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Manifestações Culturais na Colônia

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Simulado 36 questões
ENEM
a
b
c
d
e
Questão 1
 Outra importante manifestação das crenças e tradições africanas
na Colônia eram os objetos conhecidos como “bolsas de
mandinga”. A insegurança tanto física como espiritual gerava uma
necessidade generalizada de proteção: das catástrofes da
natureza, das doenças, da má sorte, da violência dos núcleos
urbanos, dos roubos, das brigas, dos malefícios de feiticeiros etc.
Também para trazer sorte, dinheiro e até atrair mulheres, o
costume era corrente nas primeiras décadas do século XVIII,
envolvendo não apenas escravos, mas também homens brancos.
CALAINHO, D. B. Feitiços e feiticeiros. In: FIGUEIREDO, L.
História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra,
2013 (adaptado).
 
A prática histórico-cultural de matriz africana descrita no texto
representava um(a)
expressão do valor das festividades da população pobre.
ferramenta para submeter os cativos ao trabalho forçado.
estratégia de subversão do poder da monarquia portuguesa.
elemento de conversão dos escravos ao catolicismo romano.
instrumento para minimizar o sentimento de desamparo social.
ENEM LIBRAS
a
b
c
d
e
Questão 2
 Todos os anos, multidões de portugueses e de estrangeiros
saem nas frotas para ir às minas. Das cidades, vilas, plantações e
do interior do Brasil vêm brancos, mestiços e negros juntamente
com muitos ameríndios contratados pelos paulistas. A mistura é de
pessoas de todos os tipos e condições; homens e mulheres;
moços e velhos; pobres e ricos; fidalgos e povo; leigos, clérigos e
religiosos de diferentes ordens, muitos dos quais não têm casa
nem convento no Brasil.
BOXER, C. O império marítimo português: 1435-1825. São Paulo:
Cia. das Letras, 2002.
 
A qual aspecto da vida no Brasil colonial o autor se refere?
À imposição de um credo exclusivo.
À alteração dos fluxos populacionais.
À fragilização do poder da Metrópole.
Ao desregramento da ordem social.
Ao antilusitanismo das camadas populares.
ENEM
a
b
c
d
e
Questão 3
 Quando a Corte chegou ao Rio de Janeiro, a Colônia tinha
acabado de passar por uma explosão populacional. Em pouco
mais de cem anos, o número de habitantes aumentara dez vezes.
GOMES, L. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e
uma Corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de
Portugal e do Brasil. São Paulo: Planeta do Brasil, 2008
(adaptado).
 
A alteração demográfica destacada no período teve como causa a
atividade
cafeeira, com a atração da imigração europeia.
industrial, com a intensificação do êxodo rural.
mineradora, com a ampliação do tráfico africano.
canavieira, com o aumento do apresamento indígena.
manufatureira, com a incorporação do trabalho assalariado.
ENEM
a
b
c
d
e
Questão 4
 Se observarmos o maxixe brasileiro, a beguine da Martinica, o
danzón de Santiago de Cuba e o ragtime norte-americano, vemos
que todos são adaptações da polca. A diferença de resultado se
deve ao sotaque inerente à música de cada colonizador
(português, espanhol, francês e inglês) e, em alguns casos, a uma
maior influência da música religiosa.
CAZES, H. Choro: do quintal ao Municipal. São Paulo: Editora 34,
1998 (adaptado).
 
 Além do sotaque inerente à música de cada colonizador e da
influência religiosa, que outro elemento auxiliou a constituir os
gêneros de música popular citados no texto? 
A região da África de origem dos escravos, trazendo tradições
musicais e religiosas de tribos distintas. 
O relevo dos países, favorecendo o isolamento de
comunidades, aumentando o número de gêneros musicais
surgidos. 
O conjunto de portos, que favorecem o trânsito de diferentes
influências musicais e credos religiosos. 
A agricultura das regiões, pois o que é plantado exerce
influência nas canções de trabalho durante o plantio. 
O clima dos países em questão, pois as temperaturas
influenciam na composição e vivacidade dos ritmos.
ENEM
a
b
c
d
e
Questão 5
A fotografia, datada de 1860, é um indício da cultura escravista no
Brasil, ao expressar a
ambiguidade do trabalho doméstico exercido pela ama de leite,
desenvolvendo uma relação de proximidade e subordinação em
relação aos senhores. 
integração dos escravos aos valores das classes médias,
cultivando a família como pilar da sociedade imperial. 
melhoria das condições de vida dos escravos observada pela
roupa luxuosa, associando o trabalho doméstico a privilégios para
os cativos. 
esfera da vida privada, centralizando a figura feminina para
afirmar o trabalho da mulher na educação letrada dos infantes. 
distinção étnica entre senhores e escravos, demarcando a
convivência entre estratos sociais como meio para superar a
mestiçagem. 
ENEM
a
b
c
d
e
Questão 6
A experiência que tenho de lidar com aldeias de diversas nações
me tem feito ver, que nunca índio fez grande confiança de branco
e, se isto sucede com os que estão já civilizados, como não
sucederá o mesmo com esses que estão ainda brutos.
NORONHA, M. Carta a J. Caldeira Brant. 2 jan.1751. Apud
CHAIM, M. M. Aldeamentos indígenas (Goiás: 1749-1811). São
Paulo: Nobel, Brasília: INL, 1983 (adaptado).
Em 1749, ao separar-se de São Paulo, a capitania de Goiás foi
governada por D. Marcos de Noronha, que atendeu às diretrizes
da política indigenista pombalina que incentivava a criação de
aldeamentos em função
das constantes rebeliões indígenas contra os
brancos colonizadores, que ameaçavam a produção de ouro nas
regiões mineradoras.
da propagação de doenças originadas do contato com os
colonizadores, que dizimaram boa parte da população indígena.
do empenho das ordens religiosas em proteger o indígena da
exploração, o que garantiu a sua supremacia na administração
colonial.
da política racista da Coroa Portuguesa, contrária
à miscigenação, que organizava a sociedade em uma hierarquia
dominada pelos brancos.
da necessidade de controle dos brancos sobre a população
indígena, objetivando sua adaptação às exigências do trabalho
regular.
ENEM
a
b
c
d
e
Questão 7
 O instituto popular, de acordo com o exame da razão, fez da
figura do alferes Xavier o principal dos inconfidentes, e colocou os
seus parceiros a meia ração de glória. Merecem, decerto, a nossa
estima aqueles outros; eram patriotas. Mas o que se ofereceu a
carregar com os pecadores de Israel, o que chorou de alegria
quando viu comutada a pena de morte dos seus companheiros,
pena que só ia ser executada nele, o enforcado, o esquartejado, o
decapitado, esse tem de receber o prêmio na proporção do
martírio, e ganhar por todos, visto que pagou por todos.
ASSIS, M. Gazeta de Noticias, n. 114, 24 abr. 1892.
No processo de transição para a República, a narrativa
machadiana sobre a Inconfidência Mineira associa 
redenção cristã e cultura cívica.
veneração aos santos e radicalismo militar
apologia aos protestantes e culto ufanista. 
tradição messiânica e tendência regionalista
representação eclesiástica e dogmatismo ideológico. 
ENEM
a
b
c
d
e
Questão 8
As terras brasileiras foram divididas por meio de tratados
entre Portugal e Espanha. De acordo com esses
tratados, identificados no mapa, conclui-se que
Portugal, pelo Tratado de Tordesilhas, detinha o controle da foz
do rio Amazonas.
o Tratado de Tordesilhas utilizava os rios como limite físico da
América portuguesa.
o Tratado de Madri reconheceu a expansão portuguesa além
da linha de Tordesilhas.
Portugal, pelo Tratado de San Ildefonso, perdia territórios na
América em relação ao de Tordesilhas.
o Tratado de Madri criou a divisão administrativa da América
Portuguesa em Vice-Reinos Oriental e Ocidental.
ENEM
a
b
c
d
e
Questão 9
TEXTO I
 
Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez deles; e daí a
pouco começaram a vir mais. E parece-me que viriam, este dia, à
praia, quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta. Alguns deles
traziam arcos e flechas, que todos trocaram por carapuças ou por
qualquer coisa que lhes davam. [...] Andavam todos tão bem-
dispostos, tão bem feitos e galantes com suas tinturas que muito
agradavam.
 
CASTRO, S. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre:L&PM, 1996 (fragmento).
Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta de Pero Vaz
de Caminha e a obra de Portinari retratam a chegada dos
portugueses ao Brasil. Da leitura dos textos, constata-se que
a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das primeiras
manifestações artísticas dos portugueses em terras brasileiras e
preocupa-se apenas com a estética literária.
a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos pintados,
cuja grande significação é a afirmação da arte acadêmica
brasileira e a contestação de uma linguagem moderna.
a carta, como testemunho histórico-político, mostra o olhar do
colonizador sobre a gente da terra, e a pintura destaca, em
primeiro plano, a inquietação dos nativos.
as duas produções, embora usem linguagens diferentes —
verbal e não verbal —, cumprem a mesma função social e
artística.
a pintura e a carta de Caminha são manifestações de grupos
étnicos diferentes, produzidas em um mesmo momento histórico,
retratando a colonização.
ENEM
a
b
c
d
e
Questão 10
TEXTO II
Os santos tornaram-se grandes aliados da Igreja para atrair novos
devotos, pois eram obedientes a Deus e ao poder clerical.
Contando e estimulando o conhecimento sobre a vida dos santos,
a Igreja transmitia aos fiéis os ensinamentos que julgava corretos e
que deviam ser imitados por escravos que, em geral, traziam
outras crenças de suas terras de origem, muito diferentes das que
preconizava a fé católica.
OLIVEIRA, A. J. Negra devoção.Revista de História da Biblioteca
Nacional, n. 20, maio 2007 (adaptado).
Posteriormente ressignificados no interios de certas irmandades e
no contato com outra matriz religiosa, o ícone e a prática
mencionada no texto estiveram desde o século XVII relacionados a
um esforço da Igreja Católica para
reduzir o poder das confrarias.
cristianizar a população afro-brasileira.
espoliar recursos materiais dos cativos.
recrutar libertos para seu corpo eclesiástico.
atender a demanda popular por padroeiros locais.
ENEM
a
b
c
d
e
Questão 11
Os tropeiros foram figuras decisivas na formação de vilarejos e
cidades do Brasil colonial. A palavra tropeiro vem de "tropa" que,
no passado, se referia ao conjunto de homens que transportava
gado e mercadoria. Por volta do século XVIII, muita coisa era
levada de um lugar a outro no lombo de mulas. O tropeirismo
acabou associado à atividade mineradora, cujo auge foi a
exploração de ouro em Minas Gerais e, mais tarde, em Goiás. A
extração de pedras preciosas também atraiu grandes contingentes
populacionais para as nova áreas e, por isso, era cada vez mais
necessário dispor de alimentos e produtos básicos. A alimentação
dos tropeiros era contituída por toucinho, feijão preto, farinha,
pimenta-do-reino, café, fuba e coité (um molho de vinagre com
fruto cáustico espremido). Nos pousos, os tropeiros comiam feijão
quase sem molho com pedaços de carne de sol e toucinho, que
era servido com farofa e couve picada. O feijão tropeiro é um dos
pratos típicos da cozinha mineira e recebe esse nome porque era
preparado pelos cozinheiros das tropas que conduziam o gado.
Disponível em http://www.tribunadoplanato.com.br. Acesso em 27
nov. 2008
A criação do feijão tropeiro na culinária brasileira está relacionada
à
atividade comercial exercida pelos homens que trabalhavam
nas minas.
atividade culinária exercida pelos moradores cozinheiros que
viviam nas regiões das minas.
atividade mercantil exercida pelos homens que transportavam
gado e mercadoria.
atividade agropecuária exercida pelos tropeiros que
necessitavam dispor de alimentos.
atividade mineradora exercida pelos tropeiros no auge da
exploração do ouro.
ENEM
a
b
c
d
e
Questão 12
No tempo da independência do Brasil, circulavam nas classes
populares do Recife trovas que faziam alusão à revolta escrava do
Haiti:
 
Marinheiros e caiados
Todos devem se acabar,
Porque só pardos e pretos
O país hão de habitar. 
AMARAL, F. P. do. Apud CARVALHO, A. Estudos pernambucanos.
 Recife: Cultura Acadêmica, 1907
O período da independência do Brasil registra conflitos raciais,
como se depreende
dos rumores acerca da revolta escrava do Haiti,
que circulavam entre a população escrava e entre os mestiços
pobres, alimentando seu desejo por mudanças.
da rejeição aos portugueses, brancos, que significava a
rejeição à opressão da Metrópole, como ocorreu na Noite das
Garrafadas.
do apoio que escravos e negros forros deram à monarquia,
com a perspectiva de receber sua proteção contra as injustiças do
sistema escravista.
do repúdio que os escravos trabalhadores dos
portos demonstravam contra os marinheiros, porque
estes representavam a elite branca opressora.
da expulsão de vários líderes negros independentistas, que
defendiam a implantação de uma república negra, a exemplo do
Haiti.
ENEM
a
b
c
d
e
Questão 13
Torna-se claro que quem descobriu a África no Brasil, muito antes
dos europeus, foram os próprios africanos trazidos como escravos.
E esta descoberta não se restringia apenas ao reino linguístico,
estendia-se também a outras áreas culturais, inclusive à da
religião. Há razões para pensar que os africanos, quando
misturados e transportados ao Brasil, não demoraram em perceber
a existência entre si de elos culturais mais profundos.
SLENES, R. Malungu, ngoma vem! África coberta e descoberta do
Brasil. Revista USP, n. 12, dez./jan./fev. 1991-92 (adaptado). 
Com base no texto, ao favorecer o contato de indivíduos de
diferentes partes da África, a experiência da escravidão no Brasil
tornou possível a
formação de uma identidade cultural afro-brasileira.
superação de aspectos culturais africanos por
antigas tradições europeias.
reprodução de conflitos entre grupos étnicos africanos.
manutenção das características culturais específicas de cada
etnia.
resistência à incorporação de elementos culturais indígenas.
ENEM
a
b
c
d
e
Questão 14
 O processamento da mandioca era uma atividade já realizada
pelos nativos que viviam no Brasil antes da chegada de
portugueses e africanos. Entretanto, ao longo do processo de
colonização portuguesa, a produção da farinha foi aperfeiçoada e
ampliada, tornando-se lugar- comum em todo o território da colônia
portuguesa na América. Com a consolidação do comércio atlântico
em suas diferentes conexões, a farinha atravessou os mares e
chegou aos mercados africanos.
BEZERRA,N.R. Escravidão, farinha e tráfico atlântico: um novo
olhar sobre as relações entre 0 Rio de Janeiro e Benguela (1790-
1830). Disponível em: www bn .br. Acesso em: 20 ago. 2014
(adaptado).
 
Considerando a formação do espaço atlântico, esse produto
exemplifica historicamente a
difusão de hábitos alimentares.
disseminação de rituais festivos.
ampliação dos saberes autóctones.
apropriação de costumes guerreiros.
diversificação de oferendas religiosas.
ENEM
a
b
c
d
e
Questão 15
Hoje em dia, nas grandes cidades, enterrar os mortos é uma
prática quase íntima, que diz respeito apenas à família. A menos, é
claro, que se trate de uma personalidade conhecida. Entretanto,
isso nem sempre foi assim. Para um historiador, os sepultamentos
são uma fonte de informações importantes para que
se compreenda, por exemplo, a vida política das sociedades. 
No que se refere às práticas sociais ligadas aos sepultamentos,
na Grécia Antiga, as cerimônias fúnebres eram desvalorizadas,
porque o mais importante era a democracia experimentada pelos
vivos.
na Idade Média, a Igreja tinha pouca influência sobre os rituais
fúnebres, preocupando-se mais com a salvação da alma.
no Brasil colônia, o sepultamento dos mortos nas igrejas era
regido pela observância da hierarquia social.
na época da Reforma, o catolicismo condenou os excessos de
gastos que a burguesia fazia para sepultar seus mortos.
no período posterior à Revolução Francesa, devido as grandes
perturbações sociais, abandona-se a prática do luto.
ENEM
a
b
c
d
e
Questão 16
As camadas dirigentes paulistas na segunda metade do século
XIX recorriam à história e à figura dos bandeirantes. Para os
paulistas, desde o início da colonização, oshabitantes de
Piratininga (antigo nome de São Paulo) tinham sido responsáveis
pel ampliação do território nacional, enriquecendo a metróple
portuguesa com ouro e expandindo suas possessões. Graças à
integração territorial que promoveram, os bandeirantes eram tidos
ainda como fundadores da unidade nacional. Representavam a
lealdade à província de São Paulo e ao Brasil
ABUD, K. M. Paulistas, uni-vos! Revista de História da Biblioteca
Nacional. n, 34, 1 jul. 2008 (adaptado).
 
No período da história nacional analisado, a estratégia descrita
tinha como objetivo
promover o pioneirismo industrial pela substituição de
importações.
questionar o governo regencial após a descentralização
administrativa.
recuperar a hegemonia perdida com o fim da política do café
com leite.
aumentar a participação política em função da expansão
cafeeira.
legitimar o movimento abolicionista durante a crise do
escravismo.
ENEM
a
b
c
d
e
Questão 17
A transferência da corte trouxe para a América portuguesa a
família real e o governo da Metrópole. Trouxe também, e
sobretudo, boa parte do aparato administrativo português.
Personalidades diversas e funcionários régios continuaram
embarcando para o Brasil atrás da corte, dos seus empregos e dos
seus parentes após o ano de 1808.
NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada
no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1997
Os fatos apresentados se relacionam ao processo de
independência da América portuguesa por terem
incentivado o clamor popular por liberdade.
enfraquecido o pacto de dominação metropolitana.
motivado as revoltas escravas contra a elite colonial.
obtido o apoio do grupo constitucionalista português.
provocado os movimentos separatistas das províncias.
ENEM Digital
a
b
c
d
e
Questão 18
 Dias depois da morte de D. Mariquinha, Seu Lula, todo de luto,
reuniu os negros no pátio da casa-grande e falou para eles. A voz
não era mais aquela voz mansa de outros tempos. Agora Seu Lula
era o dono de tudo. O feitor, o negro Deodato, recebera as suas
instruções aos gritos. Seu Lula não queria vadiação naquele
engenho. Agora, todas as tardes, os negros teriam que rezar as
ave-marias. Negro não podia mais andar de reza para S. Cosme e
S. Damião. Aquilo era feitiçaria. [...]
 
 E o feitor Deodato, com a proteção do senhor, começou a tratar
a escravatura como um carrasco. O chicote cantava no lombo dos
negros, sem piedade. Todos os dias chegavam negros chorando
aos pés de D. Amélia, pedindo valia, proteção contra o chicote do
Deodato. A fama da maldade do feitor espalhara-se pela várzea. O
senhor de engenho do Santa Fé tinha um escravo que matava
negro na peia. [...] E o Santa Fé foi ficando assim o engenho
sinistro da várzea.
RÊGO, J. L. Fogo morto. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989.
 
A condição dos trabalhadores escravizados do Santa Fé torna-se
exponencialmente aflitiva após a morte da senhora do engenho.
 
Nessa passagem, o sofrimento a que se submetem é intensificado
pela reação à
mania do novo senhor de se dirigir a eles aos gritos. 
saudade do afeto antes dispensado por D. Mariquinha. 
privação sumária de suas crenças e práticas ritualísticas. 
inércia moral de D. Amélia ante as imposições do marido. 
reputação do Santa Fé de lugar funesto a seus moradores.
ENEM
a
b
c
d
e
Questão 19
 O movimento sedicioso ocorrido na capitania de Pernambuco, no
ano 1817, foi analisado de formas diferentes por dois meios de
comunicação daquela época. O Correio Braziliense apontou para o
fato de ser “a comoção no Brasil motivada por um
descontentamento geral, e não por maquinações de alguns
indivíduos”. Já a Gazeta do Rio de Janeiro considerou o
movimento como um “pontual desvio de norma, apenas uma
'mancha' nas 'páginas da História Portuguesa", tão distinta pelos
testemunhos de amor e respeito que os vassalos desta nação
consagram ao seu soberano”.
JANCSÔ. I. PIMENTA. J P Peças de um mosaico. in: MOTA, C. G
(Org ) Viagem Incompleta. 8 experiência brasileira (1500-2000)
São Paulo Senac, 2000 (adaptado)
 
Os fragmentos das matérias jornalísticas sobre o acontecimento,
embora com percepções diversas, relacionam-se a um aspecto do
processo de independência da colônia luso-americana expresso
em dissensões entre
quadros dirigentes em torno da abolição da ordem
escravocrata.
grupos regionais acerca da configuração politico-territorial.
intelectuais laicos acerca da revogação do domínio
eclesiástico.
homens livres em torno da extensão do direito de voto.
elites locais acerca da ordenação do monopólio fundiário.
ENEM
a
b
c
d
e
Questão 20
 A rebelião luso-brasileira em Pernambuco começou a ser urdida
em 1644 e explodiu em 13 de junho de 1645, dia de Santo Antônio.
Uma das primeiras medidas de João Fernandes foi decretar nulas
as dívidas que os rebeldes tinham com os holandeses. Houve
grande adesão da “nobreza da terra”, entusiasmada com esta
proclamação heroica.
VAINFAS. R Guerra declarada e paz fingida na restauração
portuguesa. Tempo, n. 27, 2009.
 
O desencadeamento dessa revolta na América portuguesa
seiscentista foi o resultado do(a)
fraqueza bélica dos protestantes batavos.
comércio transatlântico da África ocidental.
auxílio financeiro dos negociantes flamengos.
diplomacia internacional dos Estados ibéricos.
interesse econômico dos senhores de engenho.
ENEM LIBRAS
a
b
c
d
e
Questão 21
 Na segunda metade do século XIX, a capoeira era uma marca
da tradição rebelde da população trabalhadora urbana na maior
cidade do Império do Brasil, que reunia escravos e livres,
brasileiros e imigrantes, jovens e adultos, negros e brancos. O que
mais os unia era pertencer aos porões da sociedade, e na última
escala do piso social estavam os escravos africanos.
SOARES, C. E. L. Capoeira mata um. In: FIGUEIREDO, L. História
do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013.
 
De acordo com o texto, um fator que contribuiu para a construção
da tradição mencionada foi a
elitização de ritos católicos.
desorganização da vida rural.
redução da desigualdade racial.
mercantilização da cultura popular.
diversificação dos grupos participantes.
ENEM
a
b
c
d
e
Questão 22
No final do século XVI, na Bahia, Guiomar de Oliveira denunciou
Antônia Nóbrega à Inquisição. Segundo o depoimento, esta lhe
dava “uns pós não sabe de quê, e outros pós de osso de finado, os
quais pós ela confessante deu a beber em vinho ao dito seu
marido para ser seu amigo e serem bem-casados, e que todas
estas coisas fez tendo-lhe dito a dita Antônia e ensinado que eram
coisas diabólicas e que os diabos lha ensinaram”. 
ARAÚJO, E. O teatro dos vícios. Transgressão e transigência na
 sociedade urbana colonial. Brasília: UnB/José Olympio, 1997. 
Do ponto de vista da Inquisição,
o problema dos métodos citados no trecho residia
na dissimulação, que acabava por enganar o enfeitiçado.
o diabo era um concorrente poderoso da autoridade da Igreja e
somente a justiça do fogo poderia eliminá-lo.
os ingredientes em decomposição das poções mágicas eram
condenados porque afetavam a saúde da população.
as feiticeiras representavam séria ameaça à sociedade, pois
eram perceptíveis suas tendências feministas.
os cristãos deviam preservar a instituição do casamento
recorrendo exclusivamente aos ensinamentos da Igreja.
ENEM
a
b
c
d
e
Questão 23
 A partir da segunda metade do século XVIII, o número de
escravos recém-chegados cresce no Rio e se estabiliza na Bahia.
Nenhum lugar servia tão bem à recepção de escravos quanto o
Rio de Janeiro.
FRANÇA, R.O tamanho real da escravidão. O Globo, 5 abr. 2015
(adaptado).
 
Na matéria, o jornalista informa uma mudança na dinâmica do
tráfico atlântico que está relacionada à seguinte atividade:
Coleta de drogas do sertão.
Extração de metais preciosos.
Adoção da pecuária extensiva.
Retirada de madeira do litoral.
Exploração da lavoura de tabaco.
ENEM
a
b
c
d
e
Questão 24
Próximo da Igreja dedicada a São Gonçalo nos deparamos com
uma impressionante multidão que dançava ao som de suas violas.
Tão logo viram o ViceRei, cercaram-no e o obrigarama dançar e
pular, exercício violento e pouco apropriado tanto para sua idade
quanto posição. Tivemos nós mesmos que entrar na dança, por
bem ou por mal, e não deixou de ser interessante ver numa igreja
padres, mulheres, frades, cavalheiros e escravos a dançar e pular
misturados, e a gritar a plenos pulmões “Viva São Gonçalo do
Amarante”.
 
BARBINAIS, Le Gentil. Noveau Voyage autour du monde. Apud:
TINHORÃO, J. R. As festas no Brasil Colonial. São Paulo: Ed. 34,
2000 (adaptado). 
O viajante francês, ao descrever suas impressões sobre uma festa
ocorrida em Salvador, em 1717, demonstra dificuldade em
entendê-la, porque, como outras manifestações religiosas do
período colonial, ela
seguia os preceitos advindos da hierarquia católica romana.
demarcava a submissão do povo à autoridade constituída.
definia o pertencimento dos padres às camadas populares.
afirmava um sentido comunitário de partilha da devoção.
harmonizava as relações sociais entre escravos e senhores.
ENEM
a
b
c
d
e
Questão 25
Iniciou-se em 1903 a introdução de obras de arte com
representações de bandeirantes no acervo do Museu Paulista,
mediante a aquisição de uma tela que homenageava o sertanista
que comandara a destruição do Quilombo de Palmares. Essa
aquisição, viabilizada por verba estadual, foi simultânea à
emergência de uma interpretação histórica que apontava o
fenômeno dosertanismo paulista como o elo decisivo entre a
trajetória territorial do Brasil e de São Paulo, concepção essa que
se consolidaria entre os historiadores ligados ao Instituto Histórico
e Geográfico de São Paulo ao longo das três primeiras décadas do
século XX.
MARINS, P. C. G. Nas matas com pose de reis: a representação
de bandeirantes e a tradição da retratística monárquica europeia.
Revista do LEB, n. 44, fev. 2007.
A prática governamental descrita no texto, com a escolha dos
temas das obras, tinha como propósito a construção de uma
memória que
afirmava a centralidade de um estado na política do país.
resgatava a importância da resistência escrava na história
brasileira.
evidenciava a importância da produção artística no contexto
regional.
valorizava a saga histórica do povo na afirmação de uma
memória social.
destacava a presença do indígena no desbravamento do
território colonial.
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Questão 26
 As convicções religiosas dos escravos eram entretanto
colocadas a duras provas quando de sua chegada ao Novo
Mundo, onde eram batizados obrigatoriamente “para a salvação de
sua alma” e deviam curvar-se às doutrinas religiosas de seus
mestres. Iemanjá, mãe de numerosos outros orixás, foi
sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, e Nanã Buruku, a
mais idosa das divindades das águas, foi comparada a Sant’Ana,
mãe da Virgem Maria.
VERGER, P. Orixás: deuses iorubás na África e no Novo Mundo.
São Paulo: Corrupio, 1981.
 
O sincretismo religioso no Brasil colônia foi uma estratégia
utilizada pelos negros escravizados para
compreender o papel do sagrado para a cultura europeia.
garantir a aceitação pelas comunidades dos convertidos.
preservar as crenças e a sua relação com o sagrado.
integrar as distintas culturas no Novo Mundo.
possibilitar a adoração de santos católicos.
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Questão 27
Quando os portugueses se instalaram no Brasil, o país era
povoado de índios. Importaram, depois, da África, grande número
de escravos. O Português, o Índio e o Negro constituem, durante o
período colonial, as três bases da população brasileira. Mas no
que se refere à cultura, a contribuição do Português foi de longe a
mais notada.
Durante muito tempo o português e o tupi viveram lado a lado
como línguas de comunicação. Era o tupi que utilizavam os
bandeirantes nas suas expedições. Em 1694, dizia o Padre
Antônio Vieira que “as famílias dos portugueses e índios em São
Paulo estão tão ligadas hoje umas com as outras, que as mulheres
e os filhos se criam mística e domesticamente, e a língua que nas
ditas famílias se fala é a dos Índios, e a portuguesa a vão os
meninos aprender à escola.”
TEYSSIER, P. História da língua portuguesa . Lisboa: Livraria Sá
da Costa, 1984 (adaptado).
A identidade de uma nação está diretamente ligada à cultura de
seu povo. O texto mostra que, no período colonial brasileiro, o
Português, o Índio e o Negro formaram a base da população e que
o patrimônio linguístico brasileiro é resultado da
contribuição dos índios na escolarização dos brasileiros.
diferença entre as línguas dos colonizadores e as dos
indígenas.
importância do padre Antônio Vieira para a literatura de língua
portuguesa.
origem das diferenças entre a língua portuguesa e as línguas
tupi.
interação pacífica no uso da língua portuguesa e da língua tupi.
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Questão 28
TEXTO I
Documentos do século XVI algumas vezes se referem aos
habitantes indígenas como “os brasis”, ou “gente brasília” e,
ocasionalmente no século XVII, o termo "brasileiro" era a eles
aplicado, mas as referências ao status econômico e jurídico
desses eram muito mais populares. Assim, os termos “negro da
terra” e “índios” eram utilizados com mais frequência do que
qualquer outro.
SCHAWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação .
Pensando o Brasil: a construção de um povo. In: MOTA, C. G.
(Org.).Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000).
São Paulo: Senac, 2000 (adaptado).
TEXTO II
Índio é um conceito construído no processo de conquista da
América pelos europeus. Desinteressados pela diversidade
cultural, imbuídos de forte preconceito para com o outro, o
indivíduo de outras culturas, espanhóis, portugueses, franceses e
anglo-saxões terminaram por denominar da mesma forma povos
tão díspares quanto os tupinambás e os astecas.
SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São
Paulo: Contexto, 2005.
Ao comparar os textos, as formas de designação dos grupos
nativos pelos europeus, durante o período analisado, são
reveladoras da
concepção idealizada do território, entendido como
geograficamente indiferenciado.
percepção corrente de uma ancestralidade comum às
populações ameríndias.
compreensão etnocêntrica acerca das populações dos
territórios conquistados.
transposição direta das categorias originadas no imaginário
medieval.
visão utópica configurada a partir de fantasias de riqueza.
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Questão 29
O que ocorreu na Bahia de 1798, ao contráro das outras situações
de contestação política na América portuguesa, é que o projeto
que lhe era subjacente não tocou somente na condição, ou no
instrumento, da integração subordinada das colônias no império
luso. Dessa feita, ao contrário do que se deu nas Minas Gerais
(1789), a sedição avançou sobre a sua decorrência.
JANCSÓ, I.; PIMENTA, J. P. Peças de um mosaico. In: MOTA, C.
G. (Org).).Viagem incompleta: a experiência Brasileira (1500-
2000). São Paulo: Senac, 2000.
a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000. A
diferença entre as sedições abordadas no texto encontrava-se na
pretensão de
eliminar a hierarquia militar.
abolir a escravidão africana.
anular o domínio metropolitano.
suprimir a propriedade fundiária.
extinguir o absolutismo monárquico.
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Questão 30
TEXTO I
E pois que em outra cousa nesta parte me não posso vingar do
demônio, admoesto da parte da cruz de Cristo Jesus a todos que
este lugar lerem, que deem a esta terra o nome que com tanta
solenidade lhe foi posto, sob pena de a mesma cruz que nos há de
ser mostrada no dia final, os acusar de mais devotos do pau-brasil
que dela.
 
TEXTO II
E deste modo se hão os povoadores, os quais, por mais
arraigados que na terra estejam e mais ricos que sejam, tudo
pretendem levar a Portugal, e, se as fazendas e bens que
possuem souberam falar, também lhes houveram de ensinar a
dizer como os papagaios, aos quais a primeira coisa que ensinam
é: papagaio real para Portugal, porque tudo querem para lá.
SALVADOR. F. V In: SOUZA, L. M. (Org.). História da vida privada
no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São
Paulo: Cia. das Letras, 1997.
As críticas desses cronistas ao processo decolonização
portuguesa na América estavam relacionadas à
utilização do trabalho escravo.
implantação de polos urbanos.
devastação de áreas naturais.
ocupação de terras indígenas.
expropriação de riquezas locais.
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Questão 31
 Eu, Dom João, pela graça de Deus, faço saber a V. Mercê que
me aprouve banir para essa cidade vários ciganos — homens,
mulheres e crianças — devido ao seu escandaloso procedimento
neste reino. Tiveram ordem de seguir em diversos navios
destinados a esse porto, e, tendo eu proibido, por lei recente, o
uso da sua língua habitual, ordeno a V. Mercê que cumpra essa lei
sob ameaça de penalidades, não permitindo que ensinem dita
língua a seus filhos, de maneira que daqui por diante o seu uso
desapareça.
TEIXEIRA, R C. História dos ciganos no Brasil Recdo Núciso ce
Estudos Ciganos. 2008
 
A ordem emanada da Coroa portuguesa para sua colônia
americana, em 1718, apresentava um tratamento da identidade
cultural pautado em
converter grupos infiéis à religião oficial.
suprimir formas divergentes de interação social.
evitar envolvimento estrangeiro na economia local.
reprimir indivíduos engajados em revoltas nativistas.
controlar manifestações artísticas de comunidades autóctones.
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Questão 32
Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado porque
padeceis em um modo muito semelhante o que o mesmo Senhor
padeceu na sua cruz e em toda a sua paixão. A sua cruz foi
composta de dois madeiros, e a vossa em um engenho é de três.
Também ali não faltaram as canas, porque duas vezes entraram
na Paixão: uma vez servindo para o cetro de escárnio, e outra vez
para a esponja em que lhe deram o fel. A Paixão de Cristo parte foi
de noite sem dormir, parte foi de dia sem descansar, e tais são as
vossas noites e os vossos dias. Cristo despido, e vós despidos;
Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado, e vós
maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os açoites, as chagas,
os nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a vossa imitação,
que, se for acompanhada de paciência, também terá merecimento
de martírio.
VIEIRA, A. Sermões. Tomo XI. Porto: Lello & Irmão, 1951
(adaptado). 
O trecho do sermão do Padre Antônio Vieira estabelece uma
relação entre a Paixão de Cristo e
a atividade dos comerciantes de açúcar nos portos brasileiros.
a função dos mestres de açúcar durante a safra de cana.
o sofrimento dos jesuítas na conversão dos ameríndios.
o papel dos senhores na administração dos engenhos.
o trabalho dos escravos na produção de açúcar.
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Questão 33
O índio era o único elemento então disponível para ajudar o
colonizador como agricultor, pescador, guia, conhecedor da
natureza tropical e, para tudo isso, deveria ser tratado como gente,
ter reconhecidas sua inocência e alma na medida do possível. A
discussão religiosa e jurídica em torno dos limites da liberdade dos
índios se confundiu com uma disputa entre jesuítas e colonos. Os
padres se apresentavam como defensores da liberdade,
enfrentando a cobiça desenfreada dos colonos.
CALDEIRA, J. A nação mercantilista. São Paulo: Editora 34, 1999
(adaptado).
Entre os séculos XVI e XVIII, os jesuítas buscaram a conversão
dos indígenas ao catolicismo. Essa aproximação dos jesuítas em
relação ao mundo indígena foi mediada pela
demarcação do território indígena.
manutenção da organização familiar.
valorização dos líderes religiosos indígenas.
preservação do costume das moradias coletivas.
comunicação pela língua geral baseada no tupi.
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Questão 34
 Porque todos confessamos não se poder viver sem alguns
escravos, que busquem a lenha e a água, e façam cada dia o pão
que se come, e outros serviços que não são possíveis poderem-se
fazer pelos Irmãos Jesuítas, máxime sendo tão poucos, que seria
necessário deixar as confissões e tudo mais. Parece-me que a
Companhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, justamente, por
meios que as Constituições permitem, quando puder para nossos
colégios e casas de meninos.
LEITE. S. História da Companhia de Jesus no Brasil. Rio de
Janeiro Civilização Brasileira. 1938 (adaptado)
 
O texto explicita premissas da expansão ultramarina portuguesa
ao buscar justificar a
propagação do ideário cristão.
valorização do trabalho braçal.
adoção do cativeiro na Colônia.
adesão ao ascetismo contemplativo.
alfabetização dos indígenas nas Missões.
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Questão 35
 As pessoas do Rio de Janeiro se fazem transportar em
cadeirinhas bem douradas sustentadas por negros. Esta cadeira é
seguida por um ou dois negros domésticos, trajados de librés mas
com os pés nus. Se é uma mulher que se transporta, ela tem
frequentemente quatro ou cinco negras indumentadas com asseio;
elas vão enfeitadas com muitos colares e brincos de ouro. Outras
são levadas em uma rede. Os que querem andar a pé são
acompanhados por um negro, que leva uma sombrinha ou guarda-
chuva, como se queira chamar.
LARA, S. H. Fragmentos setecentistas. São Paulo: Cia. das Letras,
2007 (adaptado).
 
Essas práticas, relatadas pelo capelão de um navio que ancorou
na cidade do Rio de Janeiro em dezembro de 1748, simbolizavam
o seguinte aspecto da sociedade colonial:
A devoção de criados aos proprietários, como expressão da
harmonia do elo patriarcal.
A utilização de escravos bem-vestidos em atividades
degradantes, como marca da hierarquia social. 
A mobilização de séquitos nos passeios, como evidência do
medo da violência nos centros urbanos.
A inserção de cativos na prestação de serviços pessoais, como
fase de transição para o trabalho livre. 
A concessão de vestes opulentas aos agregados, como forma
de amparo concedido pela elite senhorial.
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Questão 36
O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa
pelos árabes no século VIII, durante a Idade Média, mas foi
principalmente a partir das Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua
procura foi aumentando. Nessa época passou a ser importado do
Oriente Médio e produzido em pequena escala no sul da Itália,
mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente caro,
chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras.
CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716).
São Paulo: Atual, 1996.
Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o
produto escolhido por Portugal para dar início à colonização
brasileira, em virtude de
o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso.
os árabes serem aliados históricos dos portugueses.
a mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente.
as feitorias africanas facilitarem a comercialização desse
produto.
os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo
semelhante.

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