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Fisiografia de Bacias Hidrográficas

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA
DISCIPLINA DE HIDROLOGIA APLICADA
ANDRÉ CISLAGUI
GUSTAVO PEDRO ZUCCO
WAGNER LORENZET
FISIOGRAFIA DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
CAXIAS DO SUL
2016 
ANDRÉ CISLAGUI
GUSTAVO PEDRO ZUCCO
WAGNER LORENZET
FISIOGRAFIA DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
Trabalho entregue como requisito parcial de avaliação à disciplina de Hidrologia Aplicada.
 Orientador Prof. Eng. Taison Anderson Bortolin
 
Caxias do Sul
2016
Sumário
1 INTRODUÇÃO	5
2 OBJETIVOS	6
3 FISIOGRAFIA DA BACIA HIDROGRÁFICA	7
3.1 Caracterização da área de estudo	7
3.2 Metodologia	8
3.3 Localização e Identificação da Bacia Hidrográfica	10
3.3.1 Delimitação das Bacias Hidrográficas Brasileiras.	10
3.3.2 Bacias Hidrográficas do Santa Catariana	11
3.3.3 Delimitação da Bacia Hidrográfica Rio Tijucas, com seu exutório da bacia obtida através da utilização do software Idrisi Selva.	12
3.3.4 Ordenamento dos rios pelo método de Strahler	13
3.4 Cálculo de Parâmetros Fisiográficos	14
4 CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA DA BACIA	18
4.2 Dados de temperatura média, mínima e máxima	18
4.3 Insolação	20
4.3.1 Dados de insolação média mensal	20
4.4 Umidade Relativa	23
4.4.1 Dados de umidade relativa do ar	23
4.5 EVAPORAÇÃO	25
4.5.1 Dados de evaporação média mensal	25
4.5.2 Evaporação do piche	26
4.5.3 Evaporação BH potencial	28
4.5.4 Evaporação BH real	30
4.6 PRECIPITAÇÃO	33
4.6.1 Dados de precipitação média mensal, anual e total anual	33
4.6.2 Precipitação média mensal	37
4.6.3 Precipitação média anual:	39
4.6.4 Precipitação total anual:	41
4.7 Dados de número de dias com chuva	44
5 USO DO SOLO	47
5.1 Drenagem	47
6 CURVA DE PERMANÊNCIA	49
6.1 Metodologia	49
6.2 Curva de permanência do ano de 1885	50
6.3 Curva de Permanência Mensal	51
7.	VAZÕES MÁXIMAS E MÍNIMAS	55
7.1 Metodologia	55
7.2 Vazões máximas	55
7.3 Vazões mínimas	56
8.	Curva chave	58
8.1 Calculando a Equação da curva chave	61
8.1.1	Gráfico da curva chave posto São João Batista.	62
8.1.2 Equação da curva chave.	62
9.	Hidrograma de Vazão	63
10	. Métodos de separação de escoamento de Eckhardt, Chapman e Collischonm	66
10.1 Método de Collischonm para separação de escoamento.	67
10.2 Método de Eckhardt para separação de escoamento	68
10.3 Método de Chapman de separação de escoamento	69
10.4 Dados de vazão e vazão de base do posto fluviométrico de São João Batista.	70
10.5 Gráfico de separação de escoamento	78
10.6 Taxa de Recarga	80
11	Capacidade de Geração de Energia	85
12	Cálculo de vazões máximas pelo método racional	87
12.1 Resultados	88
13	Cálculo de vazões máximas pelo método do Hidrograma unitário SCS	89
13.1 Resultados	93
14	CONCLUSÃO	95
15	REFERÊNCIAS	96
1 INTRODUÇÃO 
 	 A bacia hidrográfica é o elemento principal de análise do ciclo hidrológico na fase terrestre. É a área para onde é drenada toda a precipitação que ocorre em determinada região. Uma bacia hidrográfica é delimitada por divisores de águas, que são regiões de relevo mais elevado e determinam se a água precipitada em uma região convergirá para o ponto de saída da bacia em questão ou se está água escoará para a bacia vizinha, e por talvegues, que são os pontos mais baixos e, portanto, formam canais de escoamento. Estes canais de escoamento formam a rede que drena a precipitação para um único ponto, denominado de exutório. 
“Consideram-se dados fisiográficos de uma bacia hidrográfica todos aqueles dados que podem ser extraídos de mapas, fotografias aéreas e imagens de satélite. Basicamente são áreas, comprimentos, declividades e coberturas do solo, medidos diretamente ou expressos por índices.” (TUCCI, 2009) 
 Os parâmetros fisiográficos de uma bacia possibilitam, através de cálculos, realizar as estimativas de vazões pelos canais, bem como de volume de chuvas e a maior enchente que uma região poderá enfrentar. A determinação dos parâmetros fisiográficos pode ser realizada de forma manual ou através da utilização de softwares, neste trabalho utilizaremos os softwares Idrisi Selva e AutoCad. 
2 OBJETIVOS
 O presente trabalho tem por objetivo delimitar e caracterizar uma sub-bacia hidrográfica do estado de Santa Catarina, quanto aos seus parâmetros fisiográficos, tomando por base um posto fluviométrico como exutório. 
3 FISIOGRAFIA DA BACIA HIDROGRÁFICA
3.1 Caracterização da área de estudo
A bacia hidrográfica do rio tijucas está localizada na região hidrográfica do litoral centro, passando por perto destes municípios, Rancho Queimado, Leoberto Leal, Angelina, Major Gercino, Nova Trento, São João Batista, Canelinha, Antônio Carlos, Tijucas, Porto Belo, Bombinhas e Governador Celso Ramos, Itapema e Biguaçu em Santa Catarina. As coordenadas geográficas do exutório são Latitude -27°16’00’’ e Longitude -48°51’00’’.
Ao longo do presente trabalho serão explicitados os índices fisiográficos da bacia analisada. Sendo eles: área de drenagem, perímetro, número total de segmentos de drenagem, comprimento total da rede de drenagem, coeficiente de compacidade, índice de circularidade, densidade de drenagem, densidade de rios, extensão média de escoamento, coeficiente de manutenção, declividade média da bacia, curva hipsométrica, ordenamento da bacia pelo Método de Strahler e uso do solo.
3.2 Metodologia
No trabalho presente, foi utilizado o software Idrisi Selva para a delimitação da área da bacia e determinação dos parâmetros fisiográficos. 
Os comprimentos dos segmentos de primeira ordem e o comprimento total da rede de drenagem foram obtidos através do software AutoCad 2014.Por meio do software IDRISI Selva 17.0, foi determinada a delimitação da bacia hidrográfica em questão. Este software é utilizado em estudos cujo foco são informações de geoprocessamento de imagens, os quais enfatizam funções de análise. 
O IDRISI foi desenvolvido e continua a ser aprimorado pela Clark University Graduate School of Geography, é um programa muito eficiente quando se trata deste tipo de estudo, por englobar um conjunto de módulos que abrangem uma série de operações analíticas que caracterizam as regiões.
Além deste, utilizou-se o software AutoCad versão 2014, da Autodesk, a fim de se determinar através do Método de Strahler o ordenamento da bacia analisada
Para a caracterização climática da bacia do Rio Tijuca foram utilizados os softwares de cálculos e tabulação de dados Microsoft Office Excel e Hidro 1.2 de desenho AUTOCAD 2014, os dados obtidos através de pesquisas nos Sistema de Informações Hidrológicas (Hidroweb), e BDMEP Banco de dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa, todos os dados são referentes a uma parcela de anos nos quais se tinha disponibilidade de dados sendo assim utilizados dados do ano de 1985 até o ano de 2002. 
Cabe ressaltar que para os dados de pluviométricos foram baixados os dados do HIDROWEB e feitos ajustes pelo método de preenchimento de falhas da ponderação regional e para os dados climáticos foram utilizados os dados disponíveis no site do BDMEP, ressaltando que para a construção dos dados climáticos foram utilizados dados de duas estações, a estação de Florianópolis (OMM 83897) com coordenadas geográficas (-27.58° e -48.56°) e a estação de Indaial (OMM 83872) com coordenadas geográficas (-26,9° e -49,21°) latitude e longitude respectivamente, devido a posição geográfica dos mesmos, pois um está muito próximo ao mar, o qual pode sofrer influência do oceano e pôr o outro estar localizado um pouco acima da bacia, por isto então foi feito uma média entre os dois postos.
3.3 Localização e Identificação da Bacia Hidrográfica
3.3.1 Delimitação das Bacias Hidrográficas Brasileiras.
 
 Nossa bacia está localizada dentro da Bacia do atlântico sudeste. Bacia de número 8 na cor verde escuro.
Divisão de bacias hidrográficas presentes no Brasil.
Fonte: Retirada do google (2016)
3.3.2 Bacias Hidrográficas do Santa Catariana
 Dentro das regiõeshidrográficas de Santa Catarina a nossa bacia pertence a região hidrográfica 8 (RH8), chamada de região litoral centro obtendo como rio principal o Rio tijucas.
Mapa de regiões e bacias hidrográficas de Santa Catarina.
Fonte: Retirada do google (2016) 
3.3.3 Delimitação da Bacia Hidrográfica Rio Tijucas, com seu exutório da bacia obtida através da utilização do software Idrisi Selva.
 A linha preta é a delimitação da bacia e o ponto em vermelho é o exutório da bacia e as linhas brancas são os rios.
Delimitação da bacia hidrográfica, rios e o exútorio no posto de são João batista.
Fonte: Os autores (2016)
 
3.3.4 Ordenamento dos rios pelo método de Strahler
Figura 4: Ordenamento dos rios pelo método de Strahler obtido através do software AutoCAD.
Fonte: Os autores (2016)
3.4 Cálculo de Parâmetros Fisiográficos 
	Com o auxílio dos dados acima, foi possível efetuar os cálculos de índices fisiográficos. Com estas informações, é possível prever as futuras reações do comportamento hidrológico desta região hidrográfica.
- Área de drenagem da bacia hidrográfica [A]: É a característica mais importante da bacia. Através dela pode-se determinar o volume total de água presente dentro da mesma. Devemos salientar que a área de drenagem não e proporcional a vazão da mesmo.
- Perímetro da bacia hidrográfica [P]: É muito importante para definirmos a forma da bacia, circular ou alongado, assim conseguindo calcular o índice de circularidade e o índice de compacidade. Analisando esses dados podemos definir a sua forma.
 Analisando estes dados, podemos afirmar que a bacia é de formato alongado, devido nosso índice de circularidade ser de 0.26, sendo que bacias circulares seu índice fica em torno de 1.
- Número total de segmentos da rede de drenagem [Nt]: indicador do número total de cursos de água na bacia.
 Esse dado é muito importante para sabermos qual é drenagem da bacia, podendo ser esparsa, média ou densa. Sabendo que quando mais densa for a bacia mais vazão em menos tempo vai ter.
- Comprimento total da rede de drenagem [Lt]: representa o somatório dos comprimentos de rio da bacia.
 Realizando uma análise na bacia estudada, pode-se dizer a bacia tem como um final do seu escoamento em mares e oceanos então ela pode se enquadrar em drenagens do tipo exorreica.
- Declividade média da bacia [S]: é a diferença de altitude entre o início e o fim da drenagem, dividida pelo seu comprimento.
	A declividade média da bacia afeta diretamente o tempo de viagem da água ao longo de seu sistema, que também interfere diretamente na velocidade do percurso, assim podendo afirmar que esse parâmetro é a vazão (Q). Sabendo que, quanto maior a declividade mais rápido uma partícula de água sairá de seu ponto inicial e chegará ao seu exutório.
No caso acima, verifica-se que devido à declividade ser mediana, então podemos afirmar que tem influência no tempo de concentração da bacia (tc).
- Curva Hipsométrica: descrição entre a área da contribuição e altitude, representação gráfica da declividade em relação a área da bacia hidrográfica.
Figura 5: Curva Hipsométrica da Bacia, obtida através do software Idrisi.
Fonte: Os autores (2016)
 Observando o gráfico, percebemos que nos últimos 30% da área da bacia teve-se uma declividade mais intensa acima da média de 25,2%.
- Coeficiente de compacidade [Kc]: Relaciona o perímetro da bacia com o de um círculo de mesma área.
Devido ao formato alongado da bacia, pode-se comprovar que seu coeficiente de compacidade indica escoamentos mais lentos, assim dificultando haver enchentes.
- Índice de circularidade [Ic]: Determina a forma da bacia caso ela se aproxime de uma circularidade ou um alongamento.
	De acordo com o valor encontrado para o índice de circularidade, pode-se observar que o formato da bacia tem a forma mais alongado, devido valor não ser próxima a 1.
- Densidade de drenagem [Dd]: É a relação entre o comprimento total dos canais de escoamento com a área da bacia.
Assim podemos concluir que nossa bacia é de uma drenagem podre.
- Densidade dos rios [Dr]: é a razão entre o número total de segmentos de ordem 1 e a área da bacia hidrográfica.
Podemos analisar que a bacia possui drenagem esparsa.
- Extensão média de escoamento [Les]: indicativo de distância média que a água da chuva deve percorrer até atingir o curso de água mais próximo.
- Coeficiente de manutenção [Cm]: é a inversamente proporcional a densidade de drenagem.
4 CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA DA BACIA
Nesta faze do trabalho serão apresentados e analisados dados sobre as características climáticas da bacia hidrográfica do Rio Tijucas, dados estes referentes a de temperatura, insolação, umidade relativa do ar, evaporação e precipitação.
4.1 Temperatura
Conceitua-se temperatura como uma grandeza que se associa à noção de calor e frio. A mesma caracteriza o estado térmico de um corpo ou um sistema, relacionando um corpo quente como o que possui suas moléculas agitando-se muito, ou seja, um alto valor de energia cinética.
4.2 Dados de temperatura média, mínima e máxima 
	Temos nas tabelas a seguir os dados de temperatura média, mínima e máxima da região estudada, dados expressos em graus célsius °C.
	Estação Florianópolis 
	Temperatura média compensada por mês dos anos de 1988 a 2002 em (graus °C)
	Estação
	Mês
	Média por mês
	Maior histórico mês
	Menor histórico mês
	83897
	Janeiro
	24.84959378
	25.424516
	24.030968
	83897
	Fevereiro
	24.90619456
	25.385517
	24.056429
	83897
	Março
	24.29162638
	26.174667
	23.419333
	83897
	Abril
	21.88406313
	22.795172
	20.878667
	83897
	Maio
	19.34845889
	20.886452
	18.389677
	83897
	Junho
	16.75
	18.324
	15.63
	83897
	Julho
	16.08666667
	17.68129
	13.570968
	83897
	Agosto
	16.82387111
	18.049032
	15.242581
	83897
	Setembro
	18.11091663
	18.979333
	17.042
	83897
	Outubro
	20.29822575
	22.102581
	18.974839
	83897
	Novembro
	22.11514933
	23.43
	20.583333
	83897
	Dezembro
	24.12868578
	24.692258
	23.524516
Fonte: Os autores (2016)
	Estação Indaial 
	Temperatura média compensada por mês dos anos de 1988 a 2002 em (graus °C)
	Estação
	Mês
	Média por mês
	Maior histórico mês
	Menor histórico mês
	83872
	Janeiro
	24.8053953
	25.340645
	23.882667
	83872
	Fevereiro
	24.610961
	25.105517
	23.847857
	83872
	Março
	23.7509141
	26.186452
	23.02
	83872
	Abril
	21.4323172
	23.124138
	20.526
	83872
	Maio
	18.3388387
	20.514194
	17.189677
	83872
	Junho
	16.08382711
	17.92
	14.460667
	83872
	Julho
	15.26939056
	17.780645
	12.589032
	83872
	Agosto
	16.69532263
	18.483871
	15.745161
	83872
	Setembro
	18.1109518
	19.077333
	17.203333
	83872
	Outubro
	20.5026518
	22.271613
	18.868387
	83872
	Novembro
	22.2194001
	23.677333
	20.442667
	83872
	Dezembro
	24.2037526
	24.930323
	23.297419
	
	
	
	
	
Fonte: Os autores (2016)
	Média entre duas Estações
	Temperatura média compensada por mês dos anos de 1988 a 2002 em (graus °C)
	Estação
	Mês
	Média por mês
	Maior histórico mês
	Menor histórico mês
	Média dos postos
	Janeiro
	24.82749454
	25.3825805
	23.9568175
	Média dos postos
	Fevereiro
	24.75857778
	25.245517
	23.952143
	Média dos postos
	Março
	24.02127024
	26.1805595
	23.2196665
	Média dos postos
	Abril
	21.65819016
	22.959655
	20.7023335
	Média dos postos
	Maio
	18.84364879
	20.700323
	17.789677
	Média dos postos
	Junho
	16.41691356
	18.122
	15.0453335
	Média dos postos
	Julho
	15.67802861
	17.7309675
	13.08
	Média dos postos
	Agosto
	16.75959687
	18.2664515
	15.493871
	Média dos postos
	Setembro
	18.11093421
	19.028333
	17.1226665
	Média dos postos
	Outubro
	20.40043878
	22.187097
	18.921613
	Média dos postos
	Novembro
	22.16727472
	23.5536665
	20.513
	Média dos postos
	Dezembro
	24.16621919
	24.8112905
	23.4109675
Fonte: Os autores (2016)
Análise Gráfica
Fonte: Os autores (2016)
Análise dos dados
 Como podemos analisar a temperatura média mensal nestes 17 anos manter-se mais elevada nos meses de verão e final da primavera, com as temperaturas mínimas registradas e máximas registradas médias muito próximas,percebe-se então que não temos grandes variações de temperatura, nota-se também que as temperaturas mais baixas são registradas nos meses de junho e julho, inverno do hemisfério sul, também sem muitas alterações nas mínimas e máximas.
	4.3 Insolação
Conceitua-se insolação como a quantidade de radiação solar sobre uma superfície, livre de interferências, como nevoeiros, neblinas, entre outros.
4.3.1 Dados de insolação média mensal 
	Nas tabelas a seguir serão apresentados os dados de insolação média mensal na região estudada.
	Estação Florianópolis 
	Insolação total por mês dos anos de 1988 a 2002 em (horas H)
	Estação
	Mês
	Média por mês
	Maior histórico mês
	Menor histórico mês
	83897
	Janeiro
	268.1339286
	625
	83.339286
	83897
	Fevereiro
	198.580303
	438.4
	78.9
	83897
	Março
	143.8615835
	249.7
	23.877419
	83897
	Abril
	91.50729436
	207.4
	22.893333
	83897
	Maio
	75.64091355
	200.2
	5.7
	83897
	Junho
	74.8435725
	153.8
	16.421333
	83897
	Julho
	102.9179605
	185.6
	16.385161
	83897
	Agosto
	80.4737396
	226.3
	12.7
	83897
	Setembro
	139.6895371
	255.7
	64.6
	83897
	Outubro
	129.1272432
	339
	20.471613
	83897
	Novembro
	114.2415293
	233.6
	11.9
	83897
	Dezembro
	165.2316889
	563.2
	50.1
Fonte: Os autores (2016)
	Estação Indaial 
	Insolação total por mês dos anos de 1988 a 2002 em (horas H)
	Estação
	Mês
	Média por mês
	Maior histórico mês
	Menor histórico mês
	83872
	Janeiro
	254.4083333
	485
	72.5
	83872
	Fevereiro
	158.88875
	281.1
	23.643571
	83872
	Março
	124.65
	282.2
	46.5
	83872
	Abril
	104.5916667
	217.2
	41.3
	83872
	Maio
	84.61513869
	394.4
	10.2
	83872
	Junho
	103.0555
	190.8
	16.046
	83872
	Julho
	115
	214.5
	29.7
	83872
	Agosto
	78.90169882
	299.1
	11.7
	83872
	Setembro
	175.0636364
	338.2
	42.1
	83872
	Outubro
	159.9407052
	315.6
	35.5
	83872
	Novembro
	127.4196839
	310.2
	64.8
	83872
	Dezembro
	153.6026028
	251.5
	74.62931
Fonte: Os autores (2016)
	Média entre duas Estações
	Insolação total por mês dos anos de 1988 a 2002 em (horas H)
	Estação
	Mês
	Média por mês
	Maior histórico mês
	Menor histórico mês
	Média dos postos
	Janeiro
	261.271131
	555
	77.919643
	Média dos postos
	Fevereiro
	178.7345265
	359.75
	51.2717855
	Média dos postos
	Março
	134.2557918
	265.95
	35.1887095
	Média dos postos
	Abril
	98.04948052
	212.3
	32.0966665
	Média dos postos
	Maio
	80.12802612
	297.3
	7.95
	Média dos postos
	Junho
	88.94953625
	172.3
	16.2336665
	Média dos postos
	Julho
	108.9589803
	200.05
	23.0425805
	Média dos postos
	Agosto
	79.68771921
	262.7
	12.2
	Média dos postos
	Setembro
	157.3765867
	296.95
	53.35
	Média dos postos
	Outubro
	144.5339742
	327.3
	27.9858065
	Média dos postos
	Novembro
	120.8306066
	271.9
	38.35
	Média dos postos
	Dezembro
	159.4171458
	407.35
	62.364655
Fonte: Os autores (2016)
Analise gráfica
 
Fonte: Os autores (2016)
Análise dos dados
Nota-se que os períodos em que se tem a maior presença do sol são na estação do verão, nos meses de dezembro e janeiro, natural devido a inclinação do globo terrestre onde acabamos tendo um período maior de sol com dias mais longo e noite mais curtas, mas também devido a este fato temos a tendência de ter uma maior evaporação devido a um maior aquecimento por receber mais horas de incidência solar, e automaticamente temos uma menor incidência de sol nos períodos de inverno, onde temos dias mais curto e noites mais longas.
4.4 Umidade Relativa
Define-se umidade relativa como a relação entre a umidade absoluta e o ponto de saturação, ou seja, a quantidade de água existente no ar e a quantidade máxima que poderia haver na mesma temperatura. 
4.4.1 Dados de umidade relativa do ar 
Teremos nas tabelas a seguir os dados de referentes a umidade relativa do ar média mensal da região estudada, dados estes expressos em percentual (%).
	Estação Florianópolis 
	Umidade relativa por mês dos anos de 1988 a 2002 em (%)
	Estação
	Mês
	Média por mês
	Maior histórico mês
	Menor histórico mês
	83897
	Janeiro
	81.779634
	84.677419
	76.870968
	83897
	Fevereiro
	82.3802725
	84.892857
	79.982143
	83897
	Março
	81.47574278
	84.354839
	79.451613
	83897
	Abril
	80.00714286
	83.9
	74.841667
	83897
	Maio
	81.72066244
	87.516129
	77.951613
	83897
	Junho
	82.32604163
	85.333333
	78.491667
	83897
	Julho
	84.24024289
	86.822581
	81.194444
	83897
	Agosto
	82.34322311
	84.596774
	80.032258
	83897
	Setembro
	81.625463
	84.583333
	79.866667
	83897
	Outubro
	80.48115189
	85.612903
	77.774194
	83897
	Novembro
	77.47129622
	82.275
	72.7
	83897
	Dezembro
	78.34795711
	82
	75.645161
Fonte: Os autores (2016)
	Estação Indaial 
	Umidade relativa por mês dos anos de 1988 a 2002 em (%)
	Estação
	Mês
	Média por mês
	Maior histórico mês
	Menor histórico mês
	83872
	Janeiro
	81.57331382
	86.612903
	73.330645
	83872
	Fevereiro
	83.64480689
	87.928571
	76.491071
	83872
	Março
	84.11876827
	86.459677
	81.330645
	83872
	Abril
	83.03646818
	86.875
	77.6
	83872
	Maio
	84.84845773
	88.282258
	83.33871
	83872
	Junho
	86.0716667
	90.175
	81.858333
	83872
	Julho
	85.58302255
	90.620968
	80
	83872
	Agosto
	84.29133063
	88.451613
	79.717742
	83872
	Setembro
	85.2192816
	89.55
	81.95
	83872
	Outubro
	83.3475806
	88.741935
	77.677419
	83872
	Novembro
	79.5166668
	85.15
	73.1
	83872
	Dezembro
	79.29749122
	84.58871
	73.524194
Fonte: Os autores (2016)
	Média entre duas Estações
	Umidade relativa por mês dos anos de 1988 a 2002 em (%)
	Estação
	Mês
	Média por mês
	Maior histórico mês
	Menor histórico mês
	Média dos postos
	Janeiro
	81.67647391
	85.645161
	75.1008065
	Média dos postos
	Fevereiro
	83.01253969
	86.410714
	78.236607
	Média dos postos
	Março
	82.79725553
	85.407258
	80.391129
	Média dos postos
	Abril
	81.52180552
	85.3875
	76.2208335
	Média dos postos
	Maio
	83.28456009
	87.8991935
	80.6451615
	Média dos postos
	Junho
	84.19885416
	87.7541665
	80.175
	Média dos postos
	Julho
	84.91163272
	88.7217745
	80.597222
	Média dos postos
	Agosto
	83.31727687
	86.5241935
	79.875
	Média dos postos
	Setembro
	83.4223723
	87.0666665
	80.9083335
	Média dos postos
	Outubro
	81.91436624
	87.177419
	77.7258065
	Média dos postos
	Novembro
	78.49398151
	83.7125
	72.9
	Média dos postos
	Dezembro
	78.82272417
	83.294355
	74.5846775
Fonte: Os autores (2016)
Análise gráfica
Fonte: Os autores (2016)
Análise dos dados 
 Como podemos perceber por esta bacia estar localizada numa região de clima subtropical, temos sim altos índices de umidade, em todos os meses do ano com os maiores índices registrados nos meses de julho, estes altos índices se devem também as grandes áreas de floresta.
4.5 EVAPORAÇÃO 
Processo físico que consiste na passagem lenta e gradual de um estado líquido para um estado de vapor, em função de aumento natural ou artificial de temperatura. Ao atingir determinada temperatura, que varia de acordo com o líquido, ocorre a transformação em vapor de água. 
4.5.1 Dados de evaporação média mensal
	Na próxima tabela teremos os dados de evaporação média mensal da região estudada, os mesmos estão expressos em (mm).
4.5.2 Evaporação do piche 
	Estação Florianópolis 
	Evaporação do piche por mês dos anos de 1988 a 2002 em (mm)
	Estação
	Mês
	Média por mês
	Maior histórico mês
	Menor histórico mês
	83897
	Janeiro
	94.73549782
	127
	7.190476
	83897
	Fevereiro
	92.15454545
	125.3
	75.3
	83897
	Março
	102.4909091
	131.9
	75.4
	83897
	Abril
	90.87272727
	113.4
	76.5
	83897
	Maio
	105.1272727
	184.6
	64.5
	83897
	Junho
	80.67768591
	195.2
	4.954545
	83897
	Julho
	79.67985255
	185.4
	4.378378
	83897
	Agosto
	83.591866
	178.5
	4.710526
	83897
	Setembro
	76.059798
	131.6
	2.677778
	83897
	Outubro
	98.07158242
	178.2
	6.558989
	83897
	Novembro
	106.2848012
	147.1
	6.917614
	83897
	Dezembro
	111.45
	142.1
	6
Fonte: Os autores (2016)
	Estação Indaial 
	Evaporação do piche por mês dos anos de 1988 a 2002 em (mm)
	Estação
	Mês
	Média por mês
	Maior histórico mês
	Menor histórico mês
	83872
	Janeiro
	93.62142857
	271
	57.4
	83872
	Fevereiro
	69.06119693
	172.5
	6.756757
	83872Março
	77.92142857
	178.3
	57.6
	83872
	Abril
	64.24285714
	98.1
	45.1
	83872
	Maio
	59.89241071
	119.2
	8.09375
	83872
	Junho
	50.82857143
	106.5
	5
	83872
	Julho
	44.78663593
	76.4
	4.612903
	83872
	Agosto
	50.89230769
	69.1
	2
	83872
	Setembro
	53.33333333
	67
	39.2
	83872
	Outubro
	60.47808992
	80.5
	6.615169
	83872
	Novembro
	70.87240257
	105.7
	7.613636
	83872
	Dezembro
	81.16674208
	120.7
	6.367647
Fonte: Os autores (2016)
	Média entre duas Estações
	Evaporação do piche por mês dos anos de 1988 a 2002 em (mm)
	Estação
	Mês
	Média por mês
	Maior histórico mês
	Menor histórico mês
	Média dos postos
	Janeiro
	94.17846319
	199
	32.295238
	Média dos postos
	Fevereiro
	80.60787119
	148.9
	41.0283785
	Média dos postos
	Março
	90.20616883
	155.1
	66.5
	Média dos postos
	Abril
	77.55779221
	105.75
	60.8
	Média dos postos
	Maio
	82.50984172
	151.9
	36.296875
	Média dos postos
	Junho
	65.75312867
	150.85
	4.9772725
	Média dos postos
	Julho
	62.23324424
	130.9
	4.4956405
	Média dos postos
	Agosto
	67.24208685
	123.8
	3.355263
	Média dos postos
	Setembro
	64.69656567
	99.3
	20.938889
	Média dos postos
	Outubro
	79.27483617
	129.35
	6.587079
	Média dos postos
	Novembro
	88.57860187
	126.4
	7.265625
	Média dos postos
	Dezembro
	96.30837104
	131.4
	6.1838235
Fonte: Os autores (2016)
Análise gráfica
Fonte: Os autores (2016)
Análise dos dados
 Neste gráfico podemos fazer uma comparação pois o maior índice de evaporação está localizado no mês de Janeiro que é exatamente o mês com maior índice de insolação, ou seja, a evaporação está diretamente ligada a insolação pois quanto maior for a quantidade de sol incidido maior será a temperatura e naturalmente maior será a evaporação. 
4.5.3 Evaporação BH potencial 
	Estação Florianópolis 
	Evaporação BH potencial por mês dos anos de 1988 a 2002 em (mm)
	Estação
	mês
	média por mês
	Maior histórico mês
	Menor histórico mês
	83897
	Janeiro
	155.7532311
	204.9
	8.385542
	83897
	Fevereiro
	129.2350257
	203.8
	6.492063
	83897
	Março
	161.485044
	217.5
	1.935484
	83897
	Abril
	129.5904289
	242.9
	1.777778
	83897
	Maio
	119.6395225
	211.7
	2.010753
	83897
	Junho
	95.43481627
	183.9
	1.422222
	83897
	Julho
	108.4785308
	174.2
	2.010753
	83897
	Agosto
	113.6192354
	196.1
	2.096774
	83897
	Setembro
	102.1670455
	163.9
	6.7375
	83897
	Outubro
	112.4633729
	259.1
	2.806452
	83897
	Novembro
	169.2515701
	239.9
	5.318841
	83897
	Dezembro
	163.8214976
	228.7
	7.057971
Fonte: Os autores (2016)
	Estação Indaial 
	Evaporação BH potencial por mês dos anos de 1988 a 2002 em (mm)
	Estação
	Mês
	Média por mês
	Maior histórico mês
	Menor histórico mês
	83872
	Janeiro
	147.3167832
	196.1
	6.418182
	83872
	Fevereiro
	112.4532967
	201.2
	1.919643
	83872
	Março
	134.4921856
	195.5
	4.698413
	83872
	Abril
	119.0635199
	198.1
	6.396825
	83872
	Maio
	125.7941719
	203.5
	6.176471
	83872
	Junho
	95.12232785
	163
	1.556522
	83872
	Julho
	108.7700549
	175.1
	5.980769
	83872
	Agosto
	95.0730655
	168.5
	2.04878
	83872
	Setembro
	79.83928575
	131.8
	8.071429
	83872
	Outubro
	104.1678062
	206.8
	6.981481
	83872
	Novembro
	128.5122749
	197.5
	7.659574
	83872
	Dezembro
	113.776164
	173.5
	6.764045
Fonte: Os autores (2016)
	Média entre duas Estações
	Evaporação BH potencial por mês dos anos de 1988 a 2002 em (mm)
	Estação
	Mês
	Média por mês
	Maior histórico mês
	Menor histórico mês
	Média dos postos
	Janeiro
	151.5350072
	200.5
	7.401862
	Média dos postos
	Fevereiro
	120.8441612
	202.5
	4.205853
	Média dos postos
	Março
	147.9886148
	206.5
	3.3169485
	Média dos postos
	Abril
	124.3269744
	220.5
	4.0873015
	Média dos postos
	Maio
	122.7168472
	207.6
	4.093612
	Média dos postos
	Junho
	95.27857206
	173.45
	1.489372
	Média dos postos
	Julho
	108.6242929
	174.65
	3.995761
	Média dos postos
	Agosto
	104.3461504
	182.3
	2.072777
	Média dos postos
	Setembro
	91.0031656
	147.85
	7.4044645
	Média dos postos
	Outubro
	108.3155896
	232.95
	4.8939665
	Média dos postos
	Novembro
	148.8819225
	218.7
	6.4892075
	Média dos postos
	Dezembro
	138.7988308
	201.1
	6.911008
Fonte: Os autores (2016)
Análise gráfica
Fonte: Os autores (2016)
Análise dos dados
 Os valores de evaporação potencial média são maiores nos meses de verão como podemos ver devido a temperatura na região da bacia ser mais elevada que no restante do ano, nota-se porém que temos uma maior histórica no mês de outubro que é no período de outono.
4.5.4 Evaporação BH real 
	Estação Florianópolis 
	Evaporação BH real por mês dos anos de 1988 a 2002 em (mm)
	Estação
	Mês
	Média por mês
	Maior histórico mês
	Menor histórico mês
	83897
	Janeiro
	36.9646306
	344.3
	2.032258
	83897
	Fevereiro
	25.14949245
	166.3
	2.154762
	83897
	Março
	24.66349436
	239.3
	1.537634
	83897
	Abril
	23.45757573
	122.9
	1.222222
	83897
	Maio
	45.43333336
	221.9
	1.387097
	83897
	Junho
	22.39315882
	85.113636
	1.488889
	83897
	Julho
	25.44029318
	117.8
	1.763441
	83897
	Agosto
	11.32016618
	81.11
	1.763441
	83897
	Setembro
	26.96575755
	170.9
	2.011111
	83897
	Outubro
	26.25595558
	109.2
	2.172043
	83897
	Novembro
	8.55445725
	49
	1.855556
	83897
	Dezembro
	16.60154142
	144.5
	1.526882
Fonte: Os autores (2016)
	Estação Indaial 
	Evaporação BH real por mês dos anos de 1988 a 2002 em (mm)
	Estação
	Mês
	Média por mês
	Maior histórico mês
	Menor histórico mês
	83872
	Janeiro
	14.34925269
	151.1
	1.504065
	83872
	Fevereiro
	47.75069442
	297.5
	1.517857
	83872
	Março
	8.372187154
	72.9
	1.298387
	83872
	Abril
	13.46016807
	89.4
	1.141667
	83872
	Maio
	17.15897362
	122.2
	1.354839
	83872
	Junho
	22.15213685
	125.3
	1.358333
	83872
	Julho
	5.051473308
	31.1
	1.620968
	83872
	Agosto
	17.33933725
	92.5
	1.615385
	83872
	Setembro
	16.44745375
	157.8
	1.808333
	83872
	Outubro
	12.50996692
	102
	1.766129
	83872
	Novembro
	8.932232615
	56.4
	1.491667
	83872
	Dezembro
	11.01263662
	49.3
	1.58871
Fonte: Os autores (2016)
	Média entre duas Estações
	Evaporação BH real por mês dos anos de 1988 a 2002 em (mm)
	Estação
	Mês
	Média por mês
	Maior histórico mês
	Menor histórico mês
	Média dos postos
	Janeiro
	25.65694165
	247.7
	1.7681615
	Média dos postos
	Fevereiro
	36.45009344
	231.9
	1.8363095
	Média dos postos
	Março
	16.51784076
	156.1
	1.4180105
	Média dos postos
	Abril
	18.4588719
	106.15
	1.1819445
	Média dos postos
	Maio
	31.29615349
	172.05
	1.370968
	Média dos postos
	Junho
	22.27264783
	105.206818
	1.423611
	Média dos postos
	Julho
	15.24588324
	74.45
	1.6922045
	Média dos postos
	Agosto
	14.32975172
	86.805
	1.689413
	Média dos postos
	Setembro
	21.70660565
	164.35
	1.909722
	Média dos postos
	Outubro
	19.38296125
	105.6
	1.969086
	Média dos postos
	Novembro
	8.743344933
	52.7
	1.6736115
	Média dos postos
	Dezembro
	13.80708902
	96.9
	1.557796
Fonte: Os autores (2016)
Análise gráfica
Fonte: Os autores (2016)
Análise dos dados
Novamente podemos este gráfico podemos fazer uma comparação pois o maior índice de evaporação está localizado no mês de Janeiro que é exatamente o mês com maior índice de insolação, ou seja, a evaporação está diretamente ligada a insolação pois quanto maior for a quantidade de sol incidido, maior será a temperatura e naturalmente maior será a evaporação. 
4.6 PRECIPITAÇÃO
Segundo TUCCI (2013), na hidrologia toda a água oriunda do meio atmosférico que atinge a superfície terrestre é entendida como precipitação, como por exemplo, neblina, chuva, granizo, orvalho, geada, neve, entre outros. A diferença entre essas formas de precipitação é o estado em que a água se encontra. A chuva é o tipo de precipitação mais importante na hidrologia. 
4.6.1 Dados de precipitação média mensal, anual e total anual
Para a construção dos dados a seguir foram definidos sete postos pluviométricos localizados no interior ou próximos à bacia do Rio tijucas. Dentre as estações pluviométricas presentes e dentro de um raio de aproximadamente de 30 km do centro da bacia, foram selecionadas aquelas que possuem dados de regimes de chuvas no intervalo de17 anos (1985 à 2002). Com auxílio do banco de dados do Sistema de Informações Hidrológicas (Hidroweb), software Hidro 1.2 e o software Microsoft Office Excel, os dados referentes a precipitações dos anos entre 1985 até 2002 de sete postos pluviométricos foram baixados e tabulados, sendo os postos, posto de Brusque (2748000), Major Gercino (2748001), Nova Trento (2748002), Governador Celso Ramos (2748019), Fazenda Boa Esperança (2749015), Rancho Queimado (2749020) e Leoberto Leal (2749034).
	
Postos Pluviométricos
Fonte: Os autores (2016)
Os postos selecionados possuíam um número grande de dados, porém houve a necessidade de fazer o preenchimento de falhas através do método da ponderação regional. Tais falhas são ocasionadas por inúmeros motivos. Os mais comuns são devidos ao erro humano, onde a pessoa encarregada de verificar a medição não foi tecnicamente correta, ou por mal funcionamento dos medidores pluviométricos utilizados nos postos.
Ponderação Regional
• Posto Y apresenta falha
• Postos X1, X2 e X3 tem dados.
• Um é a precipitação média do posto Y
• Xm1 a Xm3 são as médias dos postos X
• n é o número de postos
• PX1 a PX3 são as precipitações nos postos X1 a X3 no intervalo de tempo em
que Y apresenta falha.
• PY é a precipitação estimada em Y no intervalo que apresenta falha
O método escolhido para a determinação da área de influência dos postos pluviométricos foi o “Polígonos de Thiessen”. Este método engloba todos os postos presentes na bacia e determina a distribuição de chuvas sobre suas áreas, através do software AUTOCAD obteve-se a área total da bacia e a área de cada região de influência de cada posto pluviométrico, ressaltando que divido a posição geográfica dos postos pluviométricos, dois deles pelo Método dos Polígonos de Thiessen não tinham influência sobre a bacia, sendo assim foram utilizando apenas 5 postos pluviométricos para o cálculo, Rancho Queimado (2749020) e Leoberto Leal (2749034), Major Gercino (2748001), Nova Trento (2748002), Fazenda Boa Esperança (2749015).
Polígonos de Thiessen com suas áreas de influência
Fonte: Os autores (2016)
	Tendo posse de todas estas informações e possível calcular a precipitação na bacia, utilizando a seguinte formulação:
 ai = fração da área da bacia sob influência do posto i
Pi = precipitação do posto i
Novamente utilizando o software Microsoft Office Excel foi possível gerar as seguintes informações.
4.6.2 Precipitação média mensal 
 Trata-se da precipitação média mensal que ocorreu na área de influência dos postos pluviométricos da bacia em estudo (Polígonos de Thiessen).
	Polígonos de Thiessen
	 
	 
	Área total bacia 
	Leoberto Leal Posto 2749034 
	Rancho Queimado Posto 2749020 
	Major Gercino Posto 2748001 
	Faz. Boa Esperança Posto 2749015 
	Nova Trento Posto 2748002 
	 
	Soma áreas
	EM KM²
	EM KM²
	EM KM²
	EM KM²
	EM KM²
	EM KM²
	 
	 
	1905.3144
	558.115148
	456.579425
	231.804593
	403.903106
	254.895925
	 
	1905.298
Fonte: Os autores (2016)
 Dados de precipitação média mensais.
	Dados de precipitação média mensal por posto dos anos de 1985 até 2002 em (mm/mês)
	Ano/Posto
	 Leoberto Leal
	Rancho Queimado
	Major Gercino
	Faz. Boa Esperança
	Nova Trento
	Janeiro 
	182.9944444
	281.2944444
	233.9666667
	247.4944444
	194.8833333
	Fevereiro
	176.3944444
	246.5833333
	196.1444444
	220.1
	177.1111111
	Março
	107.2444444
	153.3888889
	115.2444444
	130.2
	112.7786626
	Abril
	97.94266136
	102.4444444
	93.21111111
	109.2222222
	109.8111111
	Maio
	127
	112.4111111
	82.11111111
	96.83888889
	103.2666667
	Junho
	86.45
	93.63888889
	69.81111111
	82.76666667
	72.68333333
	Julho
	119.8166667
	125.5111111
	81.47777778
	91.48895637
	83.42777778
	Agosto
	102.1222222
	89.36666667
	68.32222222
	108.6611111
	84.38888889
	Setembro
	135.5888889
	149.0666667
	119.0777778
	142.8277778
	141.5611111
	Outubro
	154.05
	197.1
	121.4277778
	148.35
	139.0444444
	Novembro
	124.5125526
	143.2729392
	92.45
	136.5111111
	109.543367
	Dezembro
	119.2368331
	202.424679
	150.1333333
	149.8860394
	126.5139209
Fonte: Os autores (2016)
 Através do cálculo da área de influência da cada posto se obtêm a seguintes precipitações médias mensais na bacia.
	Precipitação média mensal entre 1985 e 2002 em (mm/mês)
	 Janeiro
	228.0140839
	 Fevereiro
	204.9763783
	 Março
	124.8813094
	 Abril
	102.4238686
	 Maio
	108.4727736
	 Junho
	83.52510221
	 Julho
	105.6425569
	 Agosto
	93.96627115
	 Setembro
	139.1422303
	 Outubro
	157.1802784
	 Novembro
	125.6472801
	 Dezembro
	150.4002396
Fonte: Os autores (2016)
Análise gráfica
Fonte: Os autores (2016)
Análise dos dados
Percebe-se que temos no período do verão nos meses de janeiro e fevereiro as maiores quantidades de precipitação média, chagando a média de 228 mm no mês de janeiro, e nós e no período do inverno no hemisfério sul temos então os menores índices de precipitação média, especificamente no mês de junho temos apenas 83 mm de precipitação media , podemos assim perceber que a quantidade de chuva e de água precipitada no período do inverno é menor que no verão, sabendo destes dados podemos sim analisar e pensar/projetar melhores formas de armazenamento deste recurso tão importante para o ser humano.
4.6.3 Precipitação média anual:
 Trata-se da precipitação média anual que ocorreu nas áreas de influência dos postos pluviométricos da bacia em estudo (Polígonos de Thiessen).
	Polígonos de Thiessen
	 
	 
	Área total bacia 
	Leoberto Leal Posto 2749034 
	Rancho Queimado Posto 2749020 
	Major Gercino Posto 2748001 
	Faz. Boa Esperança Posto 2749015 
	Nova Trento Posto 2748002 
	 
	Soma áreas
	EM KM²
	EM KM²
	EM KM²
	EM KM²
	EM KM²
	EM KM²
	 
	 
	1905.3144
	558.115148
	456.579425
	231.804593
	403.903106
	254.895925
	 
	1905.298
Fonte: Os autores (2016)
 Dados de precipitação média anual.
	Dados de precipitação média anual dos anos de 1985 até 2002 em (mm/mês)
	Ano/Posto
	 Leoberto Leal
	Rancho Queimado
	Major Gercino
	Faz. Boa Esperança
	Nova Trento
	1985
	101.3833333
	129.975453
	94.60833333
	114.4416667
	106.7583333
	1986
	111.6833333
	140.95
	117.825
	121.375
	151.975
	1987
	150.0083333
	174.6916667
	121.7
	142.4667679
	178.3833333
	1988
	103.5833333
	116.8666667
	101.7
	97.925
	124.2416667
	1989
	124.5583333
	154.325
	126.7333333
	133.65
	143.1916667
	1990
	134.7402305
	174.1416667
	156.7583333
	184.9083333
	59.4
	1991
	96.11666667
	128.0916667
	104.075
	104.6083333
	68.58333333
	1992
	126.7083333
	149.6916667
	123.3583333
	148.85
	157.9416667
	1993
	148.2035692
	179.275
	144.1166667
	130.1333333
	112.2083333
	1994
	129.4833333
	151.3166667
	125.6666667
	118.3715084
	75.04943591
	1995
	142.0333333
	169.175
	120.15
	115.625
	80.28633647
	1996
	133.5276042
	159.1767142
	128.375
	151.7408841
	58.54315344
	1997
	140.3333333
	167.1694405
	145.85
	151.8833333
	96.825
	1998
	136.5666667
	200.8914863
	167.625
	198.8833333
	201.2
	1999
	112.55
	142.75
	111.4916667
	135.4333333
	127.45
	2000
	120.5833333
	167.05
	115.0333333
	129.2666667
	115.125
	2001
	150.5333333
	189.3333333
	111.5416667
	175.125
	164.875
	2002
	137.4333333
	149.8833333
	18.45833333
	141.8333333
	160.4833333
Fonte: Os autores (2016)
 Através do cálculo da área de influência da cada posto se obtêm a seguintes precipitações médias anuais na bacia.
	Precipitação média anual entre 1985 e 2002 em (mm/mês)
	1985
	110.8971552
	1986
	126.8876958
	1987
	154.6753216
	1988
	108.1006768
	1989
	136.3751324
	1990
	147.4156892
	1991
	102.8630724
	1992
	140.6794953
	1993
	146.5047149
	1994
	124.6120914
	1995
	132.014988
	1996
	132.8754622
	1997
	144.0620162
	1998
	177.6156973
	1999
	126.5015805
	2000
	132.1526434
	2001
	162.2178501
	2002
	129.957276
Fonte: Os autores (2016)
Análise gráfica
 Fonte: Os autores (2016)
Podemos perceber que a quantidade de precipitação está oscilando anos para mais, anos para menos, formando assim alguns picos e vales, mas também percebe-se pela linha de tendência que as quantidadesde precipitação tendem a aumentar, ou seja, estão em uma linha crescente, o que de certa forma é bom pois a água é um bem muito valioso mas também causa uma preocupação, pois nossas infraestruturas estão preparadas para receber esta maior quantidade de água da chuva?
4.6.4 Precipitação total anual:
Trata-se de toda a precipitação que ocorreu na área de influência dos postos pluviométricos da bacia em estudo (Polígonos de Thiessen).
	Polígonos de Thiessen
	 
	 
	Área total bacia 
	Leoberto Leal Posto 2749034 
	Rancho Queimado Posto 2749020 
	Major Gercino Posto 2748001 
	Faz. Boa Esperança Posto 2749015 
	Nova Trento Posto 2748002 
	 
	Soma áreas
	EM KM²
	EM KM²
	EM KM²
	EM KM²
	EM KM²
	EM KM²
	 
	 
	1905.3144
	558.115148
	456.579425
	231.804593
	403.903106
	254.895925
	 
	1905.298
Fonte: Os autores (2016)
 Dados de precipitação total anuais.
	Dados de precipitação total anual dos ano de 1985 até 2002 em (mm/ano)
	Ano/Posto
	 Leoberto Leal
	Rancho Queimado
	Major Gercino
	Faz. Boa Esperança
	Nova Trento
	1985
	1216.6
	1559.705436
	1135.3
	1373.3
	1281.1
	1986
	1340.2
	1691.4
	1413.9
	1456.5
	1823.7
	1987
	1800.1
	2096.3
	1460.4
	1709.601215
	2140.6
	1988
	1243
	1402.4
	1220.4
	1175.1
	1490.9
	1989
	1494.7
	1851.9
	1520.8
	1603.8
	1718.3
	1990
	1616.882767
	2089.7
	1881.1
	2218.9
	712.8
	1991
	1153.4
	1537.1
	1248.9
	1255.3
	823
	1992
	1520.5
	1796.3
	1480.3
	1786.2
	1895.3
	1993
	1778.44283
	2151.3
	1729.4
	1561.6
	1346.5
	1994
	1553.8
	1815.8
	1508
	1420.458101
	900.5932309
	1995
	1704.4
	2030.1
	1441.8
	1387.5
	963.4360376
	1996
	1602.331251
	1910.12057
	1540.5
	1820.890609
	702.5178412
	1997
	1684
	2006.033286
	1750.2
	1822.6
	1161.9
	1998
	1638.8
	2410.697835
	2011.5
	2386.6
	2414.4
	1999
	1350.6
	1713
	1337.9
	1625.2
	1529.4
	2000
	1447
	2004.6
	1380.4
	1551.2
	1381.5
	2001
	1806.4
	2272
	1338.5
	2101.5
	1978.5
	2002
	1649.2
	1798.6
	221.5
	1702
	1925.8
Fonte: Os autores (2016)
 Através do cálculo da área de influência da cada posto obtêm-se as seguintes precipitações totais anuais na bacia.
	Precipitação Total anual entre 1985 e 2002 em (mm/ano)
	1985
	1330.765862
	1986
	1522.652349
	1987
	1856.10386
	1988
	1297.208122
	1989
	1636.501589
	1990
	1768.988271
	1991
	1234.356869
	1992
	1688.153943
	1993
	1758.056579
	1994
	1495.345097
	1995
	1584.179855
	1996
	1594.505546
	1997
	1728.744195
	1998
	2131.388368
	1999
	1518.018966
	2000
	1585.831721
	2001
	1946.614202
	2002
	1559.487312
 Fonte: Os autores (2016)
Análise gráfica
 Fonte: Os autores (2016)
No estado de Santa Catarina, onde está localizada a bacia em estudo, a chuva é bem distribuída ao longo do ano, não apresentando assim, estação seca definida 
 	Como podemos ver este gráfico é muito parecido com o anterior, ou seja, temos alguns picos e vales mas temos também uma linha de tendência acedente, o que de certa forma causa sim uma preocupação com relação a capacidade de nossa infraestrutura.
4.7 Dados de número de dias com chuva
 Nesta próxima tabela veremos os dados da quantidade de dias com chuva da região estudada, devido a posição geográfica utilizou-se dois pontos um em Florianópolis e outro em Indaial a partir destes dados foi feita uma média entre as duas estações, os mesmos estão expressos em quantidades de dias.
	Estação Florianópolis 
	Número de dia com precipitação por mês dos anos de 1988 a 2002 Qtd.
	Estação
	Mês
	Média por mês
	Maior histórico mês
	Menor histórico mês
	83897
	Janeiro
	20
	23
	16
	83897
	Fevereiro
	19.44444444
	22
	15
	83897
	Março
	16.875
	23
	12
	83897
	Abril
	15.33333333
	19
	12
	83897
	Maio
	7.5
	11
	4
	83897
	Junho
	9
	9
	9
	83897
	Julho
	15.66666667
	18
	12
	83897
	Agosto
	14.33333333
	16
	12
	83897
	Setembro
	16.25
	20
	10
	83897
	Outubro
	18.25
	26
	14
	83897
	Novembro
	16.66666667
	21
	12
	83897
	Dezembro
	16.66666667
	21
	11
Fonte: Os autores (2016)
	Estação Indaial 
	Número de dia com precipitação por mês dos anos de 1988 a 2002 T.d.
	Estação
	Mês
	Média por mês
	Maior histórico mês
	Menor histórico mês
	83872
	Janeiro
	18.16666667
	23
	15
	83872
	Fevereiro
	18.4
	23
	13
	83872
	Março
	16.75
	19
	14
	83872
	Abril
	11.66666667
	15
	5
	83872
	Maio
	12
	13
	11
	83872
	Junho
	9
	11
	7
	83872
	Julho
	12.33333333
	17
	8
	83872
	Agosto
	12
	17
	8
	83872
	Setembro
	17.33333333
	21
	12
	83872
	Outubro
	16.44444444
	23
	8
	83872
	Novembro
	16.5
	19
	14
	83872
	Dezembro
	16.57142857
	20
	12
Fonte: Os autores (2016)
	Média entre duas Estações
	Número de dia com precipitação por mês dos anos de 1988 a 2002 Qtd.
	Estação
	Mês
	Média por mês
	Maior histórico mês
	Menor histórico mês
	Média dos postos
	Janeiro
	19.08333333
	23
	15.5
	Média dos postos
	Fevereiro
	18.92222222
	22.5
	14
	Média dos postos
	Março
	16.8125
	21
	13
	Média dos postos
	Abril
	13.5
	17
	8.5
	Média dos postos
	Maio
	9.75
	12
	7.5
	Média dos postos
	Junho
	9
	10
	8
	Média dos postos
	Julho
	14
	17.5
	10
	Média dos postos
	Agosto
	13.16666667
	16.5
	10
	Média dos postos
	Setembro
	16.79166667
	20.5
	11
	Média dos postos
	Outubro
	17.34722222
	24.5
	11
	Média dos postos
	Novembro
	16.58333333
	20
	13
	Média dos postos
	Dezembro
	16.61904762
	20.5
	11.5
Fonte: Os autores (2016)
Analise gráfica
Fonte: Os autores (2016)
Análise dos dados
 Como podemos perceber os meses que se tem maior quantidade de dias com precipitação são os meses com maiores temperaturas, ou seja temos um ciclo bem definido, maior temperatura, maior evaporação, maior quantidade de vapor que vai para a atmosfera, sendo assim maior a possibilidade de ser ter precipitação.
5 USO DO SOLO
 Fonte: Os autores (2016)
5.1 Drenagem
 Fonte: Os autores (2016)
Análise do mapa do uso do solo e Drenagem
Uso do solo é de extrema importância para o ciclo hidrológico, pois eles influenciam diretamente nos processos de infiltração, interceptação, escoamento superficial, escoamento subterrâneo e evapotranspiração. Na presente bacia a maior área é coberta por mata nativa, isso garante menor escoamento superficial maior interceptação e infiltração e como consequência maior escoamento subterrâneo.
Há ainda áreas destinadas a práticas agrícolas, nessas áreas normalmente são feitas modificações no solo para que se possam introduzir diferentes culturas, essas modificações podem aumentar ou diminuir o escoamento superficial. Já nas áreas de solo exposto espera-se altas velocidades de escoamento da água quando ocorrem precipitações. Estas alta velocidade diminui a infiltração e o escoamento subterrâneo, aumenta o escoamento superficial e ainda pode arrastar, das vertentes, corpos de diferentes tamanhos, densidades e origens. Esses corpos podem poluir e modificar as características físico-químicas e biológicas originais dos cursos d’água. 
Sendo assim torna-se de suma importância conhecer o uso dos solo para os diferentes projetos que podemos nos depara em nossas futuras carreiras.
 
 
6 CURVA DE PERMANÊNCIA
A chamada curva de permanência é uma variação do diagrama de frequências relativas acumuladas, na qual a frequência de não superação é substituída pela porcentagem de um intervalo de tempo específico em que o valor da variável, indicado em abscissas, foi igualado ou superado. Em hidrologia, a curva de permanência é muito usada para ilustrar o padrão de variação de vazões, assim como o é para indicadores de qualidade da água, tais como turbidez de um trecho fluvial, dureza da água e concentrações de sedimento em suspensão, entre outros. Em particular, é frequente o emprego da curva de permanência de vazões para o planejamento e projeto de sistemas de recursos hídricos e, também, como instrumento de outorga de direito de uso da água em alguns estados brasileiros. Por exemplo, a Superintendência de Recursos Hídricos do Estado da Bahia pode outorgar, para um novo usuário dos recursos hídricos de domínio daquele estado, até 80% da vazão denotada por Q90, ou seja, a vazão local que é igualada ou superada em 90% do tempo.
6.1 MetodologiaPara análise da curva de permanência foram utilizados dados de vazões dos postos fluviométricos retirados dos dados históricos no HIDROWEB. Utilizamos o software hidro 1.2 para gerar curva de permanência, como também foi utilizado o Microsoft Office Excel para gerar a curva de permanência mensal.
6.2 Curva de permanência do ano de 1885
Fonte: Os autores (2016)
	Perm. (%)
	Vazão (m3/s)
	Q99
	22.6
	Q95
	22.6
	Q90
	25.1
	Q50
	31.4
	Qmlp
	38.212
 Fonte: Os autores (2016)
Análise 
Fazendo uma análise aos dados da curva de permanência do ano de 1985, podemos perceber que os dados de vazão da bacia do rio tijucas teve um ano com seu fluxo de águas bem equilibrado, sendo que a Q99 para o Q50 obtivemos um diferença de 8.8 m³/s, isso por seu uma bacia de em média 1900 km² é uma vazão considerável pequena. Portanto nesse ano provavelmente obtivemos um ciclo hidrológico bem equilibrado durante o ano todo.
6.3 Curva de Permanência Mensal
Série de 1985 até 2002
	Perc(%)
	Jan
	Fev
	Mar
	Abr
	Mai
	Jun
	Jul
	Ago
	Set
	Out
	Nov
	Dez
	100
	17.3
	33.3
	14.1
	6.86
	23.1
	25.3
	19.3
	10.3
	9.89
	27.4
	20.5
	17.4
	99
	17.3
	33.3
	14.1
	6.86
	23.1
	25.3
	19.3
	10.3
	9.89
	27.4
	20.5
	17.4
	98
	17.3
	33.3
	14.1
	6.86
	23.1
	25.3
	19.3
	10.3
	9.89
	27.4
	20.5
	17.4
	97
	17.3
	33.3
	14.1
	6.86
	23.1
	25.3
	19.3
	10.3
	9.89
	27.4
	20.5
	17.4
	96
	17.3
	33.3
	14.1
	6.86
	23.1
	25.3
	19.3
	10.3
	9.89
	27.4
	20.5
	17.4
	95
	17.3
	33.3
	14.1
	6.86
	23.1
	25.3
	19.3
	10.3
	9.89
	27.4
	20.5
	17.4
	94
	20.1
	34.5
	16.4
	10.2
	23.4
	25.5
	19.8
	11.4
	12
	27.8
	21.2
	18.5
	93
	22.9
	35.8
	18.8
	14.8
	23.8
	25.7
	20.4
	13
	14.9
	28.3
	22.2
	20.1
	92
	25.8
	37.1
	21.2
	19.4
	24.2
	26
	20.9
	14.5
	17.8
	28.8
	23.2
	21.6
	91
	28.6
	38.3
	23.6
	24
	24.7
	26.2
	21.4
	16.1
	20.7
	29.3
	24.2
	23.1
	90
	31.4
	39.6
	26
	28.6
	25.1
	26.5
	21.9
	17.6
	23.6
	29.8
	25.2
	24.7
	89
	31.9
	40.2
	26
	31.1
	25.7
	26.7
	23.1
	18.4
	25.2
	30.7
	25.8
	25.7
	88
	32.5
	40.8
	26.1
	31.2
	26.5
	26.8
	24.3
	18.5
	25.4
	32
	26
	26
	87
	33
	41.4
	26.1
	31.4
	27.4
	26.9
	25.5
	18.5
	25.7
	33.2
	26.2
	26.4
	86
	33.5
	42
	26.2
	31.5
	28.2
	27
	26.8
	18.5
	25.9
	34.5
	26.4
	26.8
	85
	34
	42.6
	26.2
	31.6
	29.1
	27.1
	28
	18.5
	26.1
	35.8
	26.6
	27.2
	84
	34.3
	43.6
	26.9
	31.7
	29.8
	27.2
	28.1
	18.7
	26.5
	37
	26.9
	27.5
	83
	34.6
	44.7
	27.6
	32
	30
	27.5
	28.3
	19.3
	27.5
	37.8
	27.4
	27.7
	82
	34.9
	45.7
	28.4
	32.2
	30.1
	27.9
	28.5
	20
	28.5
	38.7
	27.9
	27.9
	81
	35.2
	46.7
	29.1
	32.4
	30.3
	28.2
	28.7
	20.6
	29.6
	39.5
	28.4
	28
	80
	35.6
	47.8
	29.8
	32.7
	30.5
	28.6
	28.8
	21.2
	30.6
	40.4
	28.9
	28.2
	79
	36.2
	47.8
	32.4
	32.9
	30.7
	28.9
	29.4
	21.9
	31.6
	41.2
	29.4
	28.4
	78
	36.8
	47.8
	35.1
	33
	30.8
	29.1
	30.1
	22
	32
	41.4
	30
	28.4
	77
	37.4
	47.8
	37.8
	33.2
	30.9
	29.4
	30.7
	22.2
	32.4
	41.5
	30.5
	28.5
	76
	38
	47.9
	40.4
	33.3
	31
	29.6
	31.3
	22.3
	32.9
	41.5
	31
	28.5
	75
	38.6
	47.9
	43.1
	33.4
	31.1
	29.8
	31.9
	22.4
	33.3
	41.6
	31.5
	28.6
	74
	40
	49
	43.2
	33.6
	31.2
	30.1
	32.1
	22.5
	33.7
	41.7
	32.1
	28.6
	73
	41.4
	50.1
	43.2
	33.6
	31.6
	30.7
	32.3
	23.6
	33.8
	41.8
	32.9
	29
	72
	42.7
	51.2
	43.3
	33.6
	32.1
	31.5
	32.6
	25
	33.9
	42
	33.9
	29.5
	71
	44.1
	52.3
	43.4
	33.6
	32.6
	32.2
	32.8
	26.4
	33.9
	42.2
	34.8
	30
	70
	45.5
	53.4
	43.4
	33.7
	33.1
	33
	33
	27.8
	33.9
	42.3
	35.8
	30.5
	69
	46.1
	53.5
	43.6
	33.7
	33.7
	33.8
	33.6
	29.3
	33.9
	42.5
	36.7
	31.1
	68
	46.7
	53.6
	43.7
	33.7
	34.5
	34.4
	34.2
	30.1
	34
	42.6
	37.4
	31.6
	67
	47.3
	53.6
	43.9
	33.8
	35.7
	34.9
	34.8
	30.2
	34.1
	42.7
	37.5
	32.3
	66
	47.8
	53.7
	44
	33.9
	37
	35.4
	35.3
	30.2
	34.2
	42.8
	37.7
	32.9
	65
	48.4
	53.8
	44.2
	33.9
	38.2
	35.9
	35.9
	30.3
	34.3
	42.9
	37.8
	33.5
	64
	48.8
	56.5
	44.4
	34
	39.4
	36.3
	36
	30.3
	34.4
	43
	38
	34.1
	63
	49.2
	59.2
	44.6
	34.2
	40.5
	36.8
	36.1
	30.4
	34.7
	43.1
	38.1
	34.7
	62
	49.6
	61.8
	44.8
	34.8
	40.7
	36.9
	36.2
	30.6
	36.1
	43.3
	38.1
	34.9
	61
	50
	64.5
	45
	35.3
	40.9
	37
	36.3
	30.8
	37.4
	43.5
	38.1
	35.1
	60
	50.4
	67.2
	45.1
	35.9
	41.1
	37.1
	36.5
	31
	38.7
	43.6
	38.1
	35.3
	59
	51.5
	67.5
	45.4
	36.5
	41.3
	37.2
	37
	31.2
	40
	43.8
	38.2
	35.4
	58
	52.6
	67.9
	45.7
	37
	41.6
	37.4
	37.5
	31.4
	41.4
	44
	38.2
	35.6
	57
	53.7
	68.3
	45.9
	37.5
	42.3
	37.8
	38
	31.8
	42.6
	44.2
	38.6
	36.5
	56
	54.7
	68.6
	46.2
	37.9
	43.2
	38.3
	38.5
	32.1
	43.7
	44.5
	39
	37.4
	55
	55.8
	69
	46.4
	38.4
	44
	38.7
	39
	32.5
	44.9
	44.8
	39.4
	38.3
	54
	56.6
	69
	46.6
	38.8
	44.9
	39.2
	39.8
	32.9
	46
	45
	39.9
	39.2
	53
	57.3
	69.1
	46.7
	39.3
	45.7
	39.7
	40.6
	33.2
	47.2
	45.3
	40.3
	40.1
	52
	58.1
	69.1
	46.9
	39.5
	46.3
	40.1
	41.4
	33.7
	48.3
	45.5
	40.9
	41
	51
	58.9
	69.1
	47
	39.5
	46.7
	40.6
	42.2
	34.4
	49.3
	45.7
	41.6
	42
	50
	59.6
	69.2
	47.1
	39.5
	47.1
	41.1
	43
	35
	50.3
	45.9
	42.2
	43
	49
	59.9
	69.3
	48.8
	39.6
	47.6
	41.5
	46
	35.6
	51.3
	46.1
	42.9
	43.9
	48
	60.2
	69.4
	50.4
	39.6
	48
	42
	49
	36.2
	52.3
	46.3
	43.5
	44.9
	47
	60.5
	69.5
	52.1
	40
	48.2
	42.7
	52.1
	36.6
	53.2
	46.7
	44
	45.6
	46
	60.8
	69.6
	53.7
	41.1
	48.3
	43.8
	55.1
	36.8
	53.8
	47.6
	44.3
	45.7
	45
	61.1
	69.8
	55.3
	42.2
	48.3
	44.8
	58.1
	36.9
	54.4
	48.4
	44.5
	45.8
	44
	61.5
	71.1
	56.2
	43.3
	48.3
	45.9
	58.6
	37.1
	55
	49.2
	44.7
	46
	43
	61.9
	72.3
	57.1
	44.3
	48.3
	46.9
	59
	37.2
	55.6
	50.1
	45
	46.1
	42
	62.3
	73.6
	58
	45.3
	48.3
	47.9
	59.5
	37.4
	56.2
	51
	45.2
	46.3
	41
	62.8
	74.9
	58.9
	45.7
	48.8
	48.1
	59.9
	37.6
	56.6
	52.6
	45.2
	46.4
	40
	63.2
	76.2
	59.8
	46.1
	49.2
	48.2
	60.4
	37.9
	56.9
	54.2
	45.3
	46.5
	39
	63.7
	77.6
	60.5
	46.5
	49.7
	48.4
	60.9
	38.1
	57.2
	55.8
	45.4
	46.7
	38
	64.3
	78.9
	61.2
	46.9
	50.1
	48.6
	61.3
	38.4
	57.6
	57.4
	45.4
	46.8
	37
	64.8
	80.3
	62
	47.3
	50.5
	48.7
	61.8
	38.6
	57.9
	59
	45.5
	47
	36
	65.4
	81.6
	62.7
	47.6
	51
	49.9
	62.3
	39
	58.1
	59.6
	45.9
	47
	35
	65.9
	83
	63.4
	48
	51.5
	51.2
	62.7
	39.4
	58.3
	60
	46.3
	47
	34
	67
	84.1
	63.4
	48.3
	52
	52.6
	63.6
	39.7
	58.6
	60.5
	46.8
	47
	33
	68
	85.2
	63.4
	48.6
	52.5
	53.9
	64.4
	40.1
	58.8
	61
	47.2
	47
	32
	69
	86.4
	63.5
	48.9
	53
	55.3
	65.3
	40.5
	59
	61.4
	47.7
	47
	31
	70.1
	87.5
	63.5
	49.2
	53.6
	56.4
	66.2
	41.1
	59.7
	62.1
	48.4
	47.1
	30
	71.1
	88.7
	63.5
	49.5
	54.3
	57.4
	67
	41.9
	60.8
	63.1
	49.2
	47.3
	29
	71.2
	89.2
	64.4
	49.8
	54.9
	58.4
	67.4
	42.7
	61.9
	64
	50.1
	47.5
	28
	71.2
	89.7
	65.2
	50.1
	55.6
	59.4
	67.7
	43.6
	62.9
	64.9
	50.9
	47.7
	27
	71.2
	90.3
	66.1
	50.4
	56.2
	60.4
	68
	44.4
	64
	65.8
	51.8
	47.9
	26
	71.2
	90.8
	66.9
	50.7
	57
	61.1
	68.3
	47
	65.9
	67.4
	53.3
	48.7
	25
	71.3
	91.3
	67.7
	51
	58.1
	61.1
	68.6
	53.7
	69.5
	70.6
	56.1
	51
	24
	71.9
	91.4
	67.9
	51.3
	59.1
	61.1
	69.1
	60.3
	73.1
	73.7
	58.9
	53.2
	23
	72.5
	91.4
	68
	51.6
	60.2
	61.1
	69.6
	67
	76.7
	76.9
	61.7
	55.5
	22
	73.2
	91.5
	68.1
	51.9
	61.2
	61.1
	70.1
	73.7
	80.3
	80
	64.5
	57.8
	21
	73.8
	91.5
	68.2
	52.2
	62.6
	61.2
	70.6
	80.1
	83.8
	83.2
	67.3
	60.2
	20
	74.4
	91.5
	68.3
	54
	70.2
	64.1
	71.1
	82.9
	84.8
	86.3
	70.1
	65.3
	19
	74.8
	97.2
	69.1
	55.9
	77.8
	66.9
	71.5
	85.7
	85.8
	89.3
	72.9
	70.4
	18
	75.1
	103
	69.9
	57.7
	85.3
	69.7
	71.9
	88.5
	86.8
	92.4
	75.7
	75.5
	17
	75.4
	109
	70.7
	59.5
	92.9
	72.6
	72.3
	91.3
	87.8
	95.5
	78.5
	80.7
	16
	75.7
	114
	71.5
	61.3
	101
	75.4
	72.6
	94.2
	88.8
	98.5
	81.3
	85.8
	15
	76.1
	120
	72.3
	62.1
	102
	78.8
	73
	101
	91
	99.4
	83.3
	87.5
	14
	87.4
	123
	72.3
	62.7
	102
	82.3
	80.2
	108
	93.6
	99.8
	85.1
	88.3
	13
	98.7
	126
	72.3
	63.2
	102
	85.8
	87.4
	116
	96.2
	100
	86.8
	89.1
	12
	110
	129
	72.4
	63.8
	102
	89.3
	94.5
	123
	98.7
	100
	88.6
	90
	11
	121
	132
	72.4
	64.3
	102
	92.8
	102
	131
	101
	101
	90.4
	90.8
	10
	133
	135
	72.4
	67.3
	104
	95
	109
	137
	103
	101
	94.2
	91.4
	9
	140
	140
	73.9
	72.6
	107
	95.9
	152
	140
	103
	101
	100
	91.9
	8
	148
	144
	75.5
	77.8
	111
	96.8
	194
	144
	103
	101
	106
	92.4
	7
	155
	148
	77
	83.1
	114
	97.7
	237
	148
	103
	101
	11292.9
	6
	163
	152
	78.5
	88.4
	117
	98.6
	280
	152
	104
	101
	117
	93.4
	5
	171
	157
	80.1
	92.2
	120
	99.2
	322
	155
	104
	101
	122
	93.7
	4
	171
	157
	80.1
	92.2
	120
	99.2
	322
	155
	104
	101
	122
	93.7
	3
	171
	157
	80.1
	92.2
	120
	99.2
	322
	155
	104
	101
	122
	93.7
	2
	171
	157
	80.1
	92.2
	120
	99.2
	322
	155
	104
	101
	122
	93.7
	1
	171
	157
	80.1
	92.2
	120
	99.2
	322
	155
	104
	101
	122
	93.7
	Qmlp
	64.1
	75.9
	50.4
	43.39
	53
	48.9
	67.5
	49.9
	52.76
	56.7
	49.9
	46.5
	QmlpT
	54.9
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
*QmlpT = Qmlp média de todos os meses. 
Fonte: Os autores (2016)
Fonte: Os autores (2016)
Análise
Observando o gráfico das curvas de permanências da série de 1985 até 2002, fica claro que no mês de julho é um mês de muito precipitação na região do bacio hidrográfica do rio tijucas, como também nos meses de janeiro, fevereiro e agosto também é um período de grande volume de precipitação, sendo que provavelmente ocorreu enchente, por ser o Q10 foram superior a 150 m³/s, nos demais meses do ano podemos ressaltar também que nos meses de abril e de setembro são os meses quem em alguns dos anos pode ter passado por um período de seca devido sua vazão média ter chego a ser menor do que 10 m³/s. Nós demais meses do ano a vazão se manteve constante, sem muita variação. Também podemos evidenciar que o Qmlp desta série fico perto dos 55 m³/s.
7. VAZÕES MÁXIMAS E MÍNIMAS
7.1 Metodologia
Para análise das vazões utilizamos o software sisCAH, carregado os dados de vazões retirado do HIDROWEB em series históricas da nossa bacia hidrográfica do rio tijucas, utilizando também como auxilio da demonstração dos dados o software Microsoft Office Excel.
7.2 Vazões máximas
A vazão máxima é uma variável hidrológica necessária a diferentes projetos em Engenharia de Recursos Hídricos. Os dados hidrológicos disponíveis no Brasil, normalmente são de postos fluviométricos com apenas duas observações diárias. Os postos fluviométricos, baseados somente em observadores, normalmente possuem duas leituras diárias (7 h e 19 h) e adotam como valor máximo o maior dos dois valores.
Estes dados servem para confeccionar um gráfico da variação da vazão em relação ao tempo, chamado hidrograma ou hidrógrafa. A vazão máxima, que é o registro da maior vazão medida durante um determinado período de tempo.
A vazão máxima de projeto pode ser estimada com base em séries de vazões históricas ou através de séries de precipitação (chuvas) junto com modelos hidrológicos do tipo precipitação-vazão.
Essas análises são realizadas devido a demanda de:
Dimensionamento de estruturas de drenagem
Dimensionamento de vertedores
Dimensionamento de proteções contra cheias
Análises de risco de inundação
Dimensionamento de ensecadeiras
Dimensionamento de pontes
Na análise do nosso trabalho é realizada as vazões máximas em vários períodos de retorno entre eles 10 anos 100 anos 1000 anos, isso irá várias dependendo da necessidade do projeto, esses dados são referentes ao série de 1885 até 2002.
	TR 10 anos
	Distribuição
	Interv. conf. sup. (95%)
	Evento (m³/s)
	Interv. conf. inf. (95%)
	Gumbel
	1343.560047
	1009.801165
	676.0422828
	Pearson 3
	1220.105214
	907.6161561
	595.1270985
	Logpearson 3
	1401.013347
	967.7344873
	534.4556274
	Lognormal 2
	1243.076847
	893.8248413
	544.5728356
	Lognormal 3
	1168.769519
	909.6295609
	650.489603
Fonte: Os autores (2016)
	TR 100 anos
	Distribuição
	Interv. conf. sup. (95%)
	Evento (m³/s)
	Interv. conf. inf. (95%)
	Gumbel
	2307.94832
	1660.091984
	1012.235648
	Pearson 3
	2522.111332
	1516.020049
	509.9287648
	Logpearson 3
	3611.824706
	2107.487946
	603.1511855
	Lognormal 2
	2285.316398
	1519.904095
	754.4917907
	Lognormal 3
	2124.526944
	1387.308904
	650.0908635
Fonte: Os autores (2016)
	TR 1000 anos
	Distribuição
	Interv. conf. sup. (95%)
	Evento (m³/s)
	Interv. conf. inf. (95%)
	Gumbel
	3261.371203
	2298.57241
	1335.773616
	Pearson 3
	4165.754329
	2128.471716
	91.18910266
	Logpearson 3
	7903.004944
	4031.174356
	159.3437678
	Lognormal 2
	3492.337646
	2240.341844
	988.3460412
	Lognormal 3
	3322.913032
	1839.983901
	357.05477
Fonte: Os autores (2016)
7.3 Vazões mínimas
	
As vazões mínimas são, normalmente, obtidas a partir da análise e processamento dos registros das descargas diárias observadas na estação fluviométrica. Da análise e processamentos dos registros podem ser construídas as curvas de frequência das vazões mínimas anuais. Outras vezes, a vazão mínima é obtida das curvas de permanência dessas mesmas vazões diárias. As vazões mínimas também podem ser avaliadas
A análise de frequência é o procedimento mais comum para a quantificação da vazão mínima de dada recorrência. Essa análise é feita mediante a construção da série anual de vazões mínimas, tomando-se por base os registros das vazões diárias em uma estação fluviométrica. As vazões mínimas da série anual podem ser as menores vazões diárias de cada ano de registro, ou as menores vazões médias de 2, 3, 7, 10 ou mais dias consecutivos.
A análise das vazões mínimas do nosso trabalho será realizada no período de retorno de 10 anos e vazões menores médias de 7 dias, conhecida como (Q10,7).
Essas analises são realizadas para usos de:
Disponibilidade hídrica em períodos críticos
Legislação de qualidade de água
A análise das vazões mínimas do nosso trabalho será realizada no período de retorno de 10 anos e vazões menores médias de 7 dias, conhecida como (Q10,7), esses dados são referente ao série de 1885 até 2002.
	TR 10,7
	Distribuição
	Interv. conf. sup. (95%)
	Evento (m³/s)
	Interv. conf. inf. (95%)
	Weibull
	14.03592867
	9.441344071
	4.846759467
	Pearson 3
	14.36585646
	9.877823498
	5.389790536
	Logpearson 3
	13.13832225
	10.47001417
	7.801706078
	Lognormal 2
	16.14119075
	11.05840828
	5.975625817
	Lognormal 3
	14.64078518
	9.280855138
	3.920925099
Fonte: Os autores (2016)
8. Curva chave
A curva chave estabelece uma relação entre o nível de água e a vazão em uma seção. Através dela é possível transformar medições diárias de cota feita nos postos, em medições diárias de vazão, não é apenas o nível da agua que influencia a vazão, a declividade do rio, a forma da seção também altera a vazão, e ainda que o nível seja o mesmo. 
Para os casos consistentes de medições é possível estabelecer uma equação que represente as medições existentes. Desta forma uma vez calibrada tal expressão, fica muito mais fácil e com menor custo o monitoramento da vazão do rio, dado que a medição da vazão em um curso d’água é um processo relativamente complexo que envolve equipamento técnico especializados.
Para este trabalho foram então utilizados, os dados de vazão obtidos através de pesquisas nos Sistema de Informações Hidrológicas (HIDROWEB) para estabelecer a curva chave de posto fluviométrico 84095500 São João Batista, os dados encontrados na tabela a seguir e a adoção dos parâmetros a, b e ho, visam assim uma aproximação da equação com dados medidos, que geram a curva chave e sua equação como será visto a seguir.
	Medição
	Q (m³/s)
	h (m)
	x
	y
	xy
	x²
	Q
	(Qobs-Qest)²
	(Qobs-Qobs)²
	1.00
	51.10
	0.73
	0.64
	3.93
	2.54
	0.42
	41.83
	85.95
	16.33
	2.00
	63.60
	0.94
	0.75
	4.15
	3.11
	0.56
	45.97
	310.65
	273.59
	3.00
	72.10
	1.07
	0.81
	4.28
	3.46
	0.65
	48.52
	555.98
	627.04
	4.00
	101.00
	1.50
	0.98
	4.62
	4.54
	0.97
	56.85
	1949.58
	2909.60
	5.00
	130.00
	1.71
	1.06
	4.87
	5.16
	1.12
	60.86
	4779.82
	6879.16
	6.00
	46.00
	0.64
	0.60
	3.83
	2.28
	0.36
	40.04
	35.53
	1.12
	7.00
	25.80
	0.28
	0.38
	3.25
	1.22
	0.14
	32.79
	48.84
	451.96
	8.00
	61.20
	0.90
	0.73
	4.11
	3.00
	0.53
	45.19
	256.38
	199.96
	9.00
	86.60
	0.81
	0.69
	4.46
	3.06
	0.47
	43.41
	1865.09
	1563.47
	10.00
	57.10
	0.80
	0.68
	4.04
	2.75
	0.46
	43.22
	192.77
	100.82
	11.00
	32.30
	0.38
	0.44
	3.48
	1.53
	0.19
	34.82
	6.34
	217.84
	12.00
	21.50
	0.10
	0.24
	3.07
	0.75
	0.06
	29.10
	57.77
	653.28
	13.00
	40.10
	0.58
	0.56
	3.69
	2.08
	0.32
	38.84
	1.58
	48.43
	14.00
	46.30
	0.32
	0.40
	3.84
	1.54
	0.16
	33.60
	161.23
	0.58
	16.00
	20.10
	0.070.22
	3.00
	0.66
	0.05
	28.48
	70.24
	726.80
	17.00
	23.90
	0.12
	0.26
	3.17
	0.82
	0.07
	29.51
	31.50
	536.35
	19.00
	96.90
	1.82
	1.10
	4.57
	5.02
	1.20
	62.96
	1152.13
	2484.09
	20.00
	53.30
	0.68
	0.62
	3.98
	2.46
	0.38
	40.84
	155.35
	38.95
	21.00
	42.50
	0.56
	0.55
	3.75
	2.07
	0.30
	38.44
	16.47
	20.79
	23.00
	33.90
	0.27
	0.37
	3.52
	1.30
	0.14
	32.59
	1.73
	173.17
	24.00
	29.40
	0.27
	0.37
	3.38
	1.24
	0.14
	32.59
	10.15
	311.85
	25.00
	61.50
	0.86
	0.71
	4.12
	2.93
	0.50
	44.40
	292.40
	208.53
	28.00
	73.30
	0.86
	0.71
	4.29
	3.05
	0.50
	44.40
	835.19
	688.57
	29.00
	31.10
	0.25
	0.35
	3.44
	1.22
	0.13
	32.18
	1.16
	254.70
	30.00
	23.80
	0.04
	0.19
	3.17
	0.62
	0.04
	27.86
	16.49
	541.00
	32.00
	146.00
	0.90
	0.73
	4.98
	3.64
	0.53
	45.19
	10163.02
	9789.26
	33.00
	50.80
	0.30
	0.39
	3.93
	1.53
	0.15
	33.20
	309.90
	13.99
	34.00
	120.00
	1.38
	0.94
	4.79
	4.49
	0.88
	54.54
	4285.46
	5320.34
	35.00
	31.50
	0.13
	0.27
	3.45
	0.92
	0.07
	29.72
	3.17
	242.09
	36.00
	105.00
	0.64
	0.60
	4.65
	2.77
	0.36
	40.04
	4219.89
	3357.12
	37.00
	39.40
	0.09
	0.24
	3.67
	0.86
	0.06
	28.89
	110.37
	58.66
	38.00
	28.00
	0.02
	0.18
	3.33
	0.59
	0.03
	27.45
	0.31
	363.26
	41.00
	41.40
	0.92
	0.74
	3.72
	2.75
	0.55
	45.58
	17.49
	32.03
	42.00
	33.80
	0.74
	0.65
	3.52
	2.29
	0.42
	42.03
	67.69
	175.81
	43.00
	34.50
	0.78
	0.67
	3.54
	2.37
	0.45
	42.82
	69.22
	157.74
	44.00
	41.50
	0.81
	0.69
	3.73
	2.55
	0.47
	43.41
	3.66
	30.91
	45.00
	28.40
	0.53
	0.53
	3.35
	1.79
	0.28
	37.84
	89.11
	348.17
	46.00
	41.70
	0.73
	0.64
	3.73
	2.40
	0.42
	41.83
	0.02
	28.72
	47.00
	21.10
	0.24
	0.35
	3.05
	1.06
	0.12
	31.97
	118.23
	673.89
	48.00
	44.20
	0.70
	0.63
	3.79
	2.38
	0.40
	41.23
	8.80
	8.18
	49.00
	48.70
	0.75
	0.65
	3.89
	2.54
	0.43
	42.23
	41.91
	2.69
	50.00
	35.20
	0.45
	0.49
	3.56
	1.73
	0.24
	36.23
	1.06
	140.64
	51.00
	35.20
	0.45
	0.49
	3.56
	1.73
	0.24
	36.23
	1.06
	140.64
	53.00
	42.20
	0.56
	0.55
	3.74
	2.06
	0.30
	38.44
	14.13
	23.61
	54.00
	43.80
	0.58
	0.56
	3.78
	2.13
	0.32
	38.84
	24.59
	10.62
	55.00
	34.20
	0.36
	0.43
	3.53
	1.51
	0.18
	34.41
	0.05
	165.36
	57.00
	108.00
	1.48
	0.98
	4.68
	4.57
	0.95
	56.46
	2656.19
	3713.77
	58.00
	54.70
	0.70
	0.63
	4.00
	2.52
	0.40
	41.23
	181.35
	58.38
	59.00
	42.60
	0.49
	0.51
	3.75
	1.91
	0.26
	37.04
	30.95
	19.89
	60.00
	39.60
	0.37
	0.44
	3.68
	1.60
	0.19
	34.62
	24.84
	55.64
	62.00
	43.00
	0.27
	0.37
	3.76
	1.38
	0.14
	32.59
	108.47
	16.48
	61.00
	42.00
	0.27
	0.37
	3.74
	1.38
	0.14
	32.59
	88.64
	25.60
	63.00
	39.20
	0.30
	0.39
	3.67
	1.43
	0.15
	33.20
	36.05
	61.77
	64.00
	57.90
	0.61
	0.58
	4.06
	2.35
	0.34
	39.44
	340.74
	117.52
	65.00
	51.80
	0.48
	0.50
	3.95
	1.99
	0.25
	36.84
	223.92
	22.47
	66.00
	19.21
	0.83
	0.70
	2.96
	2.06
	0.48
	43.81
	605.23
	775.75
	67.00
	16.80
	1.41
	0.95
	2.82
	2.68
	0.90
	55.11
	1468.03
	915.63
	1.00
	56.40
	1.56
	1.01
	4.03
	4.06
	1.01
	58.00
	2.55
	87.25
	2.00
	44.22
	1.32
	0.91
	3.79
	3.46
	0.84
	53.38
	83.87
	8.06
	3.00
	46.62
	1.33
	0.92
	3.84
	3.53
	0.84
	53.57
	48.32
	0.19
	1.00
	38.61
	1.12
	0.83
	3.65
	3.04
	0.69
	49.50
	118.51
	71.39
	2.00
	3.31
	0.85
	0.71
	1.20
	0.84
	0.50
	44.20
	1672.25
	1914.00
	3.00
	43.49
	1.00
	0.78
	3.77
	2.93
	0.60
	47.15
	13.41
	12.74
	4.00
	19.42
	1.85
	1.11
	2.97
	3.28
	1.23
	63.53
	1945.38
	763.93
	8.00
	25.35
	0.76
	0.66
	3.23
	2.13
	0.44
	42.42
	291.62
	471.42
	1.00
	24.58
	0.78
	0.67
	3.20
	2.15
	0.45
	42.82
	332.59
	505.18
	9.00
	24.58
	0.78
	0.67
	3.20
	2.15
	0.45
	42.82
	332.70
	505.32
	10.00
	26.62
	0.74
	0.65
	3.28
	2.13
	0.42
	42.03
	237.39
	417.77
	11.00
	26.99
	0.78
	0.67
	3.30
	2.21
	0.45
	42.82
	250.56
	402.74
	12.00
	51.37
	1.18
	0.86
	3.94
	3.37
	0.73
	50.66
	0.50
	18.58
	16.00
	25.47
	0.42
	0.47
	3.24
	1.51
	0.22
	35.63
	103.16
	466.10
	18.00
	45.43
	1.80
	1.09
	3.82
	4.16
	1.19
	62.58
	293.95
	2.65
	Soma
	3388.27
	52.10
	44.21
	266.84
	167.32
	31.00
	2995.42
	43930.65
	52441.93
	Média
	47.06
	0.72
	0.61
	3.71
	2.32
	0.43
	41.60
	610.15
	728.36
Fonte: Os autores (2016)
8.1 Calculando a Equação da curva chave
Onde;
Q = Vazão
h = cota
ho = cota quando a vazão é zero
a e b ajustados por um critério como erros mínimos quadrados
Inicialmente arbitra-se um valor de h0, o que permite estimar os coeficientes a e b, a partir de uma regressão linear entre ln(Q) e ln (h-h0). Uma regressão linear minimiza o somatório de desvios quadrados do logaritmo da vazão observada e do logaritmo da vazão calculada pela curva-chave para uma mesma cota
Pelo método dos mínimos quadrados, o valor do somatório da equação anterior é mínimo para o seguinte valor de b;
8.1.1 Gráfico da curva chave posto São João Batista.
Fonte: Os autores (2016)
Para a construção desta curva chave foram excluídos os valores de cota negativos que faziam parte dos dados obtidos através da pesquisa, pois para este método trabalhado eles não se adequam, e como podemos ver não existe neste posto uma boa relação entre os dados de cota medida e vazão por isto está curva ficou um pouco distorcida, e talvez não represente uma aproximação da realidade do curso d’água, estas fatos se devem muito possivelmente por talvez termos os dados mal preenchidos nas tabelas, imperícia na leitura da régua, possibilidade de ter avido enchentes e ter movido de lugar a régua de medição ou até mesmo ter sido levada pela correnteza, e quando recolocado ter sido disposta de maneira diferente ou em um diferente ponto do rio.
8.1.2 Equação da curva chave.
9. Hidrograma de Vazão
Grande parte da precipitação (chuva) que atinge uma bacia hidrográfica gera uma vazão, uma parte acaba infiltrando, outra parte evaporando e por fim uma parte dela gera escoamento superficial, A fração da chuva ocorrida num evento que gera escoamento superficial é conhecida como chuva efetiva. A chuva efetiva é responsável pelo crescimento rápido da vazão de um rio durante e após uma chuva é comum admitir-se que existe uma relação linear entre a chuva efetiva e a vazão, lembrando que a chuva efetiva é a parcela da chuva que gera escoamento superficial. A resposta de uma bacia a um evento de chuva depende das características físicas da bacia e das características do evento, como a duração e a intensidade da chuva. Chuvas de mesma intensidade e duração tendem a gerar respostas de vazão (hidrogramas) semelhantes. Chuvas mais intensas tendem a gerar mais escoamento e hidrogramas mais pronunciados, enquanto chuvas menos intensas tendem a gerar hidrogramas mais atenuados, com menor vazão de pico.
Para a construção do hidrograma de vazão foram utilizados os dados de vazão do ano de 1985 do posto fluviométrico do posto de São João Batista, os dados obtidos através de pesquisas nos Sistema de Informações Hidrológicas (HIDROWEB).
Tabulados os dados, geram então o seguinte gráfico.
Hidrograma do ano de 1985
Fonte: Os autores (2016)
Para um estudo mais detalhado foram feitas também umas comparações entre os dados de precipitação média mensal e os dados de vazão média mensal do ano de 1985 como podemos observar nos gráficos abaixo:
Fonte: Os autores (2016)
Fonte: Os autores (2016)
Como podemos perceber temos sim então uma relação entre o mês em que tem a maior quantidade de precipitação com o mês em que temos a maior quantidade de vazão, pois temos chuvas mais intensas no mês de fevereiro, e temos também a maior vazão registrada no mês de fevereiro, sendo assim. Chuvas mais intensas tendem a gerar mais escoamento e hidrogramas mais pronunciados.
10 . Métodos de separação de escoamento de Eckhardt, Chapman e Collischonm
Como já sabemos precipitação gera escoamento, dentre eles temos escoamento superficial e escoamento subterrâneo, o escoamento superficial é a parcela da chuva que escoa superficialmente no solo, ou seja, toda aquela parcela de água que atinge áreas impermeáveis, áreas saturadas e áreas com baixa permeabilidade e baixa capacidade de infiltração, já o escoamento subterrâneo é a parcela da chuva que infiltra para baixa da superfície e acaba escoando pelo subterrâneo.
O hidrograma écomposto pelo escoamento superficial e de base. O escoamento superficial hortoniano ocorre quando a taxa de uma chuva intensa supera a taxa de infiltração do solo. Assim, a água se desloca pelas vertentes da bacia hidrográfica em direção aos cursos d’água. Durante o período sem chuva, a vazão do rio é mantida pelo escoamento de base, oriundo do reservatório de água subterrânea, abastecido durante os períodos chuvosos (Collischonn e Tassi, 2008).
Separação de escoamento de base utiliza dados de series histórica de vazão para delimitar a parcela direta e indireta do escoamento, a partir da análise do hidrograma e da aplicação de filtros numéricos, mas diversos filtros foram propostos ao longo dos anos e uma das maiores contribuições para e estudo com uso de filtros para separação do escoamento de base foi a proposta por Eckhardt(2005) que desenvolveu uma formula geral que tem como parâmetro o BFLmax (índice máximo de escoamento de base) o qual possui valores pré-definidos por ele e que são definidos de acordo com as características geológicas e da drenagem da bacia.
10.1 Método de Collischonm para separação de escoamento.
Collischonm propôs novas formas de estimativa do parâmetro BFLmax, dentre elas o método baseado na relação das vazões Q90/Q50, método este que foi aplicado para bacias hidrográficas localizadas nas áreas central e sul do Brasil e foi obtida uma boa relação. 
Podemos também calcular o BFLmax estimado por Collischonn que é baseado na curva de permanência Q90 e Q50, a partir destes valores é possível estimas BFLmax.
Para este método não foram apresentados os respectivos cálculos.
10.2 Método de Eckhardt para separação de escoamento
onde:
BFLmax = 0,8 (rios perenes e aquíferos porosos)
BFLmax = 0,5 (rios efêmeros ou intermitentes e aquíferos porosos)
BFLmax = 0,25 (rios perenes e aquíferos impermeáveis)
No presente trabalho foi utilizado o BFLmax = 0,25
Temos então na próxima tabela os dados das series históricas com os respectivos escoamentos de base já calculados, e em destaque os anos que foram utilizados para calcular o período de recessão através da equação
Posteriormente foi feito uma média entre eles para uma melhor aproximação.
10.3 Método de Chapman de separação de escoamento 
Também na próxima tabela temos os dados gerados pelo Método de separação de escoamento de Chapman.
Onde, Δt é o intervalo de tempo entre os dados observados
Se a aplicação desta equação resultar em um valor de bi> yi, então bi = yi.
10.4 Dados de vazão e vazão de base do posto fluviométrico de São João Batista. 
	 
	 
	Vazão de Base (Filtro Chapman)
	Vazão de Base (Filtro Eckhardt)
	Data
	Vazão (m³/s) - y
	Vazão (m³/s) - b
	Vazão (m³/s)
	01/01/1985
	53.8
	53.8
	53.8
	02/01/1985
	53.8
	50.1
	50.0
	03/01/1985
	38.4
	38.4
	38.4
	04/01/1985
	33
	33.0
	33.0
	05/01/1985
	35.4
	30.9
	30.7
	06/01/1985
	62.6
	31.0
	29.3
	07/01/1985
	58.8
	30.8
	27.9
	08/01/1985
	65.2
	31.0
	26.8
	09/01/1985
	52.6
	30.4
	25.5
	10/01/1985
	44.2
	29.2
	24.1
	11/01/1985
	49.2
	28.6
	23.0
	12/01/1985
	45.8
	27.8
	21.9
	13/01/1985
	42
	26.9
	20.8
	14/01/1985
	39.4
	25.9
	19.8
	15/01/1985
	44.2
	25.4
	18.9
	16/01/1985
	53.2
	25.6
	18.4
	17/01/1985
	42.5
	25.0
	17.7
	18/01/1985
	33
	23.8
	16.8
	19/01/1985
	32.1
	22.8
	15.9
	20/01/1985
	29.9
	21.7
	15.1
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