Prévia do material em texto
FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE DIREITO PROCESSUAL OPTATIVA – 4º ANO DIURNO – 2023 DIREITO PROCESSUAL CIVIL (DPC 0437) PROVAS EM ESPÉCIE Professor Associado Heitor Vitor Mendonça Sica SEMINÁRIO – 22.06.2023 INSTRUÇÕES: 1. Leia o texto disponibilizado no Moodle 2. Responda as questões “1” a “3” em duplas ou trios e traga as respostas impressas na aula do dia 04.05.2023 3. Na aula do dia 22.06.2023 serão formuladas outras perguntas, cujas respostas deverão ser entregues até 23.06.2023, às 23h59 pelo Moodle. QUESTÕES SOBRE O RESP 2.037.088: 1) A doutrina aponta que os incisos II e III do artigo 381 do Código de Processo Civil consagraram a existência de um “direito material à prova”, autônomo e desvinculado do requisito de urgência. Questiona-se: a autonomia do direito à prova torna esse direito absoluto? Formule e justifique sua resposta abordando, dentre outros aspectos, (1) a utilidade concreta da prova para seu requerente, (2) a proporcionalidade do ônus imposto ao detentor da prova no processo de sua produção, (3) a afetação da prova por proteções legais e (4) outros valores tutelados pelo ordenamento jurídico. QUESTÕES SOBRE O RESP 2.023.615 1) O STJ afirma que, no regime do CPC de 2015, o requisito da urgência é dispensável para o ajuizamento da medida de produção antecipada de prova. Por isso, a medida não se enquadraria na regra do Art. 22-A da Lei de Arbitragem. Você concorda com a posição adotada pelo STJ? Ao responder, aborde as seguintes questões: (i) se a produção dita "antecipada" de prova não é uma medida cautelar, qual seria, então, sua natureza jurídica? (ii) O conflito de interesses ou pretensão resistida é requisito para sua propositura? 2) No caso concreto apreciado pelo precedente em questão, a parte autora da ação antecipada de provas buscava a análise documental e pericial de fatos ocorridos dentro da companhia-ré, que fariam prova de que seus administradores atuaram de maneira criminosa. A companhia-ré, em sua defesa, poderia adiantar argumentos referentes à inexistência da alegada prática ilícita? Se não, quais matérias poderiam ser tratadas pela sua defesa?