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OTC 1 
 
CONTEÚDO 
 
 
- Conceito, Princípios e Aplicações Fundamentais de Administração de 
Empresas. 
- Controle das Atividades Operacionais das Empresas. 
- Conceito, Princípios e Aplicações Fundamentais de Racionalização. 
- Programação Orçamentária da Empresa. 
- Evolução do Estudo de Administração 
- A Organização, Amplitude Administrativa; 
- O Princípio do Alcance do Controle 
- Hierarquia, Níveis Administrativos, Departamentalização; 
- Centralização e Descentralização Administrativas 
- Delegação de Competência, Órgãos Assessores, Órgãos Colegiados; 
- Tipos de Estruturas 
- Elementos Modificadores e/ou Complementares das Estruturas Formais, 
Patologias Organizacionais. 
- Organização de Fichários e Arquivos. 
- Escrituração Contábil e Fiscal da Empresa. 
- Fluxo de Caixa. 
- Teste de Verificação de Aprendizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 OTC 2 
 
Módulo I 
OTC 
FASE A 
 
CONCEITO, PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES FUNDAMENTAIS DE 
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESA NO RAMO IMOBILIÁRIO. 
CONTROLE DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS DAS EMPRESAS NO 
RAMO IMOBILIÁRIO, ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E FISCAL DA 
EMPRESA. 
 
A EMPRESA – CONCEITO 
 
 O termo empresa vem do latim “prehensa” que significa negócio, 
empreendimento, associação organizada. 
 São dois os fatores de produção: trabalho e capital. No conceito de capital 
incluímos a terra, o capital fixo e as mercadorias de consumo duráveis. 
 Assim, a produção só é possível com o recurso do trabalho e do capital, pois, 
sem o trabalho não se pode conseguir os bens econômicos, e sem o capital não se 
completa o processo produtivo. 
 Com o desenvolvimento da sociedade, surgiu novo fator de produção 
reconhecido e apontado por muitos autores. Trata-se da empresa. 
 A empresa representa à organização econômica com a finalidade de reunir ou 
combinar os fatores de produção (trabalho e capital), tendo em vista produzir 
mercadorias e serviços para a satisfação das necessidades humanas. 
 Na ordem socialista a empresa é a célula produtiva pertencente ao Estado, 
explorada e supervisionada pelo mesmo. Os lucros das empresas também são 
canalizados pelo Estado, revertendo em benefícios para a própria população. 
 O mesmo não acontece no regime denominado de livre empresa (liberal ou 
capitalista). 
 Desta forma, pode-se dizer que a empresa é um organismo econômico destinado 
à produção de mercadorias e serviços, com o objetivo de lucro para o Estado (povo) ou 
para o empresário. 
 Entidades são organismos sem fins lucrativos. Ex: clubes esportivos, associações 
religiosas, beneficentes, etc. 
 Os superávits, excessos de receita sobre as despesas, quando houver, são 
incorporados ao patrimônio da entidade. 
 Os déficits, excesso de despesa sobre as receitas, quando houver, permanece em 
suspenso, para ser amortizado com superávits futuros. 
 
CLASSIFICAÇÃO DA EMPRESA 
 
 Podemos classificar as empresas em quatro principais grupos: 
a. Quanto ao objetivo; 
b. Quanto à forma; 
c. Quanto à amplitude; 
d. Quanto ao trabalho interno. 
 
 OTC 3 
 
 Quanto ao objetivo – agrupam-se as empresas em: de produção, comercial, 
industrial, de serviço, intermediárias financeiras (bancos), pecuária e 
agrícola. 
 Quanto à forma – que se refere à maneira como os empresários 
apresentam-se para o desempenho de suas atividades econômicas: empresas 
privadas, empresas públicas, empresas de economia mista (isto é, com 
capitais particulares e do governo). 
 Quanto à amplitude – leva-se em conta a importância econômica (sua 
produção) das empresas: 
a) Pequenas empresas: em que o indivíduo é gerente, dono do capital; 
b) Empresas médias: em que o grupo de empresas, o/ou pessoas apresentam 
um bom movimento econômico; 
c) Grandes empresas: que são as sociedades que reúnem grandes capitais para 
uma produção em longa escala, atendendo às várias necessidades humanas. 
 Quanto ao trabalho interno das empresas: 
a) Empresas simples: poucas operações, um número reduzido de empregados; 
b) Empresas complexas: muitas operações, um grande número de funcionários. 
 
ABORDAGEM TRÍPLICE DA ORGANIZAÇÃO 
 
1- Abordagem clássica ou tradicional: 
 A empresa é uma unidade econômica de produção. A organização racional do 
trabalho tem em vista obter o maior rendimento da atividade individual. 
Principais autores: Frederick Winslow Taylor (preocupou-se com o trabalho do 
executor) e Henry Fayol (teve em vista o trabalho do administrador). 
2- Abordagem das relações humanas: 
 A empresa é um sistema social. A atividade interna é grupal, resultante do 
esforço cooperativo de todos os empregados. 
Principal autor: George Elton Mayo. 
3- Abordagem sistêmica: 
 A empresa é um sistema de partes em interação. O aspecto mais importante é a 
tomada de decisões baseada nas informações transmitidas pelos canais de comunicação. 
Principal precursor: Ludwig von Bertalanffy. 
 
CONSTITUIÇÃO DAS EMPRESAS 
 
SOCIEDADE COMERCIAL 
 
 É a pessoa jurídica resultante de um contrato, pelo qual duas ou mais pessoas, 
tendo por finalidade explorar o comércio, fazem certa contribuição em bens econômicos 
ou serviços, formando o patrimônio social. 
- Pessoa Física – é o indivíduo capaz de assumir direitos e obrigações. 
- Pessoa Jurídica – é a reunião de dois ou mais indivíduos, resultante de um 
contrato, formado para certo fim, com vida e patrimônios distintos dos 
indivíduos que a compõem. 
Portanto, pode-se afirmar que os sócios de uma sociedade comercial não são 
pessoas jurídicas, mas sim físicas, enquanto que as sociedades comerciais, quaisquer 
que lhes seja a espécie, são pessoas jurídicas. 
Firma comercial ou razão social ou razão comercial: é o nome que representa 
o estabelecimento comercial nos documentos assinados pelo empresário. 
 OTC 4 
 
TIPOS DE FIRMA 
 
A firma pode ser de duas espécies: individual ou social. 
a) Firma Individual - é aquela que se refere a estabelecimento de uma só 
pessoa. 
b) Firma Social – quando é propriedade de uma sociedade comercial. 
Apresentamos a seguir o estudo da constituição das principais formas de 
empresas ou sociedades comerciais. 
1 – Sociedade em nome coletivo ou com firma (arts. 315 e 316 do Código 
Comercial Brasileiro). 
 Dá-se esse nome à associação de duas ou mais pessoas que se unem para 
comerciar em comum, debaixo de uma firma social. A firma social assinada por 
qualquer dos sócios-gerentes, devidamente autorizada em contrato, obriga todos os 
sócios solidariamente para com terceiros e a estes para com a sociedade, salvo se 
empregada à firma social em transações estranhas aos negócios estipulados no contrato. 
Sendo o contrato omisso quanto aos sócios que façam uso da firma social, é de 
presunção estarem todos os sócios autorizados a fazê-lo. 
2 – Sociedade em Comandita (arts. 311 a 314 do Código Comercial Brasileiro). 
 Temos este tipo de sociedade toda vez que se associam duas ou mais pessoas, 
sendo pelo menos uma comerciante, obrigando-se umas como sócios solidariamente 
responsáveis e outras como meros prestadores de capitais, e cuja responsabilidade não 
vai além dos fundos declarados no contrato. Os sócios comanditários tornar-se-ão 
solidariamente responsáveis (como os outros sócios), sempre que aceitarem emprego na 
sociedade, praticarem ato de gestão ou receberem procuração da sociedade. 
3 – Sociedade de capital e indústria (arts. 317 a 324 do Código Comercial 
Brasileiro). 
 O nosso Código Comercial designa como sociedade de capital e indústria aquela 
que se contrai entre pessoas que entram por uma parte, com fundos necessários para 
uma organização comercial em geral ou para uma operação mercantil em particular, e 
por outra parte com a sua indústria somente. Portanto, nesse tipo de sociedade 
encontramos duas espécies de sócios: os que entram com o capital e os que contribuem 
apenas com o trabalho (ou conhecimentos técnicos). Os sócios capitalistassão sempre 
solidariamente responsáveis, ao passo que os sócios de indústria não o são, a menos que 
venham a contribuir com dinheiro e bens ou gerir os negócios sociais, tornando-se, por 
conseguinte, sócios solidariamente responsáveis. 
4 – Sociedade em conta de participação (arts. 325 a 328 do Código Comercial 
Brasileiro). 
 Esta sociedade surge quando duas ou mais pessoas, sendo ao menos uma 
comerciante, reúnem-se sem firma social, para lucro comum, em operações comerciais, 
trabalhando uma, algumas ou todas, em seu nome individual, para o fim social. Neste 
tipo de sociedade o sócio ostensivo (ou gerente) é o único que se obriga para com 
terceiros; os outros sócios, porém, ficam obrigados para com o sócio ostensivo por 
todos os resultados das transações e obrigações sociais. 
5 – Sociedade Anônima (Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976, e Decreto-
Lei nº 2.627, de 26 de setembro de 1940). 
 Sociedade anônima ou companhia (ou de forma abreviada: S.A. ou Cia) é aquela 
em que o capital social é dividido em ações, do mesmo valor nominal, e a 
responsabilidade dos sócios (ou acionistas) é limitada ao preço das ações subscritas ou 
adquiridas: 
 OTC 5 
 
 São os seguintes os requisitos preliminares exigidos pela Lei nº 6.404, para a 
constituição deste tipo de sociedade (art. 80): 
I) Subscrição pelo menos por duas pessoas, de todas as ações em que se divide 
o capital social fixado no estatuto; 
II) Realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de 
emissão das ações subscritas em dinheiro; 
III) Depósito, no Banco do Brasil S. A., ou em outro estabelecimento bancário 
autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, de parte do capital 
realizado em dinheiro. 
O disposto no número II não se aplica às companhias para as quais a lei exige 
realização inicial da parte maior do capital social. 
O depósito referido no número III deverá ser feito pelo fundador, no prazo de 5 
(cinco) dias contados do recebimento da quantia, em nome do subscrito e a favor da 
sociedade em organização, que só poderá levantá-lo após haver adquirido personalidade 
jurídica (a pessoa jurídica é considerada constituída na data do arquivamento e registro 
de seus atos constitutivos na Junta Comercial). Caso a companhia não se constitua 
dentro de 6 (seis) meses da data do depósito, o banco restituirá as quantias depositadas 
diretamente aos subscritores. 
A subscrição do capital das sociedades anônimas poderá ser pública ou 
particular. 
A constituição de companhia por subscrição pública depende do registro prévio 
da emissão na Comissão de Valores Mobiliários, e a subscrição somente poderá ser 
efetuada com a intermediação financeira (art. 82). 
A constituição da companhia por subscrição particular do capital pode fazer-se 
por deliberação dos subscritores em assembléia geral ou por escritura pública, 
considerando-se fundadores todos os subscritores (art. 88). 
O estatuto da companhia fixará o valor do capital social expresso em moeda 
nacional. Esse capital somente poderá ser modificado com observância dos preceitos 
legais da Lei nº 6.404 e do Estatuto Social. 
As formalidades complementares da constituição das sociedades anônimas estão 
dispostas nos artigos 94 a 99 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. 
Por último, convém esclarecer que se vem desenvolvendo entre nós a 
democratização do capital das empresas, ou seja, a distribuição do capital social entre 
muitos acionistas; daí a classificação de companhias abertas e fechadas. Para os efeitos 
da Lei nº 6.404, a companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de 
sua emissão (suas ações) estejam ou não admitidos à negociação em bolsa ou no 
mercado de balcão (art. 4º). O parágrafo único do artigo 4º da citada Lei dispõe que 
somente os valores mobiliários de companhia registrada na Comissão de Valores 
Mobiliários podem ser distribuídos no mercado e negociados em bolsas ou no mercado 
de balcão. 
Além de contar com suas ações admitidas à negociação em bolsa ou no mercado 
de balcão, as companhias abertas devem ser registradas no Banco Central. 
Para todos os efeitos legais e regulamentares, serão consideradas sociedades 
anônimas de capital aberto todas as companhias abertas. 
As sociedades anônimas também podem ser consideradas abertas do ponto de 
vista fiscal, gozando, assim, de algumas vantagens de caráter econômico-financeiro e de 
incentivos fiscais, como por exemplo, redução do imposto de renda sobre os dividendos 
de suas ações. Para tanto essas sociedades anônimas devem obedecer a determinadas 
condições fixadas pelo Conselho Monetário Nacional, principal órgão do Sistema 
Financeiro Nacional. 
 OTC 6 
 
6 – Sociedade por quotas de responsabilidade limitada (Lei nº 3708 de 10 de 
janeiro de 1919). 
 Este tipo de sociedade caracteriza-se pela palavra limitada, que vem em seguida 
à firma ou denominação social, justamente por ser limitada a responsabilidade dos 
sócios à importância total do capital social. 
 Devemos esclarecer que não basta constar à expressão limitada depois da 
denominação social. Deve sempre o contrato social estipular claramente que a 
responsabilidade dos sócios é limitada à importância total do capital social (art. 2º 
mencionado Decreto nº 3.708). 
 Se a palavra limitada for omitida, todos os gerentes serão considerados 
solidários e ilimitadamente responsáveis. 
 A sociedade por quotas de responsabilidade limitada pode adotar o nome ou 
firma de qualquer dos sócios, ou de todos eles. Pode, ainda, girar sob denominação 
social. Neste caso, se possível, deverá dar a conhecer o objetivo da sociedade. 
7 – Sociedade em comandita por ações (Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 
1976). 
 Neste tipo de sociedade figuram duas classes de sócios: os comanditários, cuja 
responsabilidade está restrita à quantidade representada pelas ações que possuírem, e os 
comanditados, com responsabilidade limitada e solidária pelas obrigações sociais. 
 Como evidenciamos na intitulação, este tipo de sociedade é regida pela mesma 
lei que regula as sociedades anônimas, com as seguintes diferenças: 
a) Gira sob firma ou razão social, figurando o nome dos sócios diretores ou 
gerentes. 
b) Somente o sócio ou acionista tem qualidade para gerir a sociedade (como 
diretor ou gerente). 
c) Os diretores ou gerentes devem ser nomeados nos estatutos, sem limitação 
de tempo, e só podem ser destituídos por acionistas que representem dois 
terços, no mínimo, do capital social. 
d) Os diretores ou gerentes respondem subsidiários, mas ilimitada e 
solidariamente pelas obrigações sociais; certas deliberações, como, por 
exemplo, mudança do objeto da sociedade, aumento ou diminuição do 
capital, dependem do consentimento dos gerentes ou diretores. 
e) A denominação ou a firma deve ser seguida das palavras “Comandita por 
Ações”, por extenso ou abreviadamente. 
Esta forma de sociedade não é comum em nosso meio, dando-se preferência à 
constituição de sociedades anônimas, quando se pretende reunir grandes capitais para 
empreendimentos de vulto. 
O projeto da Lei das Sociedades Anônimas (Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 
1976, que revogou o Decreto-Lei nº 2.627 de 26 de setembro de 1940) considerou a 
hipótese de eliminar esse tipo de sociedade, devido a sua pouca utilização. Prevaleceu, 
no entanto, a decisão de conservá-la, por ser mais um modelo de organização jurídica à 
disposição do empresário nacional. 
 
CONCENTRAÇÃO DE EMPRESAS 
 
 Sob o título de concentração de empresas os autores costumam focalizar a 
estruturação das empresas que tem por objetivo a monopolização de um mercado. 
 A livre concorrência é a liberdade econômica, onde impera a “lei da oferta e da 
procura”. 
 
 OTC 7 
 
FORMAS DE INFLUÊNCIA NO MERCADO 
 
 Há várias formas de influência no mercado, por parte dos vendedores e por força 
dos compradores, daí a existência de: 
a) Monopólios – um vendedor 
b) Duopólios –dois vendedores 
c) Oligopólios – pequeno grupo de vendedores 
d) Monopsônios – um comprador 
e) Duopsônios – dois compradores 
f) Oligopsônios – pequeno grupo de compradores. 
 
A vantagem da livre concorrência é limitar o lucro, protegendo o público 
consumidor. 
A desvantagem da livre concorrência é que com a guerra de preços, forçam-se 
os produtores à falsificação, ou a necessidade de piorar a qualidade dos produtos, além 
de outras desvantagens. 
Vantagem do Monopólio: pequeno número de produtores, daí produtos 
uniformes e certas igualdades nas condições de fabricação. 
Desvantagem do Monopólio: abuso dos preços, procurando os produtores o 
lucro máximo. 
 
FORMAS DE CONCENTRAÇÃO DE EMPRESAS 
 
As principais formas de concentração de empresas por acordo são: cartel e 
truste. 
O cartel – do alemão Kartell – é o tratado de aliança feito entre diversas 
empresas do mesmo ramo de produção, a fim de evitar a concorrência entre elas. 
É a mais simples forma de associação entre produtores. Apesar do acordo 
estabelecido, cada uma das empresas conserva a sua individualidade e parte de sua 
independência econômica, não surgindo daí uma nova empresa. 
O truste – derivado do “trust”, antiga palavra da língua inglesa com o 
significado de confiança. Neste tipo de concentração o acordo é mais profundo. 
Truste é o acordo financeiro que agrupa sob uma única direção, diversas 
empresas que perdem, assim, a sua independência. É uma fusão de empresas. 
 
OTC 
FASE B 
 
ADMINISTRAÇÃO – CONCEITO E APLICAÇÕES 
 
As expressões administração e organização estão intimamente ligadas, pois, a 
organização constitui um dos elementos da administração. 
Desta forma, analisa-se em primeiro lugar a administração, para que se possa 
entender o significado e a importância da organização. 
A palavra administração procede do latim “com”, “ao lado”. Da mesma forma, o 
termo cognato “administrare” expressa á idéia de “servir com” ou “servir junto”, fica 
implícita, portanto, a idéia de cooperação. Administração já foi definida, ou 
conceituada, através de muitas maneiras, e entre elas as seguintes: 
“Administrar é tomar decisões”. (Herbert Simon). 
 OTC 8 
 
“Administração é o processo pelo qual se assegura em uma empresa a previsão, 
a organização, o comando, a coordenação e o controle”. (Fayol) 
“Administração é uma ciência social composta de princípios, normas e técnicas 
aplicáveis a conjuntos humanos para permitir-lhes estabelecer sistemas racionais de 
esforço cooperativo, através dos quais se podem alcançar propósitos comuns”. (Jimenez 
Castro). 
“Administração é a capacidade de coordenar habilmente muitas energias sociais, 
freqüentemente conflitantes em um só organismo, para que possam operar como uma só 
unidade”. (Brook Adams) 
Não se pode imaginar a existência de uma empresa (que visa lucros) ou entidade 
(que não visa lucros) sem o concurso da administração, pois dificilmente alcança-se um 
fim sem usar os meios, e uma das vias que possibilita alcançar os objetivos das 
empresas ou entidades é a administração. 
Os administradores são homens encarregados de elaborar os planos, organizar, 
dirigir e controlar as operações, através de um esforço em conjunto. 
O administrador é aquele que atinge objetivos fixados “através de outros”. 
 
CARACTERÍSTICAS DA ADMINISTRAÇÃO 
 
Universidade 
 Significa quando o chefe de uma organização ou de um setor dessa organização 
desenvolve atividades administrativas típicas, ou seja, o presidente, o chefe 
departamental, o diretor, o general, estão, todos eles aprendendo tarefa da mesma 
natureza, qualquer que seja o propósito da entidade. 
 
Administração 
 Significa quando cada organização tem um fim próprio, que lhe confere uma 
fisionomia característica, e inclui os problemas da política da empresa e dos processos 
implícitos na realização de tais objetivos. 
 
Administração-Fim 
 Diz respeito à substância de organização, envolvendo problemas técnicos, 
imprescindíveis ao oferecimento do produto ou serviço. 
 Os fins se relacionam com o aspecto substantivo da empresa. 
 
Administração-Meio 
 Relaciona-se com o aspecto adjetivo ou comum (comum no sentido de estar 
presente em instituições de qualquer gênero). É a outra face da moeda. O planejamento 
se enquadra neste último aspecto e bem assim os objetivos formais e humanos da 
organização da empresa, os problemas de comunicação e informação, coordenação, 
controle e fiscalização do cumprimento das metas. 
 
Eficiência 
 É a capacidade de se obter o máximo rendimento com o mínimo de recursos 
materiais e humanos, inclusive de tempo. 
 
 
 
 
 
 OTC 9 
 
FUNDAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO 
 
 A administração pode ser apontada, pois, como instrumento de transformação e, 
portanto, de desenvolvimento integral da sociedade, sendo um dos fatores 
condicionantes do processo desenvolvimentista. 
 Para Peter Drucker, “a administração, sua competência, sua integridade e seu 
desempenho serão decisivos para o mundo livre, nas décadas que virão. E dela se 
exigirá cada vez mais, num crescendo firme e acentuado”. 
 A administração atua sobre o patrimônio das empresas que visam lucros – 
comercial, industrial, etc., - ou entidades que não visam lucros – clubes esportivos, 
instituições filantrópicas, etc. 
 A administração tem uma atuação ampla seja a empresa ou entidade, pequena ou 
grande, simples ou complexa. 
 Para Haroldo Koontz “administração é a arte de realizar coisas com e por meio 
de pessoas em grupos formalmente organizados”. 
 Não basta somente reunir um grupo de pessoas para se verificar a presença da 
ação administrativa. É necessário que esse grupo seja constituído de forma deliberada e 
legalmente organizado, como acontece numa empresa ou entidade. 
 
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
 
 Um administrador de empresa lida com pessoas que executam os trabalhos ou 
serviços para os quais foram contratados. Ao coordenar o trabalho dessas pessoas, o 
administrador desempenha suas funções através de quatro processos administrativos 
(princípios da Administração), a saber: 
 
a) Planejamento – determina o que o grupo de pessoas deve fazer e quais as 
metas a serem atingidas. Toda empresa, através do planejamento, visa, além 
do lucro, a boa imagem perante o público consumidor, solidez financeira e 
econômica, prosperidade nos negócios e papel social no meio onde 
desempenha suas atividades. Para que no Planejamento haja possibilidades 
de se avaliar as vantagens e desvantagens do empreendimento, existe um 
instrumento chamado projeto. 
b) Organização – é a ação de estruturar a empresa reunindo as pessoas e os 
equipamentos necessários ao trabalho. 
c) Direção ou Comando – conduz e coordena o trabalho do pessoal. Dá as 
ordens e faz funcionar a organização. É impossível existir administração 
sem comando ou direção. 
d) Controle – verifica se tudo está sendo feito de acordo com o que foi 
planejado e as ordens dadas. Só há administração quando existe controle. 
 
Uma das causas mais comuns de administração deficiente está na falta de 
atenção dada à própria estrutura da organização. A estrutura da organização, como o 
nome indica, é o próprio arcabouço dentro do qual age a administração. 
Os conceitos sobre empresa, administração, organização e racionalização da 
mesma, aplica-se totalmente às empresas do ramo imobiliário. 
Os princípios fundamentais são os mesmos, desde a pequena empresa, onde o 
proprietário, assessorado tão somente por uma secretária, é o próprio corretor que 
angaria, vende e aluga, até aquelas organizações imobiliárias mais sofisticadas, onde é 
necessários uma conveniente departamentalização, e onde somente o controle e o 
 OTC 10 
 
fechamento dos grandes negócios fica por conta dos diretores, sendo as demais funções 
delegadas. 
 
OTC 
FASE C 
 
CONCEITO, PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES FUNDAMENTAIS DE 
ORGANIZAÇÃO E FLUXOS DE INFORMAÇÕES 
 
ORGANIZAÇÃO – CONCEITO EAPLICAÇÃO 
 
 Como já foi visto anteriormente, a organização constitui uma sub-função da 
Administração. 
 Organização é o ato de organizar um determinado sistema, associação ou 
instituição, com objetivos definidos. 
 “Organizar é constituir o duplo organismo, material e social de uma empresa”, 
segundo Fayol. 
 Podemos dizer que organização significa o ato ou efeito de organizar, de criar 
organismos (deriva do grego ”organismos”) que quer dizer o conjunto de órgãos que 
constituem uma empresa. Assim, as empresas (comerciais, industriais, bancárias, etc.) 
são consideradas como organismos econômicos, tendo como seus órgãos, por exemplo, 
gerência, caixa, contadoria, etc. 
 A organização vem a ser a ação de estruturar a empresa, reunindo pessoas e 
equipamentos necessários ao trabalho, de acordo com o planejamento efetuado. 
 Organismo econômico é um conjunto de órgãos (departamentos, divisões, 
seções, setores, serviços, etc.). 
 Órgãos vêm da palavra latina “Organum”, é um conjunto de meios materiais e 
pessoais formando uma unidade menor, executando sempre as mesmas funções ou os 
mesmos serviços. 
 Considera-se órgão a unidade funcional de uma empresa, reunindo sob uma 
autoridade um número de pessoas que executam determinadas funções (ou serviços) 
com os recursos materiais disponíveis. 
 Funções vêm do latim “functio” e significa a ação peculiar de cada órgão, como 
acontece no organismo humano em que a digestão é a função dos órgãos digestivos, 
respiração dos órgãos respiratórios, etc. 
 A função do órgão significa, pois, os serviços prestados pelas diversas unidades 
funcionais das empresas, como nos seguintes exemplos: 
 
 
 
 
 
 
 
 OTC 11 
 
 
 
Órgão - CAIXA 
 
Funções 
(ou serviços) 
Recebimento 
Retiradas 
Pagamentos 
Depósitos 
Guarda de títulos ou valores 
 
 
 
 
Órgão - PESSOAL 
 
 
 
 
Funções 
(ou serviços) 
Registro de empregados 
FGTS – Fundo de Garantia do 
Tempo de Serviço 
PIS – Programa de Integração Social 
Controle de férias 
Aviso e recibo de férias 
Licenças e demissões 
Acidentes 
Folha de pagamento, etc. 
 
A organização possui duas teorias: a Organicista e a Comportamentista. 
A Organicista, que considera a empresa como sendo um organismo, significa o 
processo administrativo de criar organismos econômicos, comumente chamados de 
empresas. Ex.: empresas comerciais, industriais, bancárias, etc. São considerados 
organismos econômicos, com seus órgãos (departamentos, seções, diretorias, divisões, 
etc.). 
A Comportamentista, onde as empresas constituem uma reunião de pessoas 
que trabalham para a produção de mercadorias e/ou serviços. 
As relações que se estabelecem entre as pessoas que trabalham numa empresa 
constituem o que se chama de estrutura organizacional. 
A estrutura organizacional determina quais os cargos ou partes que devem ser 
ocupados pelas pessoas e, igualmente, as funções que serão desempenhadas. 
 No mesmo tempo em que a estrutura organizacional definir quem deve ocupar 
os cargos, postos ou funções, estará estabelecendo a lista de autoridade e de 
responsabilidade dentro da empresa. 
 As empresas podem se organizar de duas formas: através da estrutura de 
Organização Formal e Informal. 
 A estrutura de Organização Formal é deliberada pelos administradores, 
segundo o planejamento efetuado e significa o estabelecimento da linha de autoridade 
(subordinação hierárquica) e da linha de responsabilidade (obediência hierárquica). 
 A estrutura de organização formal das empresas pode ser feita de várias 
maneiras, porém quase sempre, obedece aos seguintes tipos tradicionais de organização: 
a) Organização linear 
b) Organização funcional 
c) Organização de linha e assessoria 
 
 OTC 12 
 
- Na Organização Línea, a disciplina está em primeiro lugar, indo 
hierarquicamente do superior até o inferior, incluindo todas as pessoas 
lotadas nos diversos órgãos. Neste tipo de organização há duas vantagens: a 
unidade de comando – o executor recebe ordens de um único chefe, e a 
simplicidade de estruturação – é fácil fazer o esquema pelo qual a empresa 
está organizada. É adotado em pequenas e médias empresas, pois em 
grandes empresas, este tipo não alcança seus fins. 
- Na Organização Funcional, um diretor, chefe ou gerente precisa ter muitas 
aptidões e a soma de deveres é muita elevada, o que torna difícil a um 
homem comum, desempenhar as funções satisfatoriamente. Assim, como 
forma de descentralização, este tipo de organização idealizou a estrutura 
pela qual em cada função tenha um chefe especial. Para concluir, cada setor 
de atividade terá um administrador que responderá pelos problemas que lhe 
são afetos. 
- Na organização de linha e assessoria, acrescentam-se órgãos assessores 
(consultor, técnicos, orientadores). Ele se presta para empresas cujos 
diretores, gerentes, supervisores ou chefes, tenham tempo limitado e não 
tenham conhecimentos especializados. Em resumo, permite aos especialistas 
intervirem, como assessores. 
A estrutura de Organização Informal, iniciativa das pessoas, de acordo com seus 
interesses ou conveniências, não é visível nas empresas, mas ninguém pode negar sua 
existência. A forma pela qual a empresa está estruturada costuma ser modificada ou 
alterada, não sendo respeitados os cargos, o grau de autoridade, bem como as rotinas de 
trabalho. 
A organização ou estruturação da empresa deve levar em conta os seguintes 
pontos: 
a) Autoridade e, 
b) Responsabilidade 
 
Autoridade é o direito de mandar, e o poder de se fazer obedecer. É delegada de 
cima para baixo, na linha hierárquica da empresa. 
Responsabilidade é a obrigação de fazer e prestar contas do que foi feito, numa 
empresa todo o funcionário têm suas obrigações e devem prestar contas a alguém. 
Obedece a uma escala hierárquica de baixo para cima. 
 
PRINCÍPIOS DE ORGANIZAÇÃO 
 
Podemos dividir os princípios fundamentais da organização em quatro: Divisão 
do Trabalho, Cooperação, Imitação e Coordenação. 
A Divisão do trabalho é considerada como sendo o princípio fundamental da 
organização. Isto é, a organização existe porque o trabalho do homem é dividido, uma 
vez que ele não pode fazer tudo. A divisão do trabalho significa tanto a distribuição ou a 
especialização das tarefas entre várias pessoas, como também a decomposição de um 
serviço em diversas fases. Em qualquer desses aspectos o resultado será uma maior e 
melhor qualidade de produção. 
 
 
A divisão do trabalho não visa somente alcançar um maior rendimento, mas 
deve se dá fundamentalmente porque: 
 OTC 13 
 
a) Nenhum homem é igual em natureza e todo homem pode produzir mais com 
a especialização; 
b) Ninguém pode fazer duas coisas ao mesmo tempo; 
c) Ninguém pode estar em dois lugares ao mesmo tempo. 
A divisão do trabalho ocorre na distribuição da autoridade e da responsabilidade 
nas empresas; fazendo isto, estarão “departamentalizando” (criando departamentos ou 
seções que executam as funções específicas). 
 Departamento significa cada setor ou unidade da empresa sobre a qual um 
administrador tem autoridade para execução de funções determinadas. Pode 
ser desdobrado em duas fases: a análise e síntese. 
a) Análise é um trabalho de decompor um todo, com a finalidade de conhecer 
suas partes, conhecer cada uma das funções de acordo com sua natureza. 
b) Síntese é um trabalho de compor o todo, reunindo todas as partes 
conhecidas, agrupando as funções em departamentos específicos. 
 
 A cooperação é um princípio também muito importante para levar adiante 
os empreendimentos, pois uma coisa é certa, a união faz a força. Este 
princípio está em estreita ligação com a coordenação (ver-se-á adiante). 
 Pela imitação o homem repete o que foi feito pelos seus semelhantes. É 
uma tendência natural do ser humano. Os encarregados de serviços 
demonstram aos seus subordinados como devem ser imitados na execução 
de determinadas tarefas.Outras vezes, os aprendizes imitam os profissionais 
mais experientes. 
 A coordenação tem por fim harmonizar todos os atos e esforços da 
empresa. Diferencia-se da cooperação pelo fato desta resultar do esforço de 
todos, tendo em vista um objetivo, enquanto que a coordenação faz com que 
o esforço seja disperso, o que impediria um maior rendimento de trabalho. 
Desta forma podemos dizer que constitui condição essencial a adoção dos 
princípios e normas da administração e organização para a sobrevivência das empresas. 
Assim, a organização possui, em resumo, dois principais fins: um em sentido 
amplo e outro em sentido restrito. 
Do ponto de vista amplo, a organização visa obter o máximo rendimento de toda 
e qualquer atividade humana, ou seja, onde o homem estiver presente: no lar, na escola, 
no clube, nas entidades, etc. 
No sentido restrito, a organização objetiva, tanto a constituição dos organismos 
econômicos (empresas), como também objetivas, indicam os melhores métodos para a 
realização dos serviços restritos. 
A organização apareceu com o desenvolvimento das grandes empresas, depois 
da Revolução industrial – passagem da produção manual para a produção mecânica – 
iniciada na Inglaterra no século XVIII e desenvolvida a partir do século XIX. 
 
GRÁFICOS DE ORGANIZAÇÃO 
 
Os gráficos de organização apresentam a estrutura organizacional da empresa 
com todos os órgãos, indicando a hierarquia, ou ainda o movimento ou de operações de 
um serviço; daí sua classificação em dois principais tipos: o organograma e o 
fluxograma. 
 Organograma é o gráfico que representa os órgãos da empresa e as 
relações de autoridade e de responsabilidade existentes entre si. 
 OTC 14 
 
 Portanto, organograma é uma figura geométrica composta, basicamente, de duas 
partes interligadas: linhas e retângulos. 
 As linhas representam o fluxo da autoridade ou a ligação de uma unidade e suas 
subunidades na empresa; os retângulos representam os cargos administrativos entre os 
quais flui a autoridade ou a subordinação entre as unidades da estrutura organizacional. 
 O organograma deve ter clareza, simplicidade e exatidão. 
 Fluxograma é o gráfico que representa o movimento ou rotina de um 
serviço, mostrando todas as suas fazes ou etapas. Procura mostrar a 
atividade de um órgão, em relação às suas funções, realiza-se através dos 
serviços de rotinas de trabalho e essas rotinas são indicadas no fluxograma. 
Por isso, o fluxograma é conhecido como gráfico de rotina. 
 O fluxograma deve representar claramente os setores ou unidades de trabalho, as 
ligações entre os setores de trabalho, as tarefas de cada unidade, bem como as 
seqüências das operações. 
 “Tirem-nos as fábricas, os negócios, as vias de transporte e o dinheiro, deixem-
nos apenas a Organização e eu, dentro em pouco refarei tudo”. 
 
OTC 
FASE D 
 
A REORGANIZAÇÃO 
 
 A organização visa constituir o organismo econômico. A reorganização tem por 
finalidade reconstituí-lo quando esse apresenta falhas. 
 Os trabalhos de reorganização devem obedecer às seguintes fases: 
1. Levantamento 
2. Planejamento 
3. Implantação 
 
Levantamento é um trabalho de análise, por meio do qual se verifica o estado 
atual da estrutura da empresa e dos serviços em execução. O levantamento pode ser 
feito: 
a) Diretamente (no próprio local, por meio de entrevista); 
b) Indiretamente (por meio de questionários). 
Por outro lado, planejamento é um trabalho de síntese e por seu intermédio se 
elaboram as melhores normas ou rotinas para a realização das tarefas ou serviços, em 
obediência à nova estruturação idealizada. 
Algumas normas para levar a efeito a reorganização: 
1. Planejamento preliminar e formação de conhecimentos; 
2. Coleta de dados e informações concretas; 
3. Análise e interpretação dos dados; 
4. Criação de soluções e recomendações; 
5. Preparo do relatório final e exposição das recomendações à gerência e ao 
pessoal de operação; 
6. Implantação e acompanhamento das recomendações. 
 
O trabalho de levantamento consiste em obter respostas às seguintes perguntas: 
1. Por que se faz o trabalho? 
2. Que é feito? 
 OTC 15 
 
3. Quem faz o trabalho? 
4. Como ele é feito? 
5. Onde é feito? 
6. Quando ele é feito? 
 
No tocante ao planejamento procura-se obter respostas às perguntas: 
1. Por que esse trabalho deve ser feito? 
2. Que deve ser feito? 
3. Quem deve fazer o trabalho? 
4. Como ele deve ser feito? 
5. Onde se deve fazê-lo? 
6. Quando o trabalho deve ser feito? 
 
Por meio do levantamento ficamos conhecendo toda a estrutura da empresa (ou 
seus órgãos e as respectivas funções), o que equivale a dizer, fica-se a par do que existe 
e como existe. 
Pelo planejamento procura-se obter o maior rendimento dos elementos 
disponíveis (recursos humanos e materiais), determinando, por conseguinte o que deve 
existir. Na prática, o planejamento administrativo toma várias formas, a saber: 
 
1. ORGANOGRAMAS 
Organograma é o gráfico que representa os órgãos da empresa e as relações de 
autoridade e de responsabilidade entre si. 
 
2. FLUXOGRAMAS 
Fluxograma é o gráfico que representa o fluxo ou rotina de um serviço 
mostrando todas as suas fases. 
 
3. RELATÓRIOS 
Relatório de organização é uma exposição escrita sobre a estrutura da empresa 
ou das rotinas de trabalho, às vezes acompanhado de anexos ilustrativos (organogramas, 
fluxogramas, formulários, modelos de documentos, etc.). 
 
4. ORDENS DE SERVIÇO 
Ordem de Serviço (ou simplesmente O. S.) é um ato administrativo 
discriminando um expediente a ser cumprido para determinado fim. 
 
5. INSTRUÇÕES 
Instrução é um ato administrativo que visa a dar conhecimento das normas para 
execução de rotinas de trabalho. 
 
6. PLANTAS (ou, em inglês, layout) 
Planta de organização ou administração é o desenho que representa a projeção 
horizontal do arranjo interior de fábricas ou escritórios. 
 
A seguir, apresentamos algumas normas gerais a respeito da implantação. 
a) FASES DA IMPLANTAÇÃO 
1. Selecionar e treinar encarregados da implantação; 
2. Preparar e mandar imprimir os novos formulários; 
3. Vencer as resistências às novas modificações; 
 OTC 16 
 
4. Estabelecer controles que acusem irregularidades; 
5. Revisar as recomendações originais. 
 
b) ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO 
1. Acompanhar constantemente o programa iniciado; 
2. Os planos devem estar de acordo com a organização para não haver 
surpresas; 
3. Verificar obediência aos planos recomendados; 
4. Os resultados através de observações e entrevistas; 
5. Acompanhar a execução de maneira não superficial. 
 
OTC 
FASE E 
 
CONCEITO, PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES FUNDAMENTAIS DE 
RACIONALIZAÇÃO. 
 
 O termo racionalização é comumente empregado como sinônimo de 
organização. Do ponto de vista restrito, a organização pode ser denominada de 
racionalização. 
 A expressão racionalização apareceu por volta de 1919, 1920 após a Primeira 
Guerra Mundial (1914 – 1918) usada por Walter Tathenau (1867 – 1922), engenheiro, 
industrial e ministro de Estado na Alemanha, para denominar a campanha de 
recuperação econômica daquele país, seguindo as normas de organização que tanto 
sucesso obteve nos Estados Unidos. 
 Essa palavra veio para a nossa terminologia através da expressão francesa 
“rationalisation”, enquanto que esta teve origem no vocabulário alemão 
“rationalisierung”, cujo prefixo vem do latim “ratio” que significa razão, ou seja, a 
maravilhosa faculdade humana, através da qual chegamos à concepção das idéias 
universais. 
 Racionalização, como a própria origem indica a ação de tornar racional alguma 
coisa. Dizemos que uma coisa é racional quando está de acordo com a razão, ou então, 
de conformidade com a razão, significa de acordo com o bom senso, com a justiça, com 
o direito, com a moral, etc. 
 Racionalização é toda ação reformada que visa substituir processos rotineiros e 
arcaicos por medidas e métodosbaseados em raciocínio sistemático. 
 Cabe salientar, que a partir da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), surgiu 
nova tendência visando substituir a palavra racionalização como outros títulos deste 
estudo, pela denominação “Organização e Métodos”, cujo conteúdo, compreende um 
conjunto de idéias, princípios e práticas resultantes da intelectualização dos esforços. 
 
 
PRINCÍPIOS DA RACIONALIZAÇÃO 
 
 A racionalização deve seguir, pelo menos: 
a) Produzir mais com a mesma, ou melhor, qualidade e com o mesmo ou 
menor dispêndio unitário; 
b) Remunerar melhor os trabalhadores, os diretores e os sócios ou acionistas 
como o mesmo ou menor custo unitário de produção; 
 OTC 17 
 
c) Manter o ambiente de trabalho agradável e higiênico e diminuir o número e 
a gravidade dos acidentes de trabalho, com igual ou menor custo unitário de 
produção; 
d) Desenvolver ao máximo a harmonia entre as chefias e os subordinados; 
e) Ter em mente que o verdadeiro êxito, hoje em dia, consiste na conciliação 
dos interesses em jogo, representado pelos empregados, dos empregadores, 
dos diretores, dos consumidores e do governo. 
 
Do ponto de vista econômico, a palavra racionalização designa o conjunto de 
processos racionais que possibilitam combinar, da maneira mais econômica, os meios 
disponíveis, a fim de obter, dos mesmos, a maior soma de benefícios para a sociedade. 
Assim definida, a racionalização é, por excelência, a técnica da produtividade. 
 
VANTAGENS DA RACIONALIZAÇÃO 
 
QUANTO À EMPRESA 
 
 Para a empresa, eleva a produtividade, provocando como conseqüência, a 
necessidade de menor massa de capital para atingir o fim desejado. 
 A redução do preço de custo, permitindo um aumento de lucros. 
 A regularização da mancha nos negócios da empresa, ficando em condições 
de melhor se defender em períodos de crise. 
 
QUANTO AO PESSOAL 
 
 Salários mais elevados. 
 Melhor emprego de tempo, reduzindo a duração do trabalho. 
 Melhor aproveitamento de suas aptidões. 
 
 
OTC 
FASE F 
 
EVOLUÇÃO DO ESTUDO DA ADMINISTRAÇÃO 
 
1. PRINCIPAIS ESCOLAS 
 
Apesar de desde os primórdios da sociedade humana sempre ter havido práticas 
de administração e idéias de administração – v.g. os imperadores chineses e os faraós do 
Egito, entre outros – foi somente após as grandes transformações sociais dos séculos 
XV e XVI, e o advento da Reforma, ensejando o nascimento do capitalismo, que se 
firmou o conceito de eficiências como o entendemos na época contemporânea. 
 
Assim, e para fins didáticos, costumamos dividir o estudo da administração em 
duas grandes correntes, com características bem definidas – o Movimento Mecanicista 
ou Tradicionalista e o Movimento Behaviorista ou das Relações Humanas – 
apresentando, finalmente, um terceiro movimento, bastante atual, de integração, 
denominado Movimento Estruturalista. O quadro a seguir dá uma boa visão desta 
divisão do estudo da administração. 
 OTC 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. ESCOLA TRADICIONALISTA 
 
Também denominado de Clássica ou Normativista. Esta escola baseava seu 
enfoque na análise das atividades das empresas. Considerava mais importante o cargo 
que o indivíduo, cabendo a este se adaptar àquele. Como tônica da época, décadas 
iniciais do século XX, enfatizava a produtividade, a máquina, daí os nomes pelos quais 
ela é conhecida. 
 
2.1. – Doutrinas Centrais dos Tradicionalistas 
 
1º) Separação rígida entre política e administração; 
2º) A administração era uma ciência; 
3º) O estudo científico da administração levava à descoberta de princípios; 
4º) A economia e a eficiência eram os objetivos básicos da administração. 
 
Os autores mais importantes desta Escola foram, dentre outros: Henry Fayol, 
Frederick Taylor, Luther Gullick, Lindal Urwick, James Mooney, Donal Stone. 
 
 
3. ESCOLA COMPORTAMENTALISTA 
 
Também conhecida como Behaviorista ou do Comportamento Humano ou das 
Relações Humanas. Influenciados pelos aspectos retratados na Revolução Ideológica, os 
integrantes desta Escola, de uma certa forma, iniciaram um movimento de rebelião 
contra as idéias dos tradicionalistas, que vinham imperando no meio dos estudiosos de 
administração. Todos os que se voltaram contra as concepções então dominantes eram 
 
Análise Atividade das Empresas 
ORGANIZAÇÃO FORMAL 
Análise Estrutural – Funcional 
Conceito cultura 
ORGANIZAÇÃO INFORMAL 
Integração Organização 
FORMAL – INFORMAL 
HOMEM PRODUÇÃO 
ESCOLAS 
QUADRO SINÓTICO 
TRADICIONALISTAS ESTRUTURALISTAS BEHAVIORISTAS 
Europeu
s 
Americanos 
Francê
s 
Inglês 
- Fayol - sheldon 
- Urwick 
- Gullick 
- Taylor e 
associados 
- Ford 
- Moorey 
- barnard 
- Simon 
- waldo 
- Mayo 
- etzione 
- argyres 
- likert 
 OTC 19 
 
acordes, pelo menos em certos pontos, como, por exemplo, de que os conceitos 
tradicionais eram demasiadamente limitados; também se combatia a idéia de que o 
cargo era separável do indivíduo e era mais importante do que ele. Outra idéia discutida 
e não aceita era a de que no comportamento administrativo havia certas formas 
universais que constituíam princípios. A Escola Comportamentalista enfatizava os 
aspectos de comportamento humano nas organizações, procurando identificar as 
variáveis deste comportamento, a fim de melhor ajustar o homem ao trabalho. 
Evidentemente, não pode ser esquecida que esta perspectiva muito se beneficiou do 
desenvolvimento das pesquisas no campo das Ciências Sociais, notadamente no da 
Psicologia e Antropologia. Muitas das novas tendências estão permeadas de 
contribuições das Ciências Sociais. 
 
3.1. Doutrinas Centrais dos Comportamentalistas 
 
1º) Política e Administração constituem um contínuo, não tendo nenhum 
sentido a separação existente anteriormente, que colocava a política (= 
decisão) como uma função do legislativo e a administração (= execução 
como uma tarefa do executivo); 
 
2º) A administração é, ao mesmo tempo, ciência e arte; é ciência, como um 
conjunto de conhecimentos sistematizados e é arte, tratando da aplicação 
desses conhecimentos; 
 
3º) O estudo atual da administração não permite a formulação de princípios de 
administração com as mesmas características de rigidez e universalidade 
com que eles são formulados nas ciências exatas; admitindo-se princípios 
em administração (ou nas Ciências Sociais) eles seriam muito mais 
tendências do que exatos; 
 
4º) A eficácia (= eficiência humanizada) passa a ser o objetivo do 
administrador; 
5º) Novo conceito de liderança e de autoridade, como decorrência das 
influências do movimento de dinâmica de grupo; 
6º) O processo decisório passa a ser a pedra angular da Administração; 
7º) Advento do planejamento institucionalizado. 
 
4. COMPARAÇÃO DO ESTUDO DA ADMINISTRAÇÃO 
 
A fim de facilitar um confronto entre os conceitos das Escolas Tradicionalistas e 
do Comportamento Humano, dando a seguir um quadro comparando as principais 
perspectivas de cada uma, no que concerne a alguns tópicos de interesse para o estudo 
da administração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Tradicionalistas 1940 Behavioristas 
1-AUTORIDADE: de cima para baixo 
2- LIDERANÇA: exercida através de autoridade 
3- EFICIÊNCIA: ponto de vista mecânico: produção 
maior 
4- INCENTIVOS: sociais ou financeiros 
5- TRABALHO: meio de subsistência 
6- CONTROLE: através do comando: vertical e sobre 
pessoas 
7- PLANEJAMENTO: esporádico; usado em situações de 
crise. 
8- ORGANIZAÇÃO: como estrutura burocrática 
9- MEIO-AMBIENTE TRABALHO: autocrático 
10- DECISÃO: como ato individual, profundamente 
centralizado. 
11- MUDANÇA TECNOLÓGICA: por ordem 
12- LUCRO: de qualquer maneira 
13- INFORMAÇÕES: incompletas e imprecisas 
1-AUTORIDADE: aceita e não imposta 
2- LIDERANÇA: influência do grupo e do meio-ambiente, 
intimamente relacionados. 
3- EFICIÊNCIA: eficácia= eficiência humanizada, ligada 
aos objetivos. 
4- INCENTIVOS: sociais e financeiros, simultaneamente. 
5- TRABALHO: não só satisfação das necessidades, mas 
também afirmação social. 
6- CONTROLE: com base na comunicação: atividade de 
caráter permanente; circular; controle de fatos e não de 
pessoas. 
7- PLANEJAMENTO: mutável em função do controle de 
caráter permanente. O planejamento é institucionalizado 
8- ORGANIZAÇÃO: como instituição social 
9- MEIO-AMBIENTE TRABALHO: democrático 
10- DECISÃO: como ato coletivo, com base na situação. 
11- MUDANÇA TECNOLÓGICA: por consulta 
12- LUCRO: como responsabilidade social 
13- INFORMAÇÕES: completas e precisas 
 
Módulo II 
OTC 
FASE A 
 
HIERARQUIA 
 
 A hierarquia, segundo Fayol, é a série de chefes que vai da autoridade superior 
aos agentes inferiores. Para Destarte, a hierarquia correspondente a uma forma de 
organização social que tem como característica: 
1. Graduação rígida da autoridade; 
2. Definição exata das atribuições de cada extrato. 
Por conseguinte, a linha hierárquica é o caminho que, por intermédio dos 
diferentes níveis hierárquicos, faz chegar às informações oriundas da autoridade 
superior às pessoas às quais são destinadas e, ao mesmo tempo, faz chegar à autoridade 
superior as mensagens que lhe são destinadas. 
A via hierárquica e, assim, o caminho que seguem, passando por todos os graus 
da hierarquia, as comunicações que partem da autoridade superior ou que lhe são 
dirigidas. Este caminho é condicionado pela: 
1. Necessidade de transmissão segura; 
2. Unidade de comando. 
Todavia, é importante acrescentar que existem alguns tipos característicos de 
hierarquia baseada: 
1. Nas tarefas, no cargo, nas funções; 
2. Na categoria que o indivíduo tem, no status e não no cargo; 
3. Na habilidade da pessoa ou na soma de conhecimentos; 
4. No salário que recebem, na importância que lhe é concedida. 
 
A hierarquia baseada no trabalho a ser realizado apresenta como problemas 
básicos: 
1. Discriminação, especificação ou descrição das tarefas; 
 OTC 21 
 
2. Centralização da autoridade para criação de novos cargos ou funções; 
3. Sistema de classificação de cargos; 
4. Análise do trabalho, permitindo igual salário para igual trabalho; 
5. Descentralização; 
6. Organization planning. 
 
Já a hierarquia baseada na categoria (rank) é função da pessoa que realiza o 
trabalho. O status não está relacionado ao cargo diretamente, mas sim às prerrogativas 
sociais e no pagamento. É o caso do pessoal das relações exteriores, das Forças 
Armadas, etc. 
Interessa-nos sobremaneira a hierarquia calçada nas habilitações, competências 
ou conhecimentos dos indivíduos. Problemas que suscita: 
1º. Do ponto de vista do processo decisório: 
a) Cúpula: administrador, aquele que coordena, escolhe a estratégia, planeja e 
exerce a função de relações públicas; 
b) Nível intermediário: dirigentes (executivos), superintendentes, diretores, 
aqueles que coordenam e supervisionam; 
c) Supervisores de linha: chefes de seção. 
 
2º. Do ponto de vista dos requisitos profissionais: 
a) Instrução superior; 
b) Instrução técnica ou média; 
c) Instrução primária. 
Finalmente, a hierarquia baseada no salário ou vencimento deve ser analisada, 
não sendo demais lembrar que difere na indústria ou no setor privado, onde há mais 
flexibilidade que no serviço público. Os fatores mais importantes são: 
1. Natureza do trabalho; 
2. Tipo de remuneração (tempos e movimentos, peça, mensalistas, etc.); 
3. Exame quantitativo (sistema de avaliações). 
Pelo exposto, podemos acrescentar que, em qualquer instituição complexa o 
esforço organizado é administrado por um grupo de pessoas estratificadas numa 
hierarquia, quer isso ocorra através de um planejamento formal que se concretize por 
processos informais. 
 
Uma hierarquia favorece uma descentralização da tomada de decisões: 
 
1. Distinguindo as responsabilidades dessa tomada de decisões entre 
administradores que ocupem posições de vários níveis; 
2. Fazendo com que todos os administradores da empresa situados abaixo do 
administrador chefe sejam sujeitos às decisões de planejamento e controle 
que partem dos níveis superiores. 
 
Assim, quando a situação exige, os administradores de empresas nos níveis mais 
elevados podem delegar parte da sua carga de trabalho aos administradores nos níveis 
inferiores. A delegação geralmente resulta numa redução da carga de trabalho de um 
trabalhador, mas é seguida de um aumento nas atividades supervisora deste. 
 
 
 
 
 OTC 22 
 
DEPARTAMENTALIZAÇÃO 
 
A estrutura é a forma mediante a qual estão integrados e se apresentam os 
elementos constitutivos de uma organização. E dentro de uma empresa, um dos fatores 
estruturais mais críticos é a natureza da divisão em departamentos na organização, ou 
seja, a forma como o trabalho da organização é dividido em unidades ou departamentos 
semiautônomos, em determinados níveis da hierarquia. Todos os níveis situados abaixo 
do ápice são divididos em departamentos, com cada um dos níveis inferiores 
subseqüentes implicando em maior diferenciação departamental. A conseqüência dessa 
divisão em departamentos é uma delineação da responsabilidade executiva e um 
agrupamento de atividade de operação. 
A base para a divisão em departamento, bem como a cota ou quantidade de 
divisão em departamentos variará de uma instituição para outra. É sempre oportuno 
recordar a assertiva de Thompson: “O tipo de departamentalização existente em uma 
organização resulta ou do processo de especialização ou de atos do poder”. 
Com esses esclarecimentos, podemos dizer que a departamentalização é o 
processo de reunir as atividades em grupos homogêneos, para fins administrativos, 
constituindo unidades organizacionais. Em outras palavras, departamentalização é a 
reunião de unidades de trabalho para formar certos grupos. Evidentemente, a palavra 
departamentalização não se refere apenas à constituição de unidades organizacionais 
denominadas departamento, mas à constituição de quaisquer unidades complexas de 
trabalho, que podem ser denominadas de divisões, distritos, filiais, setores, serviços, 
turmas, etc. 
É plausível, também, construir grandes departamentos sem utilizar o processo 
habitual de agrupar unidades elementares, mas, ao contrário, dividindo o trabalho total 
da empresa em unidades gerais e amplas e, nesse caso, se estará igualmente 
departamentalizando. Para Destarte, o sentido de departamentalização nem sempre 
corresponde ao de agrupamento, pois, em certos casos, é paralelo ao de divisão do 
trabalho. 
O processo de departamentalização ocorre em todos os níveis da empresa, sendo 
o problema comum a desafiar o administrador, desde o nível mais alto ao mais baixo da 
organização, o de “como agrupar as tarefas em funções, de modo a obter os melhores 
resultados?”. 
 
Fatores a considerar na Departamentalização 
 
Os fatores-chaves de departamentalização são os seguintes: 
 
1. Tirar proveito da especialização: 
Como cada indivíduo possui características próprias, distribuindo-se as 
atividades segundo a habilitação de cada um, assegura-se maior grau de eficiência. 
Além disso, ao concentrar sua atenção em um tipo específico de trabalho a pessoa 
desenvolve uma habilidade que lhe permite aumentar ainda mais sua produção. 
De acordo com tal norma, na departamentalização, as atividades devem ser 
agrupadas de modo que os funcionários tenham preferencialmente funções 
especializadas. É oportuno ressaltar que a especialização apresenta diversidade de 
formas, podendo ser propósito, processo, produto, função, etc. 
 
 
 
 OTC 23 
 
2. Facilitar o controle: 
A departamentalização tanto pode simplificar como complicar o controle que, 
como vimos. É uma das cinco funções básicas de administração, segundo a análise 
funcional de Fayol. 
Entre as medidas que devem ser adotadas para a departamentalizaçãoe que 
facilitam o controle, podemos citar: 
a) Delimitação completa das responsabilidades dos diversos departamentos, de 
modo que se possa verificar com facilidade qual chefe é responsável por 
este ou aquele resultado; 
b) Posicionamento do supervisor fisicamente próximo da atividade a controlar; 
c) Se dois ou mais departamentos são semelhantes, posicioná-los, de 
preferência, de modo paralelo na estrutura, possibilitando que o controle se 
faça, parcialmente, por comparação entre seus resultados; 
d) Se uma atividade se destina a controlar outra, subordinar a segunda à 
primeira ou subordiná-la às chefias diferentes. 
 
3. Facilitar a coordenação: 
A departamentalização deve também ser orientada para tornar mais fácil o 
exercício da coordenação, que tivemos oportunidade de conceituar como essência da 
administração. Assim, se determinadas atividades precisam ser estreitamente 
coordenadas ou possuem um único objetivo, mesmo que bastante diversos na sua 
execução, podem ser subordinadas a um só chefe. 
No caso de “atividades soltas”, isto é, aquelas que não se relacionam diretamente 
a nenhuma das funções principais da empresa (como a mesa telefônica, por exemplo), a 
melhor solução é subordiná-las aos departamentos que mais as utilizam. 
 
4. Dar importância adequada às atividades: 
Quanto mais importante for uma atividade para os objetivos da empresa, mais 
alto será o nível hierárquico ao qual deverá estar subordinada. Este tratamento 
possibilita que uma atividade importante seja supervisionada de perto pelos altos 
escalões administrativos. 
É oportuno ressaltar, entretanto, que esse critério deve ser utilizado 
rigorosamente de acordo com os objetivos da empresa e não segundo as tendências 
humanas naturais dos administradores, tais como preferências pessoais excessivas 
preocupação pelo controle e outras. 
 
5. Levar em conta as condições locais: 
Sob o ponto de vista teórico, o melhor sistema é planejar a organização que 
melhor atenda aos objetivos da empresa, para depois selecionar os chefes qualificados 
para as funções criadas. Na impossibilidade de adotar tal procedimento, o que ocorre 
principalmente nas pequenas, a solução é adaptar a organização aos elementos 
disponíveis. Esta solução, contudo, só deve ser cogitada quando for inevitável. 
 
6. Reduzir despesas: 
Evidentemente, na departamentalização haverá também a preocupação de 
reduzir despesas. A criação de um novo departamento ou o deslocamento de outro, 
precisa ser avaliada em termos de elevação de custos operacionais da empresa. É 
frequente o caso de se ter de decidir entre melhorar a coordenação entre pessoas que 
exercem tarefas específicas ou utilizar pessoal mais versátil e mais bem pago, para 
execução de determinadas tarefas. 
 OTC 24 
 
Com estas considerações, vamos analisar o modelo e departamentalização 
identificado e conceituado por Luther Gullick, ao estudar órgãos governamentais norte-
americanos. Segundo Gullick foram encontradas as seguintes bases para grupamento de 
unidades de trabalho: 
1) Propósito Dominante: junta um só departamento toda uma série de 
atividades empreendidas para prestar certo e determinado serviço. Exemplo: 
Ministério da Saúde, Departamento Nacional da Produção Vegetal, etc. 
 
ORGANIZAÇÃO DE FICHÁRIOS E ARQUIVOS 
 
 Arquivo é o lugar destinado à guarda e à conservação dos livros, documentos e 
todos os papéis concernentes ao giro de uma empresa. 
 
CONDIÇÕES DO ARQUIVAMENTO 
 
a) Segurança – o arquivo deve oferecer garantia de precisão no momento de 
consultar determinados documentos ou fichas. Além de oferecer condições 
de conservação e de preservação contra incêndios ou extravio; 
b) Simplicidade – deve ser compreensível, ao alcance de inteligência média, 
pautado em normas claras e precisas e de fácil manejo; 
c) Flexibilidade – o sistema de arquivamento deve acompanhar o 
desenvolvimento da entidade. As operações de arquivo devem se ajustar ao 
crescimento do volume e à diversidade do material a guardar; 
d) Acessibilidade – o sistema de arquivo deve permitir a pronta localização do 
material guardado. Na consulta devemos encontrar condições de rápido 
atendimento e imediato acesso ao material desejado. 
O arquivo deve responder prontamente às indagações históricas (arquivo inativo) 
ou às suas consultas atuais (arquivo ativo). 
 
CLASSIFICAÇÃO, CATALOGAÇÃO E CODIFICAÇÃO. 
 
 Classificação - é o ato de adotar critérios para ordenar o material a arquivar, 
facilitar a sua localização e possibilitar o seu manuseio. 
 Catalogação - é o preparo das fichas e demais peças que irão constituir o 
número de informações que permitirão a busca e a localização dos documentos. 
 Codificação - é a designação de números, letras ou outros símbolos, de acordo 
com um plano sistemático, a fim de distinguir as categorias a que cada documento deve 
pertencer ou onde deve ser arquivado. 
 
NOMENCLATURA BÁSICA 
 
 As especificações de arquivos e fichários devem mencionar o material com o 
qual são confeccionados, o tamanho ou dimensões, a quantidade de gavetas e sua 
conjugação e o equipamento acessório de que devem ser munidos. A nomenclatura é a 
seguinte: 
- Arquivo horizontal – gavetas chatas para desenhos; 
- Arquivo vertical – gavetas altas para pastas; 
- Fichários horizontais e verticais – para guardar cartões ou fichas. 
 
 OTC 25 
 
Ficha – é um pedaço de cartolina ou cartas que obedece aos seguintes tamanhos 
ou formatos: 
3” x 5” – 4” x 6” – 5” x 8” – 6” x 9” – 9” x 12”. 
Classificador – é o objeto feito de papelão duro e grosso, com duas abas e uma 
lombada com um fruto circular na parte inferior, provido de ferragem para assegurar os 
documentos arquivados. 
Pasta – é um instrumento de arquivo feito de cartolina, com duas abas, 
dispondo, ou não de ferragens para guardar papéis. 
Guia – é um cartão duro e grosso que tem na borda superior uma projeção onde 
é feita a indicação mestra do conteúdo das pastas. 
 
SISTEMAS DE ARQUIVO 
 
a) Alfabético – por nome direto – em ordem alfabética. 
b) Numérico – consiste em abrir “pastas”, dando-lhes números sucessivos e 
cada número corresponderá a um cliente ou fornecedor. 
c) Por Assunto – consiste em se agrupar toda a correspondência, relacionada 
com um mesmo assunto, em uma “pasta”. 
d) Geográfico – substitui-se pelo nome das praças, onde residem os 
correspondentes. 
 
FORMAÇÃO DO CAPITAL 
 
 O Capital de uma empresa pode ser tomado em dois sentidos: Econômico e 
Contábil. 
a) Capital Econômico – é o constituído dos bens que não se destinam à 
imediata satisfação das necessidades humanas, porém, facilitam a produção 
em geral. 
b) Capital Contábil – é o constituído pelo conjunto de valores que foram o 
patrimônio, à disposição de uma empresa em determinado momento. 
De acordo com o conceito contábil, os capitais das empresas dividem-se em duas 
partes. 
1) Capital fixo (ou ativo permanente) 
2) Capital circulante (ou ativo circulante) 
 
O capital fixo é representado pelos bens destinados a muitos processos de 
produção. Necessária a sua utilização, para a elaboração das matérias prima que entram 
na constituição do produto acabado. Não estão disponíveis à venda. 
Exemplo: as máquinas, as ferramentas, os veículos, patentes, etc. 
O capital fixo comporta uma subdivisão, sendo: materiais (ou tangível) e 
imateriais (ou intangível). 
Materiais são bens corpóreos, físicos, como as máquinas, as ferramentas, os 
veículos, etc. 
Imateriais são os bens incorpóreos, não visíveis como as patentes, os direitos 
autorais, etc. 
O capital circulante é o representado pelos bens que uma vez utilizados, 
desaparecem, transformando-se em cada operação, tais como as matérias-primas (na 
produção), as mercadorias (nas vendas), o dinheiro em caixa (nos pagamentos). 
 
 
 OTC 26 
 
O capital, quanto às fontes de recursos, dividem-se em: 
1. Capital próprio 
2. Capital de terceiros 
O capitalpróprio é aquele formado por recursos obtidos através dos resultados 
financeiros da empresa (lucros acumulados ou reservas retidas) ou integralizadas pela 
cessão de dinheiro ou bens (fixo e circulante) da parte dos sócios. 
Capital de terceiros é obtido através de empréstimos de dinheiro, ou dívidas 
contraídas por compras a prazo. No primeiro caso, tem-se o débito de financiamento e 
no segundo os débitos de funcionamento. 
 
OTC 
FASE B 
 
PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA EMPRESA 
 
O orçamento é um plano das necessidades financeiras e uma estimativa da 
receita durante determinado período, geralmente um ano de 1º de janeiro a 31 de 
dezembro, para coincidir com o exercício civil e fiscal. 
Juntamente com o orçamento deve ser preparado o programa de desembolso de 
caixa, afirma de que todos saibam onde, quando e quanto pode gastar. 
 
FASES 
 
 A elaboração de um orçamento compreende, em linhas gerais, as seguintes fases: 
1º. Reunião de chefes e responsáveis para estimarem a receita e fixarem a 
despesa de acordo com um programa social, objetivo e realista; 
2º. Elaboração ou preparo da distribuição das receitas e das despesas pelas 
diversas contas; 
3º. Revisão e ajustamento, tendo em vista as percentagens de lucros a serem 
obtidos; 
4º. Preparação do programa de execução, acompanhamento e controle 
orçamentário; 
5º. Projeto de contenção de despesas no caso de ocorrer deficiência no 
recolhimento da receita; 
6º. Aprovação final. 
 
MEDIDAS PARA CONTENÇÃO DE DESPESAS 
 
 Várias providências podem ser aplicadas para conter as despesas, 
destacando-se as seguintes: 
- Aprimoramento constante da organização (pessoal, material, etc.); 
- Treinamento e aperfeiçoamento do trabalho com medidas de racionalização; 
- Aproveitamento pleno do material, horas ociosas, etc. 
- Redução progressiva dos custos operacionais através da racionalização do 
trabalho; 
- Melhor aproveitamento de áreas. 
 
 
 
 
 OTC 27 
 
RESUMOS ORÇAMENTÁRIOS 
 
Conceito de Orçamento 
 Fazer orçamento é formular planos para um determinado período futuro. 
Orçamentos são declarações de resultados antecipados. 
 
Objetivos do Orçamento 
 O orçamento fornece meios para um planejamento integrado, por meio do 
qual a autoridade pode ser delegada sem perda de controle. 
 
Um orçamento exige não só considerável planejamento, mas é, também, um 
instrumento para planejar. Desta forma o orçamento deve refletir o padrão 
organizacional através da divisão dos elementos do plano em seus componentes 
organizacionais. 
Somente quando os planos são tão completos, coordenados e bem 
desenvolvidos que podem adaptar-se às operações dos departamentos é que se pode 
preparar um orçamento departamental útil. 
 
Tipos de Orçamentos 
a) Orçamento de despesas e receita; 
b) Orçamento de tempo, espaço, material e produto; 
c) Orçamento de despesa de capital; 
d) Orçamento de caixa e 
e) Orçamento de balanço. 
 
 Orçamento de Despesas e Receita 
São os tipos mais comuns de orçamentos. O mais básico é o orçamento de 
vendas, pois é o alicerce de todo o planejamento das empresas; o orçamento de vendas é 
a palavra fundamental do programa de controle orçamentário. É o principal controle de 
uma empresa, que pode sustentar as despesas de operação e dar lucros. 
No gráfico do orçamento de despesas e receita das empresas, podem constar 
itens individuais de despesa. Ex: mão de obra direta, material, funcionários, aluguel, 
força, viagens, matéria-prima e outros. 
 Orçamento de Tempo, Espaço, Material e Produto. 
Entre os mais comuns estão os orçamentos de mão-de-obra direta (horas, 
máquinas-horas, unidades, material, metros quadrados de espaço, e unidades 
produzidas). A maioria das empresas orça a produção, deixando para cada departamento 
a função de orçar a sua parte. Assim, como se vê, esses orçamentos e muitos outros não 
podem ser expressos em termos monetários, pois o valor envolvido não daria uma 
medida precisa dos resultados do planejamento pretendido. 
 Orçamento de Gastos de Capital. 
Visa especificar em termos concretos as despesas do fundo de capital para 
fábrica, maquinaria, equipamentos, estoque e outros itens que exigem tais fundos. Seja 
longo ou curto prazo, esses orçamentos exigem habilidade e cuidado incomuns, pois 
dão uma forma definida aos planos formulados para o dispêndio dos recursos da 
empresa. 
 
 
 
 
 OTC 28 
 
 
 Orçamento de Caixa 
O orçamento de caixa é um dos meios de controle da mais alta valia para o 
pequeno e médio empresário. 
Dentre os vários processos de orçamento de caixa, o método das entradas e 
saídas de caixa é o mais comumente usado, por bastante flexível e permitir orçar para 
curtos períodos de tempo. 
Em orçamentos de caixa é essencialmente uma previsão das receitas e dos gastos 
de caixa para um determinado período de tempo; e na verdade, algumas companhias a 
ele se referem como provisão, em vez de orçamento. 
A finalidade do orçamento é assegurar aos administradores que a firma ou 
empresa terá, em qualquer ocasião, numerário suficiente para acudir as suas operações. 
 Uma das vantagens fundamentais do orçamento de caixa é que ele retrata, como 
encoraja, o planejamento cuidadoso. Como todas as espécies de atividades e 
necessidades empresariais têm o seu efeito na caixa, a concentração de atenção no fluxo 
e disponibilidade de caixa resulta nas operações de todos os planos da empresa. 
Assim, concluímos que o orçamento de caixa é um instrumento valioso, não 
apenas para o orçamento, mas também para as outras atividades responsáveis pela 
prosperidade futura da empresa. 
 Orçamento de Balanço 
 É uma previsão da posição do Ativo, Passivo e Capital da firma em 
determinadas épocas no futuro. Este orçamento prova a exatidão de todos os outros 
orçamentos. É o balanço, propriamente dito. 
 
OTC 
FASE C 
 
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E FISCAL / FLUXO DE CAIXA 
 
DOCUMENTAÇÃO DE COMPRA E VENDA 
 
A compra e a venda constituem um contrato bilateral: quem vende compromete-
se a entregar determinada mercadoria ou a prestar determinado serviço; e quem compra, 
a pagar o preço combinado. Esse contrato é documento. O tipo de documento depende 
das condições de pagamentos: 
 
 Quando o pagamento é à vista, o documento que se deve fornecer é a nota 
fiscal e, se necessário, um recibo. 
 Quando o pagamento é a prazo, os principais documentos utilizados são a 
nota fiscal, a fatura e a duplicata, ou então a nota fiscal, a nota promissória e 
o carnê. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 OTC 29 
 
 
1. NOTA FISCAL 
Existem diversos tipos de nota fiscal. Quando, por exemplo, compramos uma 
camisa, dependendo do tipo de loja e da forma de pagamento, poderemos receber a 
seguinte nota fiscal: 
 
CASA JOSEMAR Nota fiscal 
 
CASA JOSEMAR – CONFECÇÕES S/A de Venda ao Consumidor nº 408 
Av. Atlântica, 2.012 – Loja 33 – Piso inferior 
Telefones: 241-9996 – 543-0144 – Rio de Janeiro. NÃO VALE COMO RECIBO 
Inscrição nº 111.222.333 1ª VIA 
 Cliente 
 
RECLAMAÇÕES SÓ COM APRESENTAÇÃO DESTA Data _____/_____/_____ Série D-1 
 
Sr. __________________________________________________________________________ 
RUA _____________________________________________BAIRRO ____________________ 
PARA O DIA _________________________________OBS.: ____________________________ 
QUANT. ARTIGO ORDEM PREÇO UNIT. TOTAL 
 
 
 
 
 
TOTAL GERAL 
 
SECÇÃO ____________________________ VENDEDOR _________________ 
 
 
2º. NOTA FISCAL SIMPLIFICADA 
Muitas empresas, principalmente bazares, restaurantes, padarias, livrarias e 
pequenas lojas, ao efetuarem uma venda à vista, emitem a nota simplificada. Essa nota, 
como o próprio nome diz, foi criada para simplificar sua extração. Nela não há 
necessidade de especificar a mercadoria vendida. 
 
CAMISARIA ROB 
 
João dos Cantos NOTAFISCAL SIMPLIFICADA 
Rua Maior Grado, 426 – fone: 26495 Série D 
Santa Pé do Norte – RJ 
Insc. no CGC nº 45612378/001 Nº 1432 
Insc. Est. nº 555896146 1ª VIA 
 
Data da Operação: _____/_____/_____ 
Valor da Operação: R$ __________ VENDA A CONSUMIDOR 
 
Alberto de Moraes – R. Igarapé, 145 – Insc. 555741369 
CGC 55959685/0001-45 – Santa Pé do Norte – 10 T. de 001 a 500 – 01-85 Aut.1430 
As empresas de prestação de serviços também utilizam notas fiscais 
simplificadas. 
 OTC 30 
 
Em muitas notas fiscais simplificadas, não há necessidade de colocar nome e 
endereço do comprador, mas, se a empresa o desejar, pode discriminar o serviço 
prestado. 
 
 
COPIADORA 
ERRADA LTDA. 
Rua Chile, 5189 – Fone 66626 – Itaitindiba – MG. 
Insc. CCM 2 200 258 – 1 CNPJ 58 514 576/0001 
 
NOTA FISCAL SIMPLIFICADA DE SERVIÇO 
Série A 1ª VIA Nº 5625 
Venda à Vista 
Data ____/____/____ 
Quant. Discriminação P. Unit. P. Total 
 
 
 
 
Total 
 
Gráfica ABc Ltda. – R. Sergipe , 49 – Insc. Est. 201.754.846 
CNPJ 57 874 577/0001-50 T.5 000 a 6000 x – 01-81 Aut.143 
 
3º. CUPOM DE CAIXA REGISTRADORA 
Como comprovante de compra e venda está muito difundido o uso de cupom de 
máquina registradora, principalmente nas empresas que adotam o sistema de 
autosserviço, como por exemplo, os supermercados. 
Como as notas fiscais simplificadas, também os cupons de registradoras só 
podem ser utilizados com permissão da Secretaria da Fazenda. 
No verso dos cupons de caixa constam os dados exigidos por lei como CNPJ, 
Inscrição Estadual e outros. 
 
 
INUTILAR 
ONDE VOCÊ ACHA 
O MELHOR 
 
542136 22 542137 
NOTA FISCAL C. OP.: 30 
 C. MERC. 657751832 
 CONJ. CORTINAS 
1 x 1.210,00 1.210,00 
 VALOR RECEBIDO 1.300,00 
 TROCO ...................................................................... 
 18/03/86 1/9 192 80,00 
INUTILAR 
 
4º. NOTA FISCAL - SÉRIE C 
 OTC 31 
 
Existe também a nota fiscal série C, que deve ser emitida pelas empresas quando 
estas vendem a clientes de outros Estados. 
 
5º. NOTA FISCAL - SÉRIE D 
Para a venda ao consumidor, a nota fiscal D é a mais usual. Nela devem ser 
registrados todos os dados do consumidor, dela também deve constar a descrição das 
mercadorias vendidas. 
Recebemos a nota fiscal série D quando efetuamos a compra à vista e retiramos 
a mercadoria no ato. Apresentamos a seguir um modelo desta nota fiscal. 
 
PEÇAS JÓIA Peças para autos ao total 
 GARBOSO & NETOS LTDA. 
 
Rua dos dentes, 23 – fone: 2585-4512 – Rio de Janeiro 
Insc. 305 257 965 – CNPJ 65 584 098/0001-58 
 
SÉRIE D – 1ª via Nº 1639 
NOTA FISCAL DE VENDA A CONSUMIDOR 
EM ____/____/____ 
Ilmo Sr. _____________________________________________ 
Rua ________________________________________________ 
Quant. Descrição das Mercadorias P. Unit. TOTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NÃO VALE COMO RECIBO TOTAL Cr$ 
O ICM é pago de acordo com a lei 
 
 
 
 
 Graf. Cachote Ltda. Av. dos Eucaliptos, 13 – Rio de Janeiro I.E. 154 525 547 – 
 CNPJ 74 254 826/0001-7 – 100 Tels. 60001 a 65000 – 7/81
 
 
6º. NOTA FISCAL - SÉRIE B 
Quando as compras são efetuadas por outra empresa ou por consumidor que 
deseja receber em casa a mercadoria que comprou, o vendedor deve preencher a nota 
fiscal série B. 
A nota fiscal série B, que reproduzimos a seguir, é bem mais completa do que as 
anteriores. Nela há espaço para identificar quem transporta a mercadoria, bem como 
informações sobre as características dos volumes que a mercadoria contém. Há também 
um canhoto, destacável que, uma vez, preenchido, é o comprovante de recebimento da 
mercadoria discriminada na nota. 
NÃO ACEITAMOS RECLAMAÇÕES DE PEÇAS ELÉTRICAS 
 OTC 32 
 
Canhoto descartável - Para garantia do vendedor e do comprador, o canhoto 
destacável deve ser datado e assinado pela pessoa que recebe a mercadoria. 
Toda vez que você tiver de assinar um recibo como este, verifique se a 
quantidade e a discriminação dos produtos mencionados na nota fiscal conferem com as 
mercadorias que acompanham a nota. 
 
7º. NOTA FISCAL - SÉRIE ÚNICA 
Como você deve ter percebido, existem séries de notas fiscais, cada uma com 
uma finalidade específica. Ao legalizar uma empresa por ocasião de sua abertura, o 
contador, que é um dos profissionais mais indicados para desenvolver essa atividade, 
dará os esclarecimentos necessários aos proprietários da empresa, indicando inclusive a 
série da nota fiscal que é mais conveniente utilizar. 
Ao nível de conhecimento sobre Técnicas Comerciais, o que realmente importa 
é que tenhamos uma noção sobre as séries de notas fiscais mais importantes. 
Vejamos agora a série única, que está sendo bastante utilizada pelas empresas. 
Observe atentamente o modelo seguinte e verifique suas particularidades. Você ira notar 
que a nota fiscal série única é ainda mais completa, contendo espaço para registro dos 
diversos impostos e tributos que podem incidir sobre o valor das mercadorias, conforme 
sua classificação. 
 
8º. DADOS ESSENCIAIS DA NOTA FISCAL. 
Podemos dividir uma nota fiscal em duas partes principais: cabeçalho e corpo. O 
cabeçalho deve conter todos os dados essenciais para a identificação da empresa; no 
corpo deve ser anotada a venda realizada. 
Por exigência legal, de toda nota fiscal devem constar os dados de quem a 
imprimiu. Esses dados geralmente são mencionados no rodapé da nota. 
 
 
CASA ÁFRICA LTDA. 
Artigos Elétricos 
Rua Paraná, 790 – Fone: 2554-8580 – Rio de Janeiro. 
Inscrição Estadual nº 555 0003 
CNPJ 421 485 424/0001 
NOTA FISCAL DE VENDA A CONSUMIDOR 
1ª VIA – Consumidor Série D 
Data da emissão / / Nº 25452 
Quant. DISCRIMINAÇÃO P. Unitário TOTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL R$ 
 
Nome, endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do impressor da nota, a data e a quantidade de 
impressão, o número da primeira e da última nota impressa e a respectiva série e subsérie, e o número da autorização 
de impressão de documentos fiscais. 
 
 
 OTC 33 
 
9º. RECIBO 
Se a mercadoria que pedimos para ser entregue em nossa casa for comprada, à 
vista, devemos providenciar o pagamento na loja, no ato da compra. Há empresas que 
permitem que o cliente pague no momento em que recebe a mercadoria. Em qualquer 
um desses casos, o pagamento deve ser comprovado através de recibo dado ou na 
própria nota fiscal, ou em separado. 
 
10º. CARNÊ 
Muitas vezes, nas compras a prazo, feitas por consumidores, o pagamento é 
efetuado através de carnê, como o que apresentamos abaixo. 
 
11º. NOTA PROMISSÓRIA 
Para ter condições de vender a prazo, muitas empresas precisam de 
financiamento. Tal financiamento é em geral feito por financeiras, empresas que 
fornecem o dinheiro referente ao valor das vendas a prazo. Esse valor corresponde 
geralmente ao valor das mercadorias vendidas mais os juros e as taxas para cobrir as 
despesasoperacionais. 
Para garantir o financiamento, as financeiras exigem um documento que 
comprove essa operação e garanta o pagamento por parte do devedor na época certa. 
Esse documento é geralmente a nota promissória. 
Através da nota promissória, a pessoa que efetua uma compra a prazo se 
compromete a pagar sua dívida em determinada data. Uma vez paga a dívida, a nota 
promissória é devolvida à pessoa que a emitiu. Se a nota promissória foi emitida para 
garantir o pagamento de uma compra feita pelo sistema de crediário, ela só é devolvida 
após o pagamento de todas as parcelas. 
Como já vimos anteriormente, o pagamento das parcelas pode ser feito por meio 
de um carnê. 
 
12º. FATURA E DUPLICATA 
Nem sempre é conveniente emitir nota promissória e carnê. Por isso, muitas 
empresas, quando realizam vendas a prazo, preferem emitir a fatura e a duplicata. 
 
Fatura 
É um documento emitido com base nos dados de uma ou mais notas fiscais. Ao 
receber uma fatura, o comprador fica sabendo o valor de suas compras e a data em que 
deverá efetuar o pagamento. Ficará sabendo também o número das notas fiscais a que se 
refere o valor mencionado na fatura. 
Nesta fatura estão indicados os pagamentos parcelados que deverão ser 
efetuados através de cinco duplicatas. 
 
Duplicata 
A fatura, como vimos, é um documento utilizado para informar ao comprador o 
valor de sua compra a prazo. Entretanto, não é documento apropriado para a cobrança 
de débitos. Por isso, as empresas emitem uma duplicata. De certa forma, a duplicata é 
uma cópia da fatura, pois contém seus dados principais, como, por exemplo, o valor das 
mercadorias comercializadas e a data para pagamento desse valor. 
A duplicata é um título de crédito assinado por quem vende e por quem compra. 
De acordo com a lei, uma vez assinada à duplicata o comprador se obriga a pagar ao 
vendedor o valor das mercadorias que comprou, no prazo indicado. 
 
 OTC 34 
 
13º. IMPORTÂNCIA DOS DOCUMENTOS DE COMPRA E VENDA 
 
Vimos anteriormente que a nota fiscal é um comprovante das compras ou vendas 
efetuadas pelas empresas. Vimos também que a compra ou a venda podem ser à vista ou 
a prazo. Quando a compra é à vista, o comprador recebe a nota fiscal e faz o pagamento 
no ato. Quando ocorre a venda ou compra a prazo, além da nota fiscal emitem-se 
também uma fatura e uma duplicata, ou então uma nota promissória e um carnê. 
No início deste capítulo dissemos que a compra e a venda são um contrato 
bilateral. Vimos também que o comprador sempre recebe uma nota fiscal ou mesmo um 
cupom de registradora que comprova a sua compra. Assim como os clientes, também as 
empresas precisam comprovar a venda que realizam. Por isso, a lei determina que pelo 
menos uma cópia das notas fiscais fique em poder das empresas. 
Mesmo as empresas que trabalham com máquinas registradoras são obrigadas a 
manter uma cópia dos cupons emitidos. As máquinas registradoras, devidamente 
legalizadas para emitir cupons em substituição à nota fiscal, possuem internamente uma 
segunda fita de cupons, denominada fita detalhe, onde são registrados os valores 
correspondentes a todos os cupons emitidos. 
 
Cupom 
O cupom, também chamado de cartão, contém, entre outras, as seguintes 
informações: 
 Os valores das vendas efetuadas; 
 Data (dia, mês e ano); 
 Identificação da empresa, que pode vir impressa em qualquer um dos lados 
do cupom; pode ser impressa tipograficamente, no verso do cupom, ou pela 
própria máquina registradora, no mesmo lado em que são impressos os 
valores das vendas realizadas. 
 
Fita detalhe 
É uma relação detalhada das vendas, na ordem em que foram realizadas, 
impressas em algarismos inalteráveis. Cada venda é registrada automaticamente no 
cupom e na fita detalhe. O cupom deve ser entregue ao cliente e a fita detalhe deve ficar 
em poder da empresa. 
Uma das finalidades das cópias de notas fiscais e da fita detalhe é permitir o 
controle, o cálculo e o recolhimento correto dos impostos. Em muitas notas fiscais há 
referências ao imposto a ser pago. 
Em casos especiais, o próprio governo isenta as empresas do pagamento de 
imposto. Produtos como frutas e verduras são geralmente isentos de ICM. Mesmo 
assim, as empresas que os comercializam são obrigadas a emitir nota fiscal. 
Portanto, como norma geral, nenhuma empresa pode comprar ou vender uma 
mercadoria nem prestar um serviço ou utilizá-lo sem que haja um comprovante. 
Certas empresas, principalmente as de eletrodomésticos, fazem promoções 
comprometendo-se a comprar aparelhos eletrodomésticos usados. Se você for a uma 
loja que faz esse tipo de promoção e levar, por exemplo, seu televisor velho, 
logicamente não terá condições de emitir uma nota fiscal. Nesse caso, compete à 
empresa que comprar seu televisor emitir a nota fiscal. A nota deverá ser de série E, que 
é apropriada para documentar a entrada de mercadorias na empresa quando o vendedor 
não pode emitir nota fiscal. 
Algumas vezes, compramos determinados produtos e não exigimos nota fiscal. 
Os estudantes, por exemplo, compram bolinhas de gude de seus colegas, pipocas ou 
 OTC 35 
 
doces e nunca pensam em pedir um comprovante dessas compras. Uma empresa, 
entretanto, deve ter comprovante da compra que realiza sob pena de ser multada pelos 
fiscais. 
 
14º. O CONTROLE DA EMPRESA ATRAVÉS DA NOTA FISCAL 
 
Quando uma empresa é bem organizada, basta controlar as notas fiscais para 
saber qual é seu estoque de mercadorias. 
Geralmente esse controle é feito por um funcionário habilitado, que utiliza uma 
das vias adicionais da nota fiscal. 
Via para controle de estoque 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há empresas que controlam também os valores recebidos, ou a receber, 
referentes às vendas que realizam. Nesse caso, utiliza mais uma via adicional da nota 
fiscal, que é encaminhada para o caixa. 
Via para controle dos valores das vendas realizadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOTA FISCAL 
2ª via - Estoque 
NOTA FISCAL 
1ª via - Cliente 
NOTA FISCAL 
3ª via - Caixa 
NOTA FISCAL 
2ª via - Estoque 
NOTA FISCAL 
1ª via - Cliente 
 OTC 36 
 
Uma empresa pode emitir quantas vias de notas fiscais desejar. No entanto, a 1ª 
via deve ir sempre para o cliente (destinatário), e pelo menos uma via deve ficar na 
empresa. 
Via-talão que deve ficar presa ao talão ou devidamente arquivada na empresa. 
Via para o cliente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existe ainda outra via de nota fiscal, que deve ser emitida para fins de 
fiscalização. Essa via é recolhida pelos fiscais nos postos de fiscalização, nas estradas, 
nos aeroportos, nos portos e mesmo nas ruas, quando fiscalizam o transporte de 
mercadorias. Essa via não é obrigatória na nota fiscal série D. 
Via para fiscalização 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando a mercadoria transportada confere com a que consta na nota fiscal, os 
fiscais retiram a 2ª via destinada à fiscalização, carimbam e assinam as demais. Esse 
carimbo é a prova de que a nota fiscal está em ordem. 
Atualmente, muitas empresas, principalmente as grandes, estão substituindo os 
talões de notas fiscais por impressos contínuos. Os impressos contínuos de notas fiscais 
são preenchidos por máquinas especiais, ou por computadores, com grande rapidez. 
Quando a empresa usa impresso contínuo de nota fiscal, também é obrigada a guardar 
uma via. 
NOTA FISCAL 
4ª via - Talão 
NOTA FISCAL 
3ª via - Caixa 
NOTA FISCAL 
2ª via - Estoque 
NOTA FISCAL 
5ª- Fiscalização 
NOTA FISCAL 
1ª via - Cliente 
NOTA FISCAL 
3ª via - Talão 
NOTA FISCAL 
3ª via - Caixa 
NOTA FISCAL 
2ª via - 
Estoque 
NOTA FISCAL 
1ª via - Cliente 
 OTC 37 
 
Analisando o que foi explicado até aqui, é fácil concluir que a nota fiscal é um 
documento que comprova toda venda ou compra de mercadoria. Portanto, sempre que 
uma mercadoria é vendida ou comprada, deve ser emitida umanota fiscal. 
 
CONTROLANDO O DINHEIRO 
 
Controlar o dinheiro é tarefa importante tanto para as pessoas como para as 
empresas. 
Como as pessoas e as empresas podem controlar o dinheiro? 
Uma das formas mais comuns é através do registro das entradas e saídas de 
dinheiro. Vejamos um exemplo: 
Os alunos de um colégio resolveram vender doces durante o intervalo das aulas, 
a fim de conseguir dinheiro para uma festa de fim de ano. Para comprar os doces, dez 
alunos emprestaram R$ 50,00 cada um, totalizando R$ 500,00. Com esse dinheiro 
compraram quatro caixas de chocolate, a R$ 100,00 cada uma. Sobraram, portanto, R$ 
100,00. A essa sobra damos o nome de saldo. 
Com os dados acima, os alunos preencheram o registro de movimento de caixa: 
De acordo com o lançamento número 1, entrou em caixa R$ 500, 00, ficando, 
portanto um saldo de R$ 500,00. Após o lançamento número 2, o saldo passou a ser de 
R$ 100, 00, pois houve uma despesa de R$ 400,00. 
Cada caixa de chocolate continha 20 horas. Portanto, o custo de cada barra foi de 
R$ 5,00. Resolveram, então, vender cada barra de chocolate por R$ 6,50. 
Antes de começarem a venda, os alunos resolveram fazer dois cartazes com os 
seguintes dizeres: 
Para confeccionar esses cartazes tiveram que comprar folhas de cartolina e 
pincéis atômicos. Gastaram nessa compra R$ 25,00. 
Com tudo pronto, iniciaram a venda dos chocolates, que foi um sucesso. Os 
colegas, os professores, os funcionários da escola e também os pais dos alunos 
compraram, em um só dia, todos os chocolates. 
Para verificar a situação da promoção, os alunos fizeram os lançamentos 3 e 4. 
 
Movimento de caixa 
Lançamento Nº Histórico 
Dinheiro 
Entrada Saída Saldo 
1 Empréstimos dos alunos 500,00 -- 500,00 
2 Compra de 4 caixas de Chocolate -- 400,00 100,00 
3 Compra de material para cartazes -- 250,00 75,00 
4 Venda de 80 barras de chocolate a R$ 6,50 cada 520,00 -- 595,00 
 
De acordo com os novos lançamentos, o saldo disponível é de R$ 595,00. 
Este saldo não pode ser considerado lucro, uma vez que parte desse dinheiro 
deve ser devolvida aos colegas que fizeram empréstimo para as primeiras compras de 
chocolate. 
Analisando a situação, os alunos resolveram continuar com a promoção por mais 
alguns dias para, ao final, devolver o dinheiro do empréstimo. 
Tudo aconteceu assim: 
 Compraram mais cinco caixas de chocolate; 
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 Venderam as cinco caixas; 
 Compraram sete caixas; 
 Venderam as sete caixas; 
 Compraram nove caixas de chocolate; 
 Venderam as nove caixas; 
 Devolveram o dinheiro do empréstimo. 
Ao final da nova promoção, o registro do movimento de caixa foi completado 
com os lançamentos 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11. 
 
Lançamento Nº Histórico 
Dinheiro 
Entrada Saída Saldo 
1 Empréstimos dos alunos 500,00 -- 500,00 
2 Compra de 4 caixas de chocolate -- 400,00 100,00 
3 Compra de material para cartazes -- 250,00 75,00 
4 
Venda de 80 barras de chocolate a R$ 6,50 
cada 
520,00 -- 595,00 
5 Compra de 5 caixas de chocolate -- 500,00 95,00 
6 Venda de 100 barras a R$ 6,50 cada 650,00 -- 745,00 
7 Compra de 7 caixas de chocolate -- 700,00 45,00 
8 
Venda de 140 barras de chocolate a R$ 6,50 
cada uma 
910,00 -- 955,00 
9 Compra de 9 caixas de chocolate -- 900,00 55,00 
10 Venda de 180 barras de chocolate 1.170,00 1.225,00 
11 Devolução do empréstimo -- 500,00 725,00 
 
De acordo com os novos lançamentos, a promoção apresentou um saldo de R$ 
725,00. 
Por sugestão de alguns alunos, resolveu-se encerrar essa promoção e fazer uma 
outra, a Festa do Sorvete. Acreditavam que esta poderia dar maior lucro, pois a escola 
colaboraria, inclusive os professores e pais de alunos. 
O dinheiro arrecadado com a venda dos chocolates foi então num banco em 
nome da Comissão de Festas do colégio. 
Como se pode observar, através do registro de movimento de caixa temos o 
controle correto de todas as entradas e saídas de dinheiro. Analisando bem o registro 
acima, veremos que o saldo foi sempre positivo, isto é, sempre havia algum dinheiro em 
caixa. No entanto, se fizermos mais um lançamento, referente ao depósito no Banco, o 
saldo vai ficar nulo, isto é, será igual a zero. 
 
O CAMINHO QUE O DINHEIRO PERCORRE 
 
Em muitas empresas, principalmente nos supermercados e nas lojas varejistas, 
os caixas de loja são chamados operadores de caixa (porque registram o dinheiro em 
máquinas registradoras.). Os operadores de caixa geralmente só fazem recebimentos. Os 
pagamentos são efetuados por outros funcionários, na caixa do escritório (caixa geral). 
 
 
 
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Através do gráfico acima, pode perceber o caminho que o dinheiro percorre, 
desde sua entrada na empresa até sua saída. Toda essa movimentação do dinheiro pode 
e deve ser controlada através do boletim de caixa. 
Geralmente, no fim do mês as empresas têm grandes despesas: têm de pagar os 
salários dos funcionários e as duplicatas dos fornecedores, que normalmente vencem 
nessa época. Para fazer todos esses pagamentos, o caixa geral retira do banco o dinheiro 
de que precisa para efetuar os pagamentos. 
 
NORMAS PARA O PREENCHIMENTO CORRETO DO BOLETIM DE CAIXA 
 
Não existe grande dificuldade em preencher as colunas de valores do boletim de 
caixa. A maior dificuldade talvez seja o preenchimento do histórico e a classificação 
dos documentos. 
Para evitar dificuldades, recomenda-se: 
 Verificar se todas as despesas (saídas) e receitas (entradas) possuem 
documentos ou comprovantes – No caso de compra e venda, os 
documentos usuais são as notas fiscais e as duplicatas. Há outras despesas, 
porém, como compra de selos, táxi, etc., que representam saídas e devem ser 
registradas no boletim de caixa. Nesses casos é preciso, antes de registrar 
essas despesas, fazer um comprovante. 
Existem livrarias especializadas que vendem impressos padronizados para esse 
fim. As grandes empresas criam seus próprios modelos. Em geral, os impressos são 
semelhantes aos que apresentamos a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
Despesas diversas 
 
funcionários 
 
impostos 
 
fornecedores 
 
Bancos 
 
Clientes 
(compradores) 
CAIXA 
GERAL 
(recebedor). 
e pagador) 
CAIXA 
de 
LOJA 
(recebedor) 
 
Paga salários de 
 
paga 
 
Paga compras 
efetuadas aos 
 
Deposita saldo em 
 
paga 
Pagam ao 
Encaminha 
boletim de 
caixa e 
dinheiro ao 
 OTC 40 
 
O CONTROLE DO DINHEIRO NAS EMPRESAS 
 
Nas empresas, o controle do dinheiro é feito de acordo com os mesmos 
princípios do exemplo anterior. O que varia é o tipo de impresso utilizado. 
Num supermercado ou em outro tipo de loja, pode-se usar um controle de 
movimento de caixa como o que apresentamos abaixo: 
 
Boletim de Caixa 
Nº 2 
1º via 
 05 de março de 2002 
Lanç. Nº Histórico Entrada Saída 
1 Recebimentos efetuados 100.000,00 
2 Pagamentos efetuados 50.000,00 
 
 
 
 
Vistos Totais do dia 100.000,00 50.000,00 
 10.000,00 
 Saldo anterior 60.000,00 
 
 Saldo 
 
 Totais 110.000,00 110.000,00 
 
Esse modelo é utilizado pelas empresas que fazem o controle diário do caixa. 
Como se pode observar, no boletim de caixa apresentado o saldo é registrado apenas 
duas vezes: o saldo anterior, que se refere ao dinheiro que ficou em caixa, para início 
dos recebimentos e pagamentos do dia, e o saldo atual, que é o dinheiro que ficou em 
caixa no final do dia. 
O saldo anterior é necessário para que o caixa possa fazer troco e efetuar 
pagamentos mais urgentes. Esse saldo logicamente pode ser maior ou menor, 
dependendo do tipo de empresa e do movimento de vendas. 
Quando um funcionário responsável pelo caixa entrega o boletim a um caixa 
central ou geral, este, após conferi-lo, dá um visto na cópia e no original. Também o 
funcionário que preencheu o boletim coloca seu visto. 
O visto num documento tem diversas finalidades. Uma delas é indicar quem o 
preencheue quem o conferiu. No exemplo anterior, os vistos servem também para 
comprovar que o dinheiro foi devidamente recebido e conferido pelos caixas. Para 
verificar a exatidão do preenchimento do boletim de caixa, basta conferir os últimos 
totais, que deverão ser sempre iguais. 
 
 
 
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Certas empresas costumam dar vales a seus funcionários. Os vales são 
descontados dos salários no fim do mês, mas até lá o caixa precisa ter um comprovante 
em seu poder para provar a saída do dinheiro. Um simples pedaço de papel assinado 
pelo empregado, onde seja mencionada a importância recebida, é o bastante como 
comprovante. O mais adequado, porém, é o vale feito em impresso próprio. 
Nas papelarias especializadas podem ser comprados impressos para vale, mas o 
mais recomendado é um padrão único que sirva para vales, despesas de condução, 
compra de selos e outros pequenos gastos. 
É do caixa que sai também o dinheiro para pagamento de impostos, salários, 
enfim, para toda espécie de despesas. Todas elas devem ser comprovadas. 
 Identificar e classificar os documentos e comprovantes – É preciso muita 
atenção para verificar quais são os comprovantes referentes a despesas 
(saídas) e quais dizem respeito a receitas (entradas). 
 Preencher corretamente o histórico – Talvez seja essa a parte mais difícil. 
É preciso dizer tudo o que for necessário, sem, entretanto, escrever muito. O 
histórico do pagamento dos salários, por exemplo, não precisa mencionar o 
nome de todos os funcionários, nem o salário de cada um. Esses dados 
ficarão registrados na folha de pagamento e poderão ser verificados com 
facilidade. É suficiente, portanto, mencionar: Pagamento de salários 
referente ao mês anterior.

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