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SISTEMA DE ENSINO
LEGISLAÇÃO 
ESPECIAL
Lei n. 9.503/1997 – Crimes no Código de 
Trânsito Brasileiro
Livro Eletrônico
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Lei n. 9.503/1997 – Crimes no Código de Trânsito Brasileiro
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Douglas Vargas
Sumário
Lei n. 9.503/1997 – Crimes no Código de Trânsito Brasileiro ................................................................3
Introdução ............................................................................................................................................................................3
1. Aspectos Iniciais ..........................................................................................................................................................3
2. Homicídio Culposo na Direção de Veículo .....................................................................................................4
3. Lesão Culposa na Direção de Veículo Automotor ....................................................................................8
4. Omissão de Socorro ...................................................................................................................................................9
5. Fuga do Local do Acidente ...................................................................................................................................11
6. Embriaguez ao Volante ..........................................................................................................................................12
7. Violação da Suspensão ou Proibição Imposta .........................................................................................15
8. Omissão na Entrega da Permissão ou Habilitação ...............................................................................15
9. Participação em Competição não Autorizada ..........................................................................................16
10. Direção de Veículo Sem Permissão ou Habilitação .............................................................................17
11. Entrega de Veículo à Pessoa não Habilitada ...........................................................................................18
12. Excesso de Velocidade em Determinados Locais ................................................................................18
13. Fraude no Procedimento Apuratório ...........................................................................................................19
14. Parte Procedimental............................................................................................................................................20
15. Agravantes Genéricas ......................................................................................................................................... 22
Resumo ............................................................................................................................................................................... 24
Questões de Concurso ...............................................................................................................................................27
Gabarito ..............................................................................................................................................................................35
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................36
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Douglas Vargas
LEI N. 9.503/1997 – CRIMES NO CÓDIGO DE TRÂNSITO 
BRASILEIRO
Introdução
Olá, querido(a) aluno(a)!
Na aula de legislação hoje, vamos estudar a parte criminal do Código de Trânsito Brasileiro.
Esse é um tema importante – e que recebeu recentes alterações legislativas e jurispruden-
ciais – de modo que merece toda a sua atenção.
Sei que muitos alunos consideram um pouco chato estudar os crimes de trânsito e todas 
as suas nuances, mas faremos o possível para tornar seu estudo o mais dinâmico possível.
Ao final, como de praxe, faremos uma lista de exercícios completa e atualizada para maxi-
mizar o nosso aprendizado.
Um forte abraço e bons estudos!
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (CTB) PARTE CRIMINAL
1. Aspectos InIcIAIs
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é uma lei extensa, e que trata de inúmeros assuntos 
em diversas esferas do Direito.
Nosso foco, na aula de hoje, estará voltado para a parte criminal do CTB, bem como para 
os procedimentos que envolvem a apuração dos crimes de trânsito.
• Veículo Automotor
Diversos tipos penais do CTB tratam de condutas perpetradas na condução de veículo 
automotor. Dessa forma, para bem entender os crimes a seguir, precisamos primeiro defi-
nir o conceito de veículo automotor para fins penais, o qual é apresentado pelo legislador no 
Anexo do CTB:
Veículo Automotor
É todo veículo a motor de propulsão que circule por seus próprios meios, e que serve normalmente 
para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para a tração viária de veículos utilizados para o 
transporte de pessoas e coisas.
O termo compreende os veículos conectados a uma linha elétrica e que não circulam sobre trilhos 
(ônibus elétrico).
• Não integram o conceito de veículo automotor:
− Veículos de propulsão humana (Ex.: Bicicleta);
− Veículos de tração animal (Ex.: Carroça).
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Exemplo de veículos automotores:
Automóveis, vans, motocicletas, caminhões, quadriciclos, ônibus, tratores, caminhonetes, 
entre outros.
Certo. Uma vez de posse desse conceito, podemos iniciar a discussão da parte criminal 
propriamente dita. Mas antes de tratar da parte procedimental, no entanto, vamos estudar os 
crimes em espécie.
Vamos conhecer, detalhadamente, quais são os delitos relacionados ao trânsito em nosso 
país, para só depois tratar dos procedimentos e dos efeitos da condenação por tais delitos.
DOS CRIMES
2. HomIcídIo culposo nA dIreção de Veículo
CTB, art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:
Penas — detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a 
habilitação para dirigir veículo automotor.
Em primeiro lugar, temos o delito de homicídio culposo na direção de veículo automotor. 
Tal delito atualmente está previsto de forma específica no CTB, embora fosse tipificado como 
homicídio culposo comum (art. 121, parágrafo 3º) antes da vigência da lei n. 9.503/1997.
A decisão de tipificar tanto o delito de lesões corporais culposas e de homicídio culposo 
separadamente, através do CTB e em norma especial, se deu por conta da divulgação de esta-
tísticas que incluíram o Brasil como um dos recordistas mundiais em mortes no trânsito – ato 
em que o legislador decidiu introduzir delitos específicos mais graves do que os previstos no 
Código Penal.
O delito é praticado na modalidade culposa, de modo que se deve verificar a presença de 
imprudência, negligência ou imperícia, o que se caracteriza usualmente analisando se o agente 
desrespeitou normas de segurança no trânsito (tais como dirigindo na contramão,em excesso 
de velocidade, embriagado ou conversando ao telefone, por exemplo).
A culpa exclusiva da vítima afasta a responsabilização do motorista.
É o que acontece, por exemplo, quando um indivíduo se joga na frente de um veículo que 
transitava na velocidade da via, com o objetivo de suicidar-se.
Nesse caso, não há que se falar em homicídio culposo na direção do veículo, haja vista a 
culpa exclusiva da vítima no caso concreto.
Cabe observar, no entanto, que se a culpa for RECÍPROCA (tanto a vítima quanto o autor 
tiveram sua parcela de culpa no acidente), o motorista deve responder pelo delito.
Outro ponto importante é o requisito de que o autor esteja dirigindo veículo automotor para 
a configuração do delito. Outros tipos de homicídio culposo que envolvam situação de trânsito, 
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mas causados por indivíduo que não estava dirigindo não serão tipificados com base no art. 
302 do CTB, e sim no Código Penal (Homicídio culposo comum).
Por exemplo:
EXEMPLO
Passageiro de motocicleta faz brincadeira que vem a desequilibrar o condutor, causando um 
acidente e o óbito deste último.
Nesse caso, temos um homicídio culposo em situação de trânsito, porém cujo autor não 
estava conduzindo o veículo. A conduta será tipificada com base no art. 121 do Código Penal 
– e não com base no art. 302 do Código de Trânsito.
• Embriaguez & Jurisprudência:
Sempre foi objeto de grande debate a questão do homicídio na direção de veículo pratica-
do por condutor embriagado. Para alguns, a conduta seria homicídio culposo, enquanto para 
outros, homicídio doloso por dolo eventual (pois em tese, quem opta por dirigir embriagado 
assume o risco de causar a morte de alguém em um acidente).
Inicialmente, não havia definição legal específica para o tema, havendo o STF se posicio-
nado no sentido de que ambas as hipóteses (homicídio culposo ou doloso) eram possíveis, 
dependendo das circunstâncias do caso concreto.
Com vistas a resolver tal debate sobre o tema, o legislador editou diversas alterações no 
CTB, através das leis 12.971/14, 13.281/2016 e 13.546/2017, sendo que apenas esta última 
apresenta um mandamento mais claro para a solução do conflito.
De todo modo, é importante conhecer os seguintes pontos desse histórico de alterações:
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1) Após a edição da lei n. 13.281/2016, porém antes da existência da lei n. 13.546/2017, 
o STF chegou a se manifestar sobre o caso de embriaguez e homicídio na direção de veículo, 
sem, no entanto, chegar a um consenso.
À época, os Ministros se posicionaram no sentido de que a tipificação dependeria das cir-
cunstâncias que envolvem a embriaguez e a condução do veículo em cada caso.
2) Ainda sobre este assunto, em 06/12/2017 o STJ entendeu em sede de Recurso Especial 
(REsp 1.689.173), que a embriaguez, de forma isolada, não é suficiente para configurar dolo 
eventual em caso de acidente de trânsito com morte da vítima:
JURISPRUDÊNCIA
“A embriaguez do agente condutor do automóvel, por si só, não pode servir de premissa 
bastante para a afirmação do dolo eventual em acidente de trânsito com resultado morte.
A embriaguez do agente condutor do automóvel, sem o acréscimo de outras peculiarida-
des, não pode servir como presunção de que houve dolo eventual.”
STJ. 6ª Turma. REsp 1689173-SC, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, julgado em 21/11/2017 
(Info 623). Fonte: Dizer o direito.
De todo modo, e embora ainda seja importante conhecer os julgados acima (pois o exami-
nador pode tratar deles de forma específica), lembre-se que esses são posicionamentos exa-
rados ANTES da vigência da lei n. 13.546/2017, diploma que criou nova disposição legal mais 
recente (e vigente) sobre o tema.
• Lei n. 13.546/2017 & Embriaguez:
Art. 302 [...]
§ 3º Se o agente conduz veículo automotor sob a influência de álcool ou de qualquer outra substân-
cia psicoativa que determine dependência: (Incluído pela Lei n. 13.546, de 2017)
Penas – reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou proibição do direito de se obter a permissão 
ou a habilitação para dirigir veículo automotor. (Incluído pela Lei n. 13.546, de 2017)
Após toda a discussão jurídica (a qual apresentamos no tópico anterior) sobre o homicídio 
culposo praticado sob efeitos de álcool, o legislador adicionou o §3º ao art. 302, agravando a 
situação do agente que pratica o delito nessas circunstâncias.
Dessa forma, o art. 302 passa a prever três figuras diferentes:
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Para fixar melhor:
• Aumento de pena:
Finalizando, é preciso que você conheça as seguintes causas de aumento de pena aplicá-
veis ao homicídio culposo na direção de veículo automotor (Art. 302, §1º):
I – — Se o agente não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação.
II – — Se o crime for cometido na faixa de pedestres ou na calçada.
III – — Se o agente deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do 
acidente.
IV – — Se o agente, no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de trans-
porte de passageiro.
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3. lesão culposA nA dIreção de Veículo Automotor
Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:
Penas — detenção de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou 
habilitação para dirigir veículo automotor.
O delito de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor tem basicamente os 
mesmos requisitos do art. 302. A diferença, efetivamente, é que a vítima não vem a falecer – 
mas apenas a se lesionar com a conduta do agente.
Note que a gravidade da lesão não muda a tipificação do delito, mas deverá ser levada em 
consideração pelo magistrado no momento de fixar a pena.
Aplicam-se, ao delito de lesão corporal culposa na direção de veículo, as mesmas causas 
de aumento de pena do homicídio culposo previsto no art. 302.
• Ação Penal & Lei n. 9.099/1995:
No caso do art. 303 a regra é a aplicabilidade dos institutos da Lei n. 9.099/1995. Além 
disso, o delito se processa mediante ação penal pública condicionada a representação.
No entanto, nos casos de lesão corporal praticada nos termos do art. 291, parágrafo 1º 
(Condutor embriagado, participando de racha ou transitandoem velocidade superior à máxima 
permitida em 50km/h), tal regra não se aplicará, o que resulta no seguinte:
A ação penal passa a ser pública incondicionada;
• Deve ser instaurado inquérito para apurar a infração penal;
• Não serão mais cabíveis os benefícios de composição civil e de transação penal pre-
vistos na lei n. 9.099/1995.
• Previsão da Lei n. 13.546/2017:
Cabe ainda informar que o legislador, ao editar a lei n. 13.546/2017, adicionou uma qualifi-
cadora ao delito em estudo, incluindo o §2º no texto legal:
Art. 303. (...)
§ 2º A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a cinco anos, sem prejuízo das outras penas 
previstas neste artigo, se o agente conduz o veículo com capacidade psicomotora alterada em razão 
da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência, e se do crime 
resultar lesão corporal de natureza grave ou gravíssima.
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Dessa forma, podemos esquematizar o art. 303 do CTB da seguinte maneira:
Lembre-se ainda dos requisitos para configuração do art. 303, §2º:
4. omIssão de socorro
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à víti-
ma, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade 
pública:
Penas — detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime 
mais grave.
Trata-se de crime omissivo puro, no qual o autor deixa de fazer algo que deveria. A conduta 
é bastante simples, haja vista que o condutor do veículo tem duas responsabilidades ao causar 
um acidente com vítima:
• Prestar imediato socorro;
• Se não puder fazê-lo (com justa causa), solicitar auxílio da autoridade pública.
Se o condutor não o fizer, irá incorrer nas penas do art. 304. No entanto, cabe observar os 
seguintes detalhes:
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• Se a vítima sofre lesões MUITO LEVES, as quais não ensejam atendimento emergencial 
(um simples arranhão, por exemplo), a doutrina entende que não se pode cogitar a con-
figuração do art. 304.
Veja que estamos falando de lesões MUITO LEVES, e não de lesões leves, nos termos do pará-
grafo 1º do artigo em estudo.
• Art. 304, §1º:
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua 
omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com feri-
mentos leves.
Além disso, cabe observar que mesmo nos casos em que a culpa é exclusiva da vítima, ou 
que o acidente tenha ocorrido sem que o condutor tenha sido imprudente, imperito ou negli-
gente, o delito do art. 304 irá se configurar, pois há um dever de cidadania em prestar socorro, 
mesmo que não sejamos responsáveis pelo que aconteceu.
Por fim, é muito importante que o aluno tome cuidado com o seguinte:
O art. 304 só se configura se o condutor NÃO AGIU CULPOSAMENTE.
Especificamente no caso de homicídio culposo na direção de veículo ou de lesões corporais 
culposas na direção de veículo, se o condutor deixar de prestar socorro, não responderá pelo 
art. 304, mas pelo artigo 302 com a pena aumentada em razão da omissão.
Por fim, se o motorista que não presta socorro não está envolvido no acidente (é um ter-
ceiro, e não o condutor envolvido no fato), responderá pelo crime de omissão de socorro sim-
ples (art. 135 CP), como responderia qualquer pessoa que, ao testemunhar o acidente, deixe 
de prestar socorro ou de acionar as autoridades públicas sendo que poderia fazê-lo sem ris-
co pessoal.
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5. FugA do locAl do AcIdente
Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal 
ou civil que lhe possa ser atribuída:
Penas — detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Este é um delito simples, que tutela a administração da justiça, manifestada no interesse 
estatal em apurar eventuais ilícitos penais e civis. Note que não basta se afastar do local do 
acidente – o condutor deve ter o objetivo de fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe 
possa ser atribuída.
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• Constitucionalidade do crime do art. 305 do CTB:
JURISPRUDÊNCIA
“A regra que prevê o crime do art. 305 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é constitu-
cional, posto não infirmar o princípio da não incriminação, garantido o direito ao silêncio 
e ressalvadas as hipóteses de exclusão da tipicidade e da antijuridicidade.”
STF. Plenário. ADC 35/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/o ac. Min. Edson Fachin, jul-
gado em 9/10/2020 (Info 994). Fonte: Dizer o direito.
6. embrIAguez Ao VolAnte
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência 
do álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência:
Penas — detenção de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permis-
são ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
§ 1º As condutas previstas no caput serão constatadas por:
I – — concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou supe-
rior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou
II – — sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomo-
tora.
§ 2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou to-
xicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito 
admitidos, observado o direito à contraprova.
§ 3º O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos 
para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo.
Esse delito causa muita confusão – pois o art. 306 já foi objeto de inúmeras alterações, 
realizadas pelo legislador com o objetivo de endurecer o tratamento do condutor embriagado 
para garantir maior segurança no trânsito e reduzir o número de acidentes em nosso país.
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O processo de endurecimento das penas aplicáveis ao condutor embriagado começou 
com a aprovação do CTB, que efetivamente transformou o ato de dirigir embriagado em crime. 
É isso mesmo: Antes da vigência do CTB, dirigir embriagado era mera contravenção penal.
O problema é que o CTB ainda assim trouxe uma previsão muito leve. O condutor embriaga-
do deveria dirigir o veículo de forma a expor a dano a incolumidade de outrem – não incorrendo 
no crime se estivesse dirigindo “corretamente”, por assim dizer.
Foi então que veio a chamada Lei seca (11.705/2008), a qual transformou em crime o ato 
de dirigir veículo com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a seis deci-
gramas. Nenhum outro fator complementar era necessário para caracterizar o delito.
O problema da Lei seca, no entanto, estava no fato de que o delito só poderia se comprovar 
através do exame de sangue ou do etilômetro (o famoso “bafômetro”), exame ao qual o condu-
tor não é obrigado a submeter-se, em razão de seu direito a não autoincriminação.
Foi então que o legislador decidiu alterar o texto do CTB, através da lei n. 12.760/2012, a 
qual modificou o art. 306 para apresentar o formato que está em vigor atualmente.
Após tal alteração, a conduta passou a admitir exame clínico, perícia, vídeo, prova teste-
munhal ou outros meios de prova em direito admitidos, o que na prática, permite a autuação 
em flagrante do indivíduo através dos outros meios de prova, assegurando-lhe o direito da 
contraprova.
Independentemente se a mudança é eficaz ou não (juízo este que não cabe a seu professor) 
tal mudança tornou o art. 306 muito mais efetivo e aplicável na prática, pelo seguinte motivo:
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Portanto, agora é possível autuar um condutor por embriaguez sem que este faça o teste 
do etilômetro ou o exame de sangue. É o condutor que, se quiser contradizer os demais meios 
de prova, que terá o direito (e não o dever) de se submeter a tais exames.
Importante!
Em 2019 foi incluído o seguinte parágrafo no delito em estudo:
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§ 4º Poderá ser empregado qualquer aparelho homologado pelo Instituto Nacional de Metrologia, 
Qualidade e Tecnologia – INMETRO – para se determinar o previsto no caput. (Incluído pela Lei n. 
13.840, de 2019)
7. VIolAção dA suspensão ou proIbIção ImpostA
Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir 
veículo automotor imposta com fundamento neste Código:
Penas – detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional de idêntico prazo 
de suspensão ou de proibição.
Neste delito, o legislador busca dar efetividade às medidas de suspensão ou proibição de 
obter permissão/habilitação para dirigir veículo, ao criminalizar a conduta daquele que desres-
peita tais vedações.
8. omIssão nA entregA dA permIssão ou HAbIlItAção
Art. 307
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no prazo estabele-
cido no § 1º do art. 293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
Em certas condutas, é imposta ao condutor a penalidade de entregar a permissão para 
dirigir ou Carteira de Habilitação, dentro do prazo previsto no CTB.
Caso este não o faça, incorrerá nas penas do art. 307. Assim, temos mais uma norma para 
conferir efetividade aos atos da Administração Pública.
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9. pArtIcIpAção em competIção não AutorIzAdA
Cena de “Fast and Furious” com inúmeros envolvidos na conduta do art. 308 CTB
Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou com-
petição automobilística ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo 
automotor, não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de risco à incolumidade 
pública ou privada:
Penas — detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permis-
são ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Eis o delito favorito do Vin Diesel.
Embora romantizada no cinema, a conduta do art. 308 gera grande risco à segurança viária, 
e um alto índice de acidentes graves acaba decorrendo de “rachas” no dia a dia.
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O tipo penal exige três requisitos para sua configuração:
• A competição deve ocorrer em via pública;
• A competição não deve ter autorização das autoridades competentes para ser realizada;
• A disputa deve provocar dano potencial à incolumidade pública ou privada.
• No entanto, não é necessário provar que uma determinada pessoa foi exposta ao perigo. 
A acusação só precisa provar que o modo com que o “racha” foi realizado atentou contra 
as normas de segurança do trânsito – o que o mero excesso de velocidade já é capaz 
de fazer.
A conduta de “participar de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo au-
tomotor” foi inserida pela lei n. 13.546/2017, sendo que anteriormente não integrava o texto 
original do art. 308 do CTB.
10. dIreção de Veículo sem permIssão ou HAbIlItAção
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilita-
ção ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:
Penas — detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Muito cuidado com esse delito: é requisito para sua configuração gerar perigo ou dano. 
Meramente dirigir veículo automotor em via pública sem permissão ou habilitação não será 
suficiente para que a conduta venha a incidir no art. 309 do CTB.
Meramente dirigir veículo automotor sem habilitação e sem gerar perigo de dano é infração 
administrativa.
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11. entregA de Veículoà pessoA não HAbIlItAdA
Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com 
habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, 
física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança:
Penas — detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Este é um delito de simples entendimento. Trata-se da conduta de permitir, confiar ou en-
tregar a direção de veículo automotor a alguém que não possa dirigir em razão das condições 
narradas no tipo penal.
Nada de entregar a chave do seu carro para aquele seu amigo que tomou todas “mas está 
bem para dirigir”, acreditando que o problema é unicamente dele se algo vier a acontecer.
12. excesso de VelocIdAde em determInAdos locAIs
Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hos-
pitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja 
grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano:
Penas — detenção de seis meses a um ano, ou multa.
Trafegar em alta velocidade ou velocidade incompatível com a via pública, em si, é uma 
infração administrativa muito bem conhecida por todos.
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Entretanto, em determinados locais (como escolas e hospitais, por exemplo), tal conduta é 
mais reprovável, haja vista a frequência de crianças ou pessoas debilitadas, as quais são mais 
vulneráveis à imprudência do condutor.
13. FrAude no procedImento ApurAtórIo
Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência 
do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado do 
lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito ou juiz:
Penas — detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não iniciados, quando da inovação, o 
procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.
Trata-se de crime que atenta contra a administração da justiça, na medida em que o agente, 
face a ocorrência de acidente de trânsito com vítima, utiliza-se da modificação do estado das 
coisas ou das pessoas para prejudicar a atuação do poder público na apuração do fato.
O delito pode ser praticado de diversas maneiras. Por exemplo:
• Indivíduo remove placas de sinalização para fazer alegações a seu favor;
• Indivíduo apaga marcas de frenagem de seu carro para influir no resultado da perícia;
• Indivíduo altera a posição do veículo ou do corpo da vítima.
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14. pArte procedImentAl
Uma vez que conhecemos os delitos em espécie, podemos finalmente adentrar alguns de-
talhes procedimentais previstos no CTB.
Primeiramente, façamos a leitura do art. 291 do Código de Trânsito:
Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código, apli-
cam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não 
dispuser de modo diverso, bem como a Lei n. 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.
§ 1º Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei n. 
9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver:
I – — sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência;
II – — participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição 
ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade com-
petente;
III – — transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h;
§ 2º Nas hipóteses previstas no § 1º deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial para a 
investigação da infração penal.
Esse é um daqueles artigos que apresenta várias regras importantes sobre todo o restante 
do diploma legal, tudo de uma vez, e que merece nossa total atenção. Detalhadamente, temos 
o seguinte:
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• Procedimento – Lesão culposa na direção de veículo:
O art. 291, já adiantando a parte procedimental quanto ao delito de lesão culposa na dire-
ção do veículo, define o seguinte:
Até aí tudo bem. O que pega são as exceções apresentadas no parágrafo 1º:
§ 1º Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei n. 
9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver:
I – — sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência;
II – — participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição 
ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade com-
petente;
III – — transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h;
Portanto, se o condutor estiver transitando nas condições dos incisos I, II ou III e vier a cau-
sar lesões culposas na direção do veículo, perderá o direito aos institutos despenalizadores 
previstos nos artigos 74, 76 e 88 da lei n. 9.099/1995.
O delito, portanto, passará a ser de ação pública incondicionada, e será apurado mediante 
INQUÉRITO POLICIAL. Veja que a situação do condutor se agrava bastante nesse caso.
• Suspensão e proibição de habilitação ou permissão para dirigir:
Art. 292. A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo 
automotor pode ser imposta isolada ou cumulativamente com outras penalidades.
Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação, para 
dirigir veículo automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos.
§ 1º Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será intimado a entregar à autoridade 
judiciária, em quarenta e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
§ 2º A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir 
veículo automotor não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação penal, estiver 
recolhido a estabelecimento prisional.
Este tópico é simples e direto, pois trata da possibilidade de penalizar o condutor com a 
suspensão ou proibição que incidirá sobre o direito de dirigir (em suas inúmeras formas).
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Merecem destaque os seguintes fatores:
• Tais penalidades podem ser impostas de forma isolada ou cumulativa.
• Tais penalidades devem ter a duração de 2 meses a 5 anos.
• As penalidades em estudo serão impostas conjuntamente com a pena privativa de liber-
dade no caso dos delitos previstos nos artigos 302, 303, 306, 307 e 308.
• Nos demais delitos, pode-se aplicar a suspensão ou proibição relacionada ao direito de 
dirigir no caso de réu REINCIDENTE na prática de crime previsto no CTB (Art. 296).
O magistrado pode, para garantir a ordem pública, suspender a permissão ou habilitação para 
dirigir veículo do acusado, ou mesmo proibi-lo de obter tais prerrogativas, como medida cau-
telar (Art. 294 CTB).
15. AgrAVAntes genérIcAs
Precisamos ainda conhecer as circunstâncias que sempre agravam as penalidades nos 
crimes de trânsito:
Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes de trânsito ter o con-
dutor do veículo cometido a infração:
I – com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano patrimonial 
a terceiros;
II – utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
III – sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
IV – com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do veículo;
V – quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros 
ou de carga;
VI – utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que afe-
tem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescritos nas 
especificações do fabricante;
VII – sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres.
E para finalizar a nossa aula, é importante chamar a atenção para a prerrogativa contida no 
art. 301, a qual é bastante recorrente em provas de concursos:
Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se 
imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela.
É claro que os delitos que envolvem acidentes de trânsito com vítima previstos no CTB 
(tais como homicídio culposo na direção de veículo ou o delito de lesões corporais culposas 
na direção de veículo) admitem a prisão em flagrante.
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O legislador, entretanto, considerou que a prestação de socorro às vítimas é algo que deve 
ter prioridade e que deve ser incentivado, de modo que inseriu no CTB a norma do art. 301, ga-
rantindo ao autor que este não será preso em flagrante e nem submetido à prestação de fiança 
se prestar socorro pronto e integral à vítima do acidente.
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RESUMO
Código de Trânsito Brasileiro
Veículo Automotor
É todo veículo a motor de propulsão que circule por seus próprios meios, e que serve nor-
malmente para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para a tração viária de veículos 
utilizados para o transporte de pessoas e coisas.
Homicídio culposo na direção de veículo
Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor;
A culpa exclusiva da vítima afasta a responsabilização do motorista.
Lesão culposa na direção de veículo automotor
Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor;
Omissão de Socorro
Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, 
ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autorida-
de pública;
O art. 304 só se configura se o condutor NÃO AGIU CULPOSAMENTE!
Fuga do Local do Acidente
Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal 
ou civil que lhe possa ser atribuída.
Embriaguez ao volante
Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência 
do álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência;
Violação da suspensão ou proibição imposta
Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veí-
culo automotor imposta com fundamento neste Código;
Omissão na entrega da permissão ou habilitação
Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no prazo estabelecido no 
§ 1º do art. 293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
Participação em competição não autorizada
Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competi-
ção automobilística não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de risco à 
incolumidade pública ou privada;
Direção de veículo sem permissão ou habilitação
Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilita-
ção ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano;
Meramente dirigir veículo automotor sem habilitação e sem gerar perigo de dano é infração 
administrativa.
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Entrega de veículo à pessoa não habilitada
Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com 
habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado 
de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com 
segurança;
Excesso de velocidade em determinados locais
Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hos-
pitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde 
haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano;
Fraude no procedimento apuratório
Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência do 
respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado do 
lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito ou juiz;
Dos procedimentos
Circunstâncias que sempre agravam os crimes de trânsito
CTB, Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes de trânsito ter o 
condutor do veículo cometido a infração:
I – com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano patrimonial 
a terceiros;
II – utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
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III – sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
IV – com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do veículo;
V – quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros 
ou de carga;
VI – utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que afe-
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (VUNESP/2021/TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO) Ao levar sua namorada para casa, Tácio 
atropela uma pessoa e foge, sem prestar-lhe socorro. Em razão do ocorrido, a vítima morre 
algumas semanas depois. Nessa hipotética situação, é correto afirmar que
a) Tácio responderá pelo delito de homicídio culposo no trânsito, em concurso material com o 
delito de omissão de socorro, ambos previstos no Código de Trânsito.
b) Tácio e sua namorada responderão pelo delito de homicídio culposo no trânsito, com a inci-
dência da causa de aumento em razão da omissão de socorro prevista no Código de Trânsito.
c) Tácio e sua namorada responderão pelo delito de homicídio culposo no trânsito, em concur-
so material com o delito de omissão de socorro, este último previsto no Código Penal.
d) Tácio responderá pelo delito de homicídio culposo no trânsito, com a incidência da causa de 
aumento em razão da omissão de socorro prevista no Código de Trânsito.
002. (CEV-URCA/2021/PREFEITURA DE CRATO-CE/AGENTE DE TRÂNSITO) José é moto-
rista profissional e exerce sua profissão prestando serviço para uma escola. Certo dia, em uma 
determinada via pública, conduzindo um ônibus de transporte de alunos, atropelou um ciclista, 
que, infelizmente, veio a óbito ainda no local do acidente. Com base no CTB, nessa situação 
hipotética, José:
a) responderá por homicídio doloso e com penalidade de multa.
b) responderá por homicídio doloso e a pena será aumentada de 1/6 à metade e multa.
c) responderá por homicídio doloso e a pena será aumentada de 1/3 (um terço) à metade.
d) poderá ter suspenso ou proibido o direito de se obter a permissão ou a habilitação para diri-
gir veículo automotor, apenas.
e) será penalizado com detenção, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habi-
litação para dirigir veículo automotor, e sua pena será aumentada de 1/3 (um terço) à metade.
003. (CESPE/CEBRASPE/2021/MPE-AP/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Durante 
uma abordagem policial, os agentes verificaram que Carlos, na direção de veículo automotor, 
exalava um forte odor etílico, apresentava voz embargada e tropeçava ao fazer uma simples 
caminhada. Após o exame dos documentos do motorista, os agentes constataram que a car-
teira nacional de habilitação (CNH) dele estava vencida. Não foi feito o teste do etilômetro, pela 
falta do aparelho no local. Nessa situação hipotética, a conduta de Carlos caracteriza
a) embriaguez ao volante.
b) direção sem habilitação.
c) embriaguez ao volante em concurso material com direção sem habilitação.
d) embriaguez ao volante em concurso formal com direção sem habilitação.
e) conduta atípica.
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004. (CESPE/2019/MPE-PI/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Com relação a crimes 
de trânsito, julgue os itens a seguir.
I – De acordo com o STJ, a conduta de permitir a direção de veículo automotor a pessoa 
que não seja habilitada constitui crime somente na hipótese em que for constatado 
perigo de dano concreto na condução do veículo.
II – Aplica-se à lesão corporal culposa a transação penal, exceto se o agente estiver sob a 
influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência.
III – A remoção do veículo por seu condutor imediatamente após a ocorrência de acidente 
automobilístico configura o crime de fraude processual.
IV – Em caso de acidente de trânsito de que resulte vítima, ao condutor do veículo não se 
imporá a prisão em flagrante nem se exigirá fiança caso ele preste pronto e integral 
socorro à vítima.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
005. (CEV-URCA/2021/PREFEITURA DE CRATO-CE/AGENTE DE TRÂNSITO) De acordo com 
capítulo XIX do Código de Trânsito Brasileiro, que aborda sobre os crimes de trânsito, analise 
os itens abaixo:
I – A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo 
automotor pode ser imposta isolada ou cumulativamente com outras penalidades.
II – Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será intimado a entregar à au-
toridade policial, em quarenta e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de 
Habilitação.
III – A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação 
para dirigir veículo automotor não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de con-
denação penal, estiver recolhido a estabelecimento prisional.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) Está correto apenas o item I.
b) Está correto apenas o item II.
c) Estão corretos apenas os itens I e III.
d) Estão corretos apenas os itens II e III.
e) Estão corretos os itens I, II e III.
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006. (FGV/2021/PC-RN/AGENTE E ESCRIVÃO) Andressa dirigia seu carro, em velocidade 
compatível com o local, quando, por desatenção, perdeu a direção do veículo e atropelou Zilda, 
que sofreu lesões gravíssimas. Cientificada do fato, a autoridade policial se dirigiu ao hospital 
da localidade, lá encontrando Andressa, que prontamente havia socorrido a vítima e aguardava 
a chegada de familiares desta. O exame de alcoolemia constatou que Andressa não havia feito 
uso de álcool ou entorpecentes. Em seu relatório de vida pregressa, constava a existência de 
uma única anotação relacionada também a crime de trânsito.
Tratando-se de delito de trânsito, ocorre que:
a) o crime praticado é de ação penal pública incondicionada;
b) a gravidade da lesão culposa praticada no contexto altera a tipificação da conduta 
de Andressa;
c) a autora não poderá ser presa em flagrante, por ter prestado pronto e integral socorro à vítima;
d) a autoridade policial poderá determinar, direta e cautelarmente, a suspensão da habilitação 
para dirigir de Andressa;
e) a autoridade policial poderá representar pela decretação da prisão preventiva em caso de 
reincidência específica de Andressa.
007. (VUNESP/2021/CODEN-SP/MOTORISTA/ADMINISTRAÇÃO) Entre as circunstâncias 
que sempre agravamas penalidades dos crimes de trânsito, de acordo com o artigo 298 do 
CTB, está a circunstância de o condutor do veículo ter cometido a infração
a) na faixa da esquerda em via coletora com semáforo amarelo intermitente.
b) em pista com ondulações transversais de diminuição de velocidade.
c) sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres.
d) em pista com redutor de velocidade para via arterial.
e) em cruzamento sinalizado com placa PARE para uma das vias.
008. (VUNESP/2021/CODEN-SP/MOTORISTA/VEÍCULOS PESADOS) É circunstância que 
sempre agrava as penalidades dos crimes de trânsito, de acordo com o artigo 298 do (CTB), 
ter o condutor do veículo cometido a seguinte infração:
a) desobedecer ao semáforo desfavorável.
b) utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas.
c) exceder a velocidade em via local.
d) ultrapassar em cruzamentos.
e) estacionar sobre a faixa de pedestre.
009. (IDIB/2020/PREFEITURA DE JAGUARIBE-CE/AGENTE DE TRÂNSITO) Sobre os crimes 
de trânsito elencados no CTB, assinale a alternativa correta.
a) Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a garantia da 
ordem pública, poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério 
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Lei n. 9.503/1997 – Crimes no Código de Trânsito Brasileiro
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Público ou ainda mediante representação da autoridade policial, decretar, em decisão motiva-
da, a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição 
de sua obtenção.
b) A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação, para 
dirigir veículo automotor, tem a duração de dois meses a três anos.
c) Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será intimado a entregar à autoridade 
judiciária, em vinte e quatro horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
d) A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação para 
dirigir veículo automotor cumpre-se enquanto o sentenciado, por efeito de condenação penal, 
estiver recolhido a estabelecimento prisional.
010. (EDUCA/2020/PREFEITURA DE CABEDELO-PB/AGENTE DE TRÂNSITO) De acordo 
com o CTB, art. 293, “a penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a 
habilitação, para dirigir veículo automotor, tem a duração de”:
a) Um ano a dois anos.
b) Dois meses a cinco anos.
c) Um mês a dois anos.
d) Dois anos a cinco anos.
e) Três meses a três anos.
011. (IBADE/2020/PREFEITURA DE SANTA LUZIA D`OESTE-RO/OPERADOR DE RETROES-
CAVADEIRA) No Código de Trânsito Brasileiro (CTB) diz que o condutor de veículo, nos casos 
de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se 
exigirá fiança, se:
a) prestar pronto e integral socorro à vítima.
b) não prestar socorro à vítima.
c) utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos.
d) utilizando veículos com características que afetem à sua segurança.
e) com o veículo fora dos limites de velocidade.
012. (CESPE/2019/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Alfredo, conduzindo seu veículo 
automotor sem placas, atropelou um pedestre. Alessandro, dirigindo um veículo de categoria 
diversa das que sua carteira de habilitação permitia, causou lesão corporal culposa em um 
transeunte, ao atingi-lo. Nessas situações, as penas impostas a Alfredo e a Alessandro serão 
agravadas, devendo o juiz aplicar as penas-base com especial atenção à culpabilidade e às 
circunstâncias e consequências do crime.
013. (UEG/2018/PC-GO/DELEGADO DE POLÍCIA) Nos termos da Lei n. 9.503/1997, a condu-
ta de conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influên-
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cia de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência, será constatada 
por sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psico-
motora, ou por concentração igual ou superior a:
a) 2 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,1 miligrama de álcool por 
litro de ar alveolar.
b) 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por 
litro de ar alveolar.
c) 4 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,4 miligrama de álcool por 
litro de ar alveolar.
d) 5 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,9 miligrama de álcool por 
litro de ar alveolar.
e) 7 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,8 miligrama de álcool por 
litro de ar alveolar.
014. (FCC/2018/DPE-AP/DEFENSOR PÚBLICO) Nos crimes de trânsito previstos na Lei n. 
9.503/1997,
a) se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste Código, o juiz não poderá aplicar a 
penalidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor.
b) em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a garantia 
da ordem pública, poderá o juiz, como medida cautelar, ainda que de ofício, decretar, em deci-
são motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a 
proibição de sua obtenção.
c) a penalidade de multa reparatória consiste no pagamento, mediante depósito judicial em 
favor da vítima, ou seus sucessores, sempre que houver qualquer tipo de prejuízo resultan-
te do crime.
d) a prática do delito em faixa de pedestres é causa de aumento dos delitos de homicídio cul-
poso e lesão corporal culposa, e não pode ser aplicada como agravante dos demais delitos.
e) a penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação para 
dirigir veículo automotor tem a mesma duração da pena de prisão prevista para o delito.
015. (COSEAC/2019/PREFEITURA DE MARICÁ-RJ/GUARDA MUNICIPAL) Segundo o Códi-
go de Trânsito Brasileiro, se o condutor do veículo, na ocasião do acidente, não prestar imedia-
to socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar 
auxílio da autoridade pública, poderá ser configurado(a):
a) Crime punido com detenção
b) Infração média de trânsito
c) Infração leve administrativa
d) Contravenção punida com prisão simples
e) Medida administrativa de cassação do direito de dirigir
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016. (CETREDE/2018/PREFEITURA DE FORQUILHA-CE/GUARDA MUNICIPAL) No que diz 
respeito às penalidades dos crimes de trânsito previstos no CTB, participar, na direção de veí-
culo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não autori-
zada pela autoridade competente, gerando situação de risco à incolumidade pública ou priva-
da, será passível da seguinte penalidade:
Marque a alternativa CORRETA.
a) Detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multae suspensão ou proibição de se obter a 
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
b) Detenção de 6 (seis) meses a 4 (quatro) anos, multa e suspensão ou proibição de se obter 
a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
c) Detenção de 5 (cinco) meses a 3 (três) anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a 
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
d) Detenção de 12 (doze) meses a 3 (três) anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a 
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
e) Detenção de 6 (seis) meses a 5 (cinco) anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a 
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
017. (CESPE/2019/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Ao final de uma festa, Godofre-
do e Antônio realizaram uma disputa automobilística com seus veículos, fazendo manobras ar-
riscadas, em via pública, sem que tivessem autorização para tanto. Nessa contenda, houve co-
lisão dos veículos, o que causou lesão corporal culposa de natureza grave em um transeunte.
Considerando a situação hipotética apresentada e o disposto no Código de Trânsito Brasileiro, 
julgue o item a seguir.
Por se tratar de lesão corporal de natureza culposa, é vedada a instauração de inquérito policial 
para apurar as condutas de Godofredo e Antônio, bastando a realização dos exames médicos 
da vítima e o compromisso dos autores em comparecer a todos os atos necessários junto às 
autoridades policial e judiciária.
018. (CESPE/2018/PC-SE/DELEGADO DE POLÍCIA) Situação hipotética: Após grave colisão 
de veículos, pessoas que transitavam pelo local — condutores de outros veículos e pedestres 
alheios ao evento — deixaram, sem justificativa, de prestar imediato socorro às vítimas. Asser-
tiva: Nessa situação, os terceiros não envolvidos no acidente não responderão pelo crime de 
omissão de socorro previsto no Código de Trânsito Brasileiro.
019. (FCC/2018/DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICOREAPLICAÇÃO) O homicídio culposo na di-
reção de veículo automotor
a) depende da ausência de ingestão de bebida alcoólica, caso em que se verifica o dolo even-
tual. b) a pena é aumentada de um terço até a metade se praticado na calçada.
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c) tem como consequência facultativa da condenação a suspensão da habilitação para dirigir 
veículo automotor.
d) tem a mesma pena do homicídio culposo do Código Penal, mas tem causas de aumento de 
pena específicas.
e) na modalidade tentada permite a aplicação de pena restritiva de direitos.
020. (VUNESP/2018/PC-SP/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) Considere a seguinte situação 
hipotética: O motorista “X”, ao participar, em via pública, de competição automobilística, não 
autorizada pela autoridade competente, atropela o pedestre “Y”, provocando-lhe lesões corpo-
rais. Diante dessa situação e considerando apenas o atropelamento, é correto afirmar que a 
infração penal cometida é considerada um crime
a) comum de lesão corporal, sendo possível aplicar todos os dispositivos da Lei n. 9.099/1995.
b) de trânsito de lesão corporal, sendo vedada a aplicação de alguns dispositivos da Lei n. 
9.099/1995.
c) de trânsito de tentativa de homicídio, sendo vedada a aplicação de alguns dispositivos da 
Lei n. 9.099/1995.
d) comum de tentativa de homicídio, sendo possível aplicar todos os dispositivos da Lei n. 
9.099/1995.
e) de trânsito de lesão corporal, sendo possível aplicar todos os dispositivos da Lei n. 
9.099/1995.
021. (VUNESP/2018/TJ-RS/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) De acordo com o § 1º do art. 
302 da Lei n. 9.503/1997 (Código de Trânsito Brasileiro), no homicídio culposo cometido na 
direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente
a) estiver sob efeito de álcool ou droga.
b) não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação.
c) for contumaz infrator das leis de trânsito.
d) praticá-lo conduzindo em velocidade excessiva.
e) praticá-lo durante corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela auto-
ridade competente.
022. (CESPE/2018/PC-MA/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/ADAPTADA) A lesão corporal cul-
posa cometida na direção de veículo automotor por condutor sob a influência de álcool dispen-
sa a representação do ofendido.
023. (CESPE/2018/PC-MA/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/ADAPTADA) A condução de ve-
ículo automotor em via pública por motorista com a habilitação suspensa configurará crime 
apenas se a situação gerar perigo de dano.
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024. (CESPE/2018/PC-MA/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/ADAPTADA) Para a constatação 
do crime de embriaguez ao volante, é imprescindível a realização de prova por teste de bafô-
metro ou etilômetro.
025. (CESPE/2018/PC-MA/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/ADAPTADA) A suspensão da ha-
bilitação, aplicada cumulativamente na sentença condenatória por homicídio culposo na dire-
ção de veículo automotor, deve ter o mesmo prazo da pena de prisão.
026. (MPE-SC/2016/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MATUTINA) Segundo o disposto no 
art. 298 do Código de Trânsito Brasileiro, são circunstâncias que sempre agravam as penalida-
des, entre outras, ter o condutor do veículo cometido a infração com permissão para dirigir ou 
carteira de habilitação de categoria diferente da do veículo.
027. (MPE-SC/2016/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MATUTINA) O Código de Trânsito 
Brasileiro, em seu art. 304 e parágrafo único, penaliza criminalmente o condutor do veículo 
que, na ocasião do acidente, deixar de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fa-
zê-lo diretamente, por justa causa, não solicitar auxílio da autoridade pública, ainda que a sua 
omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com 
ferimentos leves.
028. (MPE-SC/2016/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MATUTINA) O Código de Trânsito 
Brasileiro, em seu art. 311, prevê pena de detenção ou multa sempre que o condutor trafegar 
em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais, esta-
ções de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande 
movimentação ou concentração de pessoas.
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GABARITO
1. e
2. e
3. a
4. c
5. c
6. c
7. c
8. b
9. a
10. b
11. a
12. C
13. b
14. b
15. a
16. a
17. E
18. C
19. b
20. b
21. b
22. C
23. E
24. E
25. E
26. C
27. C
28. E
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GABARITO COMENTADO
001. (VUNESP/2021/TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO) Ao levar sua namorada para casa, Tácio 
atropela uma pessoa e foge, sem prestar-lhe socorro. Em razão do ocorrido, a vítima morre 
algumas semanas depois. Nessa hipotética situação, é correto afirmar que
a) Tácio responderá pelo delito de homicídio culposo no trânsito, em concurso material com o 
delito de omissão de socorro, ambos previstos no Código de Trânsito.
b) Tácio e sua namorada responderão pelo delito de homicídio culposo no trânsito, com a inci-
dência da causa de aumento em razão da omissão de socorro prevista no Código de Trânsito.
c) Tácio e sua namorada responderão pelo delito de homicídio culposo no trânsito, em concur-
so material com o delito de omissão de socorro, este último previsto no Código Penal.
d) Tácio responderá pelo delito de homicídio culposo no trânsito, com a incidência da causa de 
aumento em razão da omissão de socorro prevista no Código de Trânsito.
Tácio cometeu o crime do art. 302 do CTB:
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:
Penas – detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a 
habilitação para dirigir veículo automotor.
O próprio CTB ainda prevê que:
§ 1º No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 
(um terço) à metade, se o agente: (Incluído pela Lei n. 12.971, de 2014) (Vigência)
III – deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente; (In-
cluído pela Lei n. 12.971, de 2014) (Vigência)
Letra e.
002. (CEV-URCA/2021/PREFEITURA DE CRATO-CE/AGENTE DE TRÂNSITO) José é moto-
rista profissional e exerce sua profissão prestando serviço para uma escola. Certo dia, em uma 
determinada via pública, conduzindo um ônibus de transporte de alunos, atropelou um ciclista, 
que, infelizmente, veio a óbito ainda no local do acidente. Com base no CTB, nessa situação 
hipotética, José:
a) responderá por homicídio doloso e com penalidade de multa.
b) responderá por homicídio doloso e a pena será aumentada de 1/6 à metade e multa.
c) responderá por homicídio doloso e a pena será aumentada de 1/3 (um terço) à metade.
d) poderá ter suspenso ou proibido o direito de se obter a permissão ou a habilitação para diri-
gir veículo automotor, apenas.
e) será penalizado com detenção, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habi-
litação para dirigir veículo automotor, e sua pena será aumentada de 1/3 (um terço) à metade.
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Primeiramente, devemos destacar que, nos moldes do CTB, não há previsão de crime de homi-
cídio doloso. Dessa forma, já excluímos 3 alternativas.
Assim, José responderá nos termos do art. 302 do CTB, pois praticou o crime de homicídio 
culposo na direção de veículo automotor:
§ 1º No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 
(um terço) à metade, se o agente: (Incluído pela Lei n. 12.971, de 2014) (Vigência)
IV – no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passa-
geiros. (Incluído pela Lei n. 12.971, de 2014) (Vigência)
Letra e.
003. (CESPE/CEBRASPE/2021/MPE-AP/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Durante 
uma abordagem policial, os agentes verificaram que Carlos, na direção de veículo automotor, 
exalava um forte odor etílico, apresentava voz embargada e tropeçava ao fazer uma simples 
caminhada. Após o exame dos documentos do motorista, os agentes constataram que a car-
teira nacional de habilitação (CNH) dele estava vencida. Não foi feito o teste do etilômetro, pela 
falta do aparelho no local. Nessa situação hipotética, a conduta de Carlos caracteriza
a) embriaguez ao volante.
b) direção sem habilitação.
c) embriaguez ao volante em concurso material com direção sem habilitação.
d) embriaguez ao volante em concurso formal com direção sem habilitação.
e) conduta atípica.
O fato da carteira de habilitação de Carlos estar vencida não configura crime nos termos do CTB:
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência 
de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei n. 
12.760, de 2012)
Penas – detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permis-
são ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
§ 1º As condutas previstas no caput serão constatadas por: (Incluído pela Lei n. 12.760, de 2012)
I – concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior 
a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou (Incluído pela Lei n. 12.760, de 2012)
II – sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora. 
(Incluído pela Lei n. 12.760, de 2012)
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§ 2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou to-
xicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito 
admitidos, observado o direito à contraprova. (Redação dada pela Lei n. 12.971, de 2014) (Vigência)
Letra a.
004. (CESPE/2019/MPE-PI/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Com relação a crimes 
de trânsito, julgue os itens a seguir.
I – De acordo com o STJ, a conduta de permitir a direção de veículo automotor a pessoa 
que não seja habilitada constitui crime somente na hipótese em que for constatado 
perigo de dano concreto na condução do veículo.
II – Aplica-se à lesão corporal culposa a transação penal, exceto se o agente estiver sob a 
influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência.
III – A remoção do veículo por seu condutor imediatamente após a ocorrência de acidente 
automobilístico configura o crime de fraude processual.
IV – Em caso de acidente de trânsito de que resulte vítima, ao condutor do veículo não se 
imporá a prisão em flagrante nem se exigirá fiança caso ele preste pronto e integral 
socorro à vítima.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
Vejamos caso a caso:
I – Errado. Trata-se da Súmula 575 do STJ:
JURISPRUDÊNCIA
“Constitui crime a conduta de permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor 
a pessoa que não seja habilitada, ou que se encontre em qualquer das situações previs-
tas no art. 310 do CTB, independentemente da ocorrência de lesão ou de perigo de dano 
concreto na condução do veículo.”
II – Correto. É a previsão do art. 291, § 1º, I, do CTB.
III – Errado. A conduta do art. 312 do CTB necessita de dolo específico:
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