria no Brasil, as novas tecnologias e como os veículos elétricos podem transformar o mercado global. Brasília: Bndes, 2013. CNT – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE TRANSPORTES. Baterias automotivas: boas práticas no uso e na destinação. Brasília: Sest Senat, 2022. CONTAGEM Motorpeças. Confira os componentes do kit de embreagem. Contagem Motorpeças, [2022]. 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